sexta-feira, 30 de abril de 2021

Está tudo dito, é do Sporting!!!...


Um reforço para o futebol português

«O futebol é o mais democrático dos desportos, porque não elimina por físico e, muitas vezes, distingue por uma simples virtude. Na sua história centenária houve espaço e circunstâncias para gordos (Puskas) e magros (Cruyff); altos (Van Basten) e baixos (Chalana); novos (João Félix) e velhos (Roger Milla); ricos (Michael Laudrup) e pobres (Garrincha); lentos (Pedro Barbosa) e rápidos (Futre); senhores (Beckenbauer) e plebeus (Romário); toscos (Inzaghi) e habilidosos (Ronaldinho Gaúcho); conservadores (Beckenbauer) e revolucionários (Maradona); eternos (Pelé) e esporádicos (Schillaci); consensuais (Iniesta) e discutidos (Sérgio Ramos); corajosos (Gerd Müller) e racionais (Nené); fortes (Hagi) e fracos (Robben). O futebol só não pode prescindir da inteligência, revelada das mais diversas formas.

Daniel Bragança diferencia-se pela lucidez com que está em campo e na expressão de um talento prodigioso que se traduz no sentido de organização, na criatividade e na preponderância ligada à utilização da bola, do movimento e da harmonia colectiva que conduz o jogo a zonas de risco para o adversário. Mas o jovem médio do Sporting também exerce integrado na força de segurança que barra o caminho para a sua baliza, porque percebe de onde vem o perigo, quais as zonas mais frágeis do seu exército e as linhas que precisam de ser reforçadas.

É um jogador com técnica refinada e ampla visão; que entende e domina as chaves colectivas e estruturais do futebol; que sabe posicionar-se e toma decisões sempre acertadas. Em posse privilegia as associações curtas mas tem precisão extraordinária nas solicitações longas – ao contrário de outros, vê bem ao perto e ao longe. É responsável no trabalho mais sujo e brilhante a iluminar os caminhos de acesso ao golo. O seu futebol só atinge a excelência quando reúne as condições para pensar e criar com a bola nos pés – nada perdeu pela ausência no jogo de Braga.


DB defende um estilo, fortalece uma atitude e adapta o requinte de uma plasticidade indiscutível a inegáveis qualidades para a função que desempenha. Não negoceia convicções, antes aplica o talento de um excepcional maestro às exigências de um 8 (como box to box) ou mesmo de um 6 (ponta-de-lança dos defesas e líbero de toda a manobra ofensiva, como fez nos sub-21 de Rui Jorge). As alterações tácticas introduzidas em determinado momento por Rúben Amorim tiveram em conta o seu momento deslumbrante; o seu instinto criativo e o modo como melhora cada bola que toca; as decisões correctas e tomadas em prol do colectivo; a imaginação agregada ao senso comum da distribuição, ao sentido dos movimentos e à perfeição dos gestos; a magia no trato da bola e o jeito especial para transformar qualquer esquema táctico, incluindo o mais improvável, num potencial lance de golo.

Sob o comando de um treinador que sobrepõe o talento à luta (sejamos educados e omitamos o que sucedeu em Braga); para quem ordem, disciplina e organização constituem ponto de partida sagrado para o funcionamento da máquina mas não são tudo numa equipa; que confia nas suas ideias e não corta as asas ao talento e ao espírito criativo dos seus jogadores, DB não se tem inibido. Aos 21 anos oferece tudo a um colectivo que lhe concede liberdade para não ser prisioneiro de uma complexa teia de obrigações limitativa da intervenção. Porque quando se joga com bola os espaços são mais importantes do que os adversários, DB sente-se em casa. Pode jogar menos bem mas nunca joga mal e domina sempre o papel que lhe cabe na peça, razão pela qual não o vemos pressionado por nervos e insegurança que costumam acompanhar os jovens actores antes de subirem ao palco. Com mais ou menos minutos na Liga, o futebol português ganhou um enorme centrocampista..»

Está tudo dito, é do Sporting!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Bem hajam aqueles que o conseguirem!...


Serão muito provavelmente as duas "taveiradas", entre as muitas cometidas, que os sportinguistas, logo desde a inauguração da "nossa casa", desejaram ver desaparecer para sempre: o "folclórico colorido" das cadeiras nas bancadas e o "abominável fosso" que separa os adeptos do jogo e sempre pareceu aquecer as costas dos árbitros, para além de reduzir, estupidamente e em muitos milhares, a lotação de Alvalade e do perigo latente que sempre representou!...

Em boa hora parecem estar prestes a concretizar-se esses velhos desejos dos leões e... 

Bem hajam aqueles que o conseguirem!...

Leoninamente,
Até à próxima

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Força Sporting!!!...


Comentários de Leões

Ganhar o jogo com o Nacional é crítico

«O Sporting só tem de cuidar de si mesmo. Treinar bem, desligar do folclore à volta das arbitragens e da última jornada, entrar em campo com vontade de campeão para tentar subjugar o adversário desde o primeiro lance. Ganhar este jogo com o Nacional é crítico. Por ser o último classificado ainda é mais importante manter concentração total e exclusiva na partida deste sábado. Que se danem os árbitros. Temos equipa. Três baixas, três novas soluções para meter a jogar. Força, Sporting. SL


Não poderia deixar de aplaudir este leonino comentário de João Gil, que subscrevo e por aqui vos deixo, realçando e reforçando a importância de que se revestirá uma vitória do Sporting no próximo sábado.

Força Sporting!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Podridão!!!...


O crocodilo velho e o bandalho

«Pinto da Costa faz lembrar, definitivamente, a parábola do crocodilo velho. O crocodilo velho sabe que o tempo já não é o mesmo. Que é mais curto. Que o futuro já não é seu. Também sabe que o pântano vai continuar o mesmo de sempre, que é imutável. Águas podres, cheiro nauseabundo e a concorrência impiedosa dos predadores mais novos. Venham eles das suas hostes ou da tropa do sector sul, liderada pelo caimão de grossas escamas avermelhadas, que lhe disputa a influência sobre o território e sobre quem arbitra o respeito pelas poucas regras do pântano.

O crocodilo velho sabe, por isso, que tem de ter a tropa agrupada e manter o pântano em efervescência, sempre a bater forte nos inimigos e a fingir que nada vê dos pecadilhos que apontam aos seus. É a melhor forma de ter um final de reinado sossegado, sem ser estraçalhado pelo cardume de piranhas que anda sempre por ali. Já pouco lhe interessam as guerras de afirmação do bando. Bastam-lhe as suas. Já só tem de chorar, aqui e ali, algumas das suas mais cínicas lágrimas de velho crocodilo e atirar para o lado. Atirar sempre para o lado e manter uma parte da matilha que sobra sempre pronta para atacar. Só assim pode banquetear-se em sossego com as suas vítimas. E nem todas são os seus adversários…

A agressão ao jornalista da TVI por um dos predadores mais novos, nas vestes de bandalho, como muito bem foi qualificado por Rui Rio, mostrou-nos a plenitude dessa parábola pantanosa. O bandalho, primeiro, na agressão servil para brilhar aos olhos do crocodilo velho. Este, depois, a derramar as suas melhores lágrimas para o seu palanque televisivo privado para agregar o seu povo. Como espectáculo, o crocodilo velho continua um mestre na interpretação. É incomparável na arte da vitimização, do cinismo e da manipulação dos sentimentos de pertença a uma espécie de religião que bebe pela mais pura das cartilhas maniqueístas. Os meus bons e os maus lá de baixo, das forças ocultas que nos roubam. Como realidade, é muito triste. Há um clube e uma cidade extraordinários, que mereciam muito melhor. É a última narrativa sobre a incapacidade atroz do futebol português em mudar, um milímetro que seja. É, também, o resultado das suas insuportáveis dependências, entre clubes que são os legisladores dos regulamentos, desportivos e disciplinares, que montaram uma organização desportiva de fachada, para poderem ser eternamente juízes em causa própria. Tenhamos pena de nós, os que pensávamos gostar de futebol.»

Podridão!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Jogo a jogo, também no futsal lá vamos nós!...





Outros viram-se derrotados e ficaram pelo caminho! O Sporting venceu os russos e segue em frente, onde defrontará o InterMovistar, na meia-final da Champions de Futsal, em partida agendada para o próximo sábado, às 14 horas.

Na outra meia-final estarão frente a frente o Barcelona (Espanha) e o Kairat Almaty (Cazaquistão).

A grande final da Champions realizar-se-á na próxima segunda-feira.

Jogo a jogo, também no futsal lá vamos nós!...

Leoninamente,
Até à próxima

São todos adeptos do Carcavelinhos !!!...




Que os mais distraídos atentem minuciosamente nas nomeações promovidas pelo excelso Conselho de Arbitragem da FPF para os jogos que envolvem os quatro primeiros classificados, na 30.ª jornada da Liga NOS:





Sporting CP-CD Nacional
Árbitro: Manuel Oliveira
Assistentes: Pedro Ribeiro e Tiago Leandro
4.º árbitro: Bruno Rebocho
VAR: Luís Ferreira
AVAR: Bruno Rodrigues












FC Porto-FC Famalicão

Árbitro: Nuno Almeida
Assistentes: André Campos e Carlos Campos
4.º árbitro: Marcos Brazão
VAR: Vasco Santos
AVAR: João Bessa Silva










CD Tondela-SL Benfica
Árbitro: Manuel Mota
Assistentes: Jorge Fernandes e Luciano Maia
4.º árbitro: João Gonçalves
VAR: André Narciso
AVAR: Paulo Brás












Marítimo M.-SC Braga
Árbitro: Fábio Veríssimo
Assistentes: Bruno Rodrigues e Pedro Martins
4.º árbitro: Flávio Lima
VAR: Bruno Esteves
AVAR: Rui Cidade








Agora tentem descobrir as razões pelas quais de há muito, aqui em Leoninamente, foram incluídos no famigerado "naipe de ouros". Com o devido respeito...

São todos adeptos do Carcavelinhos !!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Talvez não!!!...


Os 12 (ou infinitos) trabalhos de Rúben Amorim
A psicóloga de performance Ana Bispo Ramires escreve sobre o percurso de Rúben Amorim no Sporting e na Liga portuguesa, associando-o à cultura desportiva em Portugal

«O percurso de Ruben Amorim na Primeira Liga alimenta desde há muito as parangonas dos jornais. Dos primeiros passos dados no Sporting de Braga, onde começou a “dar os ares da sua graça”, evidenciando que não estaria a tentar “sobreviver” na liga mais competitiva em Portugal, mas sim com vontade de deixar o seu cunho e marca. Até aos dias de hoje, muitos tem sido os episódios e, em boa verdade, as “provas superadas”.

Do trajecto no Sporting de Braga, resultou a curiosidade e aposta do actual clube, o Sporting, que, reconhecendo um lote de características que poderia beneficiar o projecto desportivo do mesmo, acabou por investir num recém-chegado (treinador) à Liga profissional.

A entrada no “lote dos 3 grandes” clubes traz, invariavelmente, maior (não necessariamente melhor) visibilidade a quem por lá se aventura. Em boa verdade, haverá, muito possivelmente, muito poucas profissões/funções passíveis de tão intenso e dedicado escrutínio público (e consequente desgaste) – seja da parte de reconhecidos (e legítimos) especialistas, da parte de quem quer ser muito “visto” como especialista ou da massa de adeptos em geral.

De facto, esta função beneficia de um “selo de garantia” inferior a um simples “iogurte”, na medida em que as competências parecem precisar de “validação semanal”, caso contrário, passam com enorme rapidez à condição de “descartáveis” – a título de exemplo, há pouco menos de uma semana apontava-se o “descontrolo emocional” do SCP na imprensa e, há um par de horas, assinalava-se o “feito histórico” que poderá estar perto de se alcançar (ultrapassar as 29 jornadas sem perder, feito este detido por Fernando Vaz).

Uma verdadeira montanha russa.

Factualmente falando, o que é certo é que a legitimidade de, à data, ter alcançado 29 jornadas sem perder já não é passível de ser retirada a este profissional, por muito inflaccionado que, intencionalmente ou não, possa vir a ser qualquer “desaire” que surja entretanto.

Factos são factos e a sua liderança está, em boa verdade, mais do que validada. Independentemente do escrutínio publico que lhe possa ser feito a cada jornada – por muito que o queiram transportar para um cenário similar ao de “Hércules”, precisando validar a sua competência a cada semana - e mesmo depois de ter visto a sua credibilidade questionada desde o início no que respeita à sua capacidade para conduzir uma equipa de Primeira Liga, o que assistimos semana após semana é o exercício claríssimo de uma liderança bem-sucedida.

Os “setbacks” (ou percalços) não são só inevitáveis como são, em boa verdade, desejáveis. Todo e qualquer líder sabe que são momentos, por excelência, de construção e consolidação pois, dominando as variáveis que impactam o desempenho de uma equipa (internas e externas à mesma), são oportunidades únicas de revitalização e re-energização para o que pode ser considerado uma “recta final” de um ciclo.

Um verdadeiro líder não os deseja, mas também não os teme... antes os instrumentaliza para levar a sua equipa para patamares superiores. E, possivelmente por essa razão, Amorim oportunamente terá comentado que “os adeptos precisam aprender a sofrer”... na realidade, mais concisamente, o que eles precisam mesmo é de “crescer”!

E, aqui, e quando falamos de “adeptos” podemos (e devemos) considerá-los sem cor ou emblema, pois é de facto uma necessidade que atravessa não só toda a cultura desportiva, mas mais lamentavelmente, todo o tecido da nossa sociedade.

Crescer implica saber dedicar-se por tempo prolongado, saber resistir à frustração que advém dos resultados imediatos que não desejamos (tolamente, pois transportam informação imprescindível ao salto para a consolidação de capacidade), saber tolerar a dor física e emocional e, aqui sim, massa associativa e sociedade em geral precisam aprender muito com quem, por opção e dedicação, escolheu ser o orgulho de muitos.

O desporto é e será sempre um terreno fantástico onde podemos observar e estudar a disfunção, função e excepcionalidade do comportamento humano e, por essa mesma razão, antes de criticarmos quem por lá anda, mais certo seria tentar perceber o que aprender com ele e, ainda mais, nos congratularmos pela expressão de capacidade e inevitável notoriedade de mais um cidadão português.»
Psicóloga de Desporto e Performance

Uma curiosa e muito interessante análise à "explosão" de Rúben Amorim como treinador de futebol em Alvalade, explorando e quase esgotando todas as vertentes da sua meteórica ascensão e, convenhamos, da sua bem próxima e quase inapelável consagração no futebol português. Quer-me parecer no entanto que, ou a obra, intencionalmente, não terá sido acabada e aguardará o "fecho da abóbada" para depois do Sporting, eventualmente, se sagrar campeão, ou ficará para sempre como "capela imperfeita"! Porque muito interessante seria a autora deste excelente trabalho interrogar-se, também, sobre a possibilidade de Rúben Amorim estar ou não sempre condenado ao sucesso, se longe de Alvalade, com todos os seus defeitos e virtudes e respaldado por uma estrutura diferente daquela que encontrou no Sporting, muito particularmente representada, pelos valores e princípios perseguidos por Frederico Varandas e sempre em declarada rota de colisão com tudo o que de mau vem inundado o nosso futebol há décadas e, muito particularmente, no momento actual...

Quero crer que, conhecendo-se hoje Rúben Amorim como não nos tinha sido dada a oportunidade de conhecer antes, talvez as espigas loiras, saudáveis e pujantes que o treinador do Sporting agora felizmente exibe, não existissem caso o jóio inundasse a seara em que a fortuna o resolveu semear!...

Talvez não!!!...

Leoninamente,
Até à próxima 

quarta-feira, 28 de abril de 2021

No regresso do público à nossa casa!...



Será verdade que Frederico Varandas e a sua gente andarão a pensar muito seriamente em oferecer aos sportinguistas um novo visual para o Estádio José Alvalade, num prazo bem mais curto do que muitos julgaríam?!...

Seria uma fantástica e merecida prenda... 

No regresso do público à nossa casa!...

Leoninamente,
Até à próxima

"Odmirem-se"!!!...



"Odmirem-se"!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Bem haja, Maria!...


Sporting, a glória dos outros?
Não sou sportinguista, diga-se desde já, porém, hoje, faz-me sentido aclamar o Sporting pela extraordinária época de futebol que tem tido neste tempo tão estranho, quanto silencioso

«Ao fim da tarde, contemplo um bosque à minha frente. O verde profundo, faustoso e deslumbrante lembra-me um outro, icónico, histórico, honroso. Tão denso quanto visceral, convoca-me o verde que, com raízes nodosas, grita de dentro do coração da árvore secular que é: Spoooortiiiing!

Sim, secular. O Sporting é como uma árvore antiga, grande e imponente, daquelas que faz história dentro da História da gente. Não sou sportinguista, diga-se desde já, porém, hoje, faz-me sentido aclamar o Sporting pela extraordinária época de futebol que tem tido neste tempo tão estranho, quanto silencioso, como o bosque ali em frente.
Desde sempre tenho este clube como um par. De forma atípica, até mesmo extravagante, ao contrário da categoria vigente em que é denominado — o rival, por excelência! —, o Sporting faz parte da classe onde encaixo os amigos, curiosamente. Talvez por ser verdade que tenho muitos amigos sportinguistas; talvez porque vou algumas vezes ao Estádio de Alvalade; seguramente porque gosto das palavras/valores/categorias que compõem a sua identidade: Esforço, Dedicação, Devoção e Glória. Fazem-me sentir que se trata de uma casa de Bem. Perguntar-me-ão porque venho aclamar este clube, se não é o meu. E porquê fazê-lo agora?

Em Janeiro de 2020 tive o privilégio de assistir ao jogo Sporting-Benfica em Alvalade, a convite de amigos e, trouxe na memória o som ensurdecedor da violência. Lembro-me que o jogo parou durante algum tempo, uma vez que o clamor por uma justiça maldita, inspirada numa profunda raiva narcísica, descambou para uma onda de ódio dentro do estádio. Ódio por quem? Seria melhor aceitável se se dirigisse aos rivais em campo. Mas, não. O ódio era privado. Alguns sportinguistas ameaçavam-se directamente. Rixas inflamadas nas bancadas. As claques, capazes de matar a sua própria equipa pelo frágil resultado — a sua própria identidade?! —, assustaram-me. Mais, fizeram com que me questionasse sobre o que ali se passava, afinal. Longe dos tempos em que o som gritado era de apoio incondicional, de orgulho pelo verde das camisolas, de abraço acolhedor ao mesmo tempo que forte e destemido — convicto, sentido, honrado — senti que este Sporting caíra em desgraça interior.

Imagino, empaticamente, que o clube terá passado uma das suas piores crises de sempre, nos últimos anos. Tiranizado por vozes indignas de o representar, instrumentalizado em nome de egos menos claros e consistentes, o Sporting viu-se vilipendiado, mal-amado, desrespeitado pelos demais, espancado, mal-afamado. Além de se ver perdedor desde há muitos anos, o Sporting, frustrado compreensivelmente e sedento de vitória, perdeu o chão do seu bom nome nos últimos anos — viu-se atacado narcisicamente, dentro das próprias portas. Normalmente, isso é duro de sentir. Esmaga, fere, envergonha, humilha, entristece e, revolta, na melhor das hipóteses. Na pior, enraivece! A agressividade volta-se para dentro, contra o próprio e perverte o vínculo de amor. Destrói por ausência/desistência de elaborar a depressão subjacente.

Em Janeiro de 2020 tínhamos esse Sporting transfigurado, desapossado de si, desamando-se por completo — sem espelho interior inteiro, intacto, capaz de o manter feito de gente de Bem. Sem Amor, o Sporting (quase) desistia dos seus valores maiores. A Glória, era e seria a dos outros, para sempre. Sucumbia numa depressão sem choro, daquelas que por vezes nos matam sem darmos conta. Daquelas que levam ao suicídio, por falta de coragem de dizer “não!” aos maus tratos e, manter firme cá dentro a convicção de que vale a pena reconstruir, depois de limpar o terreno das ervas daninhas.

Hoje, a poucas jornadas do final do campeonato de futebol, o Sporting mantém-se estoicamente na liderança, apresentando-se como o favorito ao título maior. Vindos de dentro de casa, ressurgem sinais de alegria, de gratidão em vénias coloridas, temperadas por uma esperança que se reergue, depois de um tempo de menor fartura e fulgor. Num tempo em que as vozes interiores da descrença palpitavam o fantasma dos perdedores. Dir-me-ão, alguns, que enquanto a época não terminar isso não terá valor, mas não é essa a minha visão.

Num ano de silêncios esmagadores, sem abraços nem indiferenças — com a violência, proibida, do lado de fora de portas —, sem dinheiro e com a face sangrando, o Sporting mostra-se capaz de ressurgir. Os resultados conseguidos até aqui, sinalizam a humilde vontade de reparação narcísica, de recuperação do crédito condigno ao seu bom nome e à sua história secular. O Sporting está de parabéns pelo que tem demonstrado ser capaz de fazer, chorando por dentro, aos poucochinhos, sem ninguém ver.

Acredito que vai ser campeão. Acredito que pode aprender com o que viveu recentemente dentro da sua própria casa. Acredito que vai continuar com a força interior demonstrada para se reconquistar a si mesmo e, de mostrar a todos uma grande lição de humildade e de verdadeiro espírito de quem nasceu para competir com resistência, resiliência, dignidade e fé.

Viva o Sporting. Bem-vindo de volta pilares identitários: Esforço, Dedicação, Devoção e Glória — a sua!»
(Maria Corado, Opinião, in Público, ontem às 16:42)
Psicóloga clínica, mestre em Psicopatologia e Psicologia Clínica

Isto não se faz 'sôtora'! Pior ainda se for com esse sereno sorriso e como se tivesse a certeza de que iria fazer este velho leão de quase 75 anos, ficar horas a reler um dos mais belos poemas ao Sporting que este olhos já leram, sempre, sempre com a lágrima ao canto do olho. De qualquer modo, fique com a minha imensa e eterna gratidão...

Bem haja, Maria!...

Leoninamente,
Até à próxima

Contam-se pelos dedos!...



Felizmente ainda há neste futebol português quem saiba estar no seu lugar e não abdique de trabalhar para o bem comum, mas...

Contam-se pelos dedos!...

Leoninamente,
Até à próxima

Com a "pedreira" no sapato!!!...




Olhar para as capas dos desportivos de hoje será o mesmo que nos deixarmos arrastar para essa onda macabra de destruição do futebol e dos elementares valores que pautam a vida de gente decente. Aqui em Leoninamente recusa-se liminarmente seguir por essa via. 

O jornal Record perdoar-me-á esta "ligeira" alteração que fiz da sua capa de hoje, mas os sportinguistas que passam por aqui merecem um tratamento melhor do que serem confrontados logo pela manhã com rostos e notícias do que de pior o futebol produz em Portugal...

Aproveita-se o Sporting e mesmo assim...

Com a "pedreira" no sapato!!!...

Leoninamente,
Até à próxima 

terça-feira, 27 de abril de 2021

Até poderá acontecer um bom jogo do Sporting!...


Isto vai ser assim até ao fim

Um cliente com poucos interesses futebolísticos marcou-me uma reunião por videoconferência para as 18 horas. Ele e a mulher. São daqueles clientes "picuínhas" que se perdem com detalhes durante horas, e eu quase agradeci porque ía estar distraído e concentrado na apresentação do projecto.
A reunião acabou pelas 21:15 e eu pensava que o jogo ía começar àquela hora. Abri a TV e vejo que o jogo estava a decorrer havia 55 minutos e o resultado estava a zeros. Alguns minutos decorridos e verifico com surpresa que o Sporting não tinha ponta de lança, afastava-se a bola da área e não havia ninguém junto dos centrais adversários para disputar a bola, iniciando o Braga novo ataque. Num plano mais abrangente comecei a contá-los, apreensivo, e só havia 10. Previ logo que tinha acontecido o pior. Comecei a identificá-los e faltava o Inácio...mas como o Inácio?... um dos mais correctos, tão pouco faltoso. Quem seria? A minha mulher ajudou: pegou no telemóvel e informou-me, foi o Gonçalo Inácio. Fiquei desalentado e profundamente desanimado. Só dava Braga. O 0-0 parecia-me um bom resultado. Se conseguissemos aguentar "aquilo"....ao menos a invencibilidade. O "pessoal" defendia com um grande desgaste e uma enorme abnegação, mas aquilo ameaçava ruir a qualquer momento. Na frente T.T. tentava segurar algumas bolas, contra vários adversários. Num desses lances há uma falta. Depois quando Matheus chutou eu quase não podia acreditar. Os deuses estavam connosco. Mas foram uns minutos seguintes tão longos, tão dolorosos. Foi uma grande alegria mas temperada por muito sofrimento. Isto vai ser assim até ao fim, e que seja o que Deus quiser...
(Vítor Cruz, em 27.04.2021, às 10:59)

Recebi hoje pela manhã, na minha caixa de correio electrónico, o "desabafo de um sportinguista", velho amigo desde a infância, a quem me liga uma amizade tão grande, sem medida e a que só o fim dos nossos campeonatos conseguirá pôr termo. 

Percorremos durante uns bons pares de anos caminhos académicos comuns, até que o serviço militar obrigatório nos separou: ele viu-se obrigado a bater com as costas em Angola sem ninguém lhe perguntar se era contra ou favor da causa e eu, optei pelo expediente mais fácil e seguro que o regime de então facultava a quem se dispusesse a cumprir as suas obrigações de cidadão, desempenhando os seus atributos e qualificações profissionais no mar. Mas mesmo separados por opções tão diferentes, sempre mantivemos contacto e não terá sido por acaso que um dia nos encontrámos em Luanda. Velhos tempos...

Terminadas as missões "patrióticas", eu optei por "meter o chico" na alternativa que escolhera e ele terá resolvido, se calhar bem, abraçar um velho sonho de menino e, de novo com os livros debaixo do braço, trocou as engenharias pelas arquitecturas. E cá continuámos, embora cada um pelo seu caminho, sempre em contacto e comungando esta "terrível doença do sportinguismo".

Já em termos de futebol e para além deste nosso eterno amor ao Sporting, sempre fomos diferentes: enquanto a minha relação com a bola era despachá-la o mais rápido possível para onde estivesse virado, ele nasceu craque! Foi sempre um extremo rápido e de finta desconcertante, razão porque os "olheiros" o colocaram a voar bem alto e noutras latitudes. Sempre próximo, aplaudi e acompanhei a sua carreira, que mais tarde, e no meio dos projectos que lhe iam saindo do estirador, culminaria como treinador, até que se fartou de tanta coisa feia ver à sua volta e passou a analisar de longe, com muito saber e convicção, este nosso jogo da bola...

Daí a análise que hoje me veio parar às mãos e que entendi aqui publicar, embora confessando que sem lhe pedir autorização, já que com a sua modéstia eu correria o risco de talvez não mo permitir. Terá sido apenas "um desabafo" de irmão leão, para irmão leão. Mas eu entendi esta sua mensagem tão genuína e se calhar tão parecida com aquilo que muitos de nós sportinguistas pensamos e sentimos, que decerto cometeria um pecado sem perdão se não a oferecesse aos sportinguistas que por aqui me dão o privilégio de passar, especialmente nesta "quarta-feira de cinzas" em que, após a "páscoa da pedreira", o Sporting terá entendido e bem, desligar os microfones e, em vez de alimentar a fogueira de discussões estéreis que por aí vai ardendo, trabalhar a fundo na preparação do jogo de sábado. Talvez para não permitir que o meu amigo tenha a razão toda e... "isto não vá ser assim até ao fim"...

É que com toda a certeza não será Soares Dias que estará em Alvalade no sábado. Também Gonçalo Inácio não poderá ser expulso aos 18 minutos. Nem Adán e Tiago Tomás levarão amarelos e...

Até poderá acontecer um bom jogo do Sporting!...

Leoninamente,
Até à próxima

Foco cerrado no jogo de sábado à noite!...


Contrariamente à habitual e até, com toda a desfaçatez, previamente anunciada "suposição papal", a "arbitragem normal" de Hugo Miguel em Moreira dos Cónegos, não parece ter contribuído para que se tivessem cumprido os desígnios tão veemente e convictamente formulados por D. Bufas!...

Nesta condição, determinada em primeiro lugar pela épica vitória alcançada no domingo à noite pelos Leões na Pedreira e depois pelas consequências que acabou por originar hoje em Moreira dos Cónegos - afinal haverá quem acuse a pressão, tanto ou mais que o Sporting! - a diferença pontual de seis (6) pontos para o segundo classificado voltou a ser restabelecida, o que significará que, independentemente dos resultados conseguidos pelo nosso mais directo adversário, ao Sporting faltarão agora, nas cinco jornadas que sobram, apenas 10 pontos - 3 vitórias e 1 empate! - para chegar ao título, enquanto que com 3 vitórias e 2 empates conseguirá alcançá-lo de forma invicta!...

Mais acesa sim, parece ter ficado hoje uma outra e terrível luta: aquela que definirá quem alcançará a segunda entrada directa na Champions League e o providencial acesso aos milhões. A ver vamos, mas para já, gozar tranquilamente a merecida folga desta terça-feira, para depois...

Foco cerrado no jogo de sábado à noite!...

Leoninamente,
Até à próxima

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Pela boca de quem sabe!...


Leão até ser Campeão

«Zero derrotas, média próxima de 0,5 golos sofridos por jogo. O Sporting versão 2021 de Rúben Amorim não ficará conhecido pela espectacularidade do seu futebol, mas garantidamente que o grupo leonino entrará directo no coração de todos quanto os que são apaixonados pela essência dos Desportos Colectivos.

Um grupo de bons rapazes, jovens e completamente “underdogs” nestas andanças colocaram Portugal a discutir sobre o “estofo” ou falta deste para guiar o Sporting ao título de Campeão. Enquanto “analistas” discutem méritos de Amorim e do alto das suas varinhas mágicas sugerem jogar o Daniel ou o Nuno para corrigir problemas ofensivos, o Sporting contra todas as previsões corre para o título de Campeão. Sem derrotas, senhores.

Organização, Superação, Disponibilidade Física e Táctica, e algum talento individual. Algum. Estes são os condimentos do possível campeão nacional, e enquanto com desdém por fora se refere incessantemente a ausência de mais talento da equipa, ignora-se que estes são os condimentos das verdadeiras equipas. Aquelas que na recta final de cada partida, contra todas as “odds” vão mais longe e triunfam.

O Sporting de Rúben Amorim é uma das mais brilhantes obras do Desporto em Portugal dos últimos muitos anos. Quem não prefere o talento das equipas de Gaitán ou James Rodriguez? Quem não se apaixonou pelos contra ataques que Hulk guiava em direcção a Falcao, ou como Aimar e Saviola descobriam Oscar Cardozo? O Futebol e o Desporto premeiam o talento quando este tem disponibilidade e organização. As grandes equipas – colectivos – não se fazem somente de jogadas bonitas e jogadores talentosos, mas de uma Organização e Inteligência Táctica que quando é sempre rigorosa colhe os louros de tal rigor. Mesmo que para o comum dos mortais esses “louros” surjam em forma de “sorte”.

O ano de Coates, verdadeiro capitão, a disponibilidade física de Nuno Mendes e Pedro Porro, a inteligência táctica e vigor de João Palhinha, o “ranhoso” Nuno Santos, o talento à solta de Pote e até o regresso a casa de João Mário prometem ficar para sempre na história do Sporting, mas também na do futebol em Portugal. O ano em que os leõezinhos se uniram, foram rigorosos, organizados, partiram de abordagens ao jogo mais condizentes com as suas capacidades do que com a história do clube – Juntos, sem qualquer sobranceria, Organizados a Defender com pouca iniciativa ofensiva, enquanto esperavam pelo momento para matar qualquer adversário.

E para que a história seja ainda mais aprazível, o encurtar da vantagem que fez sonhar o adversário directo, e um jogo absolutamente épico em Braga.

Este Sporting merece muito ser feliz, e Rúben Amorim é o treinador mais barato da história do futebol.»

Pela boca de quem sabe!...

Leoninamente,
Até à próxima

#Paraondevaiumvaotodos!...


«Era um jogo importantíssimo (SP. Braga - Sporting CP) frente a um adversário que ainda tem aspirações a estar no pódio. Num jogo difícil, onde o Sporting ficou reduzido a dez jogadores aos 18 minutos, foi preciso muita garra, determinação e alma para sair de lá com a vitória. Para se ganhar é preciso sorte e o Sporting também a teve e deu um passo gigantesco a caminho do título. Além de ter criado uma motivação extra para estes últimos jogos. Espero que tudo corra bem e que sejamos campeões.

(Adán, Gonçalo Inácio e Tiago Tomás no jogo da próxima jornada frente ao Nacional) São três habituais titulares mas quem os substituir dará o seu melhor e não será por isso que deixaremos de vencer a partida. Acho que os jogos Benfica-FC Porto e Benfica-Sporting poderão definir muita coisa. Se o Sporting chegar ao jogo da Luz com esta vantagem, terá muitas possibilidades de ser campeão.

Se os adeptos do Sporting pudessem ir ao estádio, seriam um grande apoio para a equipa. A fase da contestação já lá vai e, nesta recta final, os sportinguistas estão a ser fantásticos com várias manifestações de apoio fora do estádio e no acompanhamento da equipa à saída da Academia e nos vários pontos de destino. Os sportinguistas estão unidos e esperançados que, desta vez, vamos conseguir o título nacional».

#Paraondevaiumvaotodos!...

Leoninamente,
Até à próxima

O inalienável direito a sonhar!...

 


Onde vão todos, faltou um. Mas Coates valeu por vários

O Sporting ganhou em Braga por 1-0 num jogo em que aos 18 minutos já estava a jogar com menos um e onde teve de ser pragmático: fechar-se lá atrás e esperar uma nesga, um erro, uma abertura minúscula do vórtex. E ela apareceu, já nos últimos 10 minutos, com Matheus Nunes a dar aos leões muito provavelmente a vitória mais inesperada da época. Mas antes disso, houve um Sebastian Coates que limpou tudo, que não falhou um corte, um lance aéreo, uma bola dividida. Faltava um, mas ele fez com que não parecesse

«Há muito que não se falava da omnipresente estrelinha que ia acompanhando o Sporting em vários jogos esta época e também não é agora que vamos voltar a falar nela. O Sporting ganha em Braga porque, na adversidade, teve um plano. Mais ou menos bonito, foi um plano. E como num qualquer filme de acção de herói musculado e gota de suor na testa, é possível que esse plano só tivesse uma saída, uma hipótese, aquela nesga para salvar a cidade, quem sabe a humanidade.

Quando Matheus Nunes recebeu uma bola de Pedro Porro pela direita, num lance em tudo semelhante àquele com que o Sporting derrotou o Sp. Braga na Taça da Liga, e sem olhar para a baliza colocou toda a sua fé naquele remate, essa única oportunidade foi aproveitada. Se estivéssemos no cinema, os créditos teriam começado ali mesmo.

Porque só assim o Sporting poderia sair a sorrir de um jogo em que aos 18 minutos já estava com menos um, depois de Gonçalo Inácio reagir com duas faltas a dois erros frente a um Sp. Braga que, em igualdade numérica, já era a equipa com mais bola e presença no meio campo adversário. Se já estava difícil com 11, com 10 provavelmente só um plano de guerrilha resultaria.

Lá no cimo da Pedreira, num camarote isolado dos seus jogadores, Rúben Amorim terá tido toda a perspectiva para pensar. Para a 2.ª parte entrou com uma equipa fechada, com uma linha de cinco na defesa apoiada por outra de quatro, bem juntas, lançando Tiago Tomás e Matheus Nunes lá para dentro para em velocidade tentar surpreender numa transição - o plano era claro, nem sequer procurava esconder nada.

É certo que defender com muitos não significa necessariamente defender bem, para isso, em jogos como estes, é preciso um qualquer estado zen, uma segurança sobrenatural, uma força vinda sabe se lá de onde e tudo isso foi personificado em Sebastian Coates. Não houve lance aéreo que o capitão do Sporting não tivesse ganhado, não houve um corte falhado, um passo em falso, uma entrada intempestiva: se é certo que o Sporting ficou cedo com menos um, Coates valeu por muitos.


E, por isso, para haver aquele lance aos 81 minutos, em que Matheus Nunes aproveitou uma única desatenção bracarense e interpretou na perfeição uma das únicas maneiras que o Sporting poderia jogar para chegar ao golo, houve antes e depois um líder na defesa, um homem que se agigantou quando as circunstâncias lhe pediram que arregaçasse as mangas, que tentou até sair a jogar, num lance de quase revolta contra um Sporting que praticamente durante todo o jogo só teve uma dimensão, a defensiva.

Mesmo com alguns lances de perigo, que Adán foi resolvendo com frieza (a intervenção aos 62’, já meio em queda, a um cabeceamento de Galeno é ouro), o Sp. Braga pode queixar-se de Coates e da sua própria falta de eficácia e pragmatismo: criou pouco perigo iminente para o tanto tempo que andou a rondar a área do Sporting. E quando Gaitán saiu, houve menos cérebro para pensar o jogo.

O Sporting agradeceu e na única vez que rematou enquadrado na baliza na 2.ª parte fez resultar o plano de Rúben Amorim. O Sporting já teve a sua quota parte de vitórias inesperadas esta temporada, mas talvez nenhuma como esta, em que passou quase 70 minutos debaixo de água, mais preocupado em fechar a sua baliza do que exactamente em marcar.

Mas também é disto que se fazem os líderes e os heróis: de sofrimento, de estoicismo, de planos impossíveis que resultam. E numa semana em que tanto se falou do futebol-empresa, das ligas fechadas, do estatuto à frente do mérito desportivo, é bom saber que o futebol ainda nos dá bons enredos.»

Com líderes deste calibre, aconteça o que acontecer, o Sporting terá sempre...

O inalienável direito a sonhar!...

Leoninamente,
Até à próxima

Até já os deixa sair pela boca!...


Outra vez Segunda-Feira

«... Podemos dizer o que quisermos, o que é e o que não é. Que o Porro não recuperou a forma que o levou à seleção espanhola, que o João Mário joga devagar ou que o Palhinha não tem, na fase de construção, a qualidade que demonstra quando é preciso defender. Certo é que a equipa leonina está um bloco – estratégica, física e mentalmente. Só um grupo muito solidário, que sabe o que faz e que mete a pressão no bolso, consegue equilibrar primeiro uma partida em que praticamente começou com dez e criar depois a oportunidade de desferir o golpe fatal. Talvez aconteça, mas não estou a ver como poderá o FC Porto vir a ultrapassar este Sporting.
Ah, e já agora: também não estou a ver o Artur Soares Dias a expulsar o Pepe aos 18 minutos...»

Nem Alexandre Pais está a ver o Artur Soares Dias a expulsar o Pepe aos 18 minutos e muito menos todos aqueles que conhecem a peça de ginjeira desde que, com 25 anos, em 2004, apareceu no futebol...

O Artur Manuel deverá corresponder, rigorosa e precisamente, ao mais completo paradigma  a que o Jorge Nuno se referiu muito recentemente como sendo o "normal do futebol em Portugal"! Por isso foi nomeado pelo excelso e honorável Conselho de Arbitragem da FPF, liderado pelo Fontelas e acolitado pelo Costa, para o "normalíssimo encontro da Pedreira"...

Se o Jorge Nuno e toda esta gente, alegadamente séria, tivessem vergonha na cara, nem os peidos eles permitiriam que lhes saíssem pelo cú, quanto mais pela boca!...

É que não haverá nada de mais normal que os peidos saírem pelo cú! Mas esta gente, de tão confiante no sistema que implantou e na impunidade de que goza...

Até já os deixa sair pela boca!...

Leoninamente,
Até à próxima

A melhor análise ao jogo da Pedreira

 


Alma verde a suspirar pelo título

«Sofrer, lá atrás, durante quase todo o jogo, para matá-lo com um cinismo legítimo, numa bola parada. Este jogo foi a cópia fiel do ADN sportinguista esta época. Depois de uma exibição hercúlea, como as circunstâncias exigiam, o Sporting demonstrou o porquê de assentar o seu modelo na solidez defensiva. Se houvesse dúvidas, hoje, ficaram desfeitas. Este Sporting tem estofo para lutar pelo título até final.

Com os leões com menos um elemento desde cedo, depressa se desenhou a tendência de domínio bracarense num jogo em que Carvalhal surpreendeu Amorim com o posicionamento híbrido inicial de Gaitán, que sem bola fechava o corredor esquerdo, e com ela aparecia mais por dentro, libertando Galeno no corredor, que sem bola fazia de quinto na última linha, garantindo a superioridade do Braga no corredor de Pote, que era quem realmente Carvalhal se preocupou em anular quando preparou o jogo.

Paralelamente a isso, Gaitán a abrir o corredor, sem bola, para condicionar o início de transição leonino pelos pés do jovem Gonçalo Inácio, o mais habilitado do trio defensivo dos verde e brancos nesse momento de jogo. Mas duas abordagem imprudentes em que decidiu “matar” a transição bracarense em zona de perigo, mudaram o figurino do jogo com a sua expulsão prematura, logo ao minuto dezoito.

Com superioridade numérica, Carvalhal puxou, em definitivo, Gaitán para o corredor central para que fosse este a pautar o jogo dos da casa. Mas o jogo bracarense tornou-se muito padronizado pela sua excessiva atracção por entrar pelo corredor central, quando o espaço estava nos corredores laterais, como o demonstraram as duas mais flagrantes ocasiões dos minhotos, na sequência de acções de cruzamento.

Amorim introduziu alterações mas nunca abdicou da sua densa linha defensiva, que pareceu sempre confortável na controlo do espaço central. Depois…. depois veio a ratice que se exige nestes momentos, fazendo a diferença num momento à parte do filme do jogo: uma bola parada que apanhou de surpresa a defensiva bracarense. O mais difícil para os líderes do campeonato estava feito. Depois foi um Sporting na sua praia, sólido e mentalmente preparado para segurar a vantagem mínima, numa vitória épica.

Destaques Individuais

Coates foi o homem do jogo. O comandante do exército leonino num duelo que foi mais que um jogo para o leão. Foi uma batalha.

Matheus Nunes e Adán Se o primeiro voltou a marcar o golo decisivo, Matheus é jogador de grandes jogos, o segundo teve um par de intervenções que mantiveram os leões vivos no jogo. Não merece as críticas de que foi alvo no último encontro. Tem sido decisivo para o sucesso da sua equipa. Injustificadamente um mal-amado.

Gaitán mostrou como o seu perfume técnico e cultura táctica trouxeram o Braga para o ascendente no encontro, domínio que acabou por não se ver materializado. O argentino já não dura os noventa minutos, mas a sua classe é extra quando comparado com os seus colegas.»

A melhor análise ao jogo da Pedreira

Leoninamente,
Até à próxima

O Leão deu a volta à "moscambilha"!!!...




O normal era para ser uma "maravilha", mas...

O Leão deu a volta à "moscambilha"!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

domingo, 25 de abril de 2021

O gozo que aí virá no autocarro do Sporting!!!...



Para mais tarde recordar! Pode muito bem ter começado aqui, quando muitos por aí, logo aos primeiros percalços, de imediato se perfilaram para começar a falar em falta de confiança e  tremideira dos leões, a descrença dos adversários...

"Era uma maravilha" disseram alguns a pensar na nossa mais que provável derrota em Braga. "Acarditamos até ao fim" terão outros preferido dizer, ainda com o ovo no cú da galinha!...

No regresso a Lisboa...

O gozo que aí virá no autocarro do Sporting!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Grandes Leões, obrigado!!!..


Foi verdadeiramente à campeão! A jogar com 10 desde os 18 minutos, Sporting vence em Braga e terá dado hoje a resposta mais conveniente aos poucos descrentes internos e a todos os numerosos inimigos externos que por múltiplos e tenebrosos meios o vêm tentando impedir de se sagrar campeão!...

GRANDES LEÕES, OBRIGADO!!!..


Leoninamente,
Até à próxima