quinta-feira, 3 de julho de 2025

Que nojo de mundo!!!...

 


A morte saiu à rua

«O choque brutal chegou numa bela manhã de estio. A morte saiu à rua num dia assim, como cantava Zeca Afonso numa das suas mais belas letras contra a guerra colonial.

Na morte de Diogo Jota e do seu irmão André Silva, porém, assistimos mais à repetição de uma tragédia habitual naquelas estradas espanholas da rota dos nossos emigrantes. Uma tragédia que, felizmente, já não é tão frequente como há uns anos, mas mantém vivo o velho refrão da canção “vai devagar emigrante”, metáfora que aconselha a preparação de viagens como a que os jovens futebolistas estavam a fazer ao mais ínfimo detalhe.

A morte brutal de Diogo Jota trouxe a relativização absoluta de todas as misérias humanas, pequenas ou grandes, de todas as guerras determinadas pelo egocentrismo, que moldam tanto (demais) o futebol dos nossos tempos. A morte de Diogo Jota é, afinal, um golpe profundo numa forma romântica de estar no futebol.

O jovem jogador do Liverpool estava no clube que permitia libertar uma personalidade apaixonada pela bola, de entrega, de antes quebrar que torcer, uma delícia para os espectadores que se nutrem dessa velha alquimia do futebol de rua e popular.

É também um golpe na hipocrisia que vai fazendo as notícias de cada dia, futeboleiras ou não. Como aquela do tribunal que entronizou Pinto da Costa, dando-lhe definitivamente os céus e umas asinhas de inocente querubim. Pinto da Costa não foi condenado no 'Apito Dourado', logo é como se o 'Apito' nunca tivesse existido. Esta é a lógica imbatível do Tribunal Judicial do Porto no processo contra Varandas. Ou, noutra dimensão do espectáculo mediático de cada dia, a morte no auge da juventude, de Diogo Jota e do seu irmão, expõe ainda mais a relatividade argumentativa do homem que se transformou numa espécie de palhaço de si próprio, como é o caso de Sócrates. A morte leva tudo à frente, incluindo o trapezismo de tartufos e bufarinheiros, como o que assistismos ontem à porta do Campus da justiça.

A morte traz a dor inapagável, projecta o ridículo dos mundos que a rodeiam no caleidoscópio das notícias. Essa é a sensação de todo o dia de hoje, à medida que o brutal desaparecimento do jovem futebolista internacional foi monopolizando os écrans e encheu de tristeza uma Nação inteira.»

Que nojo de mundo!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Distraído por certo!!!...

 


A um Deus desconhecido

«... Como escreveu o Cristiano Ronaldo, “não faz sentido” a partida do Diogo Jota. Com uma história pessoal e familiar lindíssima, completamente fora dos instagrams, 'influencers' e estrelitas que abundam em torno dos jogadores de futebol. Foi para mim um soco que senti apesar de não o conhecer e julgo que todos também ficaram chocados como eu. Só desejo força para ultrapassar a tristeza àquela família. O título deste artigo é o nome de um livro do John Steinbeck. Não sei se os seus pais são crentes mas têm todo o direito de se revoltarem contra Deus. Onde estava ele ontem para evitar esta tragédia?!...»

Distraído por certo!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

terça-feira, 1 de julho de 2025

Eu acredito!!!...

 


O bicampeão voltou e como não há duas sem três?!...

Da busca pelo desafio histórico à nova táctica: este o projecto no regresso do campeoníssimo leão  Rui Borges - aqui

Eu acredito!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

terça-feira, 24 de junho de 2025

Quase outro leão a bordo!...

 


Médio georgiano, reforço dos leões para a nova época, anseia "sentir o ambiente de Alvalade" e sabe que vem para um "grande clube"

«...Kochorashvili estava amarrado pelo Sporting desde o último Inverno, tendo sido oficializado como reforço no final de Março - custou 5,5 milhões de euros fixos, mais 2 milhões em bónus. Em retrospectiva, o médio lembra que só tinha um pedido a fazer quando soube do interesse dos verdes e brancos. "A única coisa que pedi foi para terminar a época no Levante. Como tudo aconteceu no inverno, tinha de acontecer de uma determinada forma para que o clube fosse o primeiro beneficiado. Sempre tive claro que, se saísse do Levante, o clube tinha que ser favorecido. Acontecesse o que acontecesse, queria continuar a ajudar a equipa e levar o Levante à La Liga. E depois seguir o meu caminho e estabelecer novos objectivos", apontou.

Além da possibilidade de reforçar um grande português e o bicampeão nacional, a ligação a Cristiano Ronaldo, o seu "ídolo" na infância, também é um aliciante para Giorgi. "Em criança sabia de onde vinham os grandes jogadores, entre eles o Cristiano Ronaldo. Era o meu ídolo. Lembro-me que, em 2012, ele foi à academia do Tbilisi e nossa reacção foi incrível. 12 anos depois joguei contra ele no Europeu e vencemos Portugal por 2-0. Quando soube [do interesse do Sporting] fiquei feliz por sentir que não só o meu trabalho, mas também o da minha família, o da minha parceira e o dos meus colegas tiveram os seus frutos", rematou.»

Quase outro leão a bordo!...

Leoninamente,
Até à próxima

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Ri melhor quem rir por último!!!...



Gyökeres corre risco

«Viktor Gyökeres tem direito a sonhar com a Premier League. Frederico Varandas reconhece-o. A questão é que o jogo está viciado à partida. Há acordo para os termos pessoais do goleador entre o agente Hasan Çetinkaya e o director-desportivo do Arsenal, Andrea Berta, amigos de longa data. Só uma confiança a raiar o conluio justifica que, no dia em que Varandas disse que o sueco jamais sairia por 60 M€+10, os gunners tenham feito uma oferta de apenas 55 M€. Como se a afronta não fosse suficiente, o Arsenal congelou o processo e nem sequer melhora a oferta. Sendo o representante do jogador também o intermediário do negócio, fruto do mandato exclusivo, as dinâmicas concorrenciais do mercado estão comprometidas e acabarão por afastar até uma Juventus que estava disposta a chegar aos 70 M€+10. O círculo próximo de Gyökeres está a brincar com o fogo e, se forem queimadas as pontes, o sonho do sueco corre risco...»

Ri melhor quem rir por último!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Nenhumíssima razão!!!...


Na antecâmara do adeus

«Chegou do frio, onde pontificava em ligas ora periféricas, ora secundárias. Apresentou o seu nome difícil de pronúncia e modesto estatuto ao exigente tribunal de Alvalade. Não vinha rotulado de estrela, mas o Sporting teimou no alvo e fez dele a contratação mais cara da sua história.

A retribuição foi épica: abnegação sem limites, golos e assistências em catadupa, títulos conquistados e recordes individuais estratosféricos.

Gyökeres ascendeu ao topo de verde e branco e o Sporting elevou-se com ele. A parceria edificou uma era cujas façanhas ecoarão pelos labirintos da história.

Todavia, porque o homem da máscara é também um homem comum, os sorrisos sucessivos, os abraços entre pares, a cumplicidade com a estrutura, a comunhão com as bancadas e até os laços familiares transportaram esta relação para um outro patamar emocional. Há quem cumpra contratos e há quem construa relações inolvidáveis. Gyökeres tornou-se um dos nossos – e dessa condição nunca se despirá.

Nos últimos dias, a novela do “acordo quebrado” emergiu como se jura gravada em mármore tivesse sido quebrada. Não foi.

Na reunião entre presidente, director desportivo e agente, ocorrida no início da época, houve diálogo sobre o futuro – natural entre partes maduras. Jamais Frederico Varandas, cujos predicados na defesa do Sporting são inquestionáveis, rotularia com preço de saldo um bem essencial e de luxo.

Uma coisa é apalavrar a anuência a um negócio abaixo da cláusula dos 100 milhões de euros. Outra, bem diferente, é delegar a um empresário o poder de fixar o valor de um activo que não lhe pertence.

A cada dia que passa, é mais evidente que a tensão não foi semeada por dentro – mas, ao invés, lançada de fora. Por empresários em missão de comissão. Por rivais na antecâmara de um Verão em brasa. Não é amor, mas sim interesse aquilo que anima a torrente da intriga para a qual nos querem arrastar.

A confirmar-se a sua saída, o universo Sporting jamais esquecerá Gyökeres – e também ele nunca esquecerá o Sporting: foi aqui que se fez nome maior da Europa. Numa família onde todos já queriam saber dele mesmo antes de meter a máscara.

Até num casamento funcional, por vezes chega o momento em que é inevitável invocar a coragem e dizer adeus – permitindo que a vida prossiga em paz e as partes se realizem.

Se a separação for inevitável, que seja reflexo fiel do que foi o matrimónio: digno, cúmplice e frutuoso para ambas as partes. Não há razão para que aquilo que começou bem e decorreu melhor não acabe em beleza para todos.»

Nenhumíssima razão!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Sem caganeira!!!...


Sem caganeira!!!...

«Portugal venceu a Liga das Nações com identidade e a jogar olhos nos olhos com a campeã da Europa, e deu mais uma prova de que, em 2025, está entre as selecções mais completas do futebol mundial.

Não se trata apenas de ganhar — trata-se da forma como se ganha!

A final foi um exercício de maturidade, com pressão coordenada, qualidade com bola e sangue-frio nos momentos-chave.

Diogo Costa voltou a mostrar porque é um dos guarda-redes mais completos da actualidade, enquanto Nuno Mendes defendeu como um Maldini e atacou melhor que um Roberto Carlos! Bruno Fernandes, Vitinha e Bernardo Silva ofereceram-nos um meio-campo funcional e criativo. Cristiano Ronaldo, o "eterno" Cristiano, mesmo com menor fulgor físico, tornou-se no mais velho jogador da história a marcar numa final de uma competição oficial de selecções. E que dizer sobre o tratado de autoridade e compostura que foi Rúben Dias durante os 120 minutos? E como não sorrir com o sorriso rasgado com que Rafael Leão rasga tudo e todos que encontra pela frente?

Relativamente aos campeões da Europa de 2016, o contraste é evidente: a equipa de Fernando Santos construiu-se na solidez defensiva e no sofrimento organizado.

Essa equipa resistia — esta selecção assume, arrisca e intimida.

Já a seleção de 2019, que venceu a primeira Liga das Nações, foi uma versão de transição: forte no onze titular, mas ainda com limitações na profundidade do grupo de trabalho.

Hoje, Portugal tem soluções de elite em todas as posições! É uma geração consolidada em grandes clubes europeus com uma mentalidade colectiva madura e ambiciosa. A atitude de Ronaldo (“partia uma perna, se fosse preciso”) e o que disse Bernardo Silva no final do jogo (“acreditámos até ao fim”) mostram a cultura de exigência competitiva de que estão impregnados os nossos campeões.

Não é apenas talento. É consistência. É identidade. É fome de títulos.

E sim, hoje podemos afirmar com a mesma autoridade com que os Franceses e os Espanhóis o fazem, ou mesmo com a naturalidade dos Brasileiros e dos Argentinos que: Portugal tem, nós somos, neste momento, a "melhor selecção do mundo"!»

Sem caganeira!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

sábado, 7 de junho de 2025

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Rui Jorge não presta!!!...


Eduardo Quaresma: Rui Jorge podia ter evitado!

«A revelação de Rui Jorge sobre a ausência de Eduardo Quaresma no Europeu de Sub-21 é, no mínimo, infeliz. Dizer que o jogador "não se sentia com energia e motivação para ajudar a equipa" pode parecer um exercício de transparência, mas, acima de tudo, mina a sua liderança.

Ter dito em conferência de imprensa coisas como: "A selecção não pode ser apenas para quando dá jeito para assinar um contrato ou para relançar a carreira nos próprios clubes." É daquelas "bocas foleiras" que não estão ao nível de um seleccionador nacional.

Num futebol cada vez mais exigente, com calendários sobrecarregados e pressões permanentes, é natural que um jogador, após uma época longa, intensa e de afirmação no campeão nacional, manifeste sinais de saturação física e mental. Quaresma não fugiu a um compromisso. Teve a coragem — ou a honestidade — de reconhecer que não estava nas condições ideais para representar o país ao mais alto nível competitivo. Foi em grande medida, um verdadeiro profissional, pensado para além de um título por selecções que certamente gostaria de conquistar, priorizando a preparação para a próxima temporada e o desenvolvimento da sua jovem mas já profícua carreira.

É precisamente por isso que Rui Jorge deveria ter protegido o jogador em vez de o expor. Um seleccionador com mais de uma década de trabalho na formação sabe — ou devia saber — que há formas de comunicar que preservam o colectivo e não fragilizam o indivíduo. Dizer, na praça pública, o que disse sobre um atleta que agora era seu, mas que amanhã pode estar ao serviço da selecção A, é tudo menos pedagógico. É acima de tudo contraproducente, e, atendendo à relevância do tema, foi manifestamente desnecessário.

No futebol as glórias devem ser públicas, mas as críticas, em particular aos seus, devem ficar dentro de casa!

Eduardo Quaresma merecia descrição. E Rui Jorge deveria saber distinguir entre responsabilidade e a exibição de autoridade, que assim que a tornou pública, perdeu-a. Faltou-lhe porventura inteligência emocional no preciso momento, ou então sobrou a vontade de começar a coleccionar álibis para infortúnios desportivos que, a acontecerem nesta competição, colocarão o seu lugar em risco perante a nova direcção federativa. O futebol português muito deve a Rui Jorge mas "ser da formação" também se vê nestes momentos. E, desta vez, o seleccionador falhou o teste.»


Está-lhe no sangue o ódio visceral ao Sporting, que já vem desde aquela camisola rasgada em público!...

Rui Jorge não presta!!!...

Leoninamente,
Até à próxima