domingo, 22 de março de 2020

Que seja bem vindo quem vier por bem!...



Salgado Zenha a Record: «É injusto dizer que menor rendimento de Jesé foi por culpa dele»
Francisco Salgado Zenha, vice-presidente do Sporting, confia que os leões vão resistir financeiramente à pandemia provocada pelo coronavírus. E explicou os planos para a próxima época, numa entrevista a Record, conduzida por João Lopes, que poderá ler esta segunda-feira na íntegra e são agora apresentadas apenas as primeiras três questões:

«RECORD - Com um orçamento de 70 milhões de euros para a próxima época, a SAD espera fazer mais e melhor do que na presente temporada? De que forma?

FRANCISCO SALGADO ZENHA – Sei que gostam de falar de orçamentos, mas eu não confirmo o valor, até porque no futebol é subjectivo. Depende de que variáveis e rubricas querem lá colocar. De qualquer maneira – e não confirmando esses valores –, há uma coisa que eu garanto: face àquilo que é o coronavírus não será superior. Garantidamente. Tenho muitas dúvidas de que sairemos desta situação com igual ou maior capacidade do que tínhamos antes.

R - Mas é notório de que existem várias posições a reforçar. Como é que pretendem fazer esticar o valor disponível?

FSZ – Antes de estarmos a avaliar o plantel, é preciso ter em conta duas coisas. A primeira é deixar-se o treinador trabalhar, avaliar o plantel, para se perceber se há, de facto, necessidade de reforços. Não é por fazer maus jogos que o plantel não tem qualidade... Tem de dar-se tempo ao treinador, que tem as suas ideias, vai conhecer os jogadores, vai pô-los a jogar e vai perceber se e em que posições é preciso reforçar o plantel. E aí faz-se uma avaliação. Sendo certo que nós não vamos aumentar o orçamento. O segundo aspecto a ter em conta é que começamos a ter jogadores jovens a aparecer. Temos uma equipa de sub-23 que tem qualidade e jogadores que têm contrato com o Sporting, não estão no clube e podem ter qualidade para estar. No fundo, temos outros reforços, entre aspas, que podem vir a ser mais-valias e, se calhar, não há assim tanta necessidade de procurar reforços no mercado.

R - A aposta no empréstimo de jogadores em fase descendente da carreira, como Jesé Rodríguez, é para manter?

FSZ – Os empréstimos são sempre uma possibilidade. São uma prioridade? Não. Nem o foram no ano passado. Acabámos por receber os três jogadores por empréstimo, porque na altura a situação económica também não nos permitia contratar. Houve essas oportunidades e foram feitas as contratações. O Fernando não correu bem. O Bolasie tem tido mais rendimento do que o Jesé, mas também é injusto dizer-se que o menor rendimento de Jesé foi exclusivamente por culpa dele. A performance da equipa, ao longo do ano, também não ajudou.»

Assaltam-me fundadas reservas sobre a oportunidade desta entrevista! Sei que apesar da 'bestialidade da besta' que de repente assaltou, de sopetão, toda da sociedade que somos, a nossa vida colectiva não pode parar! Entregarei portanto à sabedoria do tempo, o meu 'benefício da dúvida' a todas as tentativas que, nos mais variados sectores, desde a política ao desporto e passando por tantos outros cuja importância não discuto, nem me arrisco sequer a elencar pela ordem que lhes possa atribuir - é tudo tão importante na nossa vida! -, apontem no sentido de, mesmo com o coração a doer e as lágrimas a sulcar as faces de quem o tentar, olhem para o futuro com esperança e inabalável vontade.

Amanhã confirmaremos se a ponderação e o equilíbrio revelados nesta pequena introdução, tanto pelo entrevistado quanto pelo entrevistador, se irão manter e a nossa natural susceptibilidade, neste duro momento que vivemos, não sairá afectada...

Que seja bem vindo quem vier por bem!...

Leoninamente,
Até à próxima

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