sexta-feira, 6 de março de 2015

É possível viver de cara lavada! E de cabeça erguida!!!...


O capanga

Quando, em 2009, Paulo Pereira Cristóvão concorreu à presidência do Sporting, mesmo sendo pública a minha forte oposição à continuidade "roquettista", deixei claro que nunca apoiaria a figura. O seu passado na Polícia Judiciara bastava-me e escrevi-o aqui no "Record". Coisa que alguns amigos acharam bizarro. Afinal de contas, estávamos a falar de um candidato a dirigente desportivo. Quando se passou, dois anos depois, para aquilo a que chamara antes de "grupo de pavões anafados", não precisei de dizer muito. Tinha a companhia de Godinho Lopes, detido pela PJ em 2002, por gestão danosa na Expo’98, e de Luís Duque, envolvido no caso BPN e, nesse mesmo ano, num outro processo relativo à Câmara de Sintra. Os sportinguistas acharam que esta tripla tinha um ar mais sério do que Bruno de Carvalho. Não foi preciso esperar muito para que Pereira Cristóvão fizesse das suas. Em abril de 2012, montou uma armadilha mal amanhada a um árbitro. O triste episódio teve apenas um vantagem: o Sporting livrou-se dele.

Esta semana, Paulo Pereira Cirstóvão foi preso. Tendo como comparsa um elemento da Juve Leo, é suspeito de roubo e sequestro. O Sporting reagiu como devia: trata-se de um caso de polícia que nada tem a ver com o clube. Mas não deixa de ser verdade que de cada vez que o capanga que demasiada gente quis ter a seu lado fizer das suas aparecerá, nas notícias, como "ex-vice-presidente do Sporting". O clube é grande e não escolhe os seus adeptos. Mas escolhe os seus dirigentes. E escolheu este homem, tendo informação mais do que suficiente para não o fazer. Se o Sporting tem todas as razões para sentir orgulho na história, ficará para sempre com esta nódoa. Talvez ajude os sócios de todos os clubes a pensarem que a honestidade não é coisa que só se exija, quando se vota, a políticos.
(Daniel Oliveira, Verde na Bola in Record)

Assim, de raspão e enquanto as labaredas não acalmam, será muito positivo que os sportinguistas reflictam nas palavras de Daniel Oliveira. Bem particularmente, os saudosistas de uma dinastia de vergonha que quase nos levava à extinção e ao desaparecimento.

Teremos descoberto o Paraíso?! Não, decerto que não, pela simples razão de que esse lugar imaginário não existe! Mas há lugares onde é possível que a vergonha não se agarre a nós, pior do que a lapa colada nas rochas!

É possível viver de cara lavada! E de cabeça erguida!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

2 comentários:

  1. Pois. Concordo. Pena é que não tenham parado (talvez o façam agora) de falar do Vale e Azevedo. Dava jeito, para achincalhar, eu sei. Só que, atirar pedras ao ar, pode pôr em risco o nosso próprio telhado.
    Tudo isto para dizer que nenhuma instituição está livre de ver o seu bom nome emporcalhado pelas tropelias de um ou outro dos seus membros.

    PS
    Uma explicação para algum sportinguista que se exalte por eu vir postar aqui: faço-o, simplesmente porque há muitos sportinguistas a fazê-lo nos blogues benfiquistas.

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    1. A única semelhança que encontro entre Pereira Cristòvão e Vale e Azevedo é serem ambos casos de polícia.
      De resto, um usou o cargo para colher benefícios pessoais e para o clube, o outro quis, em nome do Clube, desmascarar um árbitro auxiliar ( por acaso, à época era o carteiro aqui na minha área e conheci-o pessoalmente). Fora disto, só a má-fé pode ligar estas figuras aos respectivos clubes.

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