FECHÁMOS PARA FÉRIAS
«O Sporting tem, para o futebol profissional, o orçamento mais caro de sempre; tem a equipa mais cara de sempre e o treinador mais caro de sempre.
Esta largueza, pressupõe, na minha óptica, que, quem é tão altamente remunerado, corresponda; não necessariamente ganhando todos os jogos - se o conseguir, melhor - mas deixando a sua marca de empenho e qualidade, em todos os campos por onde passa.
Ora, infelizmente, não é isso que está a acontecer, neste final de época; e o que me incomoda verdadeiramente, não é o Sporting ter perdido, é sim, a maneira como perdeu.
O Sporting sofreu derrotas contra o Belenenses e o Feirense, apenas e só porque estas equipas fizeram mais pela vida; correram mais, lutaram melhor, acreditaram, o que, diga-se, nem foi muito difícil, porque, a tal equipa mais cara da história do clube, parecia estar a fazer um frete, tão desgarrado, previsível e inconsequente foi o seu jogo.
Este argumento de a equipa não estar a lutar por nada, é fraca desculpa; o Sporting luta sempre, e em qualquer circunstância, pela manutenção do seu prestígio, pelo respeito que as suas camisolas devem infundir, por corresponder às esperanças que os dedicados adeptos todas as semanas, nele depositam.
É por isso que me torço todo, quando ouço o treinador dizer, à guisa de justificação para todos estes desfechos tão desalentadores, que o Sporting suspira por que o campeonato acabe.
Custa-me perceber esta mentalidade, que é típica de uma equipa pequena, que, alcançado o objectivo a que se propõe, normalmente a manutenção, desliga e baixa os níveis de competitividade.
Se os jogadores estão - compreensivelmente - desmotivados e frustrados nas expectativas que lhes foram traçadas, cabe ao treinador estimulá-los, espicaçá-los e explicar-lhes que não há Taça das Confederações, Campeonato Mundial, saturação, conformismo ou mero cansaço, que passe à frente dos interesses do clube.
Não sei o que saiu da propalada reunião do presidente com o treinador, espero que as agulhas tenham sido acertadas e que, mesmo a jogar a feijões, a atitude seja outra.
Confesso não ter prazer nenhum em escrever este crónica, mas prefiro enfrentar as realidades, por mais duras que sejam, a viver nas ilusões do "para o ano é que é".»
Confesso não ter prazer nenhum em fazer "copy & past" e trazer para este cantinho um notável exemplar do "odiozinho de estimação" de Carlos Barbosa da Cruz. Mas sou obrigado a dar a mão à palmatória e confessar que a minha profunda decepção já não estará assim tão afastada daquele...
Decididamente e embora me custe os olhos da cara dizer isto, ninguém me tira da cabeça que Jorge Jesus estará neste momento...
A deitar-se na cama que fez!...
Leoninamente,
Até à próxima
"... Confesso não ter prazer nenhum em escrever este crónica..."
ResponderEliminarOlhem pois eu, atendendo "ao passado do escriba"...
Estou mais convencido do prazer que lhe deu escrever esta crónica...do que o contrário...!!
SL
Uma cama bastante confortável, com um colchão cheio de notas. Parece-me que JJ arrastará também o presidente... BdC já não acredita no sistema de JJ, mas está atado, devido ao contrato que lhe fez... Isto está mau... O melhor que se fazia era rescindir com JJ e meter Luís Martins na equipa A. Desta forma, finalmente, se poderia usar a equipa B como, realmente, verdadeira alimentadora da A. Contratar JJ foi uma incoerência! Se éramos nós próprios a dizer que ele só ganhava por causa do colinho...
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