quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Já vai sendo tempo de acabar o recreio!...




A LIGA SEGUE DENTRO DE MOMENTOS

1) Rui Gomes da Silva.

Misto de vice-presidente do Benfica, comentador e provocador, vive há anos neste regime pantanoso. Não se lhe nega a clareza de raciocínio, nem razão em certos momentos, lamenta-se apenas que alguém com as suas qualidades não hesite em descer tão baixo por tão pouco. E que o faça semana sim, semana não. É não se dar ao respeito e ficar na linha de comentadores trauliteiros. Uma tristeza.

2) A resposta do Sporting.


«... Quando se julgava que o clube tinha dado mesmo um passo em frente num certo tipo de comunicação, eis que o pior acontece. Tirar Jorge Jesus – sempre ele – da órbita do Benfica, mesmo que o queiram levar para lá, deve ser uma prioridade. Não o fazer e recorrer a linguagem de caserna é um acto falhado. Quase tão falhado como usar tempo a falar das eleições do clube rival e do advogado responsável pela campanha de Luís Filipe Vieira, um tudólogo da CMTV a quem não se retira brilho na argumentação mas que surge, como é evidente, como um desestabilizador.


3) O Sporting e os árbitros.

Se tem casos concretos sobre pressões deve denunciá-los a quem de direito e fazer saber que esse passo foi cumprido. Se não o deu, o que foi feito no comunicado de domingo é apenas ruído logo num ano em que o clube estava a ser exemplar com os árbitros não podendo dizer o mesmo das arbitragens nos seus jogos. Veja-se o erro de Artur Soares Dias, que o próprio já veio reconhecer.

4) A defesa do Sporting.

Sim, parece futebol e o futebol ‘é isto mesmo’, mas estou certo de que Jorge Jesus está a fazer trabalho de casa e a descodificar o facto de o Sporting ter sofrido tantos golos em tão poucos jogos. Coloquemos Vila do Conde noutro plano, porque tudo o que podia ter corrido mal correu mal, e pensemos sobretudo em Madrid e mais ainda em Guimarães. Pode parecer só futebol, tem de ser um pouco mais...»


5) A sorte do Benfica.


Não faz a sorte parte do jogo? Com certeza. Só que ao espírito de combate, jogue quem jogar, que é a imagem de marca de Rui Vitória, o Benfica junta muitas vezes o factor sorte, o golo no momento certo. Contra o Feirense não se discute a vitória, mas os golos e os momentos em que foram marcados.

(Nuno Santos, Ãngulo Inverso, in Record)


É o que vai salvando o jornal Record de cair nas profundezas da mediocridade, será a meia dúzia de cronistas que lhe vão injectando de quando em vez o oxigénio que os "velhos resistentes" tanto necessitam. Não fora isso e o seu alvo resumir-se-ia, hoje por hoje, àquilo que os seus responsáveis editoriais tanto se esforçam por alcançar.

Lê-se esta crónica de Nuno Santos e no final, respira-se com mais naturalidade e não nos apetece mandar o jornal às urtigas. E o homem nem necessita de se travestir de pássaro, ao contrário de outros "pássaros" que por muito que sacudam já não se conseguem livrar das penas, mesmo penas, porque sobre mágoas e dores, sensações de quente e frio e formigueiros, estaremos conversados, tal a neuropatia periférica de que padecem.

Sendo incontornável a unanimidade gerada em torno das matérias que NS aborda nos extremos, haverá divergências, porventura insanáveis, no universo leonino, sobre os três apontamentos nucleares em que a crónica debate a actualidade em Alvalade. Por muita angústia que isso me cause, terei de subscrever por inteiro o pensamento do cronista sobre esses três pontos...

Já vai sendo tempo de acabar o recreio!...

Leoninamente,
Até à próxima

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