sábado, 2 de março de 2013

Estaremos perante a última chance ?!...


 
Corria o ano de 2007, quando o "gestor dos gestores", não encontrando outra solução para equilibrar o descalabro financeiro da sua "gestão" e fazer face a compromissos datados e inadiáveis de amortização de dívidas e juros correspondentes, se viu na necessidade de recorrer a um empréstimo obrigacionista de 20 milhões de euros.
Exactamente em 2010, para reembolsar os investidores que três anos antes haviam adquirido esses 20 milhões de euros, mais os juros correspondentes a todo esse período entretanto vencidos, o "melhor gestor do mundo" avança com novo empréstimo obrigacionista, ironicamente fixado no dobro do anterior, que o mesmo será dizer, 40 milhões de euros. Entretanto, a música continuava a tocar no salão de baile.
Agora, a 19 de Março do corrente ano, os resignados associados da ilustre instituição liderada pelo mesmo "grande gestor", serão convocados para nova AGE, onde se presume que venham a aprovar novo empréstimo obrigacionista, em tudo semelhante aos dois anteriores e para fim rigorosamente igual, com a simples diferença de, sendo o factor de multiplicação também o dobro, o montante a atingir fixar-se-á na astronómica quantia de 80 milhões de euros, com os juros previstos a atingirem a percentagem inimaginável de 8%. E a banda, já com água pelos joelhos, vai continuando a tocar!
Ainda dentro do mandato do "supra-sumo dos gestores", o ano de 2016, trará previsivelmente um novo empréstimo obrigacionista, que eventualmente se fixará em algo mais acima dos 160 milhões de euros. Desconhece-se se na ocasião, os instrumentos da banda conseguirão tocar debaixo de água!...
Entretanto, esta cena arripiante de "gestão equilibrada" vai-se repetindo bem mais a Norte, pelas mesmas e exactas razões, com os mesmos e exactos reflexos, com "plafonds" semelhantes ou muito próximos e também com a banda a deixar no ar uma idêntica, maviosa e suave melodia, sem que ninguém dê conta da água que envolve tudo e todos e com uma comunicação social a tecer loas aos melhores dirigentes do mundo, exemplo universal a seguir ou a copiar.
Em Alvalade, em vez da sofisticação do calçado italiano, usado pelos "experts" financeiros adversários, os dirigentes leoninos terão usado nos últimos e gloriosos anos de "inteligente gestão", os portuguesíssimos tamancos e de braço dado com a "banca amiga" terão feito, se bem que em menor escala, operações financeiras de trajecto diferente, mas com resultados assustadoramente próximos.
Dos céus parece ter vindo um aviso sério. E de desgosto desportivo em desgosto desportivo e com o aproximar inexorável da beira do abismo económico e financeiro, acabámos por cair, não se sabe bem se ainda a tempo, em eleições antecipadas.
Que os sportinguistas interiorizem definitivamente, que a antecipação das eleições terá de significar acima de tudo, a antecipação de uma nova filosofia de gestão, económica, financeira e desportiva, para o Sporting Clube de Portugal. Mais do que programas extensos ou curtos de cumprimento duvidoso, mais do que palavras bonitas ou críticas sobre capacidades próprias e alheias, mais do que títulos e vitórias assentes no algodão em rama da demagogia, será preciso todos sermos capazes de descobrir quem poderá ser a maior garantia para a alteração radical e urgente do caminho que infelizmente tem vindo a ser percorrido.
Quem sabe se não estaremos perante a última chance !!!...
 
Leoninamente,
Até à próxima
 

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