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A dúvida é se os tomates serão da sua horta... |
Sempre se me afigurou no mínimo hipócrita, a posição da grande maioria dos árbitros de futebol e em particular da sua organização de classe, a inclassificável APAF, perante a decisão da FPF de implementar o vídeo-árbitro já nesta época que, após arranque envergonhado por parte dos juizes, agora decorre num sobressalto que sempre antecipei como expectável.
Numa primeira fase todos assistimos aos reflexos que a medida impõs nas pobres consciências reaccionárias da maioria dos árbitros: colaboracionismo q.b. mas sempre com bem camufladas reservas e na expectativa de poderem vir a alcançar mais tarde a vitória que quase todos desejam sobre as novas tecnologias que abominam e a recuperação dos antigos privilégios, compadrios e proveitos de que têm vivido de forma bem vísivel e corrupta ao longo de décadas.
Quem porventura acreditou na proactividade dos árbitros perante a introdução do VAR e no seu reconhecimento sobre o impacto positivo e utilidade que poderia determinar nas suas tomadas de decisão e, consequentemente no desejado aumento de credibilidade junto dos adeptos de futebol, que deveria ser o objectivo máximo da uma classe há décadas a viver nesse campo pelas ruas da amargura, bastaram nove jornadas para que chegasse a arrasadora desilusão.
A princípio hipocritamente colaborantes e respeitadores dos princípio básicos que deveriam suportar o vídeo-árbitro, os senhores juízes têm vindo paulatinamente a cumprir o plano "maçónico" maquiavelicamente decidido nas catacumbas da classe, desvendado por Rui Costa e Nuno Almeida, sem medos, receios, pruridos ou tergiversações à nona jornada. Foi a aurora de um "estrebuchamento anunciado", logo seguido do pretenso "tiro de misericórdia", com a anunciada greve, para Novembro e Dezembro, aos jogos da Taça da Liga...
Quem os conhecer que os compre!...
Mas paradoxalmente a APAF, pese embora o "ensaio sobre a cegueira" com que parece ter contaminado a consciência do lider máximo na FPF, estará neste momento a correr o sério risco de se sujeitar à prova definitiva que Fernando Gomes, sem que alguma vez lhe tenha passado tal pela cabeça, talvez precisasse para afirmar a existência de tomates na horta da sua inocência: em vez de se andar a pavonear pela AR, por entre muitos daqueles que seguem religiosamente cartilhas semelhantes à da APAF, semeando ódios contra o dirigismo nacional, talvez fosse melhor começar a pensar em dar a machadada final na vertente siciliana da APAF, aproveitando a oportunidade única que se lhe depara, contratando árbitros estrangeiros para todos os jogos que eventualmente venham a ser objecto da "greve" anunciada! E todos ficaríamos a saber, para lá da fachada hipócrita que tem exibido, se...
Há ou não tomates na horta de Fernando Gomes?!...
Leoninamente,
Até à próxima