segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Novo desenho, novas movimentações na forja ?!...



É muito provável que os últimos três resultados alcançados pelo Sporting tenham feito soar o alarme no "gabinete pensante" de Leonardo Jardim. Três nulos seguidos, em que a boa organização, a garra e o esforço não foram suficientes para ultrapassar adversários que em todos os casos nos foram inferiores. E nem a invalidação do golo de Slimani, pelo "motard" que veio de Braga, deixará de constituir a excepção que confirmou afinal, a regra que a equipa viveu nesses três decepcionantes jogos.

A equipa leonina que Leonardo Jardim vem construindo, como todas as equipas do mundo, terá virtudes e limitações. Durante grande parte desta primeira metade da época, foi conseguindo surpreender a maioria dos seus adversários. Mas terá chegado agora a um ponto, em que os técnicos adversários conseguirem encontrar os antídotos suficientes para neutralizar a sua surpreendente eficácia inicial e começámos a assistir a uma inoperância desarmante de todas as rotinas e processos que a equipa já havia interiorizado.

Conhecida que é a apetência natural dos treinadores portugueses para o refinamento dos processos defensivos e a sua religiosa crença nos golpes de sorte que lhes poderão proporcionar dois ou três contra-ataques em cada 90 minutos de jogo, com toda a certeza que as lições recolhidas destes três últimos jogos, serão instrumentos que, para os técnicos das equipas que encontraremos a partir de agora, constituirão cartilha absoluta, que poderá vir a ser tudo menos surpreendente. Seremos inevitavelmente confrontados com a "táctica do pontinho", porque a plêiade de treinadores que lideram quase todas as equipas desta nossa Liga, pelas suas limitações técnicas e de mentalidade, alguma vez irá para além desse patamar.

Nesta condição, começa a vir à superfície a grande carência que os mais avisados sempre colocaram, como o "calcanhar de aquiles" desta equipa construída por Leonardo jardim: a ausência de um talentoso "play-maker", cuja capacidade criativa baralhasse as muralhas da organização defensiva que se opõem ao nosso processo ofensivo.

Não existe em mim a mais pequena dúvida, de que a Leonardo Jardim não vem passando despercebida esta realidade. E que assistiremos a breve trecho a um trabalhar de novas movimentações, à criação de um novo desenho, necessariamente com os mesmos intérpretes, porque a vida não está para sonhos impossíveis, mas que permitam que a equipa não prossiga estas sucessivas e descoroçoantes perdas de pontos porque, ao que julgo saber, para além da impassibilidade aparente que se vislumbra do hermetismo do seu rosto, Leonardo Jardim nem ao berlinde alguma vez gostou de perder. E claramente que terá muitos milhões de sportinguistas a pensar como ele.

O jogo de amanhã, previsivelmente, ainda não será suficientemente esclarecedor. Os objectivos das duas equipas, nesta competição, serão porventura bem diferentes que aqueles que os animam na Liga. Mas o jogo com o Arouca, talvez já possa vir a mostrar-nos uma nova faceta da equipa. Anima-me essa esperança.

Leoninamente, 
Até à próxima

1 comentário:

  1. Amigo Álamo,

    Para mim o maior defeito da nossa equipa é não ter rematadores de meia distância com pontaria. Várias situações do ultimo jogo provam-no. Cedric, Adrien, mesmo Montero tiveram remates de ressaca mas saíram tipo "3 pontos para o Pais de Gales".
    Além que parece que a equipa tem medo de rematar. Várias situações à entrada do área, mas tenta-se sempre mais um passe. Faltam jogadores de remate fácil.

    Abraço

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