quinta-feira, 29 de abril de 2021

Podridão!!!...


O crocodilo velho e o bandalho

«Pinto da Costa faz lembrar, definitivamente, a parábola do crocodilo velho. O crocodilo velho sabe que o tempo já não é o mesmo. Que é mais curto. Que o futuro já não é seu. Também sabe que o pântano vai continuar o mesmo de sempre, que é imutável. Águas podres, cheiro nauseabundo e a concorrência impiedosa dos predadores mais novos. Venham eles das suas hostes ou da tropa do sector sul, liderada pelo caimão de grossas escamas avermelhadas, que lhe disputa a influência sobre o território e sobre quem arbitra o respeito pelas poucas regras do pântano.

O crocodilo velho sabe, por isso, que tem de ter a tropa agrupada e manter o pântano em efervescência, sempre a bater forte nos inimigos e a fingir que nada vê dos pecadilhos que apontam aos seus. É a melhor forma de ter um final de reinado sossegado, sem ser estraçalhado pelo cardume de piranhas que anda sempre por ali. Já pouco lhe interessam as guerras de afirmação do bando. Bastam-lhe as suas. Já só tem de chorar, aqui e ali, algumas das suas mais cínicas lágrimas de velho crocodilo e atirar para o lado. Atirar sempre para o lado e manter uma parte da matilha que sobra sempre pronta para atacar. Só assim pode banquetear-se em sossego com as suas vítimas. E nem todas são os seus adversários…

A agressão ao jornalista da TVI por um dos predadores mais novos, nas vestes de bandalho, como muito bem foi qualificado por Rui Rio, mostrou-nos a plenitude dessa parábola pantanosa. O bandalho, primeiro, na agressão servil para brilhar aos olhos do crocodilo velho. Este, depois, a derramar as suas melhores lágrimas para o seu palanque televisivo privado para agregar o seu povo. Como espectáculo, o crocodilo velho continua um mestre na interpretação. É incomparável na arte da vitimização, do cinismo e da manipulação dos sentimentos de pertença a uma espécie de religião que bebe pela mais pura das cartilhas maniqueístas. Os meus bons e os maus lá de baixo, das forças ocultas que nos roubam. Como realidade, é muito triste. Há um clube e uma cidade extraordinários, que mereciam muito melhor. É a última narrativa sobre a incapacidade atroz do futebol português em mudar, um milímetro que seja. É, também, o resultado das suas insuportáveis dependências, entre clubes que são os legisladores dos regulamentos, desportivos e disciplinares, que montaram uma organização desportiva de fachada, para poderem ser eternamente juízes em causa própria. Tenhamos pena de nós, os que pensávamos gostar de futebol.»

Podridão!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

1 comentário:

  1. Como ja aqui comentei, o nosso verdadeiro adversario é o Porto, foi ele o grande beneficiado e responsável por tudo o que aconteceu ao Sporting nos ultimos 40 anos. Futre, Moutinho, tentativo Adrian e Rui Patricio, copia do modelo da Sad, roubo de jogadores fechados com o Sporting, etc. Com SLB á uma rivalidade de mais de um seculo, o Porto é um lobo na pele de cordeiro que como Sportinguista só quero bem longe. SL

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