quarta-feira, 27 de julho de 2016

Talvez alguém ensine a Kia com quantos paus se faz uma canoa!...


KIA PENSA QUE É O ‘DONO DO JOGO’?

«Um dia depois do pai de João Mário ter tentado, de certa maneira, acalmar as coisas com o Sporting, eis que de forma surpreendente o agente Kia Joorabchian entra em jogo para ‘esticar a corda’, com um discurso que roça a chantagem. E com quem ele se foi meter...

Bruno de Carvalho já mostrou como reage quando o tentam encostar à parede. A Doyen testemunhou-o, tal como o empresário de Bruma ou mesmo Slimani. Se Kia, que representa os interesses (?) de João Mário, tivesse a mínima noção da pessoa que tem pela frente jamais deixava escapar a ameaça "a partir de agora ou se discute novo contrato ou a venda". Em primeiro lugar porque se trata de uma afirmação balofa e absurda, dado que o jogador renovou há um ano e está ‘preso’ ao Sporting por mais quatro temporadas. Depois porque um ‘tiro’ desses pode muito bem sair-lhe pela ‘culatra’.

O presidente do Sporting fez passar uma mensagem muito clara: os jogadores que estavam a ser mais cobiçados (João Mário e Slimani) seriam recompensados a partir do dia 1 de Setembro, caso permanecessem em Alvalade. Qual a parte que Kia não entendeu? Com uma declaração de ‘guerra’, feita nestes termos, está a preparar terreno para se insinuar como vencedor de um braço de ferro que não existe, pois o próprio Sporting disponibilizou-se para aumentar a folha de pagamento do jogador. No momento por si escolhido, não naquele em que o agente quer. Não faria qualquer sentido estar a oferecer, neste momento, melhores salários a jogadores que dentro de duas semanas podem ser negociados.

Vivemos um tempo em que alguns empresários se julgam ‘donos do jogo’. Talvez lhes faça bem ‘levar’ com mais ‘Brunos de Carvalho’ pela frente.»


Qualquer crítico, adversário ou mesmo inimigo figadal, que os tem e muitos, muitos mesmo, tanto no plano interno como externo, do presidente Bruno de Carvalho, reconhecerá, caso ainda transporte dentro de si, aquele mínimo de dignidade que um homem está proibido de negociar, sob pena de ninguém o levar a sério, que no meio do "carnaval" a que todos temos assistido, fomentado pelos habituais protagonistas e abrilhantado com serpentinas e confetis pelos pasquins de sempre, que a posição do presidente leonino em todos os malfadados casos deste quente defeso, tem sido correcta e será de tal forma inatacável que o ridículo só poderá cobrir quem o vem pretendendo pressionar e ridicularizar.

O mercado fecha apenas em 31 de Agosto e a ninguém lembraria promover melhorias contratuais, quando até essa data qualquer dos atletas que têm sido lançados para o "olho do furacão" - independentemente da indulgência com que assista a todas essas manobras e da falta de dignidade que o seu silêncio inevitavelmente acabe por significar aos olhos dos observadores -, poderá partir para nova aventura longe de Alvalade.

Kiavash Joorabchian, o tal Kia que José Ribeiro trouxe hoje a terreiro na sua crónica, de tanto se colocar em bicos de pés e depois de ter concluído a inoperância de todos os esquemas lançados "à sorrelfa" pela interposta mão de uma inclassificável comunicação social, perdeu definitivamente as estribeiras e acaba de mostrar, estupidamente, a sua verdadeira face. Tão estupidamente que até aqueles que representa, neste caso particular João Mário Eduardo, hão-de benzer-se com a mão esquerda, se porventura ainda neles restar aquela réstia de dignidade que separa o trigo dos homens do joio dos escroques.

João Mário Eduardo, há muito que terá concluído que, ao passar de "cavalo para burro" trocando o inclassificável Jorge Mendes, a braços com o cerco apertado da Justiça de vários países, pelo inenarrável Kiavash Joorabchian, que ainda terá de comer todo o sal-gema das minas de Loulé e Rio Maior até chegar aos calcanhares de Mendes, terá conseguido a quadratura do círculo desenhado pela emenda com centor num qualquer soneto. Daí ter solicitado há bem pouco a intervenção paterna para apaziguar as chamas que ameaçavam envolvê-lo, quiçá queimá-lo, num caso resolvido à partida, a partir do  momento em que decidiu, já lá vai um ano, renovar a sua ligação contratual com o Sporting até ao longínquo ano de 2020...

Obviamente que o que fará correr Kiavash Joorabchian será a visão "terceiro-mundista" que terá de Portugal, onde julgará que tudo lhe é permitido. Na zona preferencial do seu negócio, a Inglaterra, seria impensável ele protagonizar uma atitude chantagista sequer semelhante à que intentou com o Sporting Clube de Portugal. Seria a sua ruína como agente FIFA!...

Talvez alguém, mesmo neste país de brincar que julga ser Portugal, lhe ensine com quantos paus se constrói uma canoa!...

Leoninamente,
Até á próxima 

3 comentários:

  1. Li a crónica do J. Ribeiro no Record e não gostei dos argumentos que ele invoca. É certo que o Sporting tem razão relativamente ao João Mário. O rapaz tem contrato com o clube, julgo que por mais 4 anos e acabou. Se o Sporting exigir o valor da cláusula de rescisão, está no seu pleno direito. O clube não tem culpa do empresário do jogador não ter sabido acautelar os seus direitos.
    Agora o Sr. José Ribeiro invocar como reage Bruno de Carvalho e tomar tal reação ou reações em casos anteriores para mostrar que o tal Kia "está feito ao bife" ... só sendo que o faça por ironia ou gozo. É que nos casos anteriores em que o Presidente mostrou o quão valente que é, ficou sem o Bruma,o Sporting e não o BR, tem de pagar uns milhões à Doyen, o Sporting e não o BR,e o Carrillo saiu a custo zero, para o outro lado da segunda circular.
    Por isso, digo que não sei se o Sr. Ribeiro está a gozar com a gente, ou a falar a sério. Se for o segunda hipótese, pela minha parte dispensava tais comentários.

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    1. Caro Mário Castro, com o devido respeito pela sua opinião, de modo algum vejo ironia na crónica de JR. Assim como não concordarei com uma boa parte dos casos e argumentos que entendeu aduzir, nomeadamente, Bruma, Carrillo e Doyen. Sem pretender defender BdC, cujo comportamento nesses casos eventualmente poderia ter sido diferente e redundar em menor prejuízo para o Sporting, permita que lhe refira que terão acontecido, exactamente porque os contratos dos jogadores em causa continham vícios, no modo e no tempo neles inscritos, que o contrato que liga actualmente João Mário ao Sporting, não contém. Dos erros dos dois primeiros não foi responsável BdC, ao contrário das virtudes deste último....

      Esta é a minha opinião, que não invalida o devido respeito que tenho por todas as outras...

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  2. Não esperava ver o Sr. Álamo a defender o Record, mas ok, desta vez interessa.

    João Gomes

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