quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Navegação à vista...

Entre o nevoeiro e o vazio
Ainda não digeri e tenho fortes suspeitas que o meu estômago alguma vez consiga "mastigar", mais esta notícia.
Dizem os meus companheiros de saga marítima, da área de navegação, que o colapso da bússola, radares e toda a sofistificada parafernália de instrumentos de navegação, implica o recurso único da navegação à vista, do andar à bolina tão típico dos portugueses, o que transportado para cargos de responsabilidade, seja na política ou em quaisquer outras áreas de gestão, nunca será um sinal positivo na prestação de um dirigente ou de um lider, seja ele quem for e esteja onde estiver.
Ultimamente, o recurso a este tipo de expediente por parte de Godinho Lopes e da equipa que lidera, vem sendo recorrente, passando a imagem para o exterior de que a gestão da coisa sportinguista, em vez de passar pelo rigoroso cumprimento de um competente e apurado planeamento, não passa de uma pobre e franciscana "navegação à vista", da implementação pura e simples de actos de "merceeiro" ou de "gestão doméstica" do salário mínimo.
Terão presumido os mentores de mais este "acto de gestão", que as atenções dos adeptos estariam porventura, neste preciso momento, concentradas exclusivamente na tarefa hercúlea de Ricardo Sá Pinto ou dispersas também pela costumeira exaltação que o jogo da selecção na inauguração do estádio nacional de Varsóvia, poderia suscitar. Mas terão negligentemente esquecido que ainda haverá muitos milhares de adeptos que não abdicam do seu sentido crítico, nem jamais perderão  o seu sentido de orientação, independentemente da fumaça provocada.
As promessas eleitorais de Godinho Lopes parecem começar a escorrer para os afluentes, que fazem adivinhar um aumento decepcionante do caudal do rio da desilusão. E não me anima nesta suspeição, qualquer propósito desestabilizador da missão de quem quer que seja. Como eu desejaria que as coisas fossem diferentes.
Não há muito tempo, alertei aqui para o facto de me parecer que o anterior treinador tinha perdido o pé e que, aparentemente não saberia nadar tão bem como os sportinguistas e eu próprio desejaríamos. Godinho Lopes terá também perdido o pé, quase simultaneamente com o treinador que escolhera e, sem que ninguém lhe exija dotes excepcionais de nadador, exigir-se-à no mínimo, que saiba navegar e levar a nau a bom porto...

Não me parece que a "navegação à vista" seja o melhor método!...

Leoninamente,
Até à próxima

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O fenómeno Ricardo Sá Pinto

À Claque do Assobio em Alvalade, eu convido a porem os olhos em Ricardo Sá Pinto. Quem for ao Estádio da Alegria, gire o seu olhar de vez em quando, por leves segundos que sejam, para o banco do Sporting e aprecie aquilo que é, ou deveria ser, um verdadeiro sportinguista. Quem acompanhar os jogos em casa pela televisão, o motivo de interesse das reportagens é tão grande, que os realizadores passam muito do tempo de reportagem com as câmaras dirigidas para a actuação do treinador leonino. E quem não tiver oportunidade de "ver" este providencial fenómeno que dirige a nossa equipa, ouça os comentários empolgados dos repórteres da rádio ou passe os olhos pelos jornais e leia, como aqui, o que dizem a respeito.
Não me lembro de alguma vez ter assistido a uma tão convincente, comovente e quase sobrenatural materialização de sportinguismo. E os exemplos surgem em catadupa. A formidável mística exibida por Sá Pinto, arrasta adeptos e jogadores. Reparem nas palavras de Diego Capel aqui, ou no que diz Marcelo Boeck aqui, ou ainda na expressão dos sentimentos de Stijn Schaars aqui.
Ainda sobre os efeitos que a escolha de Ricardo  Sá Pinto determinou nos jogadores, atentem na apreciação que aqui é feita sobre o actual rendimento de Marat Izmailov. E para acabar de atar os molhos, apreciem nesta formidável peça literária, publicada por esse querido amigo, sportinguista e expert dos experts em Comunicação que é Rui Calafate, no seu fantástico blog I'ts PR Stupid, a fabulosa resposta que vem dando aos seus detractores e a todas as reticências que a sua escolha originou nos múltiplos universos hostis às cores do Sporting Clube de Portugal.
Não sei, nem nenhum sportinguista poderá prever, o que o futuro reserva a Sá Pinto e à equipa do Sporting sob a sua direcção. O futebol é uma surpreendente caixinha de Pandora, onde frequentemente sossobram os génios e triunfam, tanto a demagogia mais barata, como criminosos expedientes ou mesmo o "chico-espertismo" mais soez. Mas sei que me revejo e orgulho na mística e na inquebrantável fé de Ricardo Sá Pinto. E não será portanto pelo meu lado, que quebrará esta formidável onda de confiança e esta avassaladora corrente de fé e esperança no futuro que o "Coração de Leão" soube catalizar e se mostra disposto a fazer triunfar. Ele pede tempo?!... Eu vou dar-lhe todo o tempo que for necessário. Ele pede apoio?!... Eu dar-lhe-ei todo o apoio que já dei a outros sportinguistas que me decepcionaram. Ele pede que acreditemos nele e na equipa que dirige?!... Eu vou, decididamente, acreditar que ele será capaz e poderá mesmo vir a ser o Guardiola do Sporting! Um fenómeno que poderá muito bem atrever-se a escrever novas páginas da história deste fabuloso colosso português que é e será sempre o Sporting Clube de Portugal !...

Leoninamente,
Até à próxima

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Nem milagre, nem roleta, apenas tempo e trabalho !...

O maior treinador do século XX !...
Vejo e revejo o lance do fantástico golo de Marat Izmailov e escasseiam-me os adjectivos para definir o sublime momento do nosso Czar!... É por ali, meus amigos, é por ali, por aqueles terrenos, que Izma deveria andar sempre. Porque nunca nada assentou tão bem como o 10 nas costas de Marat. Sujeitá-lo à terrível luta e à desgastante tarefa que as alas impõem é abdicar de grande parte da sua classe pura, do seu fantástico improviso, da sua potência e colocação de remate. E permitir ou armar a equipa, na presunção de que a sua presença generosa seja natural nas proximidades da nossa área, será sempre uma opção displicente e quase criminosa.
Marat Izmailov é um jogador generoso, que dá o que tem, esteja a equipa na condição de ataque ou acorra ao toque de reunir na condição defensiva. Mas essa generosidade determina que uma grande e porventura demasiada parte do seu esforço se concentre em missões defensivas, em vez de ser maioritariamente canalizada para fulminantes golpes atacantes, como aquele de que resultou a vitória de ontem.
É um facto indiscutível e indesmentível que o futebol moderno jamais poderá ser dissociado do sentido paradigmático que Rinus Michels lhe introduziu: o chamado Futebol Total, o futebol levado ao extremo da beleza poética! O onzes estruturavam-se num 4-3-3 dinâmico, onde todos atacavam e todos defendiam, não havendo posições fixas já que todos os jogadores circulavam com e sem bola num carrossel mágico que enleava os adversários, hipnotizados pela qualidade técnica e táctica dos jogadores. A circulação era a chave do sucesso, com constantes variações de flanco e passes para trás quando necessário, no intuito de criar pontos de ruptura na defesa contrária e em que a tão actual prática da pressão alta, procurando asfixiar o adversário no seu próprio meio-campo defensivo e obter rapidamente a tão ansiada posse de bola, completava o modelo desse visionário e nunca ultrapassado técnico holandês.
Porém a virtude desse modelo não assentava no posicionamento indiscriminado de todos os seus actores, O episódico e circunstancial nunca se sobrepuseram ao sistematismo modelarmente imprimido. Daí que no Futebol Total um defesa continuasse a ser defesa, um médio nunca deixasse de o ser e o avançado fosse quase sempre vizinho da baliza dversária.
Marat Izmailov e porventura Matias Fernandez, deverão, contribuindo embora episodicamente para a organização defensiva da equipa, concentrar a parte mais significativa do seu esforço na vertente atacante, sendo que, para que a sua generosidade não seja tão solicitada, os seus companheiros do sector mais recuado terão de lhes mostrar garantias suficientemente fortes da sua eficiência sectorial. E a equipa leonina ainda está longe de respirar essa filosofia.
Ricardo Sá Pinto parece estar a introduzir na forma de jogar do Sporting, agradáveis "nuances" do futebol que Rinus Michels celebrizou e de que o Barcelona de Guardiola terá conseguido na actualidade ser um ainda melhor e elaborado exemplo. Mas haverá ainda um desequilibrio acentuado entre a repartição do esforço e das áreas do terreno varridas por todos os jogadores. Quando vejo, repetidamente, Marat Izmailov ou Matias Fernandez no interior da nossa área, assalta-me o receio de que momentos depois, a qualquer deles falte a frescura e a capacidade física para oferecerem à equipa, na grande área adversária, a plenitude dos seus formidáveis recursos. Quando assisto a piques impressionantes de mais de 20 metros, protagonizados por  Elias e Schars que, possuindo quase sobrenaturais atributos de visão táctica se apercebem ou adivinham os buracos que os seus companheiros das linhas mais recuadas estão prestes a conceder, concluo que muita ou quase toda da solidez defensiva que Sá Pinto terá em mente ainda não foi conseguida.
Sempre considerei como uma falácia desculpabilizante das deficiências defensivas do Sporting, a apregoada falta de categoria dos centrais. Poderão não ser génios, nem andarem nos lugares cimeiros das bolsas de potenciais tranferências. Mas se forem integrados num sistema defensivo inteligente e devidamente rotinados no cumprimento das compensações necessárias a uma eficaz prestação defensiva, serão tão bons como os melhores. O que manifestamente sempre me decepcionou no consulado que antecedeu Ricardo Sá Pinto, foi a sistemática desarticulação do sector, que indiciava uma confrangedora deficiência de treino que, nem a imensidão de um tempo de quase oito meses, nem a repetição de métodos e conceitos pouco ou nada eficazes, alguma vez conseguiram ou poderiasm vir a corrigir.
Rinus Michels demorou muitos e muitos anos a fazer do seu Ajax e da selecção holandesa as fabulosas equipas que depois viemos a conhecer. O Barcelona de Pepe Guardiola não surgiu de um dia para o outro. Mas as curvas das prestações das formidáveis equipas que construiram, nunca reflectiram desde os seus caboucos curvas sinusoidais, antes mostraram linhas contínuas de evolução positiva, numa relação directa entre o tempo da sua implementação e os resultados alcançados, tanto a níveis exibicionais como na difícil obtenção de resultados.
Ricardo Sá Pinto pode ser o Guardiola do Sporting, como afirmou o treinador Maciej Skorza do Légia de Varsóvia?!... Este novel e conceituado técnico fez esta analogia de ânino leve ou viu alguma coisa no Sporting de Sá Pinto que o levou a produzir uma afirmação tão incisiva?!...  O que o jovem treinador polaco afirmou resulta da impressão que o Sporting lhe causou. Nada deve a Sá Pinto para produzir uma impressaão desta natureza e este pode vir a ser efectivamente um revolucionário no futuro do Sporting. Mas precisa do tempo que outros pediram, sem que a linha da evolução do seu trabalho fosse contínua e notoriamente positiva, reflexo da conjugação do tempo e dos resultados nas coordenadas do gráfico do seu trabalho. Não sendo uma ciência exacta, o futebol pode e deve ser entendido como o resultado da aplicação de muitas ciências que não sendo exactas, articuladas com inteligência, método e muito trabalho, poderão conduzir com bastante mais frequência, ao êxito que os seus adeptos misticamente reclamam. O Sporting de Sá Pinto pode vir a conquistar o futuro que os adeptos sportinguistas desesperam por conseguir. Mas teremoss todos de lhe dar tempo. O "tic-tac" do "Leão Mecânico" nunca chegará por milagre dos deuses, nem pela roleta da sorte!...

Leoninamente,
Até à próxima
  

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Cada vez gosto mais !!!...

O Guardiola do Sporting ?!...
Devagar, devagarinho, Ricardo Sá Pinto está a transformar o Sporting numa equipa consistente, de futebol apoiado e onde os espaços começam a ficar preenchidos e utilizados, um futebol vertical e objectivo, assente numa posse de bola muito agradável de ver e que promete muitas alegrias e êxitos no futuro.
Alguns combaterão esta minha ideia, baseando-se no facto dela apenas ter feito sentido em pouco mais de metade da 1ª parte. Mas lá voltamos à discussão da velha máxima de que "Roma e Pavia não se fizeram num dia". E se no final do primeiro tempo a percentagem de posse de bola se situava nuns sintomáticos 70/30% favoráveis ao Sporting, apetece-me perguntar porquê?!... O melhor argumento para a superioridade manifesta do Sporting terá resultado das declarações de Carlos Brito no final do encontro: "... o Rio Ave fez um bom jogo mas a vitória foi para o mais forte, parabéns ao Sporting!...".
Haverá ainda um conjunto de pormenores que muito provavelmente, tanto a carga emocional, como a pressão - vulgo premência de vitórias -  que possam existir em cada um de nós sportinguistas, terão feito passar despercebidos. Refiro-me ao cuidado quase cirúrgico que Sá Pinto vem revelando na gestão de cada um dos múltiplos casos que o plantel lhe suscita, não deixando que a ânsia da vitória e do êxito da missão que lhe foi incumbida, faça tábua rasa sobre a visão mais abrangente que a um técnico de grande dimensão deve ter sobre todos os casos humanos, clínicos, físicos, mentais e motivacionais que lhe sobram no plantel e que deverão ser geridos com cuidado igual ao que uma equipa de cirurgiões utiliza as pinças no bloco operatório.
Ao nosso soberbo guarda-redes Rui Patrício, protagonista de uma das maiores séries de jogos oficiais disputados na Liga pelo Sporting, foi dado o "benefício" de uma merecida folga. Com prejuízo para o Sporting?!... De modo nenhum. Julgo que com um tremendo voto de confiança em Marcelo Boeck. O futuro há-de pronunciar-se sobre a "insignificância" desta opção de hoje.
Ao nosso inigualável e desventurado Marat Izmailov, vem sendo dada a oportunidade da recuperação faseada e paulatina dos seus níveis competitivos e de confiança, já que todos sabemos que a classe pura está lá. Hoje foram ultrapassados os níveis anteriores e já foi substituído com 85 minutos nas pernas e com o conforto de ter feito levantar o estádio com, porventura, o golo mais bonito que já foi apontado esta época nesta Liga.
Ao tão criticado e assobiado central Daniel Carriço, a "ovelha negra" da poderosa(?) "claque dos assobios" em Alvalade, tem vindo a ser dada a oportunidade e a honra de substituir o melhor trinco que nos últimos anos chegou ao Sporting. Devidamente enquadrado e ensinado por Sá Pinto, Daniel vem revelando a cada jogo uma sublimação de processos defensivos e, surpreendentemente, ofensivos, que nos fazem pensar que o Sporting já não dependerá apenas da classe pura, da garra e do querer de Rinaudo.
O caso perdido que, como trinco, André Santos vinha significando desde o início da época - eu terei sido um dos mais severos críticos da sua falta de agressividade defensiva e falta de coragem nos momentos ofensivos - Sá Pinto estará a atirar, lançar, promover, muito provavelmente, para o seu verdadeiro lugar. Hoje, ao pedir-lhe para substituir Schaars, o nosso "Coração de Leão" pode estar a relançar definitivamente a carreira de André e a prevenir o seu futuro e o da equipa.
A tão patenteada falha de doseamento do esforço físico de Elias, parece ter desaparecido por milagre e hoje vimos o "super-craque" brasileiro a durar, imaginem, 90 minutos, usando a sua prodigiosa alta rotação.
Os tão criticados individualismos e erros de visão periférica assacados a Capel, esfumaram-se como que por encanto e pudemos hoje apreciar um Diego que nunca tínhamos visto. E não me venham falar em coincidências e acasos. No futebol nada acontece por acaso ou coincidência.
Até Pereirinha, o eterno "patinho feio" de Alvalade - o nome que escolheu tem muita culpa - hoje se revelou como aquele jogador de que todos os plantéis necessitam e todos os grandes treinadores não dispensam. Esteja em campo muito ou pouco tempo, a importância da sua utilização está na consistência e no equilíbrio que acrescenta desde o momento em que entra.
Sobre o jogo de hoje, existirá no meu espírito apenas uma interrogação: o que pretenderá Sá Pinto ao dar a responsabilidade a Polga de marcar aqueles dois livres directos?!... Confesso que não sei. Sei apenas que de modo nenhum foram mal marcados e que RSP não será louco. Aguardemos pelos próximos capítulos, na certeza de que nunca esqueceremos André Cruz, mas se o melhor estiver para vir, não sei o que ainda nos estará reservado.
Ganhámos por 1-0. Foi bom, foi mau?!... Quero lá saber disso... O que eu sei é que gostei de ver o meu Sporting jogar e ganhar. Cada vez gosto mais!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Reflexão, avaliação e futuro ...

De vez em quando caem uns pingos de chuva sobre o restolho da planície. Que rapidamente se evaporam e não chegam sequer para mudar o tom da terra áspera e seca, o que acentua em nós o medo da fome que o horizonte teima em nos anunciar.
Esta minha divagação catastrofista poderia coerentemente colar-se às sombrias perspectivas de seca extrema que se anuncia para os nossos campos nos tempos mais próximos e que - um mal nunca vem só - parecem ter um nefasto e dramático acordo com um trio de senhores da estranja finança que, vai para um ano, também acordaram com os capatazes do nosso desencanto, esste novo modo de vida sofrido e paciente da alma lusa. Mas não é essa colagem que pretendo fazer. A tanto não me permite o engenho, nem a arte e muito menos o meu saber reduzido numa área, onde apenas chego para as encomendas familiares.
Onde quero chegar, é à terrível seca que parece querer tomar conta de uma savana de horizontes quase ilimitados, onde vive há mais de um século, a numerosa, convicta e indefectível família leonina: o Sporting Clube de Portugal.
Desde as última eleições que colocaram Godinho Lopes à frente dos seus destinos e após um demasiado curto período de justificada, mas eventualmente exagerada euforia, o Sporting, sempre que parece regressar ao seu registo habitual dos últimos bons pares de anos, vê cair sobre as suas hostes, secas de alegrias, confiança e êxitos, os abordados e famigerados pingos de chuva porventura benfazeja, mas cuja insuficiência, mais não faz que fazer supor a redenção que nunca mais chega.
E se imaginarmos esses humildes e escassos pingos de chuva a sair da boca de alguns dos candidatos vencidos nas últimas eleições, dificilmente seremos capazes de não nos deixarmos envolver por um cepticismo avassalador sobre o fim da seca que nos corrói o presente e ameaça o futuro.
Há tempos atrás, foi Bruno de Carvalho que colocou o dedo na ferida, que parece permanecer aberta e a sangrar. Agora veio Pedro Baltazar deixar ainda mais reparos ao insucesso ou complicação do desejado processo de cicatrização.
Ainda não tive oportunidade de ler na íntegra a entrevista que Baltazar concedeu ao Diário Económico. Mas o excelente artigo do credenciado e credível jornalista que é Jean-Paul Lares, aqui publicado, deu-me uma preciosa panorâmica sobre a opinião daquele ex-candidato à presidência do Sporting. Recomendo a sua leitura e a  consequente reflexão, a todos os sportinguistas. Porque só poderemos saber escolher o futuro, se soubermos avaliar o presente.
A chuva escassa sobre a aridez da planície deixa apenas no ar o característico cheiro a terra. Sobre a savana, os parcos pingos de chuva que vão caindo a conta gotas, sugerem um cheiro estranho de excrementos remexidos.

Leoninamente,
Até à próxima

Good Luck "Guchi" !!!...

Segundo informa o departamento médico do Sporting, em boletim clínico publicado no site do clube e que pode ser consultado aqui, o nosso valoroso jogador Oguchi Onyewu, que carinhosamente a família sportinguista "baptizou" de Capitão América, foi submetido há poucas horas e com pleno sucesso, a uma intervenção cirúrgica liderada pelo Dr. Pedro Pessoa.
Segundo avança o referido comunicado, o departamento médico sportinguista estima um máximo de oito semanas, para a recuperação do nosso bom gigante e todos esperamos que a competência e as mãos milagrosas do Dr. Pedro Pessoa, que parece terem salvo Marat Izmailov do desespero em que viveu tanto tempo, voltem a constituir a base da recuperação deste importante activo do plantel do Sporting.
Oguchi Onyewu entrou de rompante no coração da grande família sportinguista e parece em cada gesto, dentro e fora dos relvados, revelar-se em cada dia, como se Alvalade já fizesse há muito parte da sua vida e do seu modo de sentir. Importante e por vezes fundamental em termos desportivos, o nosso Capitão América revela em termos públicos a sua satisfação por estar a viver o Sporting e fá-lo com desvanecedora elegância e interesse. E isso cala bem fundo no coração dos sportinguistas.
Lá para finais de Abril, "Guchi" voltará a pisar a relva onde o infortúnio lhe bateu à porta. Ainda muito a tempo de ajudar o Sporting a cumprir o seu destino. Todos nós assim o esperamos e desejamos que a sua recuperação seja rápida e um rotundo êxito.
Good Luck "Guchi", we are waiting for a champion !!!...

Leoninamente.
Até à próxima

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

"GOLPE DE ESTÁDIO 2" vem aí. Preparem-se !!!...

Golpe de Estádio 2, vem aí !...
Há pormenores da vida interna do Sporting que os seus associados e adeptos desconhecem em absoluto. E nem ponho a tónica no secretismo que os sucessivos corpos directivos têm preservado por razões que se possam eventualmente prender com a alma dos negócios que episodicamente poderão ter tido em mãos, ou porque seja a única forma de defender os interesses do clube, conhecida a nunca admitida mas real espionagem desportiva a que muitos dirigentes de clubes adversários recorrem, no sentido de colherem vantagens que lhes proporcionem privilégios, vantagens, vitórias e até títulos.
Hoje, aconselhado por um amigo, dos poucos benfiquistas decentes que conheço, visitei um site da blogosfera respectiva, porque haveria uma entrevista interessante de Marinho Neves, o autor do badalado "Golpe de Estádio", onde esse jornalista conta episódios interessantes sobre o Sporting e sobre a sua passagem pelo clube durante 6 anos que, confesso, desconhecia completamente.
A leitura dessa entrevista, que recomendo vivamente e pode ser apreciada aqui, trouxe-me o conhecimento de pormenores deliciosos e constitui um poderoso aviso para Godinho Lopes e a sua equipa. O antigo presidente do Sporting, Dias da Cunha, sabia muito dos meandros de todo o poder instalado no futebol português e, pessoalmente, nunca percebi porquê. Esta entrevista trouxe-me a resposta e muito provavelmente o presidente actual do Sporting teria muito a ganhar se seguisse a estratégia que Dias da Cunha então adoptou.
Fiquei também a saber que este jornalista tem preparado há mais de meio ano o "Golpe de Estádio 2", cuja publicação a mafia do futebol tem conseguido impedir, mas acredito que um dia destes Marinho Neves consiga mesmo colocar esta sua nova obra de investigação, ao alcance das pessoas que ainda acreditam no futebol.
Quem não deve não teme e se há coisas em que "quase" ponho as mãos no lume, uma delas será o proverbial "low profile" sportinguista. Com a nossa exacerbada e tendencialmente estúpida ingenuidade, sempre fomos e continuamos a ser "comidos" pela argúcia, desfaçatez e nunca condenada "esperteza saloia" dos coleccionadores de títulos que nas últimas três décadas quase nos atiraram para a indigência. Que a palavra e o conhecimento de Marinho Neves constituam um alerta sobre a clássica ingenuidade sportinguista e possam conduzir os dirigentes sportinguistas para a aquisição urgente de "armamento" que nos permita ir a jogo em condições de absoluta igualdade. E a mim, como sportinguista, não me repugnaria absolutamente nada que Godinho Lopes "copiasse" a estratégia de Dias da Cunha. Copiar algo que a prática provou resultar, jamais poderia envergonhar a nação leonina. A vergonha maior será  a constatação da nossa incorrigível e pacóvia ingenuidade!...

Leoninamente,
Até à próxima

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Agora vamos pensar apenas jogo a jogo !...


Hoje não era dia de inventar e Ricardo Sá Pinto não o fez. Foi pelo seguro, mas o máximo que a equipa conseguiu na primeira parte foi equilibrar as coisas, se bem que com mais posse de bola.
A segunda parte traduziu uma boa meia dúzia de verdades sobre o que é o Sporting do momento. Tanto como equipa, como de projecto para o futuro
A primeira grande verdade é a vitória de Sá Pinto na vertente anímica que a equipa revela, pedindo meças a qualquer adversário, na vontade, no querer e na garra com que disputa cada palmo de terreno.
A segunda grande verdade traduz outra grande vitória do novo treinador leonino, ao convencer e ganhar todo um plantel para a necessidade de todos terem de contribuir para a organização defensiva e hoje assistimos a uma disposição completamente diferente por parte das linhas mais avançadas de contribuirem para essa causa importante em qualquer equipa .
A terceira grande verdade centra-se em torno da vertente física, com a equipa a evidenciar índices que revelam graves deficiências na preparação acumulada desde a pré-época, sendo os sucessivos problemas musculares que repetidamente afligem a generalidade dos jogadores, um verdadeiro "case-study" para os estudiosos da matéria.
A quarta grande verdade refere-se à impossibilidade material de mudar em tão pouco espaço de tempo e com a violenta carga de jogos a que vimos assistindo, os processos de jogo há muito inculcados na equipa e que a conduziram à desastrosa inoperância que afastou o técnico anterior.
A quinta grande verdade gira em torno de Rodriguez, que parece ter confirmado hoje, definitivamente, que não poderá haver da parte do clube, mais paciência capaz de lhe proporcionar mais oportunidades.
Finalmente a sexta e última grande verdade estará na formidável demonstração de que uma equipa unida e bem dirigida do banco é capaz de ultrapassar todas as contingências da sorte ou da falta dela, que um jogo lhe possa trazer e o Sporting, pois vendo-se na necessidade de ultrapassar hoje demasiadas montanhas de percalços e azares, uniu-se em torno da força que sentia vir do banco, residindo aí, na minha modesta opinião, a razão da vitória.
Posto isto, perguntar-se-à se o Sporting fez uma grande exibição e se mereceu a vitória. É minha convicção de que, em termos exibicionais, não assistimos sequer e ainda, a uma razoável exibição do Sporting, mas a vitória e a passagem à eliminatória seguinte terá sido inteiramente justa e não poderia ter sido de outra forma. Pese embora a réplica esforçada e combativa dos polacos, o Sporting foi sempre superior e mereceu não sofrer a repetição do episódio dantesco do ano passado com o Rangers.
Duas notas quase finais para referir, em primeiro lugar, o grande golo de Matias e toda a movimentação colectiva que o envolveu: uma delícia! Em segundo lugar, o enorme guarda-redes que se chama Rui Patrício: a caminho da glória!
O confronto com o Manchester Citty ainda vem muito longe e não valerá a pena pensar nas dificuldades que pela certa nos vai trazer. Agora tem absoluto cabimento aquela máxima que os treinadores menos apetrechados no campo psicológico, conseguem meter na cabeça dos seus jogadores: agora vamos pensar apenas jogo a jogo!...

Leoninamente,
Até à próxima

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Palavra de Leão !!!...

Há luz lá ao fundo!...
A coisa lusa está preta no que ao futebol diz respeito. Noutros campos mais importantes, estará mais que preta, estará mesmo negra. Os "andrades" foram levados pela avalanche que sobre eles desabou: 4-0 sem apelo nem agravo. Aos "lampiões" faltará a confirmação que os russos se fartam de prometer e que a 6 de Março saberemos. O Braga já está de malas aviadas e só há duas pessoas que acreditam. Os jogadores nem por isso. Villas-Boas caiu em desgraça e não vislumbro outra  saída que não seja o regresso à cadeira que deixou... quase vazia. Tudo deve ter sido acertado já, mas não será para já. O Mourinho se ganhar La Liga, por lá continuará ligado, mas Guadiola é um espinha tremenda que não desliga. E dos outros não reza a história. A onda de euforia da época transacta, que colocou o futebol português nos píncaros da Lua, vai perdendo força e qualquer dia regressam todos para se juntaram aos que, "à rasca", por cá continuaram, sem emigrar, contrariando os sábios conselhos dos "Passos" que nos vão (des)conduzindo.
O Sporting amanhã que se cuide! Os polacos não gostam de nós e parece que a nossa polícia também não gosta deles. Só faltava amanhã Alvalade não dar razão à nossa polícia. Ainda quando se trata de um "derby", vá que não vá! Mas na Liga Europa, não custava nada ajudar a "gendarmerie" lusa, que bem necessitada anda, sem promoções, sem aumentos, sem gasóleo, sem oficina, sem pistolas, sem algemas, sem coletes e outros meios e com o "tutelar" ministro a desancá-los todos os dias.
O Sporting amanhã que se cuide! O Sá Pinto terá de preparar muito bem a equipa. Principalmente para não ligar aos "assobios", que aqueles "sportinguistas" que conhecemos bem, vão "funcionalizar" de forma estridente. É mais que certo, ou eu não seja leão desde que me lembro e comecei a gatinhar. Aconselharia os jogadores a colocarem "tampões" nos ouvidos, mas não caio nessa porque já ouvi dizer que o árbitro é russo, chama-se Vladislav Bezborodov e apita muito baixinho, logo...
O Sporting amanhã que se cuide! O 0-0 ou 1-1 pode chegar, mas 1-0 ou mesmo 2-0 é mais aconselhado e não tenho a mínima dúvida de que o nosso Sá Pinto já "azucrinou" os ouvidos àquela gente de tal modo que a rapaziadas só para não ter de ouvir os "berros" do "mister", vai-lhe fazer a vontade.
Não sei se o Sá vai optar pelo Carriço ou pelo Xandão. Com o Polga, se calhar teremos mesmo que levar, embora ainda não tenha bem percebido porquê. Cá por mim trocava as voltas aos polacos e punha o Xandão e o eterno lesionado que veio do Peru, Rodriguez, para ver se a dupla se entendia bem. Até podia ser que a coisa funcionasse. Parece que o homem já está operacional e para agradar ao Sá até podia fazer um bom jogo e, se se lesionase de novo, que fosse só lá para os 94 ou 95 minutos de jogo. Também não sei quem irá jogar no sítio do Rinaudo, mas pode ser que,  com medo do Sá, o André Santos entre com outra rotação e "alguma" agressividade. Na frente, penso que não vai haver problemas. Os polacos são duros de rins e com o maestro Matias as coisas tem tudo para correr bem, mas... para os assobios, Sá Pinto não tem ninguém para a marcação. Não sei como vai ser, mas acredito que tenha algum antídoto no bolso.
Vamos lá malta. Agora que já sabem que não terão que defrontar o Porto, a coisa está mais apetecível. É só mais um passo pequenino. Depois, tudo vos será permitido...
                                         Palavra de Leão !!!...

Leoninamente,
Até à próxima

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Fiquei completamente esclarecido!!!...

Pedro Henriques, na minha modesta opinião, foi um dos menos maus árbitros que militaram no futebol profissional português nas duas últimas décadas. Iniciou a sua actividade na época de 1990/1991 e abandonou a arbitragem a um ano do fim da sua carreira, descontente com a sua despromoção à 2ª categoria, em virtude da má classificação obtida na época de 2009/2010, podendo a sua reacção ao tempo ser aqui apreciada, bem como um comentário curioso da blogosfera portista na ocasião publicado e que aqui poderá ser recordado.
Oficial do exército de profissão, balizou a sua carreira por uma postura sóbria, exibindo sempre um nível intelectual e uma desenvoltura comunicacional acima da média, razão porque passou a partir do fim da sua carreira, a comentar todas as questões ligadas á arbitragem nos mais diversos orgãos da comunicação social.
No início deste ano, como aqui poderá ser recordado, aceitou o convite do Sporting para dar formação em questões ligadas à arbitragem, tanto nas camadas mais jovens, como eventualmente a nível superior.
Agora, em entrevista concedida à Antena 1, referida aqui, Pedro Henriques reconhece razão ao Sporting na exposição que o clube pretende apresentar ao Conselho de Arbitragem da FPF, sobre 10 dos inúmeros erros que Jorge Ferreira terá cometido no último jogo de Alvalade. E sem papas na língua e como profundo conhecedor dos meandros em que se move a arbitragem portuguesa, cujos efeitos de certo modo violentos, sofreu na pele, alerta e aconselha subrepticiamente:

"... Em determinadas fases do campenato, tal como aconteceu nos últimos anos, há momentos em que diversos clubes surgem numa perspectiva de tentar de dizer 'nós estamos cá e sentimo-nos prejudicados'. Se há 15 ou 20 anos esse tipo de pressão poderia ter algum efeito, hoje em dia a melhor pressão é a pressão positiva, quanto menos se criticar, ou melhor for o elogio, essa pressão resultará melhor..."

Fiquei completamente esclarecido!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

É melhor os "assobios" ficarem em casa!...

Não haverá aspirinas que possam dissipar as fortes dores de cabeça de Ricardo Sá Pinto. Os polacos já estão aí, bem preparados fisicamente - no Sporting, decididamente, não acontece o mesmo - e conhecem, como todos nós, as debelidades leoninas: a mensagem de Sá Pinto trouxe a todos os jogadores uma interessante hipermotivação para o esforço físico, mas a crença nas suas capacidades técnicas e tácticas ainda não é, claramente, a necessária para que sejam capazes de interpretar o que, notoriamente, aquele pretenderá.
O jogo de domingo à noite mostrou-nos pormenores interessantes: um claro abandono do futebol directo e improfíquo, ainda há bem pouco tempo protagonizado pelos centrais e em seu lugar já pudemos apreciar uma razoável posse de bola que partindo de trás, assenta num arremedo do "tiqui-taca" da equipa de Guardiola, mas cuja progressão ainda se me afigura demasiado lenta e deixando repleto de espaços vazios o centro do meio-campo.
A movimentação dos extremos, particularmente Carrillo, perante as incursões dos laterais, ainda deixa muito a desejar e em vez de cultivarem de imediato o jogo interior e possibilitarem linhas de passe que desorganizem a estrutura defensiva adversária e facilitem a progressão e os cruzamentos para a área, ficam por ali estacionados a atrapalhar quem conduz a bola e tornar mais fáceis as marcações. A entrada de Pereirinha trouxe-nos a indicação clara de como as coisas devem ser feitas, só que os pés são outros e o talento não se compara ao do peruano.
Sem cruzamentos ou infitrações, Wolfswinkel corre por terrenos que não deveriam ser os seus, desgasta-se, torna-se inconsequente e vai perdendo confiança, não por culpa própria, mas por culpa dos vícios instalados na equipa, que não lhe faz chegar o tipo de jogo onde já brilhou e despertou atenções.
Em termos defensivos, desgraçadamente, quando Sá Pinto começava a tentar colocar ordem na "bagunça" a que nos vínhamos habituando, promovendo alguma articulação nos processos de posicionamento e aproveitamento do fora-de-jogo, vê-se privado do concurso de dois jogadores chave: Onyewu e Rinaudo. E a hora não será de ensaiar novas soluções e novos intérpretes. O tempo urge e 5ª feira é já depois de amanhã, pelo que voltaremos muito provavelmente a ver Carriço ao lado de Polga e André Santos devolvido a um lugar que, claramente não consta do seu ADN.
Poucos saberão o que se passa com Xandão. Mas é estranho que não tenha pegado de estaca como a sua contratação quase nos obrigava a adivinhar. E a utilização intermitente e inconsequente de Izmailov também será preocupante. Sobre Ribas também sobram interrogações e o apagamento surpreendente de Rubio muito poucos conseguirão explicar.
Tudo somado, Ricardo Sá Pinto viverá por estes dias entre um desejo tremendo de conseguir levar a equipa a uma premente e moralizadora vitória e uma atroz limitação de meios que lhe refreia o ânimo e a vontade. Valer-lhe-à o seu inquebrantável querer e a determinação que sempre lhe sobrou. O que decididamente não lhe fará falta, serão os "assobios" injustos, imbecis e despropositados daquela franja de adeptos que mais valeria não colocarem os pés em Alvalade.

Leoninamente,
Até à próxima

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Roubaram a jarra de Vitor Pereira !!!...

Até o olhar revela falta de visão...


Após o jogo de ontem, uma forte dúvida povoou-me o espírito, sobre se a actuação do árbitro Jorge Ferreira, quando da marcação do penalti que Wolfswinkel falhou, terá sido a mais correcta. Procurei detalhes mais precisos do que a minha generalizada concepção em torno da marcação do castigo máximo e concluí que um árbitro da 1ª categoria do futebol profissional em Portugal e em todos os países pertencentes e reconhecidos pela FIFA, deve cumprir e fazer cumprir as 17  leis do jogo, constantes da última actualização do International Board, editada em Julho de 2008, em particular no que ao castigo máximo diz respeito. Assim:


A lei 14 estabelece, para além de outras disposições:
- o guarda redes deverá permanecer sobre a sua própria linha de baliza, entre os postes e frente ao executor do penalti, até que a bola esteja em jogo
- a bola está em jogo no momento em que for chutada e se colocar em movimento;
- se o guarda redes infringe as regras, a lei estabelece que o árbitro optará por uma das seguintes decisões:
              a) - se a bola entra na baliza, validará o golo
              b) - se a bola não entra na baliza, mandará repetir o castigo



Sendo a lei 14 uma das mais importantes e cuidadas leis do jogo e portanto merecedora da maior atenção por parte dos colégios formadores, recicladores e actualizadores dos vários escalões da arbitragem, como se compreende que o árbitro Jorge Ferreira tenha falhado tão estrondosamente, quando já leva 16 anos de arbitragem e já passou por dezenas de cursos de formação, reciclagem e actualização?!... Sem opositores entre ele e o lance, desenvolvendo-se o mesmo a escassos 5 ou 6 metros de distância de si próprio e sendo flagrante e notória a infracção do guarda redes, que avançou cerca de 2 metros antes da bola estar em jogo, será que por ser de Braga , este distinto árbitro precisaria de um canudo para ver melhor?!... E se assim aconteceu na realidade, quem foi o oftalmologista que lhe atestou a suficiente aptidão visual ?!... Ou ter-se-à esquecido do canudo?!... E que prémio irá dar o presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, senhor Vitor Pereira, a este distinto correlegionário?!... O canudo que esqueceu em Braga ?!...
Não valerá a pena debruçarmo-nos sobre outras tremendas falhas de visão deste distinto bracarense, a quem auguramos uma carreira brilhante. Se não viu o adiantamento do GR do Paços de Ferreira, como poderia ter visto os penalties sobre Wolfswinkel e João Pereira e a desfaçatez comportamental do defesa pacense que, depois de cometer a falta que "obrigou" este pobre invisual  a assinalar o castigo máximo, pediu repetidamente novo amarelo que o sr. Jorge, ainda a esfregar os olhos da contrariedade anterior, não lhe mostrou para sansionar a sua evidente e prococadora postura anti-desportiva?!...
Com  estes exemplos de classe pura, aguardamos o terceiro árbitro consecutivo de Braga! Ao senhor Vitor Pereira recomendaríamos que seria da mais elementar justiça que assim viesse a decidir. E já agora perguntar-lhe onde diabo escondeu a jarra?! Será que era de cobre?! Com a onda de assaltos ao cobre que anda por aí, se calhar era mesmo...

Leoninamente,
Até à próxima


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Suplício de Tântalo, com primeira vitória de Sá Pinto !...

Compreensão e paciência...
É reconfortante no final de um jogo muito difícil, autêntico suplício de Tântalo para os adeptos sportinguistas, ouvir as declarações de Ricardo Sá Pinto. As contrariedades foram muitas: duas lesões que implicaram esgotar outras tantas substituições, um penalty não transformado por culpa de Wolfswinkel e por erro monstruoso do árbitro que, pelo facto do guarda redes ter avançado cerca de dois metros para além da linha de baliza, deveria ter mandado repetir o castigo máximo e outros que aparentemente deveria ter marcado e não marcou e que as imagens televisivas confirmarão ou não a justeza das suas decisões.
Mas a mensagem do nosso treinador foi bem diferente daquela a que estávamos habituados nos últimos tempos. Sem se esforçar por encontrar desculpas esfarrapadas, Sá Pinto lembrou-nos as contingências que rodearam este jogo, o momento difícil que a equipa atravessa e a compreensão e paciência com que os adeptos obrigatoriamente terão de rodear a equipa para que seja possível esta melhorar no futuro.
Valeu o esforço de toda a equipa, valeu o seu querer e a sua garra, valeram os 3 pontos e o tempo que eles vão permitir no sentido da recuperação da confiança e de níveis exibicionais e de competitividade que todos desejamos.
Espero e esperarão todos os sportinguistas que as lesões de Onyewu e Rinaudo possam ser rapidamente recuperadas. Dificilmente estarão aptos para 5ª feira, mas  se isso não puder acontecer, que o seu afastamento seja o mais breve possível. No caso particular de Rinaudo, curioso o facto de o atleta ter sofrido três traumatismos consecutivos no tornozelo onde foi operado, como aqui foi noticiado. As marcas estão lá e provam o "fair-play" e o carácter dos adversários que as provocaram, perfeitamente identificados na gravação televisiva. É o futebol que temos e o tipo de homens que o povoam...

Leoninamente,
Até à próxima 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A Metodologia de Treino chegou a Alvalade !!!...

professor Jorge Castelo
Está completa a equipa técnica de Ricardo Sá Pinto. Como pode ser confirmado aqui, o Sporting informou a constituição definitiva da equipa técnica que, sobe a liderança de Sá Pinto, vai dirigir o futebol profissional do Sporting.
As novidades são Hugo Porfírio e o professor Jorge Castelo. Sobre o primeiro, que todos conhecemos, a susrpresa é pouca. Foi mais um dos muitos produtos da nossa formação, que depois de um multifacetado percurso no futebol profissional, regressa agora a Alvalade. Um sportinguista é sempre benvindo a Alvalade e com o aval de Ricardo Sá Pinto, nenhumas dúvidas subsistem, pelo menos para mim e julgo que o mesmo acontecerá com todos os sportinguistas.
Sobre o professor Jorge Castelo, que hei-de dizer aos sportinguistas que me lêm?!... Tão só e apenas, que é um profundo e reconhecido "expert"  em toda a matéria que diz respeito à metodologia do treino específico dos atletas profissionais de futebol e que acumula com esse conhecimento os graus académicos máximos - mestrado e doutoramento - das universidades portuguesas, a regência universitária das disciplinas ligadas à Metodologia do Treino, a autoria de consagrados compêndios ligados à mesma área e finalmente as funções de Técnico Formador da UEFA e responsável por todos os Cursos de Treinadores, ministrados sob a alçada da Federação Portuguesa de Futebol.  No campo do exercício específico da sua profissão, contabiliza 25 anos de prática como treinador nas diferentes áreas ligadas ao futebol profissional e respectiva formação e pode orgulhar-se de estar ligado à conquista de 3 Campeonatos Nacionais de Futebol, 2 Taças de Portugal e 1 Super-Taça e ter estado presente em 2 finais da antiga Taça dos Campeões Europeus, 1 meia-final da antiga Taça das Taças e 1 meia.final da antiga Taça UEFA.
Do professor Doutor Jorge Fernando Ferreira Castelo, nascido em Lisboa a 26 de Janeiro de 1957 (55 anos), apenas me restam uma mágoa e uma dúvida. A mágoa de que todos os títulos que ajudou a conquistar não tenham sido alcançados ao serviço do Sporting Clube de Portugal e a dúvida será, se desde muito pequeno não albergou no seu coração o mais nobre e poderoso dos animais: o Leão. Com o seu fascinante "curriculum vitae", penso que só pode ter nascido leão! Mas se esse meu pensamento estiver errado, em vez de uma, terei duas mágoas, mas a minha aceitação à sua escolha não sofre a mínima contestação, antes merece o meu forte e convicto aplauso.
Venho defendendo aqui nos últimos tempos, a necessidade imperiosa de o Sporting acolher nas suas fileiras um profundo conhecedor do treino específico para o futebol profissional e de todos os segredos da Metodologia de Treino que possam elevar os profissionais do clube a patamares que suportem a nossa legítima ambição. Sempre me senti um pobre João Baptista a pregar no deserto, cuja voz julgava incapaz de impressionar os tímpanos decisores de Alvalade. Porventura os meus modestos dotes nunca chegaram junto de quem hoje decidiu convidar o Professor. Mas mais importante que a minha voz tenha chegado aos destinatários, mais importante que alguém tenha ouvido os meus dramáticos pedidos, foi que esse alguém, inteligente, pragmático e realista, tenha optado pela via que poderá ajudar a construir o sucesso e o futuro do futebol do Sporting Clube de Portugal.
Como sempre defendi, não há milagres. O milagre da redentora mudança de paradigma dos processos de treino dos futebolistas profissionais do Sporting, estará porventura, nas mãos competentes do professor Jorge Castelo. Assim o espero. Assim o desejo convictamente!...

Leoninamente,
Até à próxima

P.S. - SL para o grande amigo e enorme sportinguista João António Cachim. Rápida recuperação. O Sporting e este teu amigo em particular, precisamos de ti.

"Quo vadis" Sporting ?!...

"Quo vadis" Sporting ?!...
Estamos a caminhar a passos largos para o final da época! Poderão muitos considerar que ainda é cedo para pensar na próxima. Mas aos que assim pensarem, eu questionaria sobre as vantagens de uma opção dilatória. Porque, para além das operações de limpeza e renovação do balneário, que mais poderemos reter de positivo no projecto com que Godinho Lopes  se apresentou e conseguiu sair vencedor nas últimas eleições?!...
Domingos Paciência constituiu uma dolorosa decepção. Tão inesperada, quanto triste e descoroçoante. Para além de não ter conseguido os resultados que todos esperaríamos, o que conseguiu em termos de projectar para a ribalta uma boa mão cheia de promessas da nossa Academia e não só, foi, rigorosamente, ZERO !...
Uma multidão de críticos a analistas, cedo se pronunciou sobre as debilidades defensivas do plantel. E o coro de referências às lacunas do plantel no sector intermédio e no ataque acompanhou de bem perto o que sobre a defesa foi expresso com maior acuidade. Pois bem, o que fez esse promissor treinador?!... Pouco mais que uma mão cheia de nada!...
A Ilori e a Arias, poucas ou nenhumas oportunidades foram dadas e Átila Turan foi despachado em "combóio de mercadorias expresso" para o Beira Mar. Depois de André Santos e Carriço não terem conseguido fazer o que Rinaudo vinha fazendo antes de se lesionar gravemente, Ricardo Neto, chamado à pressa de onde deixou saudades, foi empurrado de emergência para a equipa, na presunção de rapidamente fazer esquecer o argentino. André Martins, Filipe Chaby e João Mário, serviram para tapar buracos, em vez de serem devidamente preparados, ensinados e incentivados para poderem em qualquer momento render Matias Fernandez, Schaaars ou Elias. Até Diego Rubio, com uma pré-época fulgurante e prometedora, foi colocado na prateleira, na presunção de que Wolfswinkel e Bojinov seriam soluções perenes, bastantes e suficientes.
E os erros que todos eventualmente tenham cometido, quando fortuita e esporádicamente chamados, não foram entendidos como passos naturais no seu processo de afirmação, antes inapelável e implacável condenação ao degredo do treino sem objectivos ou futuro. Assim foi desperdiçada - não destruída, por enquanto! - a prodigiosa formação da nossa Academia e as fabulosas potencialidades da juventude que Carlos Freitas em boa hora fez ingressar no Sporting, com custos próximos do zero e com rótulo de futuro promissor.
Nesta condição, em realidade, o Sporting jamais irá a lado algum. Qualquer Paulo Sérgio desta vida, sendo certo que o Sporting nunca poderia contratar John Terry, Puyol, Bruno Alves, Pirlo, Essien, Ozil, Iniesta, Drogba ou Van Nistelrooy, formaria uma equipa imbatível só com os nomes apontados. O difícil e que todos nós esperávamos, é que Domingos Paciência, com as 18 ou 19 caras novas que lhe puseram nas mãos, mais uns quantos que sobraram da vassoura de Luís Duque e com a fabulosa e promissora "cantera" que Sá Pinto por ali perto ia treinando e preparando para o futuro, fosse capaz de fazer uma equipa a sério, que praticasse bom futebol e não nos envergonhasse, nem queimasse os sonhos legítimos que germinavam em todos nós sportinguistas.
O projecto de Godinho Lopes ruiu como um castelo de cartas, porque o treinador escolhido revelou não ter capacidade suficiente para arremedar sequer o Rei Midas. Há dezenas e dezenas de treinadores por esse mundo fora, que com o potencial colocado nas mãos de Domingos Paciência, teria cumprido os objectivos mínimos que a grande nação leonina esperava dele. Ninguém lhe pediu títulos, apenas e só bom futebol. Claro que os investidores que permitiram a vinda de tantos e bons jogadores para o Sporting, quereriam rentabilizar no final da época algum desse investimento. E com as coisas assentes, pelo menos, nos serviços mínimos, alguns partiriam no final da época para outras paragens, assegurando a esses investidores a rentabilidade suficiente para garantir a continuidade do seu apoio e ao Sporting o alívio do começo da recuperação económica e financeira com que Godinho Lopes sonhou. Domingos Paciência, pese embora as suas aparentes integridade, honestidade e  seriedade, revelou não ser homem e técnico para esses feitos. Laszlo Boloni, José Peseiro e Paulo Bento, revelaram predicados nessa vertente, incomparavelmente superiores e acabaram sepultados no desanimador e triste cemitério de treinadores de Alvalade.
Não sou capaz de adivinhar o que Ricardo Sá Pinto conseguirá fazer pelo seu e nosso Sporting. Mas temo que sózinho não consiga melhor que todos os que o antecederam. Porque o Sporting Clube de Portugal tarda em encontrar a solidez da estrutura que o adversário do Norte há muito encontrou e que, aparentemente, o vizinho a Sul parece ter encontrado.
Sou racionalmente agnóstico, pelo que não creio em deuses, santos e muito menos em milagres. Acredito nos projectos sérios e consistentes, nos colectivos fortes e nas capacidades, competências e trabalho de cada um dos que os constituam. Se Ricardo Sá Pinto não for devidamente enquadrado numa estrutura desta natureza, nem toda a sua inquebrantável vontade e sportinguismo, impedirão que o filme tantas vezes visto por todos nós, não venha a ser reexibido em Alvalade!... 

Leoninamente,
Até à próxima 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Vamos acreditar nesta gente, porque não ?!...


Vontade de vencer !...  in "A Bola"
Ricardo Sá Pinto foi muito feliz na sua estreia como treinador do Sporting Clube de Portugal! Mas fez por merecer a enorme felicidade que estará a sentir neste momento. Mexeu, arriscou e ganhou! Exactamente à sua maneira! Este é o Coração de Leão como nós o conhecemos e admiramos. Por isso a sua escolha foi tão consensual e aplaudida!...
O Sporting não mudou muito desde o último jogo. Mas os jogadores sentiram a mística que Ricardo Sá Pinto irradia e lutaram, trabalharam e ... acreditaram sempre. Como o seu líder, que é homem de antes quebrar que torcer. Há fenómenos quase inexplicáveis e o que vimos hoje no estádio gelado de Varsóvia, foi claramente o sentir novo que se apoderou da equipa, um querer inabalável que muitos julgariam já não exisstir na equipa.
Contrariamente ao que nos vinha habituando, o Sporting entrou bem no jogo. E também ao inverso do que vinha sendo hábito Izmailov e Schaars entraram  de início: os melhores à frente, depois se verá! Candeia que vai à frente alumia duas vezes!... Mas sofreu o primeiro golo numa cena a que já estamos habituados. Só Sá Pinto não baixou os braços, nem arrepiou o cabelo. Depois do intervalo, sangue novo e fresco. E com renovada vontade, renovada crença e o precioso e inquebrantável incentivo vindo do banco, Carriço atirou a contar e os leões partiram em busca da vitória.
Mas estava escrito que, como habitualmente, mais uma vez os árbitros ajudariam o adversário. Um "pequeníssimo" lapso do árbitro auxiliar, que não viu um flagrante fora de jogo do ataque polaco, deu o segundo golo ao Légia. Assim como o senhor árbitro principal não viu um penalty sobre Carrillo E as contas da eliminatória ficaram mais complicadas de novo. Chegou, como habitualmente, o desânimo e acabámos por perder?!... Nada disso, apesar do frio intenso, os leões arregaçaram as mangas e partiram de novo em busca da glória. E como também habitualmente acontece, quando o querer e a raça comandam as pernas, chegou a "trivela" de André Santos, para nos encher o coração, dar ânimo e encher Alvalade dentro de uma semana.
No "flash-interview" o sorriso de Ricardo Sá Pinto ia de orelha a orelha. Como a alegria do êxito, pura e cristalina, lhe fica bem e como a mereceu hoje. Não tocaram as trombetas, nem fizemos a melhor exibição do mundo. Mas a certeza do dever cumprido, certo que bailaria no espírito de cada um quando abandonou o relvado.
Agora há que regressar a casa e trabalhar, trabalhar muito. Porque no domingo à noite, há autocarros em Alvalade. Ao que consta, novinhos em folha e importados do Vietname do Sul. Vamos acreditar nesta gente, porque não ?!...

Leoninamente,
Até à próxima

Cantem, cantem, que a Verdade encanta !!!...

Hoje há um jogo importante para o Sporting em Varsóvia. Ricardo Sá Pinto irá tentar que a sua equipa deixe a pele em campo, à imagem da sua filosofia de vida, que cabalmente demonstrou sempre que envergou a gloriosa camisola verde branca. Que sejam felizes todos e que nós, cá neste cantinho possamos sorrir com um resultado que nos permita seguir em frente.
Mas as perspectivas para o jogo de logo à tarde e o novo rumo que todos queremos adivinhar para o futuro do Sporting e que Ricardo Sá Pinto corporiza, não nos pode fazer esquecer o doloroso processo que o conduziu à responsabilidade que "leoninamente" assumiu e no qual ninguém lhe poderá assacar a mais pequena percentagem de culpa.
A destituição de Domingos Paciência, pese embora o facto de poder ser perfeitamente compreensível, constituiu uma peça paradigmática de processos em que o Sporting e todo o seu universo jamais de se poderá rever. Assistindo ao presidente Godinho Lopes todo o direito de decidir como decidiu, isso não invalida o facto de todo o histórico de acontecimentos que antecedeu a medida, ser pouco abonatório para a sua própria imagem e menos ainda para a imagem do clube que dirige.
Como se todo esse nebuloso e pouco digno processo não bastasse, a agência Lusa, por razões que já tentou explicar, mas que do meu modesto ponto de vista se revelaram perfeitamente insuficientes, veio ajudar à festa, tentando provocar a desacreditação ou a destruição do carácter de Domingos Paciência. Segundo o comunicado da própria agência, não teria sido essa a sua intenção e atirou-nos com um curioso jogo de palavras em torno da boa bé do seu jornalista e da má fé da  fonte supostamente envolvida, próxima ou mesmo integrante do corpo dirigente do Sporting. Não sou capaz de deixar de considerar esta manobra da agência Lusa, como mais um erro tremendo que estarão a cometer, justamente em cima daquele com que, intencionalmente ou não, despoletaram este caso de enorme gravidade.
Torna-se demasiado óbvio que a agência estará a proteger o seu jornalista e a relação de amizade que une este à famigerada fonte onde, tudo indica, terá nascido a escabrosa perfídia de todo o melindre a que assistimos. A dignidade da agência e de todos os que nela trabalham só poderá ser salva com a denúncia pública da pessoa que esteve na origem de todo este nojento imbróglio. Porque para além da salvaguarda da sua própria imagem de credibilidade, profissionalismo e deontologia, outra entidade relama a verdade, no sentido de que lhe seja possibilitada a saudável, premente e obrigatória purga: o Sporting Clube de Portugal!...

Cantem, cantem, que a Verdade, ainda que doa, encanta !!!...  

Leoninamente,
Até à próxima

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Carlos Freitas, antes da devoção ...

Carlos Freitas - in "A Bola"
Bem antes da devoção está a obrigação!... Como já se vem tornando normal, os especuladores noticiosos dos orgãos de comunicação social da área do desporto, aproveitaram a desmarcação da viagem que Carlos Freitas tinha programado para acompanhar a comitiva leonina na sua deslocação a Varsóvia, para tentarem acrescentar mais uma nuvem negra no céu forrado com que permanentemente caracterizam o ambiente em volta de Alvalade.
Luís Duque afirmou, quando lhe foi colocada a questão sobre as razões que estariam por detrás da decisão de Carlos Freitas não acompanhar a equipa à Polónia, como poderá aqui ser apreciado, que o director desportivo sportinguista ficava em Lisboa , porque estaria a trabalhar e... bem !... Era óbvio que estava, como há poucos momentos todos pudemos compreender:
Carlos Freitas conseguiu chegar a acordo com Domingos Paciência, sobre os termos indemnizatórios que caberão ao Sporting pagar e o ex-treinador receber, em sequência da rescisão unilateral decidida pelo clube.
Era condição "sine qua non" este acordo, para que Ricardo Sá Pinto se pudesse sentar no banco em Varsóvia. São as regras da UEFA, que não brinca em serviço. E o Sporting também não brincou e, atempadamente e bem, como disse Luís Duque, tratou de resolver a situação.
Agora Carlos Freitas poderá dedicar-se com mais atenção a outra questão, de importância eventualmente superior, que deverá ser desenvolver as deligências necessárias para que a equipa técnica que acompanhará Sá Pinto nos próximos três meses e meio, fique completa até ao próximo fim de semana, como fonte leonina havia admitido.
Desconheço em absoluto os termos do acordo a que Carlos Freitas, em representação do Sporting, e Domingos Paciência chegaram. A serem verdade os rumores que acompanharam ontem o desmentido categórico do ex.treinador do clube sobre uma notícia veiculada pela Lusa, que citando uma "fonte"(?), alegadamente(?) ligada à direcção sportinguista,  dava conta que contactos que aquele técnico teria mantido com dirigentes portistas teria estado na base da decisão dos dirigentes leoninos e que apontavam para a decisão de Domingos Paciência pretender que o Sporting apenas lhe continuasse a pagar nos termos acordados no ínicio da época, apenas e enquanto o treinador não se vinculasse contratualmente a qualquer outro clube, entendo que esse acordo honrará ambas as partes e direi que se reveste da mais elementar justiça, tanto para o técnico como para o clube que até agora representou. As pessoas dignas e de boa fé - singulares ou colectivas - só podem agir em conformidade com os mais elementares princípios da ética, da moral e da justiça. Tanto o comunicado ontem mandado publicar por Domingos Paciência,  como o acordo a que hoje chegou com o Sporting, limparam por completo o meu horizonte das nuvens negras, que tantas atoardas lançadas sobre uma pessoa que sempre considerei digna, íntegra e séria, pretenderam ensombrar a imagem de Domingos Paciência.
Uma coisa são os superiores interesses do Sporting Clube de Portugal, que deverão ser colocados acima de tudo e de todos, mesmo que colidam com pessoas íntegras, sérias e honestas. Outra coisa é fazer tábua rasa sobre a dignidade e direitos constitucionalmente estabelecidos dessas mesmas pessoas. Revejo-me na atitude do Sporting Clube de Portugal, pese embora não subscrever a decisão do presidente Godinho Lopes. Mas acima da minha opinião ou de qualquer outro associado e adepto do Sporting, está a opinião do seu Presidente. Para isso ele foi eleito pela maioria dos associados. Exactamente para tomar decisões difíceis como essa. Certas ou erradas, o futuro há-de julgá-las!...

Leoninamente,
Até à próxima

Presidente, agora é proibido falhar !!!...

É preciso tratar da saúde do Leão !...
As últimas notícias dão conta que Nelson e Tiago Moutinho transitarão dos juniores, acompanhando Ricardo Sá Pinto na responsabilidade de fazer regressar rapidamente o Sporting a um plano diferente daquele em que, paulatinamente, se vinha comodamente  instalando e viciando, sem golpe de asa, sem reacção, sem honra, sem glória. E uma das muitas deficiências que a generalidade da crítica e a grande maioria dos sportinguistas apontavam, era sem sombra de dúvida, a deficiente condição física, resultante de uma inapropriada e confrangedora preparação específica, que se somava a outra falha transcendente na importantíssima vertente psíquica e motivacional.
Quer-me parecer que Ricardo Sá Pinto transporta dentro de si uma tão contagiante mística sportinguista e um carisma motivacional de tal ordem, que o plantel facilmente acordará da letargia em que se tinha deixado envolver e rapidamente recuperará o querer, a garra e a vontade de vencer tudo e todos, até a adversidade de factores de toda a ordem. Não me preocupa essa vertente e estou certo de que a recuperação não demorará.
O que sobremaneira me preocupa são as deficiências de condição física que ao plantel exibe e a juventude e inexperiência de Tiago Moutinho, que não conheço e a quem não desejaria subestimar. Mas os seus 31 anos e as dificuldades de recuperar fisicamente um plantel a meio de uma época, sendo que no tempo decorrido até agora deveriam ter sido construídos - e é manifesto que não foram -, os alicerces que acautelassem a parte que ainda resta, parecem-me uma tarefa demasiado exigente para a  natural falta de traquejo de Tiago Moutinho. Pode este jovem vir a revelar-se no futuro, um raro fenómeno de competência numa área tão exigente. Mas nada nos garante que o consiga demonstrar já, aqui e agora. E será um risco muito grande se, tanto Ricardo Sá Pinto, quanto os próprios responsáveis da SAD, facilitarem nesta questão nevrálgica e preponderante.
Debruçando-me precisamente sobre este tema, publiquei aqui, há já um bom par de dias, um artigo onde relembrava a categoria e competência de Roger Spry. É que não há milagres no futebol e a vinda de um técnico credenciado e competente com um contrato de duração igual ao que foi estabelecido com o novel treinador, seria ouro sobre azul para o Sporting, para Ricardo Sá Pinto e para Tiago Moutinho. Falei de Roger Spry por razões que o momento justificava. Mas não é o nome que estará em causa, antes a qualidade, a competência e a escola. Porque a escola portuguesa, tendo pouco a aprender no campo da metodologia de treino específico e táctico, ainda estará muito longe das melhores escolas europeias no campo da preparação física. E o resultado disso mesmo estava a ser patenteado pela equipa do Sporting, com índices físicos deficientes e lesões sucessivas, resultado de uma programação e cargas de treino, no mínimo, desadequadas. Os indicadores que a equipa apresentava, jamais seriam tolerados em Inglaterra, Alemanha, Espanha ou mesmo Itália.
Estou certo de que o problema que hoje abordo, não deixará de fazer parte das preocupações e cuidado dos responsáveis da Sporting, SAD. Por isso, aguardarei com interesse inusitado os próximos dias, no sentido de que a questão venha a ser enfrentada com a assertividade que a sua importância exige, sob pena de continuarmos a queimar etapas, projectos e sonhos! Presidente Godinho Lopes, agora é proibido falhar !...

Leoninamente,
Até à próxima 
  

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Que tenha toda a sorte do mundo !!!...

Ricardo Coração de Leão
Daqui do meu canto, quero saudar e aplaudir Ricardo Sá Pinto. Porque o sportinguismo que me orgulha e enche o peito, é um anãozinho se comparado com o seu. Ricardo não tem no presente e dificilmente terá no futuro, qualquer trejeito de concorrência na sua leoninidade. Às vezes penso por onde andaria o Sporting se alguma vez tivesse o privilégio de contar no seu plantel com 11 Sá Pintos! Se calhar nem Pepe Guardiola e o seu Barcelona, se atreveriam a desafiar esse Sporting imaginário!...
Mas a ficção é uma coisa e a a realidade da vida outra completamente diferente. E todos nós conhecemos o fantástico Coração de Leão. Tanto no seu sportinguismo elevado a potência infinita, quanto na sua latinidade descontrolada e irascível. O que nenhum sportinguista conhece e os analistas deste jogo universal também ainda não dominam suficientemente bem, é a capacidade de Ricardo para conduzir e liderar uma sociedade de nações como a que em termos técnicos, mentais, filosóficos e comportamentais, constituem o plantel do Sporting. Não será nunca uma missão fácil e aí terá estado a razão fundamental para o insucesso de quem o antecedeu, como estará o suporte de todas as dúvidas que invadem hoje o universo leonino.
Ricardo Sá Pinto, não vacilou nem se atemorizou com o desafio, porventura extemporâneo, que lhe foi lançado. Como em todos os momentos do seu passado, respondeu ao Sporting com a única resposta que a sua alma  de leão indomável lhe concede. Isso não significa consciência plena e decisiva da tremenda responsabilidade que permitiu lhe fosse colocada sobre os ombros. Mas também nunca poderá significar o seu antecipável fracasso. Tudo pode acontecer, desde o apagamento definitivo de atitudes menos próprias que o seu passado ainda exibe, como o salto para o êxito, agora com dimensões, enquadramento e colorido diferentes dos que conheceu como futebolista de eleição e sportinguista de excepção.
Mais do que do benefício da dúvida, Sá Pinto é merecedor do nosso apoio, do nosso estímulo, da nossa compreensão. Porque é um dos nossos e porque em ninguém da fantástica família sportinguista haverá a mínima réstea de dúvida sobre o que neste momento transporta na sua alma de leão. Que tenha toda a sorte do mundo !!!...

Leoninamente,
Até à próxima

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A lei de Murphy colou-se ao Sporting !...

Edward Murphy, o homem da lei estranha
Quando elaborei e publiquei há um bom par de horas, o artigo anterior, cometi sem querer um acto colossal - agora está na moda este palavrão e eu adoro modas !... -, de prestidigitação, ao esquecer-me que em consequência de um falhado teste de tolerância à gravidade por seres humanos, um até então quase desconhecido engenheiro aeroespacial norte-americano de ascendência panamiana, Edward A. Murphy, tinha chegado a uma tão surpreendente quanto irrefutável conclusão: "Se em qualquer momento, alguma coisa tiver a mais remota possibilidade de dar errado, é certo que dará mesmo. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível.".
Se me tivesse passado pela cabeça a força da lei que celebrizou Murphy, adiaria porventura "sine die" a reflexão que impus  a mim mesmo e sugeri aos sportinguistas que me lêm e muito provavelmente teria evitado  que horas depois, a estrutura directiva do Sporting tivesse decidido substituir o treinador Domingos Paciência por Ricardo Sá Pinto. Assim, temo que a minha voluntariedade tenha precipitado as coisas e sinto-me, de certo modo, culpado pelo que acaba de acontecer. Nem Gabriel Garcia Marquez com a sua fabulosa obra, terá conseguido o que eu e a poderosa lei do capitão americano de aeronáutica conseguimos, ao despoletar a "crónica da morte anunciada" de Domingos Paciência!... Longe vá o agoiro que as palavras e só as palavras possam traduzir, e que Domingos tenha muitos e muitos anos de vida e com muita saúde e felicidade na sua vida pessoal e familiar.
Mas o que tem de ser tem muita força!... Culpas próprias e erros alheios terão ditado o fim da  ligação de Domingos ao Sporting e não valerá a pena chorar sobre leite derramado. Apagou-se em Domingos Paciência o fogo do leão. Honra a quem sai e esperança em quem entra. É a lei da vida, mais forte ainda que a que Murphy nos concedeu.
Mas a danada da lei do engenheiro americano, qual cutelo afiado, paira sobre a cabeça de Ricardo Sá Pinto! Porque entre a sua generosidade leonina e a sua impulsividade latina e descontrolada, Murphy já ameaça tanto o seu futuro como o do promotor da sua ascensão meteórica. Godinho Lopes, desdizendo hoje o que ontem tão permptoriamente afrirmara, deverá cuidar da afronta que fez a Murphy. Porque "... dar errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível." será um aviso demasiado sério para ser menosprezado.
Alvalade será um verdadeiro vulcão, tanto no momento presente como amanhã. Nunca acreditei em "chicotadas psicológicas"! Acredito na competência, no bom senso e no trabalho, como forma única de chegar ao êxito. E o êxito que se me afigura passível de ser alcançado pelo Sporting neste momento, será tão só, sobreviver sem danos irreparáveis!!!.

Leoninamente,
Até à próxima..

Reflectindo no nosso grande amor !!!...

Nunca o escondi de ninguém!... O meu grande amor é o Sporting Clube de Portugal!...
E também nunca escondi que o meu candidato preferido nas últimas eleições era Bruno de Carvalho!...
Os resultados dessas eleições deram a vitória ao Eng. Luís Godinho Lopes. Que tomou posse como Presidente do Sporting Clube de Portugal e passou a ser o meu presidente. Aqui o defendi muitas vezes e aplaudi muitas das medidas que o seu mandato vem "oferecendo" ao clube. Aqui também, critiquei algumas das posições tomadas pelo candidato Bruno de Carvalho no conturbado período pós-eleitoral e mesmo em fases posteriores.
Sinto-me portanto com as mãos limpas e a coluna bem direita, para poder afirmar que, assistindo como associado e adepto ferrenho, ao percurso destes dois homens nos quase onze meses que mediaram entre o último acto eleitoral e o dia de hoje, o presidente em exercício, no meio de muitas decisões que aplaudi, vem revelando em cada dia que passa as razões que me levaram a considerá-lo um mero instrumento da continuidade que quis ajudar a expulsar do clube que amo, enquanto que o candidato derrotado, com algum - justificado ou não - mau perder e cometendo aqui e ali algumas "gaffes" pontuais, porventura ditadas pelos despudorados ataques pessoais a que todos assistimos, tem vindo a corrigir trajectórias comunicacionais e a recuperar a posição de reserva moral do Sporting que sempre senti que poderia representar.
Num momento delicado para a vida da instituição centenária que é o Sporting Clube de Portugal, tanto pela divulgação da auditoria, cuja oportunidade e demasiada transparência para o exterior poderão ser passíveis de contestação , como pela manifesta derrapagem dos resultados desportivos, partucularmente no futebol profissional - haverá outras, mas de importância menor -, Bruno de Carvalho veio a terreiro, corajosamente e correndo o sério risco de "poder ser preso por ter cão ou deixar de o ter", apresentar a sua visão sobre a actualidade do nosso querido clube. Fê-lo, em minha opinião, de uma forma digna e com os direitos que como cidadão e sportinguista lhe assistem. A mim em particular, trouxe-me a certeza que as sua palavras merecem ser profundamente reflectidas por todos os sportinguistas em geral. Por assim pensar, atrevo-me a publicar neste despretensioso blog, sem a sua permissão porque julgo não desvirtuar os seus objectivos, as palavras que traduzem o seu pensamento actual e os seus propósitos no futuro.
Bruno de Carvalho não me deve nada, nem nunca me pediu nada! Este meu gesto será apenas uma contribuição para que possa ser conhecida por mais alguns adeptos leoninos, o sentir e o propósito de um sportinguista que também sente e vive o Sporting Clube de Portugal:




O SPORTING SOMOS NÓS E SEMPRE SERÁ!


Nestes momentos o mais “fácil “ seria dizer que nada do que está a acontecer espanta e que é o resultado inequívoco da mentira com que se iniciou esta nova etapa da vida leonina.
Mas nada no futebol é fácil e muito menos o que é relativo ao Clube do nosso coração. Cada mau resultado ou derrota é uma farpa no coração de cada sportinguista e dificulta cada gesto, cada palavra, cada acção. A constante avaliação dos chamados processos de intenção e os diferentes timings perceptíveis de cada um, dificultam a análise constante do que se passa com o nosso Clube e podem mesmo inibir o debate das respostas que tantos reclamam mas depois não querem aceitar.
Um projecto tem um rosto, um líder e a ele devem ser aludidos todos os méritos e deméritos da equipa que prepara. Desportivamente temos todos de ser solidários e falar a uma só voz. A valorização desportiva do Sporting serve todos e a sua desvalorização apenas serve os nossos adversários.
Recuso-me, como sempre o fiz, em ser o profeta da desgraça ou uma espécie de “Messias” que se ergue dos desaires do Sporting. Sou o que sempre fui um sportinguista com um projecto sério e válido para o nosso Clube e enquanto assim o pensar cá estarei sempre pronto para ser parte da solução e nunca parte do problema.
O meu projecto era válido e assim continua e só não está disponível a quem gere actualmente os destinos do Clube por incapacidade dos mesmos, durante o período eleitoral, de enaltecer o mesmo e de acarinhar os que dele faziam parte, fossem os elementos da lista, fossem os investidores.
Isto deveu-se à falta de um projecto próprio que levou à facilidade de entrar pelo caminho de denegrir quem o tinha. Foi esta ânsia de vencer a todo o custo, que fechou a porta à solução de reerguer o Sporting já nesta época.
Repito o que sempre disse, desportivamente estarei sempre ao lado dos atletas e da equipa técnica, pois são eles que nos representam dia a dia. Mas com isto não mudo a minha maneira de ser e de pensar: detesto perder, detesto incompetência, detesto falta de garra, detesto mediocridade, detesto falsidade e detesto cobardia.
Mas se desportivamente me verão sempre a gritar VIVA O SPORTING! em todos os campos e pavilhões, a nível da gestão do Clube não me poderão ver a apoiar o que nunca acreditei.
Mais do que qualquer sportinguista (desculpem a minha imodéstia mas apenas eu sei o que passei, vi e percebi durante o período eleitoral e durante estes últimos 9 meses) sei que não existe qualquer projecto digno desse nome para o Sporting.
Tem sido feita uma gestão que é caracterizada por: alterações frenéticas de objectivos de acordo com as vontades expressas nos grupos de apoio ao Sporting nas redes sociais; varias vozes a sugerir rumos diferentes; evidentes lutas internas pelo poder; um controlo da comunicação social mas apenas para assuntos internos descurando a luta pelo respeito que merecemos dos mesmos como a grande instituição desportiva portuguesa que somos; uma venda aflitiva dos passes dos nossos jogadores, que apenas com 10%, 15% e 20% em posse do Sporting, dificilmente se manterão por mais tempo no nosso Clube (só acontecendo se os resultados forem maus e ninguém quiser comprar os mesmos) e consequentemente uma incapacidade de programar ou de preparar uma equipa base para o futuro leonino; uma derrota a todos os níveis por uma posição que obrigue as entidades que regulam o futebol português (Federação Portuguesa de Futebol, Liga de Clubes e Comissão de Arbitragem) a respeitarem o Sporting; incapacidade de atrair novos patrocinadores, tendo mesmo sucedido a saída de alguns como foi o caso publico da Coca Cola; incapacidade de gerir sem necessidade de antecipação de receitas (que hipotecam o futuro); jogadores a serem vendidos para fundos uns a preço de custo, uns abaixo do preço de custo e os da formação a preços gravemente baixos, lesando os interesses e expectativas naturais do Sporting enquanto Clube formador de grande valor.
A esta gestão restava o caos financeiro anunciado pelo próprio Godinho Lopes na entrevista que deu ao Expresso no dia 30.12.2011.
Mas agora é a minha vez de dizer que não vou tolerar mais mentiras. Eu fui acusado de mentir e de não saber o que dizia quando disse que a divida do Grupo Sporting era superior a 300 milhões de euros. É mentira disse Godinho Lopes, acrescentando que apenas ele sabia toda a realidade e que por isso se candidatou. A divida não era superior a 180 milhões afirmou. Godinho Lopes mentiu a todos e esse é um facto e não uma tentativa de incitar a revoltas. Agora como sabia eu o valor e ele não? A mim apenas bastou me somar os relatórios dos últimos 16 anos a ele não sei, terão um dia os sportinguistas de lhe perguntar se acharem interessante.
Mas qual é a mentira que não vou tolerar? Aquilo que não vou deixar é que se passe uma imagem falsa que esta gestão dos últimos 9 meses é apenas consequência dos anteriores mandatos dos últimos 16 anos onde Godinho Lopes até fez parte e activamente.
A situação era grave, mas isso todos sabíamos, e foi prometido que este era o início de uma nova era. Não só não foi o início de uma nova era, como o “rumo” seguido e as decisões de gestão tomadas, agravaram e muito toda a situação. Essa é a verdade que não pode ser mais escondida. Os dados estão ao alcance de todos no relatório do 1º trimestre desta época que está no site da CMVM. Quem quiser ir ver, mesmo que nada perceba de finanças, imprima e fale com quem perceba, não se mantenham é “cegos” com a desculpa de nada perceberem do assunto. O Sporting tem quase 400 milhões de passivo e ninguém teve culpa… O Sporting já aumentou este passivo esta época mesmo com milhões de receitas antecipadas e vendas da maior parte da percentagem dos passes para fundos mas querem nos fazer crer que a culpa é apenas dos períodos anteriores, onde ninguém teve culpa…
A situação que o Clube atravessa tem culpados sem dúvida e a necessária auditoria de gestão que sempre defendi irá um dia revelar os mesmos, mas neste momento a situação agrava-se mensalmente e ai não precisamos de auditoria para saber de quem é a culpa, pois a culpa é de quem gere o Clube.
A solução existe como existia há nove meses atrás. É ter um projecto sério, um modelo de financiamento do futebol leonino que não agrave o passivo, resultados desportivos consistentes e com isso criar as condições necessárias para renegociar, como agente cumpridor e forte, as dividas aos fornecedores e à banca.
Nunca me irão convencer que a solução passará por novas engenharias financeiras, com passagens de sociedades detidas a 100% para a SAD, com a desculpa que tal servirá para o Sporting CP manter a maioria da SAD na altura da conversão em acções das VMOC´s e ao mesmo tempo estar à procura de investidores para comprarem a SAD leonina.
Muito menos a passagem “administrativa” ou por sufrágio do direito de superfície do Estádio. A SAD já tem demasiado do património do nosso Sporting CP, sempre com a explicação, que era essa passagem específica que ia salvar e mudar o rumo do Clube. Nunca assim foi, nem nunca assim será, pois a explicação sempre deveria ter sido que apenas servia para esconder, com meras engenharias, os erros sucessivos da gestão leonina. Quando passarmos tudo para a SAD e com a gestão a continuar a ser um desastre como está a ser, o que nos vai acontecer se um dia a SAD falir?
O Sporting não precisa de engenharias, que são apenas números fictícios deslocados de um lado para o outro. Necessita de um projecto sólido, com objectivos determinados apoiados num modelo de financiamento do futebol que não aumente o seu passivo mas sim torne o seu futebol vencedor e capaz de gerar fluxos que sirvam para a amortização das suas dívidas.
Um possível comprador da SAD é claro que quer deter tudo dentro da própria SAD pois só desta forma eliminará por completo o “problema” que se chama sócios do Sporting Clube de Portugal. E é essa a verdadeira intenção de toda a engenharia financeira que nos vai ser apresentada e da necessidade de criar no público em geral o pânico da fatalidade e da solução “do mal o menos”, que será agora a de um “Messias” estrangeiro comprar a SAD do Sporting.
Os “experts” financeiros já vêm todos dizer que não existem soluções sem ser a venda da SAD a um investidor estrangeiro. (Todos? Não, os mesmos que criticavam sem fundamento a solução que apresentei e que agora vêm destilar a sua “ciência” em que afinal a solução pode ser essa. Mas claro, desde que não falem russo, pois os que falam não são credíveis. Mandarim, kwaitiano, iraniano, qualquer serve, mas russo por favor não). A esses senhores “experts” digo, é falso. Das soluções possíveis a venda da SAD é a menos credível de poder acontecer e ao mesmo tempo a pior de todas.
O Sporting é dos sportinguistas. Assim o foi há mais de 100 anos, assim o será pelo menos por mais 1.000!
Esta é a mentira que me impede de continuar mais calado. O meu timing nada tem a ver com a derrota com o Marítimo mas o de saber que em breve todos os sportinguistas, dos mais novos aos mais velhos, vão ser sujeitos a novas mentiras e a uma tentativa de entregar o poder do Clube a estranhos que nada sabem do mesmo, que nunca sofreram pelo mesmo, e que se conseguissem os seus intentos no momento em que perdessem dinheiro com o Clube deixavam-no cair, pois para eles seria um mero negocio que se falhasse não tinha a menor importância.

Apoiando o meu Clube sempre! Cego, surdo e mudo, nunca!

O Sporting somos nós e sempre será!

VAMOS LEÕES! JUNTOS PARA VENCER JÁ NO PRÓXIMO FIM-DE-SEMANA!

VIVA O SPORTING E VIVAM OS E AS SPORTINGUISTAS!
 
 
 

Leoninamente,
Até à próxima