“... A partir do dia 24 de Março vamos agir mais e falar menos. Não tenho grande interesse em falar das incidências. É preciso mais acção e menos reacção...”.
(Bruno de Carvalho in jornal Record"
Revejo-me em declarações deste tipo. Mais do que constatar as inclinações do campo, sempre que o Sporting surge como único e sistemático prejudicado, será preciso agir com inteligência e no silêncio dos gabinetes e desarmadilhar completamente esse abominável "gato de sete fôlegos" que é o sistema corrupto que domina o futebol português, que continua, descarada e impunemente, a concretizar toda uma estratégia de bipolarização do desporto rei em Portugal, subalternizando e humilhando uma das mais importantes instituições desportivas deste país.
Posso não me rever na manifestação pública protestativa de Paulo Abreu. Mas comungo da sua justa indignação e há muito que defendo o fim de corteses hipocrisias, consubstanciadas em cenas ridículas da partilha de um camarote presidencial, com os próceres de um "status quo" iniquo e assaz desavergonhado, que nos "escarram" a face dentro da nossa própria casa.
Sempre defendi e continuarei a defender a cordialidade entre todas as instituições desportivas. Mas apenas e só depois da garantia plena do respeito que cada uma delas merece. Aquilo a que hoje os sportinguistas assistem é a um atropelo insultuoso e descarado do respeito que a uma instituição centenária como o Sporting Clube de Portugal, deveria ser sempre manifestado.
Mesmo em plena campanha eleitoral, que há-de conduzir os sportinguistas à escolha do seu próprio caminho, rumo ao horizonte com que todos sonhamos, só a cegueira nos impedirá de não reparar na profunda diferença que existe entre as duas mais consistentes propostas que nos estarão a ser apresentadas. De um lado o "low profile" de sempre, a aceitação pacifíca e a conformada resignação com os interesses mancomunados que nos rodeiam e que há muito nos vem atirando para a sargeta da indigência. Do outro lado, a firme disposição de agir mais e falar menos, a firme constatação de que será preciso mais acção e menos reacção. De um lado, mais do mesmo, sempre a mesma música a tocar, carregada dos mesmos jeitos, hábitos e vícios que nos tem destruído a dignidade e o orgulho. Do outro, a guerra aberta, ainda que inteligentemente silenciosa, contra tudo o que nos tem rodeado e destruído.
Nunca tive medo das palavras, embora reconheça o quanto muitas delas possam transportar de carga contraproducente ou politicamente menos correcta. Entre revolução, rotura e reforma, sei da agressividade da primeira, do radicalismo da segunda e do encanto cativante da última. Reconhecerei sem dificuldade que na hora de contabilizar apoios, as mensagens de cada uma conduzirão a resultados diferentes, face à idiossincrasia do vasto universo leonino. Nessa condição, deixarei para os "experts" nesta importante matéria comunicacional, a adequação do discurso de cada uma das propostas. Mas ninguém me convencerá sobre o caminho que melhor servirá os interesses do Futuro do glorioso Sporting Clube de Portugal !...
Leoninamente,
Até à próxima
muito bonito.. agir mais e falar menos.. o que é agir? o mesmo que o PPC fazia?
ResponderEliminarCaro "T1",
EliminarVejo que aí por casa, haverá uma enorme colecção de "asas de anjo"! Já não tenho idade para alinhar em "procissões", além de ser agnóstico convicto!...
SL
It's PR Stupid!
ResponderEliminarPodia começar por ele mesmo. Desde que começou a campanha, ou pré campanha, não tem feito outra coisa senão incendiar. Deve ter-lhe saído o tiro pela culatra, tudo bem preparado para provocar as eleições, pensou que mais ninguém aparecia, azar, agora está nervoso.
ResponderEliminarPobreza "franciscana" !...
Eliminar"Honni soit qui mal y pense"...
Leiam o que escreveu o leão Calafate em "It's PR Stupid'. Excelente. Assim como o posto do Álamo.
ResponderEliminarSou assíduo leitor de Calafate, a quem me ligam laços de amizade pessoal. Como sempre, são para meditar as suas palavras.
EliminarSL