COMEÇAR POR ALGUM LADO
«Percebo a preocupação de Fernando Gomes. É legítima, mesmo que pareça chegar tarde. Parece pedir ao Estado coisas que o futebol também pode resolver. Mas é verdade que todos já percebemos que as instâncias desportivas têm medo de afrontar os poderosos e que as palavras do líder da FPF encerram mesmo um pedido de ajuda.
Gomes tem razão em muito do que diz. As claques têm de ser legalizadas e é escandaloso como o IPDJ é gozado por grupos de adeptos organizados conhecidos de todos nós; as 88 interdições são demasiado poucas e explicadas com alguma brandura da polícia com as claques e da não aplicação da lei já vigente contra a violência; o curso para dirigentes é mais do que necessário, mesmo que os ensinamentos caiam em saco roto. O futebol também tem mecanismos para combater mas não tem força suficiente. Não me parece que seja necessária mais legislação. É preciso perder o medo de fazer cumprir as leis. E tirar aos grandes o controlo sobre algumas instituições do Estado.
Ideia perigosa é a de querer controlar o que é dito em programas de televisão. Também aqui há mecanismos para combater quem prevarica: chamam-se processos. Já tivemos quem gostasse de controlar o que podia ser dito, mas saudades de Antónios Oliveira, só no futebol. Apre.»
(Bernardo Ribeiro, Saída de Campo, in Record, hoje às 02:26)
Percebo a preocupação de Bernardo Ribeiro. É legítima, mesmo que peque pela grave omissão de não chamar os bois pelos nomes. Parece pedir aos leitores coisas que ele próprio poderia resolver, denunciando com coragem o que conhece de sobejo, em vez de sacudir a água do capote e recomendar-lhes que leiam nas entrelinhas. Mas é verdade que há muito todos já percebemos que, à excepção dos 14 milhões, uma grande fatia dos jornalistas cá do bairro têm medo de afrontar o Benfica e que os seus escritos mais não serão que pungentes e encapotados pedidos de ajuda.
Bernardo Ribeiro tem razão em muito do que diz. As claques têm de ser legalizadas e é escandaloso como IPDJ é gozado por grupos de adeptos organizados conhecidos de todos nós, as 88 interdições são demasiado poucas e explicadas com a demasiada e quase provocatória brandura da polícia com as claques do Benfica e da não aplicação da lei já vigente contra o monopólio da violência pelo Benfica; o curso para dirigentes é mais do que necessário, mesmo que os ensinamentos venham a cair em saco roto, lá para os lados da Luz. O futebol também tem mecanismos para combater. Mas não tem força suficiente para se opôr aos "donos disto tudo", o Benfica. É preciso perder o medo de fazer cumprir as leis. E tirar ao Benfica o controlo sobre todas as instituições do Estado.
Ideia perigosa é a de querer controlar o que é dito em programas de televisão. Também aqui há mecanismos para combater quem prevarica: chamam-se processos, desde que a Justiça não seja controlada pelo Benfica. Já tivemos quem gostasse de controlar o que podia ser dito, mas saudades de Antónios de Oliveira Salazar, só Fernando Gomes parece ter. Quanto ao "apre", apesar de o perceber, prefiro mil vezes dizer, porque estou em minha casa e marimbando-me para o poder dos DDTs e de todo o polvo escarlate, que vai fazendo do futebol o pântano a que chegámos...
"Pôrra para ti Bernardo"!...
Leoninamente,
Até à próxima
Bernardo Ribeiro tem razão em muito do que diz. As claques têm de ser legalizadas e é escandaloso como IPDJ é gozado por grupos de adeptos organizados conhecidos de todos nós, as 88 interdições são demasiado poucas e explicadas com a demasiada e quase provocatória brandura da polícia com as claques do Benfica e da não aplicação da lei já vigente contra o monopólio da violência pelo Benfica; o curso para dirigentes é mais do que necessário, mesmo que os ensinamentos venham a cair em saco roto, lá para os lados da Luz. O futebol também tem mecanismos para combater. Mas não tem força suficiente para se opôr aos "donos disto tudo", o Benfica. É preciso perder o medo de fazer cumprir as leis. E tirar ao Benfica o controlo sobre todas as instituições do Estado.
Ideia perigosa é a de querer controlar o que é dito em programas de televisão. Também aqui há mecanismos para combater quem prevarica: chamam-se processos, desde que a Justiça não seja controlada pelo Benfica. Já tivemos quem gostasse de controlar o que podia ser dito, mas saudades de Antónios de Oliveira Salazar, só Fernando Gomes parece ter. Quanto ao "apre", apesar de o perceber, prefiro mil vezes dizer, porque estou em minha casa e marimbando-me para o poder dos DDTs e de todo o polvo escarlate, que vai fazendo do futebol o pântano a que chegámos...
"Pôrra para ti Bernardo"!...
Leoninamente,
Até à próxima
Para os bernardos desta vida, para os Gomes e demais familia...
ResponderEliminarEu respondo com o "gesto do meu vizinho Zé Povinho"...
Criado pelo grande Bordalo...de seu nome Rafael...!!
SL
Muito bem dito. Porra Bernardo, toma coragem e diz aquilo que realmente pensas, para o bem do futebol.
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