Vêm aí tempos duros
«O impacto da pandemia que está a dizimar pessoas como nós por todo o mundo, vai ser grande, As vidas são o bem mais precioso. Mas a devastação vai deixar sequelas para além das mortes. A economia, por exemplo, tem uma influência brutal nas nossas vidas. E se ela se vai ressentir.
E Portugal teme-se por várias indústrias. O desporto é apenas uma delas. Da restauração aos eventos, dos média à aviação, a maior parte dos sectores vão sofrer muito. Quem vai pagar? Passe a linguagem popularucha, haverá uma factura para os patrões, sim, mas o mexilhão costuma pagar a parte mais dura.
Para que o desemprego não se alastre e uma paragem que pode ser superior a dois meses não arrase com as fundações da estrutura em que vivemos, será necessária uma política corajosa e que conte com a ajuda do poder económico. Só que, uma vez mais, estará aí o maior problema. Poucas foram as vezes na história em que o capitalismo escolheu as pessoas em vez do lucro. Temo que não se vão ver tempos diferentes.
P.S.: Nós vamos continuar aqui. Por e pela profissão que escolhemos. Queremos ganhar esta luta. E sim, também pela manutenção dos nossos postos de trabalho. Connosco, mais de quatro mil postos de venda abertos. Vamos a isso.»
(Bernardo Ribeiro, director do jornal Record, Saída de Campo, edição impressa, hoje)
Por carácter, princípios e valores próprios - ou a falta deles, naturalmente! - muitos não estarão à altura da responsabilidade que a sociedade lhes exigiria neste momento. Mas felizmente que a grande maioria do povo que somos, estará a dar nesta altura uma surpreendente, agradável e tocante resposta...
Sim, vamos a isso!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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