Doutor Cortinas
«No momento em que o FC Porto está atolado financeiramente, se levantam dúvidas sobre o futuro da SAD e começou o carnaval de candidatos ao lugar de Pinto da Costa; com Benfica a ser investigado pelos ‘vouchers’, a viver uma OPA que é diminutivo de ‘opaca’ e com Bruno Lage a ser brindado com lenços brancos, é apenas muita inabilidade o Sporting colocar no foco da agenda mediática a contratação milionária de Rúben Amorim, quando devia estar sossegando a ver Roma e Cartago a arder.
Em 16 meses não são 6 treinadores, é falta de rumo, estratégia de ziguezagues sem sentido, perda de coerência, desconhecimento da história do clube, desunião com adeptos. Gerir um clube com a grandeza do Sporting não é uma brincadeira de meninos mimados nem de licenciados em Football Manager. É preciso compreender o poder nas suas inúmeras facetas e a natureza humana, sobretudo o pior dela, mas só vemos um rapaz que tem estampada no rosto a sina da ignorância de quem não pode liderar porque não sabe para onde vai.
O Sporting paga 10 milhões (mais impostos e juros), um terço do orçamento de António Salvador, algo revelador de miopia, por quem tem 13 jogos disputados em alta competição. O Sporting é um grande aristocrata falido, como dizia Varandas ao Record, que necessitava dos 7 milhões da venda de Bas Dost "para sobreviver". Agora vai desbaratar o pouco que resta da fortuna num treinador que tem tudo a provar e que abandona um clube com liderança forte e estrutura profissional (como eu disse na semana passada) para entrar num emblema instável com um presidente incompetente e uma estrutura risível. É algo sem pés nem cabeça.
«No momento em que o FC Porto está atolado financeiramente, se levantam dúvidas sobre o futuro da SAD e começou o carnaval de candidatos ao lugar de Pinto da Costa; com Benfica a ser investigado pelos ‘vouchers’, a viver uma OPA que é diminutivo de ‘opaca’ e com Bruno Lage a ser brindado com lenços brancos, é apenas muita inabilidade o Sporting colocar no foco da agenda mediática a contratação milionária de Rúben Amorim, quando devia estar sossegando a ver Roma e Cartago a arder.
Em 16 meses não são 6 treinadores, é falta de rumo, estratégia de ziguezagues sem sentido, perda de coerência, desconhecimento da história do clube, desunião com adeptos. Gerir um clube com a grandeza do Sporting não é uma brincadeira de meninos mimados nem de licenciados em Football Manager. É preciso compreender o poder nas suas inúmeras facetas e a natureza humana, sobretudo o pior dela, mas só vemos um rapaz que tem estampada no rosto a sina da ignorância de quem não pode liderar porque não sabe para onde vai.
O Sporting paga 10 milhões (mais impostos e juros), um terço do orçamento de António Salvador, algo revelador de miopia, por quem tem 13 jogos disputados em alta competição. O Sporting é um grande aristocrata falido, como dizia Varandas ao Record, que necessitava dos 7 milhões da venda de Bas Dost "para sobreviver". Agora vai desbaratar o pouco que resta da fortuna num treinador que tem tudo a provar e que abandona um clube com liderança forte e estrutura profissional (como eu disse na semana passada) para entrar num emblema instável com um presidente incompetente e uma estrutura risível. É algo sem pés nem cabeça.
Rúben Amorim foi apresentado na Porta 10A, mas alguém que o informe que entrou sem estado de graça, pois a sua contratação pela primeira vez conseguiu cumprir o desígnio de campanha de Varandas: "Unir o Sporting", unindo mais gente contra ele. Pois todos perceberam que esta contratação não é audaz, é apenas a demonstração cabal da insanidade e desespero de um presidente autista que deu mais um passo para o abismo.
Recordo um diálogo da brilhante série ‘The Crown’: "Se o que fizermos for com pompa e circunstância e confiante que baste, ninguém vai reparar que tudo à volta se desmorona". Varandas é a mediocridade brilhante que arquitecta este caos, onde com muita maquilhagem se constroem narrativas para disfarçar os erros sucessivos. O Sporting tinha uma herança pesada, mas Varandas em campanha disse que tinha soluções e um projecto profissional. Pois de soluções, zero, e quanto a profissionalismo, nem vê-lo. Basta de desculpas com o passado, as claques, as ‘roulottes’, os colchões, Keizer, Silas ou a mala do sr. Orlando. O culpado é só um: Frederico Varandas. O Doutor Cortinas, especializado em cortinas de fumo constantes para disfarçar a debilidade e vacuidade da sua liderança. Só um tolo se deixa enganar, o desastre é mais do que evidente.»
Recordo um diálogo da brilhante série ‘The Crown’: "Se o que fizermos for com pompa e circunstância e confiante que baste, ninguém vai reparar que tudo à volta se desmorona". Varandas é a mediocridade brilhante que arquitecta este caos, onde com muita maquilhagem se constroem narrativas para disfarçar os erros sucessivos. O Sporting tinha uma herança pesada, mas Varandas em campanha disse que tinha soluções e um projecto profissional. Pois de soluções, zero, e quanto a profissionalismo, nem vê-lo. Basta de desculpas com o passado, as claques, as ‘roulottes’, os colchões, Keizer, Silas ou a mala do sr. Orlando. O culpado é só um: Frederico Varandas. O Doutor Cortinas, especializado em cortinas de fumo constantes para disfarçar a debilidade e vacuidade da sua liderança. Só um tolo se deixa enganar, o desastre é mais do que evidente.»
Sendo o processo de decisão humana composto por dois mecanismos tão díspares e em permanente conflito como serão o mecanismo racional que tendencialmente nos faz tomar decisões certas e o mecanismo emocional, tantas vezes culpado de escolhas erradas, só uma 'máquina perfeita' que nenhum de nós será, não seria influenciada, quer por impulsos primitivos e genéticos, como o instinto, quer por emoções e sentimentos mais conscientes. E até quando pensamos que estamos, racionalmente, a tomar uma qualquer decisão, esta muitas das vezes, já vem influenciada por escolhas anteriores, ironicamente enviesadas por emoções...
Neste acidentado e previsível virar de página do Sporting, temo que todo o universo sportinguista esteja neste momento balançando entre esses dois mecanismos, sem que me interesse muito dimensionar trincheiras. O terrível divisionismo instalado por outras 'racionalidades e emoções' já abriu em mim chaga suficiente.
Não me surpreendeu por isso, o "Factor Racional" com que Rui Calafate hoje presenteou os leitores do Jornal Record. Muito menos os termos em que o faz. É o triunfo do racional sobre o emocional, que o tempo se encarregará de confirmar. Ou não...
Mas haverá um ponto em que dele discordarei: nem só os tolos se deixam enganar! Sem ser tolo, haverá quem decida e arrisque ser enganado por um amor, por uma causa, por uma esperança...
Pelo Sporting!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Caro Álamo,
ResponderEliminarLi com toda a atenção o artigo de Rui Calafate, bem como a sua opinião, tendo chegado a esta questão:
O Álamo acredita mesmo no que escreve? Ao contrário do que refere, acho que, com esta contratação absurda (sobretudo para um clube falido), definitivamente Frederico Varandas conseguiu cumprir o desígnio do seu programa eleitoral: "Unir o Sporting". Creio que se enganou foi no sentido dessa união!
SL,
DGBR
Deixo no postal que acabo de publicar, a minha resposta ao caro DGBR.
EliminarSL
Eu ia comentar, mas depois de ler o comentário do DGBR, nada mais tenho a acrescentar.
ResponderEliminarEntão Calafate, onde é que andavas no 25 de Abril?
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