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| Foto da capa do jornal DN em 25 de Abril de 2020 |
"Graças aos cravos portugueses, tudo voltou a parecer possível para as esquerdas no mundo"
Autor de Histoire du Portugal Contemporain, o historiador francês Yves Léonard fala sobre a herança do 25 de Abril, a humildade de Salgueiro Maia, o romantizar da Revolução Francesa e as semelhanças que vê entre a revolução portuguesa e a revolução de 1848.
- Conhece bem a Revolução dos Cravos, a foto de capa do seu livro Histoire du Portugal Contemporain é Salgueiro Maia em cima de um blindado. O que o impressionou no 25 de Abril de 1974?
- «A unidade de tempo, local e acção sob a cor dos cravos: em menos de um dia, em Lisboa, uma ditadura com perto de meio século é derrubada sem um fim trágico nem violência maior, graças à acção determinada e corajosa de uma mão-cheia de jovens oficiais e soldados. Um caso raro, senão único, na história mundial, de derrube pacífico de uma ditadura pelos militares. Nada estava escrito por antecedência e tudo podia ter corrido de forma diferente sem a coragem e a capacidade de improviso destes jovens oficiais, entre os quais o capitão Salgueiro Maia. Pelo seu impacto político e pela força simbólica, o 25 de Abril impõe-se como a data-chave do século XX português, daí a escolha para a capa do livro de Salgueiro Maia em cima de um blindado, com um altifalante, como a mostrar a importância da mensagem dos capitães de Abril entregue a Portugal e ao mundo naquele dia.»
Ainda hoje haverá portugueses, particularmente os que não chegaram a provar o amargo do fel da ditadura, que jamais compreenderão...
O significado da palavra Liberdade!...
Leoninamente,
Até à próxima
Caro Álamo,
ResponderEliminarSou de uma geração que nunca "provou" o tempo da ditadura. Pela minha família, que tanto lutou por esse dia, sinto o 25 de Abril como a data mais importante na nossa história contemporânea e um tremendo orgulho de ser português. s
Sinto também a responsabilidade que nos foi dada nesse dia, de não esquecer que o que se conquista tem de ser preservado e, pense embora os tempos que vivemos nos darem a sensação de liberdade, não nos podemos esquecer dos sinais anti liberdade que assistimimos diariamente. Ser pró democracia é apartidário e é saber viver com as diferenças.
Abraço,
Pedro
Sem retirar um pingo ao extraordinário mérito dos "nossos Capitães de Abril", a quem deveremos estar sempre e eternamente gratos, permita-me o Pedro talvez dizer, que será mais difícil "preservar" tudo o que nos ofereceram de "mão beijada" e sem nada pedirem em troca, que as dificuldades que terão sentido nesse dia, por força da mestria com souberam preparar o golpe e do "caruncho" que já se apoderara de um estado que nunca terá sido novo, antes velho, carcomido, corrupto e a pedir sepultura!...
EliminarUm grande abraço solidário em Liberdade, que só quem viveu quase metade da sua vida sem a desfrutar poderá, verdadeiramente, compreender!...