Gostava de recordar a todos aqueles que me dão o privilégio de visitar "Leoninamente!!!...", o que escrevi aqui há alguns dias. E gostaria de destacar do que então escrevi, se tiverem a bondade de mo permitir, o ponto 3 desse texto:
3 - Curiosidade. Um lider
terá de demonstrar curiosidade, por isso deverá ter a preocupação de ouvir as
pessoas fora do seu círculo, os famosos “yes man” e, sem cair na arrogância de
tudo saber e dominar ou, pior ainda, menorizar a opinião que lhe é exterior,
testar as crenças ou as opiniões estranhas, que lhe trarão a certeza da
correcção da sua própria opinião.
E perguntarão os meus amigos sportinguistas, porque voltar tão depressa a esta matéria?! Exactamente porque hoje mesmo, encontrei num dos jornais desportivos, um exemplo acabado da opinião de uma "pessoa fora do círculo" de Bruno de Carvalho, que lhe permitirá "... testar as crenças ou as opiniões estranhas, que lhe trarão a certeza da correcção da sua própria opinião.".
Carlos Barbosa da Cruz é um sportinguista por demais conhecido, que assina as crónicas do espaço "Canto do Morais" que o jornal Record costuma publicar à 5ª feira e que hoje o autor subordinou a um título curioso. Reparem:
Revolução bolivariana
CANTO DO MORAIS
quinta-feira, 28 março de 2013
Autor: CARLOS BARBOSA DA CRUZ/ADVOGADO
Caro Bruno de Carvalho: os meus parabéns pela vitória nas eleições. São, porém, felicitações mitigadas, porque, na realidade, não houve verdadeira oposição dos outros candidatos – o Carlos Severino então... – e a campanha eleitoral não foi esclarecida, nem esclarecedora.
As vitórias, porém, não são necessariamente exclusivo dos bons candidatos, e o que conta são os votos, e foram esses que, no final, decidiram e legitimaram o novo presidente.
Era justamente sobre votos que queria falar; ficou claro que o candidato Bruno de Carvalho foi o catalisador principal dos votos de muitos sócios revoltados, descontentes e mesmo desesperados, por razões óbvias.
Essas expectativas são delicadas de gerir, porque a barra fica situada a um nível alto; o eleitorado com esse perfil necessita ser permanentemente alimentado e motivado, a experiência assim o ensina. Daí até ao caudilhismo vai um passo e uma tentação.
Hugo Chávez, na Venezuela, assumiu esse estatuto, e para além das horas Chávez na televisão, multiplicou inimigos, conspirações, ódios de estimação, intentonas, tudo enfim para manter mobilizada a revolução bolivariana. A sua morte deixou um país completamente antagonizado, muito longe da reconciliação.
Espero que a clarividência prevaleça e o Bruno de Carvalho resista a ser o presidente de uns sportinguistas contra outros, porque, no final, é sempre o clube que fica prejudicado.
O Sporting tem de ser sempre de todos, porque é essa a única dimensão possível da sua grandeza.
Já o disse várias vezes: para além dos problemas que o atormentam, o Sporting tem sobretudo um problema de autoestima e uma crise de identidade, porque queremos legitimamente ser grandes, mas não o comprovamos na prática, pelo menos no futebol. Haja serenidade e sensatez.
Se conseguir resolver esta equação, serei o primeiro a felicitá-lo, desta vez sem reservas.
As vitórias, porém, não são necessariamente exclusivo dos bons candidatos, e o que conta são os votos, e foram esses que, no final, decidiram e legitimaram o novo presidente.
Era justamente sobre votos que queria falar; ficou claro que o candidato Bruno de Carvalho foi o catalisador principal dos votos de muitos sócios revoltados, descontentes e mesmo desesperados, por razões óbvias.
Essas expectativas são delicadas de gerir, porque a barra fica situada a um nível alto; o eleitorado com esse perfil necessita ser permanentemente alimentado e motivado, a experiência assim o ensina. Daí até ao caudilhismo vai um passo e uma tentação.
Hugo Chávez, na Venezuela, assumiu esse estatuto, e para além das horas Chávez na televisão, multiplicou inimigos, conspirações, ódios de estimação, intentonas, tudo enfim para manter mobilizada a revolução bolivariana. A sua morte deixou um país completamente antagonizado, muito longe da reconciliação.
Espero que a clarividência prevaleça e o Bruno de Carvalho resista a ser o presidente de uns sportinguistas contra outros, porque, no final, é sempre o clube que fica prejudicado.
O Sporting tem de ser sempre de todos, porque é essa a única dimensão possível da sua grandeza.
Já o disse várias vezes: para além dos problemas que o atormentam, o Sporting tem sobretudo um problema de autoestima e uma crise de identidade, porque queremos legitimamente ser grandes, mas não o comprovamos na prática, pelo menos no futebol. Haja serenidade e sensatez.
Se conseguir resolver esta equação, serei o primeiro a felicitá-lo, desta vez sem reservas.
Muitos considerarão abusiva a analogia que CBdC faz entre o perfil do Presidente do Sporting Clube de Portugal e o infelizmente desaparecido líder venezuelano. A mim particularmente ela não me repugna, embora seja notório o tom depreciativo usado. E não me repugna, pelo simples facto que CBdC parece esquecer, de que tanto Chávez quanto Bruno de Carvalho terão derrubado, cada um com propósitos natural e substancialmente diferentes e salvaguardada qualquer impensável e deslocada semelhança, duas oligarquias com defeitos eminentementes semelhantes. Já Bruno de Carvalho não pensará o mesmo que eu. E terá sido por adivinhar isso mesmo, que o autor escreveu o texto.
Quer-me parecer que o autor nem se terá dado ao trabalho de camuflar a sua trincheira e a sua reserva sobre o caminho que Bruno de Carvalho percorrerá. Está no seu direito, embora como sportinguista eu não o entenda muito bem. Ficar-lhe-ia bem melhor neste momento importante para o Sporting Clube de Portugal, a serenidade e a sensatez que recomenda a Bruno de Carvalho e bem assim um silêncio mais respeitoso e sem acinte.
Espero que Bruno de Carvalho, cumpra a preceito o 3º mandamento, na ordem que enunciei, do pensamento de Lee Iacocca sobre liderança. E espero muito mais para ele. Espero que, para além de conseguir resolver a equação que CBdC agora lhe propõe, resolva todas as restantes equações que o Sporting Clube de Portugal lhe colocar, hoje, amanhã e sempre e venha a receber as suas felicitações, assim como de todos aqueles que ainda não terão conseguido tapar as trincheiras, nem deixar de disparar, quando deveriam respeitar a tão necessária paz que o Futuro do Sporting Clube exige.
Leoninamente,
Até à próxima
Caro Àlamo,
ResponderEliminarSó me apetece dizer que FDP é e será sempre um FD...mas mesmo assim prefiro que se assumam do que aqueles que dão palmadinhas nas costas a BdC ou que o aplaudem de pé depois de tanto mal terem falado dele.
Esta gente estará sempre na sombra pronta para dar a primeira facada ou espalhar a primeira notícia falsa.
Mas BdC já os deve conhecer e cheirar ao longe
É a minha esperança, "Sporting até morrer"!...
EliminarQue Bruno de Carvalho, que os conhece demasiado bem, não desvalorize a sua opinião e, qual jogador de sueca, lhes vá "sacando" os trunfos até lhes aplicar um valente "xito", como diria o "adriano pinto" que tantas postas de pescada outrora "arrotou"!...
Mas sobre todos nós, sportinguistas, impenderá a tremenda responsabilidade de desmistificar e colocar à vista de todos, as camuflagens de todos estes "snipers" que, sem a mais pequena réstea de vergonha, nos vão aparecendo por aí, travestidos de inocentes cordeiros.
SL