sexta-feira, 26 de maio de 2017

Nunca compreenderei como pode alguém negociar a dignidade!...


DECISÕES SEM RISCO

«Lisboa é hoje uma das capitais da moda, um destino apetecível, sobretudo nesta altura em que muitos países vivem num clima de terror do qual felizmente temos sido poupados - rezemos para que assim continue. Desde 1967 que Lisboa é referência obrigatória no roteiro dos adeptos do Celtic que aqui conquistou a Taça dos Campeões. Ontem voltaram para comemorar o cinquentenário, enchendo de alegria as ruas da cidade e invadindo o Jamor, local de culto para os ‘católicos’ com autorização para o visitar numa decisão que se saúda da FPF.

Rui Vitória colocou reservas quanto à estreia oficial do vídeo árbitro (VAR) na final da Taça. Creio que esse risco é tão maior ou menor quanto o da sua aplicação na 1ª jornada do campeonato da próxima época. Mais: até será menor no Jamor, uma vez que estarão reunidas condições de avaliação rigorosamente equivalentes para os dois participantes. Daquilo que se sabe, haverá o cuidado de introduzir mais câmaras em determinados campos para melhorar a análise do VAR, mas dificilmente serão em número igual ao que terão os jogos televisionados dos grandes. Convinha, pois, que em vez da dúvida manifestássemos confiança num sistema que deve ser um instrumento de auxílio à arbitragem. 

Fernando Santos não convocou Éder nem Renato Sanches para o novo ciclo da Selecção. Por um lado, a decisão surpreende; por outro, não. Sim, porque os dois jogadores integraram as convocatórias de todos os jogos que se seguiram ao Europeu; não, porque há nesta altura quem ofereça mais garantias, atendendo às vagas disponíveis. Acresce que ser campeão europeu não pode dar direito a ter lugar vitalício na Selecção. Ademais, Renato vai ser muito útil a Rui Jorge. E fica a promessa: da minha parte, será ‘tratado’ como um sub-21.»
(António Magalhães, Entrada em Campo, in Record)


Decididamente, ao contrário do que me é habitual, apreciei esta crónica do director do jornal Record, sempre mui cuidadoso em evitar polémicas, para não lhes chamar confrontos, com tudo o que directa ou indirectamente possa estar ligado ao "poder escarlate", mesmo que a este eventualmente assista "razão zero"! Claro que uma andorinha não faz a Primavera e não ficarei admirado se dentro de pouco tempo me vir obrigado a desembainhar a espada que com ele uso com a frequência que nunca desejei, por motivos que entendo deverem ficar só para mim, mas que ele facilmente terá compreendido há muito tempo.

Vem isto a propósito de António Magalhães ter sido, com esta crónica, o primeiro director de jornal desportivo e, já agora, o primeiro jornalista a, sem lhe chamar sonso como eu não tive problemas em fazer, afirmar publicamente com preto no branco, que Rui Vitória, atirando pedras ao vídeo árbitro (VAR), se terá esquecido, com a jactância que parece já ter assimilado lá pela Luz e pelo Seixal, de... esconder a mão, o que certamente já lhe terá custado ouvir das boas, tanto do Janela, quanto do Bernardo, quiçá até do "patrão-mor"! Porque chamar nojentas às suas afirmações será quase uma elogio. Sonso é o que ele é, e não o digo de hoje! A mim nunca me enganou, e espero ter saúde e vida para apreciar muito mais "casas" construídas por ele. Acreditem que não me custaria nada desenhar um sorriso, se Pedro Martins usasse na mentalização da sua gente a "atoarda" do Vitória, do mesmo modo que este afirmou ter usado as atoardas de JJ. Seria provar do seu próprio veneno e talvez o fizesse baixar a garupa, demasiado alta para o meu gosto! E tão depressa, santos deuses! E ainda dizem que não é sonso!... 

Para acabar de atar o bonito "ramo de flores" que constitui a sua crónica de hoje, só faltava a Magalhães colocar o "trancinhas" no seu devido lugar, depois de Rui Jorge ter dito, e bem, o que disse!...

Caramba, a dignidade é um bem tão preciso que... 

Nunca compreenderei como pode alguém negociá-la!...

Leoninamente,
Até à próxima

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