E o Mundial do Brasil, qual menino inocente no meio da multidão, disse: O REI VAI NU !... O panorama geral do futebol português, em termos de recrutamento para as selecções, é de tal modo crítico que, independentemente da coragem necessária para correr com o actual seleccionador nacional e proceder à sua substituição, por uma figura incontroversa e capaz de levar a cabo, tanto a renovação que necessária e urgentemente terá de ser feita, quanto o processo de selecção, o modelo de jogo e a filosofia competitiva, que o consulado do actual seleccionador mandou às malvas, por impreparação, incompetência, presunção e casmurra teimosia, ou a FPF limita o número de estrangeiros nas competições nacionais, ou as selecções nacionais passarão a ser dolorosamente colocadas à margem, em todos os escalões, nas próximas fases finais de todas as competições europeias e mundiais.
A muito curiosa, assertiva e excelente análise feita aqui por Javardeiro, em Leão de Plástico, e com a qual concordo inteiramente, dispensa-me dessa abordagem e poupa-me a um texto longo e porventura fastidioso. Parto por isso suficientemente respaldado, para a elaboração e proposta daqueles que me parecem ser os princípios básicos a adoptar pela FPF, no mais curto prazo, sob pena de o "circo do futebol português" ficar a breve trecho, sem cobertura, bancadas, pista, trapezistas, ilusionistas e... palhaços.
A meu ver deverá ser convocada com urgência uma AG da FPF, para discutir e aprovar de forma célere, as três traves mestras da revolução que urge fazer no futebol português, a tempo de ainda poderem ser implementadas no decorrer da próxima abertura de mercado, que terminará em 31 de Agosto, acautelando a sua rápida implementação já na próxima época:
1 - INSCRIÇÕES
a) – O número de inscrições na I Liga deverá ser fixado num máximo de 25 jogadores por clube, com a obrigatoriedade de 5 deles terem de ser necessária e obrigatoriamente formados no clube. (a UEFA só considera um jogador formado no clube, quando os jogadores jogarem pelo menos 3 anos no clube entre ao 15 e os 21 anos).
b) - Para os clubes que participarem na II Liga, as disposições do número anterior deverão ser de 23 inscrições, com a obrigatoriedade de 3 deles serem formados no clube.
2 – INCLUSÃO DE NACIONAIS NO ONZE INICIAL
a) - De modo a equilibrar progressivamente o número de jogadores portugueses no onze inicial dos clubes da I Liga, deverá ser obrigatória a inclusão de 3 jogadores portugueses no onze inicial, nos 2 primeiros anos a partir da implementação da medida, passando a 5, terminado esse período. (Na Rússia é obrigatória a utilização de 6 jogadores nacionais. Este medida, segundo estudos recentes, acaba por resultar na necessidade de os clubes terem nos seus quadros entre 10 a 12 jogadores nacionais, como forma de prevenir qualquer lesão ou castigo.)
b) - Para os clubes que participarem na II Liga, as disposições do número anterior deverão passar para 6 nos primeiros 2 anos e 8 terminado esse período.
3 – TRANSFERÊNCIAS DO EXTERIOR
a) – Limitar as transferências de jogadores do exterior, para as equipas da I Liga, para 7 nos primeiros dois anos de implementação destas medidas e 5 nos anos seguintes, sendo que pelo menos 4 e 3, respectivamente, deverão ser internacionais pelo seu país de origem, em qualquer escalão de formação. (Esta medida visa fomentar e reforçar as trocas internas e abrir portas às nossas jovens esperanças, estimulando a circulação interna do dinheiro e um progressivo equilíbrio das contas e da sustentabilidade dos clubes.)
b) – As limitações das transferências de jogadores do exterior, para as equipas da II Liga, deverão passar a ser de 5 nos primeiros 2 anos e 3 nos anos seguintes, não existindo a obrigatoriedade de possuírem o estatuto de internacionais.
Estou certo que uma boa fatia dos interesses instalados no futebol português - dirigentes, técnicos, scoutings e empresários de jogadores - hão-de excomungar tanto medidas deste género, quanto todos aqueles que as proponham e defendam.
Mas, a escolha será sempre fácil para aqueles que ainda sentem e pensam o futebol português: MORRER OU VIVER !!!...
Leoninamente,
Até á próxima
Caríssimo Álamo:
ResponderEliminarPoupe as coronárias, nada vai mudar!
A. Orgulhosa selecção e o seu treinador, que tanto me lembram a antiga CCCP ( que vergonha, um equipamento todo vermelho) tiveram, como disse PB na única altura em que se activou o seu único neurónio, o que mereceram.
Como Portugal não merece melhor treinador que um que pede ou exige, renovar contrato antes de uma prova.
O melhor mesmo é esquecer que esta tribo de meninos mimados existe.
Um grande Abraço,
José Lopes
Amigo José Lopes, já me conhece, sou um homem de causas e até que a voz me doa, ou alguém me prove que estou errado, hei-de continuar a "lixar o juízo" a todos aqueles que fazem mal ao futebol! Não sou pessoa de baixar os braços e sentar-me a um canto à espera que a crise passe...
EliminarGrande abraço e SL
E agora vamos assistir ao Paulo Bento Forever revisited. Parafraseando o ditador de Santa Comba, "tudo está bem assim e não podia ser de outra forma" .
ResponderEliminarCredo, cruzes!... Há 40 anos que não estamos em ditadura, embora saibamos que em alguns lugares de destaque ainda somos hoje confrontados com alguns ditadores! Porém, em liberdade, é dever de todos aqueles que sonham com um futuro melhor - em tudo e também no futebol! -, lutarem para corrigir o que está mal. Pode demorar tempo, mas... ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA...
EliminarQuando ouvi aquele pobre de espírito que chegou a presidente da FPF pela artes do demo a dizer que os contratos são para cumprir, lembrei-me do Godinho. A história repete-se com outros farsantes.
ResponderEliminarO Godinho caiu e o Gomes, se não arrepiar caminho, também cairá um dia!...
EliminarCaríssimo:
ResponderEliminarPara não maçar, apenas uma sugestão ao Eng. gomes: à chegada a Lisboa ofereça a cada jogador(?) e ao treinador (?) de Portugal, um dvd com o jogo da Argélia que agora acabou. Aquilo é que é lutar por uma qualificação até ao fim, com unhas e dentes! E, ah é verdade, o golo que os qualificou foi dum rapaz sem qualidade nenhuma, que fomos gozados por contratar, de nome Slimani! Lá vamos ficar sem ele, espero que por bom preço.
Mais um Abraço,
José Lopes
Slimani e a selecção argelina, como a selecção grega, o Atlético de Madrid, o Borússia de Dortmund e outras equipas por esse mundo fora,, serão apenas o espelho do seu lider, meu grande amigo José Lopes!...
EliminarNão acredito que Isman Slimani, saia do Sporting por 10 reis de mel coado! Esse tempo já lá vai. Poderá sair, sim, mas por qualquer coisa que valha a pena! Para o jogador e para o Sporting! Esta é a minha convicção !...
Outro abraço e SL
Caríssimo:
EliminarAguardo com expectativa acutilante post seu sobre a venda do Garay, as verbas ditas e realmente envolvidas e o papel dos papa-almoços, perdão jornaleiros, ai, jornalistas, assim é que é, na mesma.
Grande Abraço,
José Lopes
Álamo, com exceção da primeira, as restantes violam tratados europeus ou leia da República e são, por isso mesmo, ilegais
ResponderEliminarRepare que mesmo em Inglaterra o tema "licença de trabalho" só se aplica a não comunitários; e a limitação de contratação em Itália idem, apenas para não comunitários
Poderíamos tentar fazer o mesmo mas temos depois outros impedimentos: o acordo de igualdade com o Brasil e a legislação que facilita a obtenção de nacionalidade dos jogadores oriundos dos PALOP
Desculpe mas neste caso há pouco que o futebol possa fazer
Pode-se evitar que o Benfica jogue simultaneamente com Maxi, Garay, Fejsa, Enzo, Salvio, Gaitan e Cardozo? Sim. Mas o Benfica pode substituir todos estes por brasileiros, continua a jogar sem nenhum português e está dentro da legalidade, porque a lei geral assim o dita
Caro MBAGC, não sou jurista e naturalmente não terei argumentos para contrariar quem o aparenta ser, tão firme é a sua convicção. Porém, quer-me parecer, excluído o ponto 1, que o caro considera exequível, que no ponto 2 não existem limitações de nenhuma ordem para estrangeiros. Ao invés existe a exigência de um número mínimo de nacionais, o que não se me afigura como violador de nehuma norma dos tratados europeus e menos ainda das leis da República Portuguesa.
EliminarJá em relação ao ponto 3, serei obrigado a concordar com o caro. Será de muito difícil implementação uma norma deste tipo, sem violar tratados internacionais. Porém se a FPF, em vez de PROIBIR que os clubes contratassem estrangeiros para além de determinado número, apresentasse a mesma norma aos clubes como RECOMENDAÇÃO, no sentido de que a mesma, a não ser cumprida, determinaria na época seguinte um aumento do número mínimo de nacionais, penso que isso não constituiria nenhuma violação, antes uma forma de dissuadir os clubes a contratarem tantos estrangeiros.
Rematando, penso que se houver uma intenção séria, por parte da FPF e do Governo, de defender o futebol português, haverá muitas maneiras de tornear o disposto nos tratados internacionais, que reconheço existirem e acredito que condicionem mesmo estes objectivos. Mas, baixar os braços, derrotados, no pressuposto de que "há pouco que o futebol possa fazer", quer-me parecer que não será o melhor caminho. Porque afinal, relembrarei ao meu caro BMAGC, esse mesmo futebol também é capaz de entender que no atraso do F.C Porto, "HOUVE INTENCIONALIDADE SEM INTENÇÃO" !...
Penso que estaremos perante uma matéria, em que valerá a pena investir toda a nossa inteligência e perseverança, no sentido de encontrar o caminho contrário ao que o digníssino presidente do CJ da FPF escolheu para ilibar o seu clube do coração e as instâncias da UEFA e da FIFA todos os dias encontram para encobrir o escândalo do Qatar e outros escândalos parecidos!...
Cumprimentos e grato pelo comentário
Tudo continuará como antes, porque os principais elementos do futebol: empresários e dirigentes, por esta ordem, precisam de movimentar dinheiro perdão jogadores, e sem transferências não há palhaços, perdão uma vez mais jogadores.
ResponderEliminarQuanto maior for o número de limitações menor será o interesse e capacidade do nosso futebol. Veja-se o exemplo da Escócia, que seleção têm eles? Que clubes têm eles? Que prestações europeias de renome possuem eles? E falo só nos últimos 10 anos. Não sei se sabe mas se um jogador dos juniores/juvenis jogar nem que seja 1 minuto nos campeonatos profissionais o clube será obrigado a pagar-lhe o salário mínimo, que no futebol é superior ao salário mínimo de um pobre TRABALHADOR. Logo, para os clubes da II liga o álamo está a decretar-lhes morte certa, ao limitar o plantel e as transferências.
Para já as melhores ideias seriam propor/obrigar um melhoramento das camadas jovens de todos os clubes dos campeonatos profissionais. Quem não tiver dinheiro a FPF paga. Depois recuperar o limite do número de extra-comunitários, a 10, para equipas que possuam equipa B este número poderia ser de 8 ou 12... Foi com um limite de 7 extra-comunitários que surgiram rui costas, figos...
Exigir à Fifa a que o mecanismo de solidariedade pela formação de um atleta passe de 5% para 7 ou 10%.
Um plantel não se consegue fazer com 23/25 jogadores nem com 5/6 contratações. Basta olhar para a seleção que conseguiu ir com 23 jogadores para 3 jogos e só acabaram 16 jogadores disponíveis.
Ao "anónimo das 23.20" direi que o seu comentário. pese a sua eventual boa intenção, resultou demasiado confuso. Tentei encontrar a ponta da meada e apenas percebi: "um plantel não se consegue fazer com 23/25 jogadores"! Recomendaria ao anónimo que tivesse em atenção os propósitos de Marco Silva para o Sporting: "um plantel com o máximo de 25 jogadores"! O homem deve estar louco...
EliminarFinalmente, comparar as atrocidades cometidas por Paulo Bento, na convocatória para o Brasil, será a mais completa negação do futebol ! Que me perdoe o caro, mas PB nunca poderá ser exemplo de nada...
* esqueci-me de concluir, apresentando o modelo competições europeias como o melhor exemplo de como se pode limitar o jogador estrangeiro.
ResponderEliminaranónimo, explique lá então o 11 do Benfica na final da Liga Europa
ResponderEliminargrande modelo esse...