quarta-feira, 13 de julho de 2016

"Como é que uma arara destas chegou a ministro de Portugal?!..."



Nunca me hei-de cansar de dizer, embora reconhecendo que o segredo do título europeu conquistado por Portugal, terá estado no colectivo, na solidariedade, na união e no espírito de grupo evidenciado por todos os pupilos de Fernando Santos, a quem caberão naturalmente os maiores elogios, que Rui Patrício terá sido o mais determinante de todos os nossos 23 heróis.

Será portanto com uma natural pontinha de vaidade que por aqui quero deixar a contribuição insuspeita de Dino Zoff (LINK), o lendário guarda-redes italiano, na defesa da minha tese:

"Eu não o conhecia muito bem, mas neste Europeu foi um guarda-redes fantástico, esteve sempre bem, sobretudo na final, onde fez duas ou três defesas de alto nível. Tem qualidade para jogar em qualquer clube europeu de topo - não existem muitos guarda-redes com as suas capacidades. [...] 

Rui Patrício está na melhor idade para os guarda-redes, pois é uma altura em que para esse posto específico estes atletas atingem o ponto mais alto em termos físicos, de personalidade e de estabilidade emocional. No fundo, é um guarda-redes maduro. Considero que estes são os melhores anos. [...]

Por ser um guarda-redes tão tranquilo, acho que tem coisas que fazem lembrar o Gianluigi Buffon. Mas Buffon é melhor, embora Patrício tenha tempo de chegar ao seu nível, só depende dele  para chegar ao nível de Buffon. Para já, começou a destacar-se a nível internacional, agora é só seguir esse caminho para continuar a evoluir."

Quando me lembro das palavras de um vice-presidente do Benfica sobre Rui Patrício, poucas horas depois da fantástica odisseia inscrita de forma indelével por ele e pelos seus 22 companheiros, numa das páginas mais belas da História do Futebol Português, vejo-me obrigado a parafrasear Julem Lopetegui quando afirmou surpreendido:

"Como é que uma arara destas chegou a ministro de Portugal?!..."

Leoninamente,
Até á próxima

4 comentários:

  1. Peco desculpa Alamo, mas no estrangeiro e sem ter acesso (felizmente) aos nossos meios de comunicacao: que disse a arara sobre o Nosso Patricio?

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    1. Caro David, também para si e antes de mais, vai um grande abraço de solidariedade e saudade.

      Quanto à pergunta que me coloca, pois aqui vai o que ele afirmou no programa "Dia Seguinte" que foi para o ar na 2ª feira à noite na SIC:

      "Se fosse presidente do Benfica, entre os vários guarda-redes que há no mercado, eu não escolheria o Rui Patrício!..."

      Numa hora de celebração e de orgulho nacional, o "benfas" Rui Gomes da Silva, esquecendo que é vice-presidente do clube com mais adeptos em Portugal, que até um dia chegou a ser ministro deste país e que tudo isso lhe deveria exigir uma grande responsabilidade em todas as palavras que proferisse, foi incapaz de esconder a sua faceta de "lampião asqueroso" e não perdeu o ensejo de achincalhar e mostrar todo o seu profundo ódio a Rui Patrício e ao Sporting Clube de Portugal, ambos pilares da mais bonita vitória alguma vez alcançada por Portugal!...

      Saudações Leoninas

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    2. Muito obrigado Alamo.

      Realmente, um ser com as qualidades intelectuais e estructuralmente honesto como RGS...para ter chegado a ministro revela nao uma causa mas um sintoma de doenca da democracia...
      Nesse caso, caro Alamo, deixe-me que lhe manifeste a minha solidariedade por ainda ai estar.

      Um abraco.

      Saudacoes Leoninas

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  2. Quando alguns (presumivelmente) adeptos portistas "cumprimentaram efusivamente" esse garnisé, disfarçado de arara, à porta de um restaurante portuense, não pude deixar de reprovar tal acto.
    Agora, não muitos meses depois, só posso lamentar não só alguns "cumprimentos" que terão passado ao lado, como sinto necessidade de manifestar toda a minha compreensão a esses adeptos.
    RGS não se limita a ser arrogante, é mesmo mal formado, sem carácter (ou não fosse lã-pião...)- é o tipo de indivíduo que, quando se "apanha por cima", tenta humilhar o opositor. Mas, lá está, chegou a ministro e é doutor (ou será sôtor, como chamavam em Coimbra?)

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