quinta-feira, 30 de abril de 2020

Cágados ou cagados!!!...


A língua portuguesa resiste bem, mas urge acabar com o estado a que ela chegou
Podíamos estar a celebrar oito variantes ortográficas, mas em vez disso vamos somando erros.

«Mesmo confinados, não nos faltam datas para comemorar. Primeiro foi a Páscoa, depois o 25 de Abril, na sexta-feira será o 1.º de Maio, domingo o Dia da Mãe e na próxima terça-feira, dia 5, o Dia Mundial da Língua Portuguesa, essa outra mãe que nos calhou. Como de costume, vão tecer-se louvores ao Camões (não a Luís Vaz, mas àquele que despudoradamente usa o seu nome), brandir-se mapas e números, organizar-se saraus e discursos, agora forçosamente virtuais.

Mas nada disso pode ocultar algo que não é propriamente penúria, até porque a língua vai resistindo a tudo (fome, privações, maus tratos) e há por aí muita gente de todas as idades a falá-la e a escrevê-la com conhecimento, criatividade e brio; mas é um estado de ignorância e desleixo, muito pouco saudável, que a vai apoucando e corroendo até roçar o analfabetismo.

Nos mais diferentes meios (jornais, revistas, televisão, livros, Internet), a aplicação acéfala do chamado Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (AO90) continua a dar coisas como (e todas elas estão documentadas, com origens e datas) “artefatos” por artefactos, “estupefato” por estupefacto, “impato” por impacto, “impatante” por impactante, “pato” por pacto, “ojetivo” por objectivo, “corruto” por corrupto, “convição” por convicção, “execto”, “excepo” e “exeto” por excepto, “exeção” ou “excessão” por excepção, “inteletual” por intelectual (a mais recente prova desta imbecilidade foi estampada no oficialíssimo Diário da República n.º 72/2020, Série II de 13/4/2020, no Aviso n.º 6075/2020), para já não falar na aplicação a Portugal, contra as indicações do próprio AO90, da norma escrita brasileira, escrevendo-se e até dizendo-se “fato” por facto, “contato” por contacto, “seção” por secção ou “conosco” por connosco, isto apesar de a rubrica Bom Português da RTP  garantir que é "connosco" que se escreve em Portugal.

Se bem se lembram, o AO90 gabava-se de conseguir “unificar ortograficamente cerca de 98% do vocabulário geral da língua”, segundo a nota explicativa que o acompanhava. Só que tal frase ignorava um pequeno pormenor: mesmo que fosse possível unificá-lo graficamente, o vocabulário difere no uso e no sentido não só em Portugal e no Brasil (onde as diferenças neste campo são enormes) mas também nos países que começaram a moldar a língua ao seu jeito. Se a unificação ortográfica é, já de si, uma quimera retrógrada – porque línguas como o inglês, o francês ou o espanhol admitem tantas variantes ortográficas nacionais quantos os países que as usam –, a unificação vocabular é uma tolice sem nexo. Nisto, o brasileiro Evanildo Bechara, um dos bonzos do AO90, foi claro, numa entrevista que deu ao Expresso em 2012. Disse ele: “Não tem sentido uniformizarmos o vocabulário comum e os portugueses chamarem à capital da Rússia Moscovo e o Brasil chamar Moscou.” Mas chamam e escrevem, ainda hoje. Ao mesmo tempo, Bechara disse este disparate: “Em qualquer área em que seja usada, tanto no Brasil, como em Portugal ou na África, a língua portuguesa será grafada de uma só maneira. Isso significa que um livro editado em português pode correr todos esses países, porque a ortografia é a mesma.”

Não, não é a mesma, há o facto-fato, bebé-bebê, contacto-contato, amnistia-anistia, secção-seção, libertar-liberar, casino-cassino, registo-registro, planear-planejar, além das mil e uma palavras que no Brasil e em Portugal querem dizer coisas diferentes. Isso chama-se evolução. A língua foi crescendo e modificando-se consoante a cultura dos seus utilizadores. Ora isto, em lugar de ser usado como trunfo e sinal de riqueza, é aplainado por um capricho retrógrado e infame. Sim, podíamos estar a celebrar o facto, historicamente merecido, de termos neste Dia Mundial da Língua Portuguesa oito variantes vocabulares e ortográficas, que juntas fariam ainda mais forte o idioma no seu todo. Porém, na miséria que nos coube, vamos passar esse dia a ouvir discursos inflamados e a ler novos erros fomentados por um acordo que se transformou numa descabelada caça às consoantes. Seguindo a sugestão de “escrever como se fala”, ainda iremos ler “runiões”, “tamos”, “competividade”, “óvio”, “curdenação”, “mnistro” ou “custume”. É só esperar.

Na madrugada do 25 de Abril de 1974 houve um discurso decisivo para conquistar as tropas em Santarém. Foi feito por Salgueiro Maia e ele resumiu-o assim no seu livro Capitão de Abril (Editorial Notícias, 1997, pág. 87): “Declarei que havia várias modalidades de Estados: os liberais, os sociais-democratas, os socialistas, etc., mas nenhum pior do que o Estado a que chegáramos, pelo que urgia acabar com ele.” Pois também na língua portuguesa, espalhada por vários Estados e neles enraizada, há o estado indecoroso a que chegámos. Acabemos com ele.

Aliás, há um precedente vindo de dentro. Quando se acede ao Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP) e se tenta entrar no dito Vocabulário Ortográfico Comum (VOC), recebe-se esta mensagem de alarme: “Este site não é seguro. Isto poderá significar que alguém está a tentar enganá-lo ou a roubar qualquer informação que envie para o servidor. Deve fechar este site imediatamente.” É isso, fechem-no. E festejemos a rica diversidade desta língua que nos é comum.»
(Nuno Pacheco, Ipsilon, Opinião, in Público, hoje às 06:30)

Mais palavras para quê?! Nuno Pacheco terá sido tão inapelavelmente explícito e tão contundentemente demolidor, para todos os sédulos pedreiros, trolhas e  "maçons" do chamado Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, AO90 que, no estado a que isto chegou, já nem eles próprios, se quiserem fugir às severas vicissitudes e conotações que poderá implicar a utilização do verbo parir, saberão hoje em dia dizer se terão sido... cagados ou cágados!...

Mas a desgraça maior não residirá nessa cáfila subserviente que terá hipotecado a interesses obscuros a riqueza de uma língua construída por um povo durante tantos séculos. Em pouco anos mais, deles nada restará além de pó...

A desgraça maior estará numa nova geração de portugueses que talvez nunca mais seja capaz de distinguir, se terão sido mesmo...

Cágados ou cagados!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Só eu sei porque fico em casa (48)!!!...


Covid-19: Portugal regista mais 16 mortes. Novos casos de infectados sobem 2,2%(?)
Desde o início do surto foram contabilizados 25.045 casos positivos. Desta quarta para quinta-feira, casos crescem 2,2%, e mortes 1,6%. Há 172 pessoas nos cuidados intensivos e 1519 recuperadas.

CORONAVIRUS EM PORTUGAL:    989 MORTOS   #    25045 INFECTADOS  

#  1519 RECUPERADOS   #   247685 SUSPEITOS  #   540 NOVOS CASOS



De acordo com os dados do último boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS), desde o início do surto de covid-19 em Portugal, já morreram 989 pessoas, 16 das quais nas últimas 24 horas, o que equivale a uma subida de 1,6%. Desde o dia 6 de Abril que não de registava um aumento tão baixo do número diário de mortes

De assinalar 25.045 casos registados, 540 identificados nas últimas 24 horas, o que corresponde a uma taxa de crescimento de 2,2%. No entanto, atendendo ao baixo número ontem anunciado, seguido de súbita e inesperada subida, quase para o triplo, verificada hoje, será de admitir uma possível falha nos registos de ontem, necessariamente hoje compensada, pelo que a média dos dois dias corresponderá aos valores que ultimamente vinham a ser verificados.
Os números, divulgados esta quinta-feira, dão conta de 968 pessoas internadas, das quais 172 estão nos cuidados intensivos (mais três que no dia anterior).


Só eu sei porque fico em casa (48)!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Era bom que a 'novela' acabasse depressa!!!...

Será impressão de adepto que detesta 'espertezas saloias', venham de onde vierem, ou haverá qualquer coisa com o contrato de Mihajlovic que desde o princípio não andará a bater certo?!...

Estará o contrato redigido em português e o senhor Siniša não o apanha, estará em sérvio cirílico e o departamento jurídico do Sporting também não vai lá, ou estará em inglês, italiano, espanhol ou mandarim e nem o treinador sérvio nem os advogados leoninos compreendem o que lá está escrito?!...

Para já, tudo indica que o Sporting já terá desembolsado 3 milhões de euros - 2,25 para o senhor Siniša e 750 mil para o estado português! Será que ainda terá de preparar mais um milhão, que irá parar, sabe-se lá às mãos de quem?!...

Em tempos de pandemia e com tantas preocupações em cima de nós...

Era bom que a 'novela' acabasse e depressa!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Boa sorte e muitas felicidades para Cláudia Santos!...



Acabo de ter conhecimento de uma boa notícia. Melhor ainda, duas boas notícias, já que a segunda será consequência da primeira!...

A boa notícia é que José Manuel Meirim, finalmente, estará de malas aviadas do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. Sem mais comentários, que bem nos basta o coronavírus.

A outra boa notícia está na imagem que tenho o privilégio de acima publicar, com grande alívio e muita satisfação e esperança: a personalidade que Fernando Gomes, em boa hora, terá entendido escolher para substituir quem nunca mereceu ocupar aquele lugar. Trata-se de Cláudia Santos, uma conceituada jurista e professora na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, actual deputada na Assembleia da República pelo círculo de Aveiro que, se bem se recordarem, já presidiu em tempos, à depois extinta ou reformulada, Comissão de Instrução e Inquéritos da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, de onde terá saído, alegadamente, por entender não ter condições de independência da direcção de Pedro Proença.

Nada e criada em Aveiro, tenho o privilégio de vos garantir que, por laços antigos de sólida amizade com familiares seus muito próximos, um deles leitor assíduo e habitual comentador de Leoninamente, nada terá a ver em termos de formação, integridade e carácter, com quem anteriormente ocupou o lugar.

Boa sorte e muitas felicidades para Cláudia Santos!...

Leoninamente,
Até à próxima

Há sempre alguém que diz NÃO"!!!...


Está confirmado. As federações de Basquetebol, Andebol, Voleibol e Patinagem (hóquei em patins) acabam de emitir um comunicado conjunto onde, entre outras questões, confirmam o final da temporada 2019/20 sem a atribuição dos respectivos títulos nacionais. Eis o texto do comunicado:

"No seguimento da estreita colaboração existente entre as Federações de Andebol, Basquetebol, Patinagem e Voleibol, e tendo em vista a resolução de um conjunto de situações que são similares no que concerne às competições nacionais, fortemente afectadas pelo surto da 'COVID-19', as referidas Federações realizaram um conjunto alargado de reuniões com as suas respectivas estruturas – clubes, associações e demais representantes dos agentes desportivos.

Avaliadas todas as opiniões, contributos e recomendações, decidiram estas quatro federações seguir um conjunto de princípios comuns para a resolução das competições nacionais, que a seguir se descrevem:

1. Quadro competitivo 2019/2020:
Dar por terminadas todas as competições nacionais de seniores da época 2019/2020 nas modalidades de Andebol, Basquetebol, Hóquei em Patins e Voleibol, não havendo mais qualquer jogo ou competição, até ao final da presente época desportiva;

2. Atribuição de títulos nacionais na época 2019/2020:
Na época 2019/2020, não será atribuído qualquer título de campeão nacional, em qualquer categoria das quatro modalidades;

3. Descidas de divisão:
Na época 2019/2020, e em todos os níveis competitivos de seniores, não haverá descidas de divisão, excepto no caso da Federação de Patinagem e nos casos em que as Federações já tenham comunicado a perda de direitos desportivos;

4. Subidas de divisão:
Haverá competições de apuramento para as subidas de divisão em todos os níveis competitivos, excepto nos casos em que as federações já tenham comunicado a atribuição de direitos desportivos.
Tais competições serão realizadas no início da época 2020/2021, em moldes a anunciar por cada uma das Federações;

5. Validade das inscrições:
Os agentes desportivos – atletas, treinadores ou outros - que participarão nas competições referidas no Ponto 4 serão os inscritos para a época 2020/2021;

6. Competições europeias 2020/2021:
Para as competições europeias 2020/2021, a ordem de prioridade a comunicar às Federações Internacionais, assentará no critério desportivo da classificação no momento da suspensão das respectivas competições.

Remete-se para o comunicado oficial de cada uma das Federações, qualquer outro detalhe específico sobre as respectivas competições."

"Mesmo na noite mais triste, em tempos de escuridão, há sempre alguém que resiste...

Há sempre alguém que diz NÃO"!!!... 

Leoninamente,
Até à próxima

Nada se lhe diz!!!...

Frederico Varandas prometeu declarações para segunda-feira (clicar na legenda para ver vídeo)
Frederico Varandas regressa a casa depois de ter estado na linha da frente contra o coronavírus

A quem muito quer saber...

Nada se lhe diz!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

A saúde é quem mais ordena!!!...(2)


“França e Holanda? Decisão para a Liga portuguesa deverá ser semelhante”
Para Daniel Sá, director-executivo do IPAM, todos os dados conhecidos apontam para que esta temporada da Liga portuguesa tenha destino semelhante àquele que levou ao fim das temporadas em França e na Holanda.

«Caso exista uma retoma dos jogos da Liga portuguesa, clubes irão recuperar 85% dos cerca de 400 milhões de euros que a Liga estimou de impacto negativo causado pela pandemia esta temporada. No entanto, Daniel Sá, director-executivo do Instituto Português de Administração de Marketing e especialista de marketing desportivo, em entrevista ao “Jornal Económico”, defende que a decisão do Governo na retoma desta competição terá que ser muito rigorosa e avisa: “Não há espaço para medidas populistas”.

Para este especialista em marketing desportivo, todos os dados conhecidos apontam para que esta temporada da Liga portuguesa tenha destino semelhante àquele que levou ao fim das temporadas em França e na Holanda, por exemplo.

- O Governo devia retomar o futebol em português?
- A reunião de ontem foi muito clara, remetendo a decisão final para as autoridades de saúde. Qualquer decisão do governo terá que ser suportada em dados rigorosos de saúde, não havendo espaço para medidas populistas, pelo que o futebol terá que se preparar para aceitar a decisão. Se retomar com jogos à porta fechada serão boas notícias para os clubes que conseguiram assim recuperar 85% dos cerca de 400 milhões de euros que a Liga estimou de impacto negativo causado pela pandemia esta época. Excetuando as receitas de bilheteira (cerca de 15% do total de receitas dos clubes), seria assim possível ir buscar a quase totalidade das receitas de publicidade e patrocínio (25%) bem como a totalidade das receitas dos direitos de transmissão televisiva (60%).

- O Governo diz que a decisão é sanitária mas não estará muito dependente dos interesses dos operadores que têm os direitos televisivos?
- Não. Nos tempos que vivemos, os governos não podem alinhar em decisões deste género. Vivemos a maior crise mundial das últimas décadas que afecta todos os sectores de actividade de um país. O futebol é apenas mais uma dessas indústrias pelo que não terá qualquer regime de excepção. Apesar de tudo, independentemente da decisão final, caberá à Liga e aos clubes negociarem os direitos de transmissão televisiva de forma a garantir a viabilidade económicas dos clubes e dos operadores televisivos.

- França e Holanda decidiram o final das competições. É uma decisão sensata?
- Se os governos de ambos os países tomaram a decisão após parecer das autoridades de saúde então a decisão é sensata. Apesar da UEFA ter dado naturalmente liberdade de decisão a cada país, temo que exista um efeito bola de neve, pelo que as decisões de França e Holanda acabem por significar adoptar a mesma decisão nos restantes países. Todos os dados conhecidos à data de hoje levam-nos a crer que esta decisão também será tomada em Portugal.»


Depois do presidente do Comité Médico da FIFA, Michel d’Hooghe, ter afirmado que todas as ligas nacionais, tendo em conta as “consequências na vida e na morte e não em pontapés na bola, deverão esquecer esta temporada e planear a próxima" e de Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, ter considerado que o Governo não está perante “uma decisão fácil” relativamente à retoma do futebol profissional, pouco ou mesmo nada importarão, entre outras do mesmo jaez com que por aí somos confrontados a esmo, as palavras do secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo - olha que prenda! -, de reconhecer que o futebol profissional terá um “impacto económico muito relevante para a indústria”.

E lá voltamos nós de novo a Grândola, Vila Morena...

A saúde é quem mais ordena!!!...(2)

Leoninamente,
Até à próxima

Só eu sei porque fico em casa (47)!!!...


CORONAVIRUS EM PORTUGAL:    973 MORTOS   #    24505 INFECTADOS  

#  1470 RECUPERADOS   #   243655 SUSPEITOS  #   183 NOVOS CASOS


Covid-19: Portugal regista mais 25 mortos. Novos casos sobem apenas 0,8%
Sabe-se ainda que estão 980 pessoas internadas, 169 delas em unidades de cuidados intensivos. O número de pessoas dadas como curadas também aumentou: são agora 1470, mais 81 do que na terça-feira.

Segundo dados divulgados esta quarta-feira no boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde, até esse momento, contavam-se em Portugal 973 mortos de covid-19 — mais 25 do que na terça-feira, o equivalente a uma taxa de crescimento de 2,6%.

Desde o início do surto foram identificados 24.505​​ casos positivos. Desses, 183 foram identificados nas últimas 24 horas, o que corresponde a um aumento de 0,8% face aos números de terça-feira. O número de pessoas dadas como curadas também aumentou: são agora 1470, mais 81 do que na terça-feira.

Só eu sei porque fico em casa (47)!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Um caso de exemplar sucesso!!!...


Um futebol responsável

«A entrada em cena da Federação trouxe alguma serenidade ao debate da retoma do futebol. Enquanto os clubes se digladiavam em guerras de alecrim e manjerona que só fragilizam o presidente da Liga, Fernando Gomes tratou de dialogar ao mais alto nível com o Governo e levou com ele reforços de peso: os líderes dos três grandes. A pandemia fez até Vieira e Pinto da Costa dialogarem de forma saudável e estarem lado a lado na barricada.

FPF e clubes não cometeram o mesmo erro do que as ligas francesa, espanhola ou alemã. Não apresentaram datas ao Governo. Explicaram que estão prontos a fazer tudo para uma retoma segura, mas as decisões cabem a quem realmente manda numa altura como esta: Governo e DGS. Serão eles a ditar o quando e o como. O futebol fez bem em não se esquecer disso.

A 2.ª Liga não vai voltar. Porque é impossível cumprir as regras de segurança. Assim como os jogos serão sem público. Algo que não agrada a ninguém. Para além disso terá de haver menos estádios. Mas em causa está a salvação da indústria. No fundo, o futebol que aí vem não é o que conhecemos. É o possível. Mas se tantos de nós estão sem ver pais, filhos, avós, em teletrabalho ou em lay-off, porque haveria o futebol de ser diferente?»
(Bernardo Ribeiro, director do Record, Saída de Campo, hoje à 01:59)

Oxalá que até mesmo no futebol, Portugal continue a ser, nesta luta terrível contra o coronavírus...

Um caso de exemplar sucesso!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

O Sporting é pessoa de bem!!!...


Uma história curta e quase burlesca, além de insensata e quase a queimar as raias do provincianismo, protagonizada por José Sousa Cintra, que Vitor Almeida Gonçalves hoje nos recorda aqui:

"Sinisa Mihajlovic assinou com o Sporting a 18 de Junho de 2018 (na recta final do mandato de Bruno de Carvalho) e começou a trabalhar informalmente, já que para efeitos legais o início do contrato era apenas a 1 de Julho. Quatro dias antes desta data, no entanto, o então presidente da SAD, ao tempo da Comissão de Gestão, Sousa Cintra, avançou para o despedimento, invocando o período experimental que, na verdade, não estava em curso. O próprio departamento jurídico, como Record noticiou a 30 de Novembro, desaconselhou a decisão que, agora, tem confirmado um custo de 3 milhões de euros. O técnico, de 51 anos, reclamava 11,195 milhões de euros, acrescidos de juros e de uma compensação por danos à reputação..."

Os responsáveis actuais do Sporting terão decidido e bem, encerrá-la da única maneira que o bom senso recomendaria, exactamente como pretenderão encerrar outras 'histórias mal contadas que por aí flutuam', alimentadas ou mesmo estimuladas e aproveitadas pelos mesmos de sempre, que esquecem e pretendem que todos esqueçamos que...

O Sporting é pessoa de bem!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

terça-feira, 28 de abril de 2020

Será uma questão de perspectiva!...


Sombras dos bastidores

«A imagem dos presidentes de FPF, Liga, FC Porto, Benfica e Sporting a entrarem juntos em São Bento é tão ‘bonita’ como é mentirosa. Por várias razões óbvias – só o facto de Pedro Proença ter sido convidado à última hora diz muito sobre o aparato de hoje - e por outras que estamos habituados a suportar, mas que em nada abonam a favor do nosso desporto.

Para todos os efeitos, inicialmente esta era uma reunião que iria contar apenas com a presença da FPF e dos presidentes dos ditos três grandes. Sim, porque no nosso país futebolístico, os ditos grandes jogam sozinhos. Os restantes clubes servem para fazer número e para não tornar a competição repetitiva. Portanto, é normal que sejam os ditos grandes aqueles que decidem, juntamente com a FPF, a fórmula mágica para o regresso do futebol...

Ironias à parte, quer se goste ou não, a única pessoa mandatada para representar todos os clubes profissionais é Pedro Proença e a sua ausência inicial deste evento é demasiado inexplicável para ser entendida como um simples lapso de comunicação. E se, afinal, em São Bento cabiam tantas pessoas, então também não seria de mau tom convidar o presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista. É que – vale a pena não esquecer - são os jogadores que vão para dentro de campo e que fazem do futebol o desporto das massas e... dos milhões.

A forma como FPF e Liga têm lidado nos bastidores com este tema é totalmente díspar: de um lado, a Federação e o seu papel preservador do escrupuloso cumprimento de todas as medidas de segurança; do outro, a Liga, fragilizada muito por culpa dos próprios clubes que representa e com medo de perder muitos milhões. Será mesmo assim? Perspectiva. Será sempre tudo uma questão de perspectiva...»
(Alexandre Carvalho, Na Gaveta, in Record, hoje às 19:12)

Cá para mim, terão faltado também ali, o "trolha" e o "zé do bombo"!...

Mas claro que concordo com o Alexandre Carvalho...

Será uma questão de perspectiva!...

Leoninamente,
Até à próxima

A Saúde é quem mais ordena!!!...


Regresso da bola?!...

Assim foram, assim vieram! Como se tivessem ido a Grândola, Vila Morena...

A Saúde é quem mais ordena!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Entre a soberania e a sujeição!...


De tanga

«O Porto falhou o reembolso do empréstimo obrigacionista de 35 milhões que tinha contraído, por via de – mais – uma emissão de obrigações. Como é óbvio, este default não dá saúde nenhuma às relações dos clubes com o mercado financeiro, o que sobra, porque já foram proscritos dos bancos.

Independentemente do dano reputacional, que também já afectou o Sporting, a questão de fundo que este episódio suscita é o do modelo operacional dos clubes portugueses, que teimam em não ver mais além do seu próprio umbigo, a meias com a sacralização de uns mitos, que conduzirão inexoravelmente o futebol português à penúria.

E nem se pense que o Benfica está fora. Apenas vive a euforia de umas transferências bem sucedidas, mas as falhas estruturais permanecem. Bastou o falhanço do Kransnodar e a manutenção de custos fixos completamente absurdos, para o Porto colapsar, como aconteceu no Sporting, com o despesismo demagógico da era Bruno.

Esta vida no fio da navalha tem um fim anunciado e que é a progressiva perda de competitividade internacional, onde está, como sabemos, o dinheiro.

A Europa do futebol já percebeu que a solução está em abrir os clubes ao investimento externo, de que o paradigma mais bem sucedido é o caso do campeonato inglês.

Em Portugal, a gente do futebol também já percebeu, falta apenas a coragem de alguém dizer que o rei vai nu. Mesmo naquele jogo de sombras em que a gestão do Benfica se transformou, se vislumbra essa preocupação, porquanto, por detrás daquela pretérita OPA, estava a disponibilização subsequente de capital a um ou mais investidores; não é debalde que LFV cita amiúde o exemplo do Lyon.

Prevejo que as circunstâncias ditarão que vai ser o Porto o primeiro a dar o passo em frente e outros seguirão, por opção ou necessidade. O timing é essencial, porque há uma grande distância entre a parceria e o resgate.»
(Carlos Barbosa da Cruz, O Canto do Morais, in Record, hoje às 17:02)

Um tema que sempre se me apresentou configurado como enorme tabu que, desde que me lembro, mesmo tendo sido desde sempre repudiado por uma considerável maioria do universo sportinguista, não tem impedido muitos insuspeitos sportinguistas de se pronunciarem sobre a "nudez do rei".

Já por diversas vezes Carlos Barbosa da Cruz ousou meter a sua foice nesta, até hoje e dita por muitos, inexpugnável seara. Mas não será caso único. Ainda recentemente Miguel Poiares Maduro terá tecido considerações que, sem defender qualquer solução que apontasse de forma tão clara um tal caminho, sempre foi tecendo críticas ao modelo de governação há muitos anos - décadas?! - seguido em Alvalade.

Por mim, como velho sportinguista que, confessadamente, se assume insuficientemente informado nesta matéria, apenas me apraz dizer, depois deste 'novo alerta' de CBdC, que o meu 'sexto sentido' também consegue aperceber-se que "haverá uma grande distância entre a parceria e  resgate". Decerto a mesma que, inexoravelmente, existirá...

Entre a soberania  e a sujeição!...

Leoninamente,
Até à próxima 

Eu prefiro a descoberta da vacina para a covid-19!...



Não haverá dia em que não nos entre a esperança de uma vacina para a covid-19, pela porta adentro. Ontem foi o mais conceituado jornal norte-americano, The New York Times, a vir de novo a terreiro - depois de há dias ter apontado  e demonstrado todos os malefícios do 'vírus Benfica'! -, acenar com a esperança de já em Setembro a tão desejada vacina para a covid-19 poder vir a ser disponibilizada ao mundo.

Entre a urgência de duas vacinas tão necessárias e urgentes para a erradicação de dois tão terríveis vírus e como já possuo 'anticorpos' suficientes para o 'vírus vermelho' que, por mais estrelas que lhe colem no aquilino emblema, jamais possuirá 'coroa'...

Eu prefiro a descoberta da vacina para a covid-19!...

Leoninamente,
Até à próxima

Só eu sei porque fico em casa (46)!!!...



CORONAVIRUS EM PORTUGAL:    948 MORTOS   #    24322 INFECTADOS  

#  1389 RECUPERADOS   #   239065 SUSPEITOS  #   295 NOVOS CASOS



Segundo os dados acabados de divulgar pelo boletim epidemiológico diário da Direcção-Geral da Saúde, Portugal registou até esta segunda-feira um total de 948 mortes (mais 20 do que ontem) e ascendeu a um total de 24.332 o número de infectados, mais 295 que na segunda-feira, a que corresponde um aumento de 1.2% de novos casos.

Estão internadas 936 pessoas (menos 59 do que na segunda) e há 172 pessoas nos cuidados intensivos, menos quatro do que no dia anterior. Ao todo, há 1389 pessoas que recuperaram da infecção pelo vírus SARS-CoV-2.

Só eu sei porque fico em casa (46)!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Por entre todas as brumas!...


A melhor da semana!!!...

Por entre todas as brumas!...

Leoninamente,
Até à próxima

Também o Sporting retoma a normalidade!...



Frederico Varandas volta ao Sporting no fim do estado de emergência
Mesmo que nunca tenha deixado de acompanhar à distância os leões

Noticia hoje o jornal Record que, terminado a 2 de Maio o terceiro período do estado de emergência decretado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tudo indicando que não será renovado, à luz da legislação, o presidente do Sporting será ‘libertado’ da missão que tem desempenhado no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, regressando em exclusivo ao clube, que nunca deixou de acompanhar... à distância.

Tal não significará que este regresso seja imediato, pois os pacientes que têm sido acompanhados por Frederico Varandas não vão recuperar por decreto-lei. Ou seja, o líder leonino poderá e deverá ter de prolongar por mais alguns dias, a tempo parcial, a comissão de serviço de que foi incumbido.

Seja como for, o presidente dos leões irá mesmo reassumir funções a curto prazo e em pleno em Alvalade, de modo a preparar a retoma do futebol português, algo que deverá acontecer entre Maio e Junho, podendo vir a ser decisiva a reunião que hoje terá lugar em S. Bento, pelas 18:00 horas, entre o Primeiro Ministro, António Costa, e os presidentes da FPF, Sporting, F.C. Porto e Benfica.

Também o Sporting retoma a normalidade!...

Leoninamente,
Até à próxima

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Não vamos baixar a guarda!!!...


Os perigos do regresso à “normalidade”
Se o país levou muito a sério a ameaça do vírus e o conteve, terá de ser capaz, agora, de se manter alerta para gerir o seu potencial de destruição. Vencemos a primeira batalha, mas a guerra é longa e dura.


«Era inevitável e o Governo foi tratando de preparar os portugueses para um lento regresso à normalidade possível. Há neste passo um risco imenso de se perder o que se conseguiu com esforço, disciplina e sacrifício. Se hoje Portugal é um caso de sucesso na contenção dos danos do novo coronavírus, se foi possível “aplanar” a curva das infecções, limitar a mortalidade e gerir com folga os recursos do Serviço Nacional de Saúde, é bom que todos e cada um de nós se convençam de que todos estes resultados são voláteis. É crucial que a atitude e a maturidade que a sociedade portuguesa revelou nestes quase 40 dias de estado de emergência se mantenham.

Não é o Governo que tem a chave para o sucesso da fase de abertura que hoje se anuncia: são as pessoas. Acreditar que os resultados obtidos até agora são uma garantia de que o pior já passou é um primeiro passo para o desastre. Pensar que depois de controlada a curva, já se pode regressar à vida descontraída de outrora vai alimentar os fluxos de propagação do vírus e impor o regresso de medidas mais drásticas de confinamento. Julgar que o levantamento de restrições mais severas, abrir as lojas de bairro ou aprovar o regresso de uma parte dos nossos alunos às escolas legitimam o retomar da nossa vida social normal é condição para que o contágio acelere e o medo de Março se reinstale. O que acontecer a seguir não vai depender das medidas do Governo ou do empenho das autoridades sanitárias: está nas nossas mãos e na nossa responsabilidade.

O desafio que se anuncia com o regresso da normalidade possível é enorme. O Governo faz o seu papel, abdica da emergência mas preserva o estado de calamidade, determina regras, faz avisos, nota que poderemos ter de dar passos atrás. Mas é possível que o afrouxamento das medidas leve as pessoas cansadas do confinamento, emocionalmente afectadas pela distância dos amigos ou familiares e angustiadas com a negra realidade em que vivem interpretem essa distensão como um sinal de que aperto acabou. O maior movimento nas ruas das cidades ou os passeios à beira-mar são disso um sinal claro. Vencer essa percepção que resulta mais do desejo do que da realidade vai ser difícil. Mas é crucial. Se o país levou muito a sério a ameaça do vírus e o conteve, terá de ser capaz, agora, de se manter alerta para gerir o seu potencial de destruição. Vencemos a primeira batalha, mas a guerra é longa e dura. O pior que cada um de nós pode fazer é baixar a guarda.»
(Manuel Carvalho, director do Público, Editorial, hoje às 06:30)


Os alertas multiplicam-se e seria terrível e devastador se não viessem a ser tomados em linha de conta por todos nós. Trata-se de um desafio sem precedentes, que é lançado a todo um povo que, felizmente, não guardará memória de algo parecido, excluída a privação da Liberdade durante longos e tenebrosos 48 anos e cujo regresso ainda há dois dias comemorámos com uma lágrima ao canto do olho.

Estou certo que um povo que foi capaz de "levar muito a sério a ameaça do vírus e contê-lo", também será capaz de cerrar os dentes e "manter-se alerta para agora gerir o potencial de destruição" que em si encerra.

Não vamos baixar a guarda!!!...

Leoninamente,
Até á próxima

'Bora te beio, ó "maçon"!!!...


Obrigações sem reembolso

«Como aqui se antecipava há duas semanas, o FC Porto não tem dinheiro em caixa para a 9 de junho proceder ao reembolso de 35 milhões de euros em obrigações que vendeu aos investidores em 2017. Vai por isso pedir que estes dêem à SAD um prazo máximo de 12 meses para pagar.

Foi já convocada uma assembleia de obrigacionistas para 19 de Maio, neste caso virtual, para que estes aprovem a proposta de alargamento do prazo. O que é expectável que aconteça, já que os investidores preferem receber dentro de um ano do que não receber de todo. E sempre ficam mais 12 meses a ganhar uma taxa de juro de 4,5%. O voto, antecipado, terá de ser feito por via electrónica ou postal.

Em regra, os clubes pagavam o reembolso com uma nova emissão, mas a pandemia deu cabo dos planos da administração do FC Porto, que foi apanhada sem um plano B. O administrador financeiro da SAD, Fernando Gomes, reconhece ao jornal "O Jogo" que "o momento é demasiado incerto" para tentar uma operação, que se falhasse colocaria a SAD às portas da insolvência.

Sim, da insolvência. Por aqui se vê que o assunto é sério e fica à vista o que tem sido a gestão financeira no Dragão. Fernando Gomes garante que os salários e despesas mais comuns "estão assegurados para os próximos meses". Que alívio...

O FC Porto não é o primeiro a ser forçado a adiar o reembolso. A estreia coube ao Sporting e a Bruno de Carvalho. A crise profunda em que o clube estava mergulhado e que se agravou depois do ataque à academia de Alcochete não permitiu que a SAD fosse ao mercado conseguir financiamento para reembolsar 30 milhões de euros em obrigações a 25 de maio de 2018.

A solução na altura passou também pelo adiamento, em seis meses, do prazo de maturidade. Só na segunda assembleia os obrigacionistas aprovaram a proposta da SAD, depois de na primeira não ter existido quórum. O Sporting voltou ao mercado em Novembro, já com Frederico Varandas, mas a emissão não chegou ao montante pretendido: ficou-se pelos 26,2 milhões. O clube teve de conseguir financiamento alternativo para o restante.

Estes casos deixam sequelas. Com dois empréstimos adiados, a confiança dos investidores neste tipo de emissão já não é mesma. Não depois de tomarem o gosto ao risco que encerram. Também por aqui se vê que as taxas de juro com que os investidores se deixam seduzir, e que no actual contexto parecem fantásticas, na verdade não pagam a probabilidade de a coisa correr mal.

Como hoje salientava Record, o FC Porto fica com 70 milhões para reembolsar até Junho de 2021, só em obrigações. Mas depois destes desaires, recorrer aos pequenos investidores para obter financiamento deverá ser mais caro ou mesmo impossível. Com as portas dos bancos encerradas, as SAD perdem mais uma alternativa de financiamento. Porque não é só o seu nome que é posto em causa, é também o dos bancos que montam estas operações e colocam as obrigações junto dos seus clientes.

Agora é preciso recuperar a confiança. E isso só se consegue com contas certas e uma folha limpa na relação com os investidores.
(André Veríssimo, director do Negócios, in Record, hoje às 16:22)

E quem nos diz a nós que a 19 de Maio, na próxima assembleia de obrigacionistas da F.C. Porto SAD, não aparecerá por lá um "trolha" qualquer, com um maço de obrigações na mão, a perguntar "Se os contratos não são para cumprir"?!...

'Bora te beio, ó "maçon"!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Falou quem deveria falar!!!...



No momento apropriado e com as palavras certas...

«Compreendo que o Sp. Braga pugne por receber determinados montantes em determinados prazos, mas também compreendo muito bem a atitude do Sporting. A mesma lei que determina que os contratos têm de ser cumpridos, pontualmente, tem excepções à regra, nomeadamente a alteração anormal das circunstâncias. Trata-se de uma etiqueta jurídica. É difícil imaginar uma alteração mais radical que esta. A atitude tomada tem a ver exclusivamente com o tsunami, o ciclone que se abateu sobre a vida dos clubes. [...]

A informação que tenho é que estão em curso diálogos frutíferos - e que as pessoas não se intrometam para estragar o que está a ser arranjado - e que até ao prazo final para o pagamento total, o pagamento ocorrerá. A informação foi-me transmitida por quem está a tratar deste dossiê. Que o Sporting e o Sp. Braga estão a falar. [...]

É preciso perceber que nada do que aconteceu é normal. De repente houve uma quebra violentíssima de receitas e o layoff tem sido uma medida utilizada por muitas empresas. O que espero é que rapidamente se volta à normalidade pós-pandemia, porque os danos terão alguma duração. Entendo todas as medidas como combate necessário a um flagelo a uma programação que se viu ferida pela falta de receitas. [...]

Tenho falado com ele (Frederico Varandas). É com ele que obtenho muita desta informação. Ser médico é uma particularidade que muito nos enobrece. Estar na linha da frente, repondo, às vezes, algumas injustiças... Se fôssemos tão bons a fazer bem como a dizer mal estávamos na rota da frente. Não é demais louvar todas essas pessoas. Frederico Varandas trabalha na trincheira, mas mantendo incólumes as suas funções como presidente...»

Falou quem deveria falar!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Só eu sei porque fico em casa (45)!!!...


CORONAVIRUS EM PORTUGAL:    928 MORTOS   #    24027 INFECTADOS  

#  1357 RECUPERADOS   #   237571 SUSPEITOS  #   163 NOVOS CASOS



Segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo boletim epidemiológico diário da Direcção-Geral da Saúde, Portugal registou até esta segunda-feira um total de 928 mortes (mais 25 do que no domingo) e ascendeu a um total de 24.027 o número de infectados, mais 163 do que no domingo, a que corresponde um aumento de 0,7% de novos casos, o valor mais baixo desde o início do surto em Portugal.

Há 995 pessoas internadas (menos dez do que no domingo) e 176 em unidades de cuidados intensivos (menos seis do que no dia anterior); um total de 1357 pessoas já recuperaram da doença.

Só eu sei porque fico em casa (45)!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Salvar algumas garras do Leão já será fantástico!...


Compreende-se que na fase crítica que o desporto em geral e o futebol em particular atravessam, quando chega a hora de planear o alinhamento da edição seguinte de um jornal desportivo, alguma coisa os jornalistas terão de oferecer aos apaixonados adeptos de um clube com a dimensão do Sporting Clube de Portugal. Porém, neste momento e em cada dia que passa, muito dificilmente qualquer tentativa nesse sentido poderá recolher por parte da grande maioria dos sportinguistas o interesse que noutras ocasiões seria normal despertar.

Soarão sempre a falso aos indefectíveis e bem informados adeptos leoninos, quaisquer especulações sobre eventuais contratações na próxima janela de mercado, caso venha a acontecer algum milagre sobre a conclusão de uma temporada que esta pandemia, sejamos claros, praticamente inviabilizou.

Falar-se sobre as exigências de Rúben Amorim - sejam elas sete(???), seis(??), cinco(?) ou mesmo que apenas uma! -, esbarrará sempre na incredulidade dos adeptos com o Leão no coração, face às dificuldades de toda a ordem que, estarão prenhes de conhecer, neste momento afligem quem tem a tremenda responsabilidade de levar a bom porto e quase sem bússula, cartas e ajudas meteorológicas, uma nau com a dimensão da que vive, como a generalidade das suas congéneres, tempos de indefinição, atracada ao cais de Alvalade.

Salvar algumas garras do Leão já será fantástico!...

Leoninamente,
Até à próxima

domingo, 26 de abril de 2020

Faltar-lhe-ão apenas os 'pássaros'!!!...

Adamastorde Júlio Vaz Júnior, no miradouro de Santa Catarina, LisboaPortugal

Sobre desporto e, ainda que muitos assim não o entendam nem queiram admitir, sobre a mola real que faz mover todo um sector tão especial de actividade, o futebol, consta-se que o seu regresso continua envolto na mais completa escuridão, por muito que clubes e outras entidades organizadoras e/ou reguladoras tentem gerir expectativas e pesando embora o facto de todos assistirmos dia após dia, aos mais mirabolantes e quantas vezes absurdos ou, no mínimo, utópicos planos, sem que o parto aconteça, seja por cá, lá por fora ou pelo caminho...

A seguir à Bélgica, que quase garantia a excomunhão de todas as mais altas instâncias do futebol – mesmo que tendo apenas qualquer coisa como um simples milhão de habitantes mais que Portugal e no entanto somar mais de sete mil (!) mortos pelo coronavírus – foi agora a vez da Holanda, igualmente bastante fustigada pela pandemia, a dar a sua liga como terminada.

Por cá, alguns clubes vão marcando treinos e será fácil de ver que a intenção será mais para sublinhar uma vontade do que para retirar vantagem de uma preparação sem carga competitiva. Todos sabemos que a decisão final terá de vir do Governo e que dependerá sempre do bom senso próprio e das indicações de cientistas e experts em tão candente matéria, sendo as certezas de todos eles, pouco mais que nenhumas.

Ninguém arriscará garantir, hoje por hoje, se a abertura gradual de actividades capazes de arrastar multidões, fará ou não recrudescer o número de infectados! Ainda ontem, Christian Drosten, um dos mais reputados virologistas alemães e actual director do hospital universitário Charité, de Berlim, terá sido muito claro no aviso: "a próxima vaga da Covid-19 será mais poderosa e incontrolável que a actual"!...

Entre o desejo de talvez bem mais de um bilião de adeptos de futebol espalhados pelo mundo e os efeitos devastadores desta pandemia, irá certamente uma diferença maior ainda do que a existente entre o desejo de mais de quatro milhões de adeptos sportinguistas de verem o seu clube campeão e a 'terrivel, inexorável e epidémica natureza de um sistema" que há duas décadas não o permite!...

Absurda comparação, ou nem tanto assim?! Cada um constrói como entende o seu Adamastor! Por exemplo e segundo o meu modo de ver, ao do Alto de Santa Catarina...

Faltar-lhe-ão apenas os 'pássaros'!!!...

Leoninamente,
Até à próxima