terça-feira, 6 de setembro de 2016

Depois do Pavilhão João Rocha, não será altura de começar a pensar nisso?!...



O site polaco StadiumDB na posse dos dados publicados nos diversos países, fez as contas e definiu o ‘ranking’ dos estádios europeus com maior assistência na época 2015/16.

No que a Portugal diz respeito, não constituirão surpresa os resultados alcançados. Ninguém colocará em causa o grau de implantação dos principais clubes portugueses na sociedade portuguesa, mas as ilacções a retirar dos números finais apontam para a fragilização de certos mitos pretensamente instalados por via de uma agressiva e pouco séria forma de interpretar a realidade. Uma forma que coloca de modo capcioso em plano igual, o incremento verificado em Portugal nas assistências dos três  estádios dos principais clubes na última época.

De facto tecer loas a um incremento de 7.752 adeptos num universo que pouco ou nada excederá os 5 milhões - Benfica -, subalternizando os 7.726 que corresponderão a mais de 3,5 milhões - Sporting - e passando como cão por vinha vindimada pelos 2.460 dum universo que dificilmente ultrapassará 1,5 milhões - Porto -, será sempre o reflexo de uma CS controlada e subserviente, pouco interessada em proclamar a verdade dos factos. E a realidade aponta para que a diferença de 26 entre o aumento de adeptos presentes na Luz e Alvalade nunca poderá corresponder à diferença dos respectivos universos. Logo, aquilo que a CS deveria reconhecer e exaltar seria a fenómeno que estará a ocorrer nas hostes leoninas, particularmente numa época em que não foi alcançado o título de campeão.

Deveras interessante será projectar o que poderá vir a acontecer numa época em que o título acabe por cair na garras dos leões e avaliar o que isso significará em termos de adesão em cada um dos universos!...

Talvez comece a ter pleno cabimento imaginar o fim do odiado fosso do Estádio José Alvalade e assistir à transformação da sua capacidade para valores que lhe assegurem o primeiro lugar das lotações dos estádios portugueses!...

Depois do Pavilhão João Rocha, não será altura de começar a pensar nisso?!...

Leoninamente,
Até à próxima

16 comentários:

  1. Isso é que era...!!! Para mim sempre foi um 'porMaior'... por diversas razões... e das quais nem sequer faria parte a necessidade de aumento de oferta de lugares... ainda que entenda e concorde, que houvessem outras prioridades... muito mais... prioritárias...

    Acredito, no entanto, que seja tema agendado... e que depois do objetivo primário atingido venha a subir na lista, na imensa lista, de itens que promovem o crescimento do clube...

    Contudo, porém, no entanto... também tenho a perspetiva de que num universo, como o nosso a presença em estádio e no apoio à equipa nunca foi um problema colossal... (onde é que eu já ouvi isto...!?!?!?) Aliás... a 'nossa' fidelização à causa, mesmo em tempos negros nunca atingiu valores que nos impelissem a tapar a cara...

    Havendo, no entanto, uma décalage entre a lotação do estádio e a efetiva ocupação que, por ventura, se deverá ao preço dos ingressos... Sempre fui da opinião que, vá..., por dois terços do valor habitualmente cobrado, o estádio apresentaria, facilmente, uma moldura muito próxima da lotação total... senão mesmo com necessidade de rateio de ingressos... Ou p.ex...., não me chocava em nada (a mim que tenho a felicidade, ainda que não viva exatamente em Lisboa, mas de poder facil e rapidamente chegar ao estádio) que com a organização promovida pelos núcleos se estabelecessem niveis de desconto nos bilhetes (por distância a Lisboa) que pudessem fazer com que o gasto TOTAL se aproximasse o mais possível do gasto normal de um adepto da região de Lisboa...

    Um estádio cheio... é um estádio cheio... e se o pudéssemos ter sempre cheio era maravilhoso. Um estádio cheio (e quem diz estádio diz pavilhão e afins) cria..., em todos os intervenientes no jogo um efeito que, consciente e/ou inconscientemente, afeta a sua atuação... com claras mais valias para quem promove essa enchente...

    O universo de cada clube é... o universo de cada clube... (Talvez estes valores devessem ser refletidos percentualmente e não em números absolutos...) Mas facilmente uma agremiação com 14M de adeptos enche qualquer chafarica de 60 ou 65 mil lugares... Hum...Hum...!!! opps se calhar não...!!! Ainda assim... depois de um tri... é muito fácil... o problema é quando não há tris...

    SAUDAÇÕES LEONINAS

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  2. E quantos lugares poderá acrescentar o fecho do fosso...que está ao mesmo nível do relvado...?

    Vao rebaixar-se o relvado...?

    E não há nada por debaixo desse espaço...?

    "Raios partam ao arquitecto e aos mentores de tal disparate..."...!!

    SL

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    1. Amigo Maximino Martins, a cota da última fila de cadeiras das bancadas não está ao nível do relvado, pelo contrário está bem acima e o desnível permitiu a elaboração de um estudo antigo, que apontava para um aumento de lotação superior a 10 mil lugares, sem necessidade de rebaixar o relvado. Se a este eventual aumento somarmos os quase mil lugares que poderão ser ganhos com a retirada dos placards electrónicos, substituídos por um cubo suspenso sobre o relvado, facilmente se alcançariam os objectivos que alvitrei. Claro que com a actual afluência, não valerá a pena pensar nessa solução. Ela apenas revelará ser viável, quando a procura de lugares for superior à oferta. E essa resposta só os adeptos a poderão dar!...

      SL

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    2. Impossível meter 10M lugares sem rebaixar o estádio.
      Eu que já estive na primeira fila da central digo-lhe que ver o jogo dessa cota já é difícil quanto mais lugares por cima do fosso sem rebaixar o relvado.

      Depois tem o problema de acessos às zonas dentro do fosso. Não sou engenheiro, mas duvido que tapar o fosso e por cadeiras no seu lugar seja uma obra de engenharia fácil e com valores em conta. Agora se falamos em tapar apenas o fosso, já acho exequível.

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  3. Só mais uma nota...

    Da listagem exibida destaco CLARAMENTE a linhagem que perpassa da Alemanha que, sabendo nós, do monopólio de conquistas que vêm de Munique é extraordinário clubes como o Estugarda (desceu de divisão... cum caneco...), o Hamburgo e o Monchengladbad consigam assistências desse calibre... Tal e qual o Arsenal... que nada ganhando vai para 20 anos cultiva o seu produto de forma magistral...

    De salientar tb (números que pensava bem mais baixos) os valores atingidos por Guimarães e Braga... especialmente os primeiros...

    Para clubes como Barça, Real, Bayern e aqui o 'nosso' Carnide atual... Qual é a dificuldade...???

    SAUDAÇÕES LEONINAS

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  4. Penso que é muito cedo para pensar nisso.
    Temos primeiro que mostrar que temos continuamente a taxa de ocupação bem alta.
    Arranjar um naming para o estádio.
    Ai talvez possamos investir. Mas penso que o maior investimento agora é criar a "cidade desportiva" e ganhar títulos mantendo a saúde financeira.

    Estou a assumir que o investimento será sempre na ordem dos 15-20M€... e que vai aumentar os custos de manutenção...
    Alguém sabe o estimar investimento ?
    Quanto tinha sido previsto na construção? Lembro-me que tinha sido previstas 2 a capacidades e foi escolhida a mais pequena.....

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    1. Não me custa concordar que de momento as prioridades serão outras. Mas o Borussia de Dortmund também começou assim e hoje a procura é maior que a oferta!

      O tempo e os títulos darão a resposta!...

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    2. "Lembro-me que tinha sido previstas 2 a capacidades e foi escolhida a mais pequena....."

      O projecto inicial previa um estádio com capacidade para cerca 44 mil espectadores, mas a capacidade foi aumentada para 50 mil por causa do Euro 2004. Teria sido um erro de proporções negativas inimagináveis se tivéssemos um estádio tão pequeno quanto a croquetagem queria inicialmente...

      Todavia, os 50 mil raramente são preenchidos por causa de erros de concepção. Desde logo, os ecrãs nas laterais retiraram entre 500 a 1000 lugares à lotação do novo estádio. E depois existem sectores que têm sempre muito pouca procura e por isso o estádio nunca esgota a ocupação. Refiro-me, por exemplo, aos camarotes para sócios e aos lugares VIP na bancada nascente. São lugares caros e têm tido sempre pouca adesão dos sócios. Quem idealizou o novo estádio pensava que a esmagadora maioria dos sportinguistas era rica, por isso a oferta não está inteiramente adequada à procura.

      Além disso, a política de bilheteira continua com algumas distorções. Por exemplo, o Sporting vende poucas Gamebox na A04 e na A05. Isto porque o preço para estes sectores é igual ao da A01. Mas não faz sentido que o seja, porque enquanto a A01 tem a melhor visibilidade do estádio, a A04 e a A05, apesar de se situarem na bancada A, são praticamente laterais. Acresce que a A05 fica mesmo ao lado do sector para os visitantes, o que desvaloriza ainda mais aqueles lugares.

      A visibilidade na bancada A não é toda igual e o preço das Gamebox tem de reflectir isso, para que haja mais vendas de lugares anuais.

      Concordo que a prioridade é a "cidade desportiva" por causa da "janela" de oportunidade que se abriu e que pode não continuar sempre "aberta"... Ainda não se pode falar numa crise de ocupação do estádio, e se e quando ela existir, a obra do fosso e dos ecrãs pode ser realizada durante um defeso.

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  5. É alguma admiração a lampionagem ter essa média com tantos bilhetes praticamente oferecidos? Bilhetes para as superiores ao preço do número de minutos de desconto dados pelo árbitro no jogo anterior é uma brincadeira. Só assim é que conseguem ter mais de 40 mil no estádio.

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  6. Este ano fui aos jogos todos (Pré-época e oficiais) e o número de adeptos/jogo foi sempre acima dos 40 mil.

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  7. Temos todas as condições para bater um novo recorde de assistências esta época. Para além do plantel suscitar muito interesse, o Sporting vai jogar mais vezes ao final da tarde até final do ano, o que permite sempre atrair mais público. Se no ano passado tivemos a melhor média de sempre, apesar da Liga Europa nos obrigar a jogar muitas vezes à segunda-feira e ao Domingo à noite, nesta época há todas as condições para essa marca ser ultrapassada.

    Mas para que a questão da lotação seja colocada é preciso que a ocupação média continue a subir, e que se mantenha constante num nível bem alto. Só então faz sentido investir em colocar cadeiras sobre o fosso, e SE for técnicamente possível. Não esquecer que a legislação criada para a construção dos estádios do Euro 2004 impôs alterações ao projecto do nosso estádio, que já estava em construção, e não sei se o fosso tal como ele veio a ser construído não terá sido uma solução "ad hoc" para responder às exigências de segurança as autoridades levantaram naquela altura. Se virem o projecto que o Godinho Lopes apresentou na AG aos sócios a lotação prevista para o novo estádio era de 54 mil lugares, mas acabou por ser inferior.

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  8. Jordão, os bilhetes de que fala são limitados... Se pensa que é por eles que o Benfica consegue ter assistências na ordem dos 50 mil, então analise os anos anteriores, quando essa promoção não existia.

    Já agora, o autor deste blog pega num ano que correu bem e quer extrapolar para o futuro. Seria mais útil analisar este milénio e perceber quais as médias de assistência em Alvalade. Porque basta haver novamente alguns anos maus para as médias voltarem ao habitual, ou seja, abaixo dos 30 mil. Por isso, antes de pensar em gastar rios de dinheiro em alterações no estádio, seria importante ver a evolução dos próximos anos.

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    1. Claro que para o caro Francisco, o autor deste blog ao pegar "num ano que correu bem e extrapolar para o futuro" comete uma... ATROCIDADE!... Porque na sua ambliopia, o correcto seria recuar ao passado e pegar em "alguns anos maus para as médias voltarem ao habitual"! Mas o Francisco talvez tenha um azar do "caraças": é que tudo aponta para que este ano e os próximos sejam ainda melhores do que o anterior!...

      É tudo uma questão de transportarmos ou não dentro de nós a gloriosa mística leonina! Para o Francisco a saga do Borussia de Dortmund não passará de uma torpe mentira! Típico dos "tugas" que somos!...

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  9. Vou abrir uma excepção e, por uma vez, responder a idiotas.

    Em anos maus a média de assistência em Alvalade é má, tal como na Luz é má e no Dragão também. A média na Luz tem sido boa porque coincide com o tri e com as borlas do costume. Quando andavam pelo sexto lugar, a média era de 20 mil burgessos no estádio.

    Quanto à assistência em Alvalade voltar ao "normal", isso é wishful thinking lampiónico, porque o normal para lampiões é ver o Sporting na merda. Mas os vossos desejos são apenas isso. Porra, e já perdi tempo de mais com isto.

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    1. O meu leonino aplauso para o inteligente comentário do Jordão: "Porra, e já perdi tempo de mais com isto"!...

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    2. Jordão, peço desculpa, mas ao querer responder a idiotas, acabou por dar uma resposta idiota... Primeiro atira números para o ar sem saber do que fala, e quando lhe respondo a isso, fala de outra coisa. Ou seja, pensando bem, até foi bem inteligente, tentando atirar areia para os olhos. E porra, já perdi tempo demais a tentar falar sério com quem tem palas nos olhos...

      Álamo, independentemente das cores clubísticas, qualquer pessoa minimamente rigorosa na gestão da sua casa, empresa ou clube concordaria comigo. Wishful thinking é o que está a fazer, pensado em gastar hoje quando não tem a certeza de ter com que pagar amanhã. Mas ok, cada um gere a sua "casa" como quer.

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