O actual Presidente da LPFP, Mário Figueiredo, vai tropeçando nos seus próprios pés, repletos de buracos dos tiros que a si próprio vai infligindo, vai escorregando aqui para se levantar acolá, mas... ainda não caiu! E nenhum "clínico do sistema", teve até agora a coragem e o proveito, de lhe passar, em definitivo, a certidão de óbito. Declarações de intenção, muitas, obras, nenhumas! Estamos em Portugal e, muito particularmente, na "aldeia do futebol": boçal, parola, oportunista, manhosa, persecutória, e... concomitantemente, mafiosa!
Uma grande parte da comunicação social que se debruça sobre essa "aldeia do futebol", esse terrível pântano em que há décadas está atolado o futebol português, vive, ou sobrevive, dependente e sem a coragem da denúncia, chafurdando no meio das águas podres para onde se deixou arrastar, sem que se vislumbre qualquer tentativa séria de libertação, uma braçada mais enérgica em direcção às margens.
A entrada de João Querido Manha para a direcção do jornal Record, terá constituído a mais rude machadada na esperança de que um dia algo pudesse vir a ser alterado no degradante panorama que todos conhecemos. Porque a criatura reúnirá porventura, os mais baixos e vis atributos de carácter que conceber se possam, num profissional investido nas funções que lhe foram cometidas pelos proprietários do orgão que infelizmente passou a dirigir.
Como se não bastassem os desvios editoriais que a criatura passou a impôr desde que assumiu funções, nem as diatribes que recorrentemente a sua pena traz ao conhecimento dos leitores, deixo a todos aqueles que me dão o privilégio de ler o meu despretensioso pensamento, dois trechos da entrevista do Presidente da Académica de Coimbra, ao jornal que a criatura dirige:
R – Quem vê à frente da Liga nos próximos anos?
JES – Mais do que nomes, os dirigentes têm de juntar-se e falar sobre o que querem para o futebol português. O Sporting fez recentemente um trabalho positivo, mas limitado, pois tratou-se de uma visão de um clube poderoso. Mas há outras visões no futebol português, pois uns vivem dos outros e é preciso racionalizar entre os 33 clubes. Esta é uma Liga que se dedica a organizar campeonatos e realizar uma competição economicamente viável, e isso ela não faz. Existe uma cumplicidade irresponsável entre o presidente da Liga e o presidente da AG da Liga, dois juristas que tinham obrigação, até por formação, de respeitar os estatutos. Os clubes não estão informados, não conhecem os contratos que existem, nem sequer sabem quem vai ser o sponsor na próxima época. Estamos na idade da pedra! Esta deverá ser a primeira época em que a Liga, que para todos os efeitos é uma empresa comercial e obedece à lei geral, não promove reuniões ordinárias, o que é estranhíssimo. Há um ambiente de total falta de transparência e opacidade. Deverá ser a primeira vez na vida que uma Liga não apresenta um orçamento nem permite que os clubes se reúnam. A única empresa do país que obriga os clubes a apresentar contas e não apresenta as suas.
R – Já pensou em candidatar-se à Liga?
JES – Não, nunca pensei nessa candidatura e, para além disso, ser presidente da Académica é um cargo de tão grande responsabilidade e paixão, que o considero um cargo que alguma vez seria ultrapassado por outro cargo qualquer. Não o trocaria..
.E agora deixo-vos com a "gloriosa obra-prima" que o "manhoso", no seguimento da referida entrevista, teve a lata de mandar publicar na edição de hoje:
Na oportuna entrevista que concede nesta edição do Record, o presidente da Académica, putativo candidato a futuro líder da Liga de Clubes, rompe finalmente o intrigante silêncio a que a classe dirigente se remetera após a divulgação pelo Sporting de uma série de propostas de alteração do regime futebolístico, popularmente conhecido por Sistema. É, no entanto, um comentário mínimo, irrelevante, sobranceiro, com um indisfarçável tique do veterano que sabe mais: o Sporting, diz José Eduardo Simões, tem uma visão limitada, de clube grande.
Com esta sentença simples já se pode perceber para onde irá o pacote de medidas que o voluntarioso Bruno de Carvalho elaborou. Talvez nem tanto pelo conteúdo, dando de barato que a maioria delas não são exequíveis por colidirem com normas e legislação completamente à margem do poder desportivo, mas sobretudo porque os seus proponentes, os dirigentes do Sporting, são encarados como adversários perigosos que ficam muito melhor no estado de hibernação a que se entregaram há uns anos quando optaram por afastar-se completamente dos centros de poder.
O Sporting negligenciou a possibilidade oferecida tacitamente de “mandar” no futebol, aproveitando a desconfiança mútua entre Benfica e FCPorto, e acabou cedendo tal prerrogativa à arraia-miúda que agora fala grosso. Não quis sujar-se, acomodou-se nas carruagens de trás, e agora dificilmente o deixarão chegar aos comandos da locomotiva.
Lendo a entrevista de José Eduardo Simões, que já se destaca claramente como candidato a presidente da Liga, percebe-se tudo sem necessidade de tradução. O vazio de liderança na Liga desperta a tentação aos clubes mais pequenos, cansados de não estarem nos momentos e locais das grandes decisões, aspirando a maiores receitas, apenas por serem eles a negociar os contratos e não porque o próprio futebol venha a ser capaz de as gerar.
Há uns anos, com Fernando Gomes, os clubes com assento regular nos órgãos da Liga foram afastados da Comissão Executiva, onde apenas queriam discutir arbitragem e disciplina à medida da conjuntura e dos interesses próprios. Durante mais de 20 anos, foram incapazes de desencadear um processo de inovação e de desenvolvimento do futebol profissional. Pensar que o fariam agora seria de uma tremenda ingenuidade, a mesma que Bruno Carvalho revela ao pretender despertar apoios junto de quem não precisa do Sporting para nada.
O profundo respeito que me merecem todos aqueles que me dão a honra da sua visita, impede-me de comentar mais esta diatribe de JQM, autêntica "inventona" da enferma mente do seu autor, a merecer o devido tratamento das instâncias judiciais competentes, que pouco mais poderiam fazer que promover o seu internamento psiquiátrico urgente.
Quem terá misturado areia na vaselina do manha?!...
Leoninamente,
Até à próxima