«O Farense-Sporting desta noite é importantíssimo para a Liga. O leitor estará automaticamente a pensar nos leões de Alvalade e na candidatura ao título. Sim, claro, mas há mais. Os leões de Faro também vêem no duelo algo vital para o futuro do clube. Eis um jogo a doer.
O Sporting vive um momento estranho. Lidera o campeonato com 6 pontos de avanço e parece entregue à tristeza. Provavelmente tem muitas frentes de batalha. Palhinha e a vontade dos rivais em ganhar pontos na secretaria, a palavra de Rui Costa valer mais do que a de Rúben Amorim, a mão pesada do Conselho de Disciplina que pode querer queimar quem ousou fazer-lhe frente e ainda os dois recentes empates, que contribuindo para um facto histórico prestes a acontecer, levaram os sportinguistas à depressão. Custa a entender. Não conheço nenhum adepto do clube que arriscasse a candidatura no início da época. Rúben Amorim fartou-se de avisar que não estava ganho. A equipa é hoje, haja o que houver, uma aposta certa. E acordarem para vida?
Em Faro é a luta contra a descida que anima os farenses. Um clube com história e identidade. Uma cidade que se orgulha do emblema. E uma equipa que tem uma palavra a dizer. Até ao fim. Jogue-se à bola.»
É a visão distanciada que o director de um jornal desportivo com tradições e responsabilidades como é o Record, sempre deverá evidenciar, este apontamento de Bernardo Ribeiro. Compreende-se, mas um adepto sportinguista diferente daqueles a quem BR sugere que "acordem para a vida", obviamente que não utilizará o mesmo prisma para olhar para o jogo de logo à noite.
A diferença qualitativa entre os dois onzes que surgirão mais logo à noite no relvado do S. Luís é incomparável. E mesmo que se tenha de admitir ser enorme a motivação dos farenses para arrecadarem um ponto só que seja que possa contribuir para os livrar de uma iminente descida para a "divisão do sofrimento", quem acredita que seja maior que a motivação destes jovens leões para darem o golpe de asa necessário à concretização de um objectivo que anima quase metade da população deste país que se interessa pela coisa desportiva?!...
Haverá também que considerar as motivações que animam ambos os treinadores. E se é grande e composta por duas vertentes incontornáveis e importantes aquela que naturalmente animará Jorge Costa, quem se atreverá a julgá-la mais importante ou até mais decisiva que a de Rúben Amorim?!...
Acresce ainda o facto de o árbitro internacional nomeado para este jogo, Hugo Miguel, ser um árbitro respeitado e ao longo da sua carreira sempre ter rejeitado ser "homem de fretes", na linha de toda a escumalha que constitui o predilecto e conhecido "naipe de ouros" do Conselho de Arbitragem da FPF. Poderá até acontecer a noite não se vir a revelar tão feliz quanto o próprio desejará. Mas isso sempre aconteceu e acontecerá a qualquer árbitro do mundo, por mais competente, íntegro e isento que possa ser. Importantes serão as garantias que à partida oferece.
Finalmente, "as frentes de batalha" que o texto de BR aponta e que o inclassificável "sistema exterior" ao jogo jogado dentro dos relvados, tem vindo a colocar ao Sporting. É uma espúria realidade, aquela que uma boa parte dos organismos dirigentes do nosso futebol, de braço dado com parte igual ou maior de uma CS terceiromundista, há muito construíram e vão mantendo. Porém, todas essas "frentes de batalha" ficarão à porta do Estádio de S. Luís e na hora de jogar à bola, pouco ou nada contarão para o resultado final.
Penso que logo à noite no S. Luís ganhará o melhor...
E o melhor é o Sporting CP!...
Leoninamente,
Até à próxima
Estou preocupado e pessimista, mas...talvez corra bem, talvez fiquemos felizes, espero, sem ter muitas razões para esperar.
ResponderEliminarO Sporting está mesmo "muita forte"! Quando com seis pontos de avanço, os sportinguisstas estão pessimistas... Este plantel vencer o campeonato é um cometimento extraordinário!
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