sexta-feira, 8 de março de 2013

Às vezes, com 10 trunfos, perde-se um jogo de sueca !...


 
José Couceiro, jantou ontem com uma boa centena de apoiantes da sua candidatura, segundo o que aqui foi noticiado,  facto absolutamente natural e que apenas dignifica o grandioso universo leonino, onde a cultura democrática e a coexistência civilizada de diferentes sentimentos e opções, serão sempre motivo de confessado orgulho.
Também deverão ser entendidas as várias mensagens que na oportunidade dirigiu aos sportinguistas, como parte integrante do seu pensamento, da sua cultura sportinguista e do projecto que suporta a sua candidatura às eleições do Sporting Clube de Portugal. 
Estarei, como sportinguista, de acordo com quase todas as declarações que terá produzido. Mas há duas importantes nuaces que aflorou, que me desagradaram profundamente. A primeira terá sido a ideia redutora, do meu ponto de vista absolutamente falaciosa, de que a sua mais uma vez reiterada intenção, caso seja eleito, de apostar forte na formação, será a única forma de assegurar a sustentabilidade financeira do clube. Quem pensa assim, esquecendo todo o monstro administrativo e de acessoria de toda a ordem, que "vegeta e se governa" no Sporting, estará a anos luz do caminho que o Sporting terá de percorrer para conseguir a sustentabilidade necessária e imperiosa que lhe garanta o futuro.
A segunda nuance que me deixou verdadeiramente desesperado, terá sido a apologia que fez do consulado de Filipe Soares Franco, de quem enalteceu a virtude de ter sido o último presidente a apresentar “um saldo de exploração positivo”. José Couceiro terá eventualmente andado distraído, tanto com o modelo de gestão que FSF aplicou no Sporting, quanto com aquele que vem aplicando em diversas grandes empresas por onde tem passado. Moro a escassas centenas metros de uma singular, histórica e coberta de tradição empresa, onde ele utilizou a "cassette" que também utilizou em Alvalade: despedimentos e alienação de património. No Sporting, terá intencionalmente esquecido os despedimentos, por impopulares e nunca propriamente geradores de dividendos substanciais. Mas atirou-se à segunda vertente com unhas e dentes, em várias tentativas, que os sócios do Sporting acabaram, por falta de informação, omissão ou desinteresse, por validar. Não me recordo o que José Couceiro andaria a fazer na ocasião. Mas desatento, certamente que terá estado, para não compreender as razões que suportaram o agora aplaudido "saldo de exploração positivo" apresentado por FSF.
Se José Couceiro aplaude hoje o modelo de gestão utilizado por FSF, tenho fundado receio sobre o que acontecerá ao depauperado património que ainda resta ao Sporting Clube de Portugal, designadamente à nossa jóia da coroa lá para os lados de Alcochete, que todos sabemos despertar a cobiça de tanta gente ligada ao sub-mundo imobiliário. Cuidado José Couceiro. Já vi, mais do que uma vez, jogadores de sueca perderem jogos com dez trunfos!...
 
Leoninamente,
Até à próxima

5 comentários:

  1. Saldo de exploração positivo, para a OPCA, então foi fantástico. Compraram o prédio onde tinham a sede, por 1/3 do preço de mercado.

    Os custos foram de tal forma brutais que apenas com a alienação de TODO o património não desportivo foi possível dar "lucro".

    Pergunta para queijo: Quem era Director Geral da SAD?

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  2. cheguei a ter vergonha de Soares franco ser presidente do scp.desde querer um clube não eclético, o Chelsea era o perfil desejado, a gostar mais de ficar em 2 ° do que 1°, a vender o patrimônio não desportivo por "adjudicação directa " com intermediário, meio milhão de euros para o Lino do lenço.já agora seria interessante saber a quem serviu o
    acordo desportivo com o Santos de angola?

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    1. Aos caros "Bentas forever" e "jorge alv", eu direi que lamento que José Couceiro, não só se tenha lembrado de receber apoio de tal gente, como de chegar ao elogio de tão fúnebre personagem. Deve ter um buraco no pé, quase do tamanho do sapato. De certeza que o Cunha Vaz, também andará distraído. Agora não sei como irá dar a volta aao texto...

      SL para ambos.

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    2. Caro Álamo,

      Não só andam distraídos na Cunha Vaz, como os próprios Sportinguistas, estive à fala com o Sr. Rocha, proprietário do Restaurante Floresta de Moscavide e é confrangedor que as ideias saídas deste jantar convívio é que com resultados desportivos e com desinvestimento nos jogadores mais caros, fica resolvido o problema financeiro.

      O problema não é apenas de resultados, o problema é estrutural e transversal ao Sporting Clube e à SAD, tudo junto soma quase meio milhão de euros.
      Para mim o problema do Couceiro é que não está rodeado de pessoas com créditos em termos económico-financeiros. Quem lhe fez a proposta para avançar com a candidatura deveria também ter dado assessoria em termos de finanças do Sporting, senão o que se vê é um candidato a falar de futebol, apenas e só.

      Gostava de ouvir aqueles que tanto apregoam que o que interessa é o projecto e que não vale a pena falar de futebol e aquisições, para deitar abaixo a candidatura do BdC. Será que foram ao jantar-convívio e ficaram com a noção de que o Couceiro sabe como está realmente o Sporting?

      Também não quero deixar passar a oportunidade de escapar o Mário Patrão que com a sua entrevista ao Record, deixa uma imagem como se não tivesse responsabilidades quando esteve na estrutura durante 8 anos, será que fez algum trabalho exaustivo sobre como deveria o Sporting aproveitar melhor a Academia?

      Depois das prestações de BdC nas entrevistas dadas fico com a sensação de que está mais dentro do Sporting do que esteve durante dois longos e penosos anos o GL.
      Mas enfim agora que já se viu que esta bem preparado e que tem mesmo um projecto, nada como recomeçar a campanha difamatória contra o BdC, sobre dividas, proibição de passar cheques e falências de empresas das quais nem sequer fez parte do Conselho de Administração.

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  3. Peco desculpa, pelo engano a entrevista é do Diogo Matos, fica a correcção.

    SL

    ...e vamos para Coimbra que se faz tarde.

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