segunda-feira, 23 de março de 2015

Será tudo uma questão de mentalidade competitiva!...



"O Sporting alcançou uma das vitórias mais dilatadas no campeonato desta época e voltou a ganhar o direito a sonhar, depois de uma jornada em que conseguiu recuperar 2 pontos ao 2.º classificado e distanciar-se 9 do 4.º, cavando um fosso que lhe garante tranquilidade.

Foi, pois, uma jornada verdadeiramente leonina coroada com quatro golos, o que acontece pela quinta vez esta temporada em jogos da Liga. Uma lição de eficácia dada pela equipa de Marco Silva que noutros momentos lamentou não ter sido tão certeiro na finalização. Desta vez, aproveitou o que o jogo lhe deu e o que conseguiu construir, juntando o útil ao agradável: uma goleada e uma boa exibição. Acresce que Slimani e Nani bateram recordes pessoais. Enfim, o leão teve boas razões para sorrir.

Terminado o jogo, Marco Silva recorreu a uma frase lapidar: as contas fazem-se no fim. Pode ser uma evidência, mas a verdade é que nem sempre é tida em conta. Ainda hoje, benfiquistas e portistas estarão a remoer os pontos que ficaram em Vila do Conde e na Madeira. No futebol, nada se pode dar por garantido. Mas também os leões, a cada jornada que os seus eternos rivais escorregam, devem pensar em todos aqueles jogos em que, por causa disto ou daquilo, perderam "pontos fáceis". Com eles, certamente hoje alimentariam mais ilusões do que aquelas que legitimamente ainda têm..."
(António Magalhães, Entrada em Campo, in Record)

Não poderia António Magalhães estar mais certo: "... O Sporting, em cada 'escorregadela' dos seus eternos rivais, deve pensar em todos aqueles jogos em que, por isto ou por aquilo, terá perdido 'pontos fáceis'. Com eles, certamente alimentaria mais ilusões, do que aquelas que legitimamente ainda tem"!...

Com o mesmo orçamento, com o mesmo plantel, com o mesmo treinador, será que ao Sporting estaria vedado ou fosse mesmo impossível,  conseguir a vitória na 1ª jornada (Académica 1-1 Sporting), na 3ª jornada (Benfica 1-1 Sporting),  na 4ª jornada (Sporting 1-1 Belenenses),  na 6ª jornada (Sporting 1-1 Porto), na 10ª jornada (Sporting 1-1 P. Ferreira), na 13ª jornada (Sporting 1-1 Moreirense), na 20ª jornada (Sporting 1-1 Benfica) e na 21ª jornada (Belenenses 1-1 Sporting)?!...

E terão sido 16 os pontos desbaratados ingloriamente, "por causa disto ou daquilo", sem que seja preciso falar ou analisar científicamente, as duas derrotas que, sem apelo nem agravo, contabilizámos ao longo das 26 jornadas já disputadas!

Será por demais evidente, inegável e incontornável, atribuir uma razoável percentagem desses 16 pontos perdidos, a factores externos ao jogo! Mas haverá que reconhecer que as culpas próprias absorverão a parte mais substancial do insucesso leonino. E não tivessem estado "em nós próprios" essas causas, o cenário que hoje se poderia ter colocado seria completamente diferente, com o Sporting a liderar isolado e a confortável distância, este campeonato da nossa desilusão!...

Se esta segunda época de "NOVO RUMO", terminar com a obtenção do único título que ainda estará ao nosso alcance e com a manutenção do 3º lugar, poderemos sempre e por todos os motivos, classificá-la como melhor do que a anterior. Mas deveremos colher a experiência ora adquirida, para fazer da próxima o corolário da nossa justificada ambição...

Mesmo com orçamento inferior aos mais directos rivais, mesmo com plantel de valor idêntico, mesmo que com o mesmo treinador, mesmo com a entrada em jogo dos "mesmos factores externos", a época prestes a chegar ao fim, ensinou-nos o que será preciso para ir mais longe:

Será tudo uma questão de mentalidade competitiva! Que obviamente começará no treinador e terminará nos jogadores, mas passará por muitos mais!...

Leoninamente,
Até á próxima

4 comentários:

  1. Dizer que foram "pontos fáceis" é uma idiotice. Por acaso esses foram jogos fáceis? O Porto também pode dizer que perdeu cinco "pontos fáceis" na Madeira, e que se não fosse isso estaria na liderança. E isso interessa para quê?

    É tão fácil falar depois. Continuem a fiar-se na "Virgem" e não vejam, por exemplo, que o Sporting só voltou a ter uma frente de ataque digna desse nome com o Slimani na frente, e depois digam que perdemos "pontos fáceis". O Sporting que não constitua um plantel com soluções que vai continuar a perder bastantes "pontos fáceis" e a pensar que afinal era "fácil" ganhar o campeonato. A quem convém fomentar a iliteracia futebolística são os mesmos alienados de sempre, que antes de irem para o poder eram exigentes, agora dão a volta ao texto conforme a conveniência.

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    1. E o caro Jordão entenderá, do alto da sua cátedra, que um idiota lhe responde?!...

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  2. Habitualmente fala-se do lugar da classificação geral, mas a diferença pontual entre as equipas não me parece que seja uma questão despicienda.
    Vendo bem, desde a época 2010/11, o Sporting atingiu 48,59,42 (!) e 67 pontos (época finda) em 30 jogos, qualquer delas. Ora, estamos com 56 pontos, o que significa que, para igualarmos a boa média da última época (2º lugar), deveríamos ter mais 4 pontos (3,8, em rigor).
    Estou, pois, a olhar só para nós e nem falo nas épocas 2010-11/12/13, tão pobres elas foram.
    Aqui chegado, compreendo melhor a ideia de António Magalhães e o seu desalento, amigo.
    Andámos a desbaratar pontos ingloriamente, em empates "ultrajantes", de tal modo que já vai ser necessário um fim de época em grande para que, no mínimo, se atinja a média do ano passado: 0,7444 pontos/jogo. Mas, como bem diz, venha a Taça cá para casa e as contas ficarão "saldadas"
    Aproveitando-me da suas últimas palavras, não apareçam por aí os factores externos e podemos sonhar.

    "Será tudo uma questão de mentalidade competitiva! Que obviamente começará no treinador e terminará nos jogadores, mas passará por muitos mais!..."

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  3. O dramático é que o Sporting perde recorrentemente os campeonatos nos jogos em sua casa. E as condições intrínsecas do nosso estádio contribuem para esse efeito: adeptos longe do relvado (para ecercerem pressão sobre a equipa antagonista e sobre a equipa de arbitragem)e más condições do mesmo.

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