segunda-feira, 4 de julho de 2016

Às vezes quase me apetece ser islandês!...



Embora reconhecendo os defeitos e virtudes próprios e comuns a todos os povos nórdicos, admiro e rendo a minha homenagem ao povo islandês, que conheço razoavelmente por visitar várias vezes no exercício da minha actividade profissional, em particular as cidades que circunscrevi a vermelho. Com um território pouco superior ao de Portugal, a sua população situar-se-à com os seus 325 mil habitantes, apenas um pouco acima da nossa segunda cidade. Contudo bastará comparar a relação entre o  PIB (Per Capita) de ambos os países - Portugal não excederá os 25 mil dólares, enquanto a Islândia se aproxima dos 45 mil! -, para percebermos que o país é caracterizado por um invejável estado de bem estar, desenvolvimento cultural, tecnológico e económico, onde a educação e a saúde são gratuitas para todos os cidadãos e a média etária uma das mais jovens do mundo.

Posso portanto assegurar que não me surpreendeu a sua reacção perante a saga que foi capaz de levar a cabo no Euro 2016, cuja celebração o vídeo a seguir bem demonstra, imediatamente a seguir a ser afastada copiosamente da competição pela França:




Mas haverá ainda uma outra sua vertente cultural que me fascinou nas razoáveis estadias que tive o privilégio de desfrutar, particularmente na capital Reykjavic, ou mais lá no extremo Norte da ilha, em Akureyri: a música, que a sua juventude em particular cultiva, de um modo quase incomparável. Nas noites da capital, sem que qualquer arremedo da nossa execrável música "pimba" alguma vez possa ser por ali imaginado, coexistem todas as expressões musicais, desde o riquíssimo e tradicional folclore até às mais contemporâneas, avançadas e progressistas experiências.

E encontrei numa bela noite de Reykjavic, uma banda que nunca mais deixou de fazer parte do meu top de preferências: OF MONSTERS AND MAN! E entre todos os deliciosos temas que me foi dado apreciar nessa noite, terá havido um cujo impacto no meu coração de sportinguista, longe do meu país e envolvido por uma mole humana estranha e imensa, nunca mais esquecerei: 





Às vezes quase me apetece ser islandês!...

Leoninamente,
Até à próxima


P.S. - Acresce que da Islândia vem uma parte substancial do bacalhau que consumimos em Portugal, tratado na ilha por algumas centenas de portugueses que para lá emigraram, especificamente contratados pelos industriais islandeses, que em serviço nunca brincam. Por isso a qualidade do bacalhau da Islândia, supera largamente aquela que nos chega de outras procedências: é tratado por mãos portuguesas, à nossa moda e com o nosso requintado paladar, que lhe advém de técnicas centenares de salga e tratamento posterior. Nisso somos melhores que eles, que apenas possuem o privilégio de ver nadar em torno da sua ilha, como dádiva dos deuses, aquele que depois acaba por ser o "nosso fiel amigo"! Mas tiveram a inteligência de o reconhecer e levar de Portugal, gente que sabe da poda! Até nisso são diferentes...

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