terça-feira, 18 de outubro de 2016

Já não lhes bastará "o xaile" do sigilo das fontes?!...


QUE A EUROPA DOS MILHÕES NOS SORRIA

«Mais uma ronda europeia à porta e as equipas portuguesas pressionadas, cada uma à sua maneira. O Sporting num grupo dificílimo soma uma vitória e uma derrota, mas o jogo de Madrid deixa ainda um amargo de boca na equipa e adeptos, cientes de que passar é tarefa hercúlea e ali os três pontos estiveram tão perto. Hoje segue-se o Borussia Dortmund, mais um conjunto de outra galáxia, que talvez as baixas tornem mais acessível. Mas o leão não pode acreditar nisso. A história com alemães joga contra o Sporting e esta formação orientada por Tuchel tem cilindrado muitos e bons adversários. Não poderá estar em campo o leão de Vila do Conde ou de Guimarães. Terá de ser o que espalhou magia em Madrid durante mais de 80 minutos. Uma vitória é vital para as aspirações na Champions.

No Porto Nuno Espírito Santo é o primeiro a assumir que já "não há margem de erro". O grupo dos dragões está longe de poder ser considerado muito difícil e os resultados e exibições não encantam ninguém. É a altura ideal para a equipa portista mostrar a capacidade europeia a que nos habituou e que os adeptos merecem. O sorteio ditou adversários acessíveis e não seguir em frente seria, não só um claro falhanço desportivo, mas também péssimo em termos financeiros. As contas recentemente vistas em público não deixam muitas dúvidas.

O Benfica segue para Kiev onde também só a vitória conta. O último lugar no grupo não interessa a ninguém e é tempo de corrigir o deslize caseiro frente ao Besiktas e o quase desastre em Nápoles. O Dinamo parece ser uma equipa com várias carências, como nos explica hoje Rui Malheiro, e certamente Rui Vitória terá explicado aos seus como trazer pontos da Ucrânia. Os cinco regressos são um bom prenúncio. Vamos lá então.»
(Bernardo Ribeiro, Entrada em Campo, in Record)

Será sempre um exercício muito difícil para qualquer observador minimamente atento, tentar compreender o inultrapassável antagonismo entre crónicas de dois jornalistas do mesmo jornal, rigorosamente sobre a mesma matéria e publicadas em dias seguidos, quando ambos ocupam posições destacadas e demasiado próximas no topo da hierarquia desse orgão de comunicação.

Mesmo que cada cabeça tenha todo o direito de ditar sentença diferente de outro qualquer seu semelhante, todo o orgão de comunicação que se preze deverá procurar respeitar uma linha editorial que traduza um mínimo de equilíbrio e de consenso dentro do seu corpo redactorial, por forma a poupar o seu natural alvo, o público, à natural instalação de dúvidas e perplexidades.

Ignoro o ambiente que reinará na redacção lá pelo nº 3 da rua Luciana Stegagno Picchio. Se o director troca ideias com os directores adjuntos e se promove "briefings" regulares com os corpos redactoriais e editoriais, no sentido da busca de um permanente equilíbrio do produto colocado no mercado, tanto nas edições impressas quanto na divulgação online, segundo uma linha editorial previamente definida. Mas o que dá a ideia é que no Record, ninguém falará com ninguém e que o clima será se pura e dura autogestão, onde cada um escreve e publica aquilo que lhe dá na real gana, sem tomar em conta preceitos sagrados que sempre devem reger o colectivo, numa busca incessante de uma imagem de harmonia, na observação o mais rigorosa possível da linha que é suposto oferecer ao público.

Porque quando o director escreve num dia que tanto o Sporting quanto o Porto têm obrigação de vencer os desafios que se lhes colocam, dadas "as fragilidades evidenciadas pelos adversários", ao mesmo tempo que acentua que para o Benfica o empate será um "resultado aceitável", quem poderia supor que no dia seguinte, um dos seus directores adjuntos venha dizer precisamente o contrário, ao acentuar, particularmente no que se refere ao encontro de Alvalade, ser o adversário do Sporting "um conjunto de outra galáxia" e ao subir o grau de exigência para com o Benfica, recordando que "o último lugar no grupo não interessa a ninguém e é tempo de corrigir o deslize caseiro frente ao Besiktas e o quase desastre em Nápoles" ?!...

Ou será que estaremos a assistir a um curioso movimento por parte dos jornalistas portugueses, para se apoderarem da "irresponsabilidade" expressa na lei para outros e mui nobres ofícios?!...

Já não lhes bastará "o xaile" do sigilo das fontes?!...

Leoninamente,
Até à próxima

1 comentário:

  1. É por isso, Álamo, que eu digo há semanas que o folhetim RGdS vale exactamente ZERO.

    [Já agora, acrescento que o "folhetim RGdS" tem sido alimentado TAMBÉM por supostos Sportinguistas, sob a bandeira de uma qualquer mudança na estratégia comunicacional do slb - não é o seu caso, Álamo, pois tenho-o como Sportinguista valente e sério, mas é o caso de um par de autores/assistentes de blogues sportinguistas, que tudo fazem para fazer passar essa falsa mensagem.]

    O folhetim RGdS é/foi uma distracção. Um red herring, uma pista falsa.

    A máquina de mentiras e intoxicação do slb continua forte. Encenam a saída de um "loud mouth", um barulhento e grosseiro profissional, mas continuam a planear os próximos ataques. E estes ataques já não são tão directos ou flagrantes, fazem uso reforçado de pseudo-jornalistas próximos do polvo lampiónico para fazer passar mensagens que visam tão somente enfraquecer a solidez do Sporting e...atiçar a opinião publica dos simpatizantes e socios do Sporting contra a equipa e a Direcção.

    Mais direi:

    é sabido (por muitos) que essa máquina encarnada de desinformação e desestabilização, cuja cúpula de faces a descoberto reuniu na Catedral da Cerveja, tem ao seu serviço dezenas de "internautas profissionais" cujo objectivo vai além do ataque à pagina da Comunicação do Sporting no Facebook, chegando à infiltração em blogues afectos ao Sporting (toscos mas eficazes cavalos de troia que se fazem passar por...adeptos leoninos). Isto não é de agora, ocorre há anos, e recrudesceu em intensidade a partir do processo ganho em tribunal pelo brilhante Rogerio Alves em favor de JJ.

    Estas cronicas, estes artigos de análise "inocentes" não acontecem por acaso. Como o Álamo e eu vimos dizendo há tempo.

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