quinta-feira, 16 de julho de 2015

Mas que se vão os anéis e que fiquem os dedos!...


Teófilo Antonio Gutiérrez Roncancio é um conhecido avançado internacional pela Colômbia, que ainda recentemente na Copa América relegou Jackson Martinez para o banco de suplentes. Fazendo parte dos quadros do Clube Atlético River Plate, foi este contactado pelo Sporting Clube de Portugal, no sentido de avaliar as possibilidades de transferência do jogador para Alvalade. Até aqui tudo normal no todavia complexo mundo do futebol dos nossos dias.

River Plate e Sporting, após difíceis negociações terão chegado a acordo sobre o valor da transferência, tendo em conta que o passe do jogador pertencia em partes iguais ao clube argentino e a um consórcio de investidores. 

O passo seguinte seria, naturalmente, estabelecer novo acordo entre o Sporting e o representante do jogador, Efrain Pachón. E terá sido aqui que a engrenagem terá começado a colapsar, face aos sucessivos grão de areia colocados por Pachón que, à margem do jogador, foi colocando subrepticiamente, aos negociadores leoninos, reticências sobre reticências. Até que estes o terão convidado a vir a Lisboa, para que pudesse de viva voz dizer de sua justiça e traduzir por palavras aquilo que nunca poderia dizer pelos actuais e sofisticados meios tecnológicos de comunicação, normal e naturalmente usados nestes "negócios".

E o Pachón esfregou as mãos de contente e viajou para Lisboa, onde terá estabelecido o seu preço: 700 mil euros "cash", iriam directamente para o seu bolso! O pior é que do lado de cá, já não havia "godinhos nem freitas"! E alguns minutos depois, Teófilo Antonio Gutiérrez Roncancio, estava ao corrente do peso dos "grãos de areia" que vinham emperrando a sua transferência para Alvalade! Como resultado, o jogador colombiano terá rescindido o seu contrato de representação com Efrain Pachón e delegado como seu representante nas negociações com o Sporting, Carlos Granero que, representando simultâneamente os 50% do passe na posse do consórcio de investidores, se deslocou a Lisboa na companhia do advogado do jogador e... o negócio terá sido encerrado com toda a facilidade, para satisfação das três partes interessadas.

Talvez só agora se compreenda que o senhor Pachón, em desespero de causa e derradeira instância, tenha utilizado o último grão de areia que tinha em sua posse e, ludibriando a credibiliadade do site italiano TuttoMercatoWeb, conseguido que fosse publicada a notícia de que aqui dei conta.

Claro que outros cenários se poderão e deverão admitir no meio desta novela mexicana, protagonizada por "artistas" argentinos, colombianos e sabe-se lá de que outras nacionalidades. Só que desta vez o "realizador", sendo português, se recusou a cumprir o guião de outros - clube argentino, investidores e, quiçá do próprio jogador -, e prosseguiu, com persistente e inultrapassável teimosia, no rigoroso cumprimento do seu próprio guião. Às vezes não resulta, como parece estar a acontecer com a outra novela a rodar  lá para as bandas do Kremlin...

Mas que se vão os anéis e que fiquem os dedos!...

Leoninamente,
Até à próxima

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