Inimigo comum
«Os tempos não são favoráveis ao positivismo. Enfrentamos um inimigo invisível, de alcance mundial e que não olha a meios para atingir os seus fins. Vivemos tempos extraordinários e, em pleno ano de 2020 – quantos de nós é que, por influência do filme ‘Regresso ao Futuro’, já pensavam ter chegado a altura de conduzirmos carros voadores? – somos obrigados a contrariar tudo a que estávamos habituados: a globalização deu lugar ao recolhimento; o contacto ao afastamento social; a velocidade à lentidão; a cor à sombra.
Deixemos os carros voadores para outros tempos. Chegou a altura de sermos a melhor versão de nós próprios, de forma a protegermos os nossos e os outros. Como não poderia deixar de ser, o desporto deu o mote. Os interesses financeiros – que tanto marcam esta área e que tantos tentáculos têm em várias zonas de atuação – deram lugar à ajuda, à solidariedade e, acima de tudo, ao combate a um inimigo comum. Deixamos os clubes, as seleções, os países, as bandeiras. Somos nós, humanos, contra ele, o vírus maldito que deixou o Mundo em suspenso.
Os tempos não são favoráveis ao positivismo, é um facto. Mas não tenho um pingo de dúvida de que, daqui a semanas, meses talvez, o que seja. Daqui a uns tempos estaremos todos sentados a olhar para um jogo de futebol, um duelo de basquetebol, uma partida de andebol, uma corrida de 100 metros. O que for. Não interessa. O que interessa é que vamos sair disto mais fortes, mais unidos e, acima de tudo, mais conscientes do que realmente importa. De repente, 3 centímetros de fora de jogo parece só uma estupidez, não é?»
(Alexandre Carvalho, Na Gaveta, in Record, hoje às 21:08)«Os tempos não são favoráveis ao positivismo. Enfrentamos um inimigo invisível, de alcance mundial e que não olha a meios para atingir os seus fins. Vivemos tempos extraordinários e, em pleno ano de 2020 – quantos de nós é que, por influência do filme ‘Regresso ao Futuro’, já pensavam ter chegado a altura de conduzirmos carros voadores? – somos obrigados a contrariar tudo a que estávamos habituados: a globalização deu lugar ao recolhimento; o contacto ao afastamento social; a velocidade à lentidão; a cor à sombra.
Deixemos os carros voadores para outros tempos. Chegou a altura de sermos a melhor versão de nós próprios, de forma a protegermos os nossos e os outros. Como não poderia deixar de ser, o desporto deu o mote. Os interesses financeiros – que tanto marcam esta área e que tantos tentáculos têm em várias zonas de atuação – deram lugar à ajuda, à solidariedade e, acima de tudo, ao combate a um inimigo comum. Deixamos os clubes, as seleções, os países, as bandeiras. Somos nós, humanos, contra ele, o vírus maldito que deixou o Mundo em suspenso.
Os tempos não são favoráveis ao positivismo, é um facto. Mas não tenho um pingo de dúvida de que, daqui a semanas, meses talvez, o que seja. Daqui a uns tempos estaremos todos sentados a olhar para um jogo de futebol, um duelo de basquetebol, uma partida de andebol, uma corrida de 100 metros. O que for. Não interessa. O que interessa é que vamos sair disto mais fortes, mais unidos e, acima de tudo, mais conscientes do que realmente importa. De repente, 3 centímetros de fora de jogo parece só uma estupidez, não é?»
Sim, "vamos sair disto mais fortes, mais unidos e, acima de tudo, mais conscientes do que realmente importa", nesta fugaz passagem que cabe a cada um de nós desfrutar...
E por falar em passagens fugazes por esta vida, permitam-me deixar por aqui, neste 17 de Março de 2020, a minha modesta mas sentida homenagem a Pedro Barroso, um dos grandes homens, artistas e heróis da minha geração, que hoje nos deixou, quase sem avisar...
E por falar em passagens fugazes por esta vida, permitam-me deixar por aqui, neste 17 de Março de 2020, a minha modesta mas sentida homenagem a Pedro Barroso, um dos grandes homens, artistas e heróis da minha geração, que hoje nos deixou, quase sem avisar...
Até sempre, Pedro. Obrigado!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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