"Este é o Canto do Morais número 150, tantas as semanas quanto vou escrevendo sobre temas desportivos e particularmente sobre o Sporting. Estas efemérides de números redondos são sempre propícias a balanços e não vou fugir à tradição. O Sporting está em condições de inverter um ciclo de decadência que dura há quarenta anos, em que gastou o dinheiro que não tinha, construiu o que não precisava e contratou tantas vezes sem critério. Penso que o síndroma grego que acompanhou o Sporting nas últimas décadas e que se traduzia na convicção de que o dinheiro aparecia sempre e depois, para pagar, logo se via, já se desvaneceu, face aos efeitos deletérios que causou. Finalmente, os pés estão assentes na terra e os modelos de gestão adequados aos rendimentos que o clube gera.
A partir daqui, o Sporting pode e deve ganhar mais vezes e mais coisas. Tem valores, adeptos, massa associativa, transversalidade, projecto e presença institucional que justifica e exige mesmo melhores resultados do que aqueles que têm sido obtidos ultimamente; ou melhor, não têm sido obtidos. Como é óbvio a felicidade não cai dos céus e haverá que motivar os adeptos em torno do clube, vencendo o seu ancestral comodismo e a cultura de distanciamento que, infelizmente, tem prevalecido; porque é claro que pode o Sporting ter a melhor equipa e os melhores dirigentes, mas se adeptos ficarem em casa a ver televisão, nada feito.
Eu sei que o Sporting tem sido a equipa de topo mais prejudicada pelas arbitragens - ainda tenho o campeonato de 2006, que o sr. João Ferreira nos espoliou, atravessado na garganta - mas há que passar do discurso da recriminação para a prática da afirmação. Ao contrário de alguns clubes, o Sporting não se esgota nos títulos e nas taças que ganha, tem felizmente mais vida para além disso; a história faz-se, porém, de conquistas e o Sporting não pode continuar a passar ao lado delas, ou a consolar-se nos campeonatos de pingue-pongue, por muito que também gostemos de os ganhar.
Eu sei que é um caderno de encargos muito ambicioso, mas quem é grande tem de estar à altura dos desafios e eu quero definitivamente dar um pontapé - é o termo! - na resignação, no síndroma do Natal, nas eternas esperanças, no "para o ano é que é", na nostalgia dos cinco violinos e outras fatalidades que assombram os sportinguistas.
Espero então que a edição 200 do Canto do Morais - se o Record e os leitores ainda me aturarem - seja uma constatação orgulhosa e satisfeita de como as coisas mudaram para melhor, e a marcar encontro para o Marquês de Pombal, daí a meses.
A partir daqui, o Sporting pode e deve ganhar mais vezes e mais coisas. Tem valores, adeptos, massa associativa, transversalidade, projecto e presença institucional que justifica e exige mesmo melhores resultados do que aqueles que têm sido obtidos ultimamente; ou melhor, não têm sido obtidos. Como é óbvio a felicidade não cai dos céus e haverá que motivar os adeptos em torno do clube, vencendo o seu ancestral comodismo e a cultura de distanciamento que, infelizmente, tem prevalecido; porque é claro que pode o Sporting ter a melhor equipa e os melhores dirigentes, mas se adeptos ficarem em casa a ver televisão, nada feito.
Eu sei que o Sporting tem sido a equipa de topo mais prejudicada pelas arbitragens - ainda tenho o campeonato de 2006, que o sr. João Ferreira nos espoliou, atravessado na garganta - mas há que passar do discurso da recriminação para a prática da afirmação. Ao contrário de alguns clubes, o Sporting não se esgota nos títulos e nas taças que ganha, tem felizmente mais vida para além disso; a história faz-se, porém, de conquistas e o Sporting não pode continuar a passar ao lado delas, ou a consolar-se nos campeonatos de pingue-pongue, por muito que também gostemos de os ganhar.
Eu sei que é um caderno de encargos muito ambicioso, mas quem é grande tem de estar à altura dos desafios e eu quero definitivamente dar um pontapé - é o termo! - na resignação, no síndroma do Natal, nas eternas esperanças, no "para o ano é que é", na nostalgia dos cinco violinos e outras fatalidades que assombram os sportinguistas.
Espero então que a edição 200 do Canto do Morais - se o Record e os leitores ainda me aturarem - seja uma constatação orgulhosa e satisfeita de como as coisas mudaram para melhor, e a marcar encontro para o Marquês de Pombal, daí a meses.
E os ventos, em vez de calarem a desgraça e nada nos dizerem, começam, cálidos e primaveris, a sussurrar-nos que começa a despontar a "Força de um Leão Unido", entre algum aterrar de trincheiras de eternas luta internas, a chegada de reservistas para as linhas da frente, quando já quase não sabiam manejar as armas da leoninidade e o rebentar dos velhos ideais, novos sonhos e nova força!...
Carlos Barbosa da Cruz talvez nem sonhe a satisfação que me trouxe hoje, com o seu texto do 150ª Canto do Morais. E quanta alegria me trouxeram as coisas que, supostamente, preferiu camuflar nas entre-linhas. Porque o rugido de leão nunca terá segredos para outros leões e redundâncias e evidências não precisam de ser embelezadas com palavras.
O texto vale por si e deverá merecer a atenção de todos os sportinguistas capazes de separar a nobreza e a profundidade dos afectos, de outros sentimentos que apenas nos tornarão mais pequenos.
A minha homenagem ao Canto do Morais!...
Leoninamente,
Até á próxima
Carlos Barbosa da Cruz talvez nem sonhe a satisfação que me trouxe hoje, com o seu texto do 150ª Canto do Morais. E quanta alegria me trouxeram as coisas que, supostamente, preferiu camuflar nas entre-linhas. Porque o rugido de leão nunca terá segredos para outros leões e redundâncias e evidências não precisam de ser embelezadas com palavras.
O texto vale por si e deverá merecer a atenção de todos os sportinguistas capazes de separar a nobreza e a profundidade dos afectos, de outros sentimentos que apenas nos tornarão mais pequenos.
A minha homenagem ao Canto do Morais!...
Leoninamente,
Até á próxima
Quando não se veste do elitismo bacoco que lhe é característico nem perde tempo a chamar proto-norte-coreanos ou Chávez aos outros, o Dr. Carlos até consegue ser objectivo. Mas deve ser sol de pouca dura; basta-lhe jantar com as elites com que se rodeia e rapidamente voltará a essas considerações.
ResponderEliminarCom o natural respeito pela opinião do caro Uncle P., com a qual concordarei em boa parte, venho notando ultimamente algo de diferente nos seus escritos. Naturalmente que, se for sol de pouca dura e voltar a reincidir, cá estaremos para o "aplaudir"!...
EliminarPela robustez e acerto do texto... vou 'esquecer', por momentos, o nome do seu autor...
ResponderEliminarFicaremos alerta... porém... "este" texto, pelo conteúdo, deveria ser afixado em muita montra por esse país fora....
Retirarei uma frase que, não sendo original, remete para aquilo que penso ser um elemento essencial no nosso futuro colectivo próximo... e na consumação da máxima, que tanto trabalhinho está a dar, "O SPORTING ESTÁ DE VOLTA"
"...porque é claro que pode o Sporting ter a melhor equipa e os melhores dirigentes, mas se adeptos ficarem em casa a ver televisão, nada feito."
A grandeza do clube..., a vontade de vencer..., o "tremor" que poderá causar aos adversários... mede-se, inquestionavelmente, por este barômetro... Muito raramente a equipa falha (naqueles termos que todos detestamos) quando o estádio está cheio.... E quando digo cheio... É cheio... Não são os habituais, e honrosos, 25/30 mil....
Quando se respira numa bancada cheia... respira-se a leoninidade... respira-se a "Força de um Leão Unido"... e juntos seremos..... muito melhores...!!!
SL