Completam-se hoje seis anos anos sobre a primeira e última aparição em público deste quadro, da autoria do saudoso Marinho Neves, acontecida no Espaço Arte - Museu Municipal Carmen Miranda, por ocasião da Exposição "Revolução e Revolucionários" que a Câmara Municipal de Marco de Canavezes em boa hora incluiu no vasto leque de eventos que levou a efeito nas comemorações dos 40 Anos da Revolução de Abril.
Com Marinho Neves, além de partilhar uma boa amizade, partilhava uma grande parte das ideias de esquerda que nunca escondemos e passei a repartir com ele a convicção que o levou a escolher o título desta obra, " O cravo não é um guarda-chuva", a qual, depois de breve namoro que acabaria em casamento, acabaria dias mais tarde por me fazer chegar às mãos. Até hoje...
Marinho Neves e eu sabíamos, felizmente como tantos outros, que muita gente, com envenenado ódio ao "espírito de Abril", terá este cravo acolhido sob a sua flamejante corola, decerto prejudicada no seu fulgor, pela excessiva magnanimidade e contemporização. E infelizmente essa gente, que terá precipitado a partida e desgostado Salgueiro Maia e Melo Antunes, entre outros, acabou por levar a água ao seu moinho. Uma dessas serpenteantes criaturas terá chegado até à mais alta magistratura de uma nação e povo sem memória. Águas passadas que nunca mais voltem!...
Em memória de Marinho Neves que, esteja onde estiver, continuará para sempre coberto de razão...
"O cravo não é um
guarda-chuva"!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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