Se eu mandasse...
"Falta um jogo para o Sporting ter a Taça de Portugal e um ponto para chegar à Liga dos Campeões. Foi Bruno de Carvalho que o disse e são apenas factos. O que dá notícia é o que continua a não dizer sobre o futuro de Marco Silva. Passa assim a ideia que a sua continuação como treinador no Sporting depende do jogo e do ponto que faltam. Manuel Fernandes explicou que gostava que o Sporting continuasse com Marco Silva e recordou que ele conseguiu 66 pontos em 30 jornadas, quase o que Leonardo Jardim tinha quando terminou o campeonato. Mas que se perdesse a Taça perderia o seu estado de graça. A última parte deixou-me desconcertado. Por culpa própria ou da direcção, não sei se alguma vez teve, pelo menos nos corredores de Alvalade, direito a tal estado. E não me parece que este tabu tenha grande graça.
É verdade que o Sporting não chegou a ser um sério candidato ao título. A Taça é sempre, sabemos bem, um fraco consolo. E ir à Europa é dever. Ainda assim, não encontro em Marco Silva nada pior do que encontrava em Leonardo Jardim. Trabalha bem com a prata da casa. É o treinador indicado para o Sporting. Detestaria que voltasse a velha dança de treinadores, a que Godinho Lopes nos habituou. Com um plantel tão jovem, a estabilidade é quase tudo e Marco Silva garante-a. Mas é evidente que há um problema na partilha de poder entre a direcção e o treinador.
Um problema que foi explorado pela comunicação social, pelos adversários do Sporting e pela oposição interna a Bruno de Carvalho. Estou como João Mário: se fosse eu a mandar, Marco Silva ficava. Independentemente da final da Taça. O trabalho de um treinador não se mede por um jogo. Porque um jogo nada diz sobre o futuro do clube. Por isso, entendam-se sobre quem manda em quê, sem mais encenações e braços de ferro."
É verdade que o Sporting não chegou a ser um sério candidato ao título. A Taça é sempre, sabemos bem, um fraco consolo. E ir à Europa é dever. Ainda assim, não encontro em Marco Silva nada pior do que encontrava em Leonardo Jardim. Trabalha bem com a prata da casa. É o treinador indicado para o Sporting. Detestaria que voltasse a velha dança de treinadores, a que Godinho Lopes nos habituou. Com um plantel tão jovem, a estabilidade é quase tudo e Marco Silva garante-a. Mas é evidente que há um problema na partilha de poder entre a direcção e o treinador.
Um problema que foi explorado pela comunicação social, pelos adversários do Sporting e pela oposição interna a Bruno de Carvalho. Estou como João Mário: se fosse eu a mandar, Marco Silva ficava. Independentemente da final da Taça. O trabalho de um treinador não se mede por um jogo. Porque um jogo nada diz sobre o futuro do clube. Por isso, entendam-se sobre quem manda em quê, sem mais encenações e braços de ferro."
(Daniel Oliveira, Verde na Bola in Record)
E se fosse eu a mandar, leoninamente, Marco Silva também ficava. Porque também eu detestaria "que voltasse a velha dança de treinadores, a que Godinho Lopes nos habituou". E porque também penso que "com um plantel tão jovem, a estabilidade é quase tudo e Marco Silva garante-a".
Creio que Daniel Oliveira terá identificado com a sua habitual argúcia, o problema que separará Bruno de Carvalho de Marco Silva. Será porventura muito parecido com o que levou Leonardo Jardim a ir pregar para outra freguesia. Mas um e outro deveriam ter aprendido: "na primeira qualquer cai, na segunda cai quem quer"! E ambos, como pessoas inteligentes que são, deveriam ter a exacta noção de que nenhum deles terá a ganhar com "mais encenações e braços de ferro".
Marco Silva arrisca-se a saltar do combóio que o poderá levar à terra dos sonhos. E o combóio só costuma parar uma vez à nossa porta. Deverá abandonar a postura de "che guevara da Academia" e, sem jamais colocar em causa a sua dignidade, submeter-se à disciplina e estratégia do comandante em chefe das tropas.
Bruno de Carvalho correrá o risco de ter de começar tudo de novo e ser obrigado a repetir ingloriamente e sem proveito, o caminho que já percorreu duas vezes. Deverá recusar liminarmente o mesmo tipo de postura e métodos que acabaram por deportar Napoleão.
Se fosse eu que mandasse, convidava-os a amarrotar os egos como folhas de papel e a colocá-los sob as patas do leão!...
Leoninamente,
Até á próxima
E se fosse eu a mandar, leoninamente, Marco Silva também ficava. Porque também eu detestaria "que voltasse a velha dança de treinadores, a que Godinho Lopes nos habituou". E porque também penso que "com um plantel tão jovem, a estabilidade é quase tudo e Marco Silva garante-a".
Creio que Daniel Oliveira terá identificado com a sua habitual argúcia, o problema que separará Bruno de Carvalho de Marco Silva. Será porventura muito parecido com o que levou Leonardo Jardim a ir pregar para outra freguesia. Mas um e outro deveriam ter aprendido: "na primeira qualquer cai, na segunda cai quem quer"! E ambos, como pessoas inteligentes que são, deveriam ter a exacta noção de que nenhum deles terá a ganhar com "mais encenações e braços de ferro".
Marco Silva arrisca-se a saltar do combóio que o poderá levar à terra dos sonhos. E o combóio só costuma parar uma vez à nossa porta. Deverá abandonar a postura de "che guevara da Academia" e, sem jamais colocar em causa a sua dignidade, submeter-se à disciplina e estratégia do comandante em chefe das tropas.
Bruno de Carvalho correrá o risco de ter de começar tudo de novo e ser obrigado a repetir ingloriamente e sem proveito, o caminho que já percorreu duas vezes. Deverá recusar liminarmente o mesmo tipo de postura e métodos que acabaram por deportar Napoleão.
Se fosse eu que mandasse, convidava-os a amarrotar os egos como folhas de papel e a colocá-los sob as patas do leão!...
Leoninamente,
Até á próxima