É caro?
«Quando foi anunciada a contratação de Rúben Amorim, confesso que não vislumbrei o racional da mesma. Pelo valor, pelos poucos pergaminhos do treinador, pela circunstância de se estar a financiar um rival e ainda por haver alternativas seguramente mais baratas.
Vale a pena lembrar, porém, a evidência de que o Sporting, nas últimas décadas, só teve sucesso no futebol quando investiu com risco. Em 2001 juntou Jardel a João Pinto e construiu a dupla de sucesso que deu a dobradinha. Em 2015 contratou Jorge Jesus para uma equipa recheada de bons jogadores e só a imperícia de Bryan Ruiz tirou um campeonato mais do que merecido.
Quando Mourinho ou Villas-Boas foram para o FC Porto não tinham ainda ganho nada, o mesmo se diga da ida de Jesus para o Benfica.
A aposta em Rúben Amorim tem um significado óbvio, ou seja, o Sporting elevou substancialmente a fasquia e assumiu o ónus de, para o ano, entrar directamente na Champions, única forma de amortizar o investimento. Paralelamente, duas consequências se perfilam.
A primeira é que o Sporting tem de encontrar meios de reforçar o seu plantel, porque não basta ter treinador com vontade de ganhar, se não existe matéria-prima que, claramente, não há.
A segunda é que o presidente do Sporting colocou a cabeça no cepo, porque qualquer insucesso lhe vai ser cobrado. Por outras palavras, deixou de haver margem para falhar e, sobretudo, o argumento da carência de meios financeiros já não é mais invocável.
Não vale a pena pedir a união de todos; esta virá na exacta medida dos sucessos desportivos futuros e, ou o efeito Rúben cala a contestação ou Frederico Varandas cairá às mãos dos contestatários. A equação tornou-se, assim, muito simples.
Só desejo, para bem do Sporting , que esta aposta vingue. Para já Rúben é caro. O futuro se encarregará de dizer se este caro sai barato.
Uma última palavra. É indecente assobiar a Maria José Valério, símbolo intemporal do clube, como Luís Piçarra é para o Benfica e Maria Amélia Canossa para o FC Porto. Para aqueles que escrevem em tarjas que o Sporting tem de estar à altura da sua história não pode haver maior contradição.»
«Quando foi anunciada a contratação de Rúben Amorim, confesso que não vislumbrei o racional da mesma. Pelo valor, pelos poucos pergaminhos do treinador, pela circunstância de se estar a financiar um rival e ainda por haver alternativas seguramente mais baratas.
Vale a pena lembrar, porém, a evidência de que o Sporting, nas últimas décadas, só teve sucesso no futebol quando investiu com risco. Em 2001 juntou Jardel a João Pinto e construiu a dupla de sucesso que deu a dobradinha. Em 2015 contratou Jorge Jesus para uma equipa recheada de bons jogadores e só a imperícia de Bryan Ruiz tirou um campeonato mais do que merecido.
Quando Mourinho ou Villas-Boas foram para o FC Porto não tinham ainda ganho nada, o mesmo se diga da ida de Jesus para o Benfica.
A aposta em Rúben Amorim tem um significado óbvio, ou seja, o Sporting elevou substancialmente a fasquia e assumiu o ónus de, para o ano, entrar directamente na Champions, única forma de amortizar o investimento. Paralelamente, duas consequências se perfilam.
A primeira é que o Sporting tem de encontrar meios de reforçar o seu plantel, porque não basta ter treinador com vontade de ganhar, se não existe matéria-prima que, claramente, não há.
A segunda é que o presidente do Sporting colocou a cabeça no cepo, porque qualquer insucesso lhe vai ser cobrado. Por outras palavras, deixou de haver margem para falhar e, sobretudo, o argumento da carência de meios financeiros já não é mais invocável.
Não vale a pena pedir a união de todos; esta virá na exacta medida dos sucessos desportivos futuros e, ou o efeito Rúben cala a contestação ou Frederico Varandas cairá às mãos dos contestatários. A equação tornou-se, assim, muito simples.
Só desejo, para bem do Sporting , que esta aposta vingue. Para já Rúben é caro. O futuro se encarregará de dizer se este caro sai barato.
Uma última palavra. É indecente assobiar a Maria José Valério, símbolo intemporal do clube, como Luís Piçarra é para o Benfica e Maria Amélia Canossa para o FC Porto. Para aqueles que escrevem em tarjas que o Sporting tem de estar à altura da sua história não pode haver maior contradição.»
(Carlos Barbosa da Cruz, O Canto do Morais, in edição impressa de Record, hoje)
Entendo esta abordagem de Carlos Barbosa da Cruz, sobre o tema do momento em Alvalade, como lúcida - obviamente que alguns sportinguistas nem com lentes de fundo de garrafa conseguirão decifrá-la! - e muito próxima do prisma de que sempre me servi para chegar às convicções que por aqui tenho expressado...
Só o futuro nos trará a resposta!...
Leoninamente,
Até à próxima
Quem não estiver de acordo com essa opinião é cego? ou burro? é isso??
ResponderEliminarNesse caso sou um imbecil amblíope assumido. E, já agora, essa opinião compara, de uma forma nada avisada, alhos com bugalhos.
O "conana" será aquilo que lhe aprouver e ninguém terá a ver nada com isso!´
EliminarCom quem não partilhar a sua opinião, acontecerá rigorosamente o mesmo!...
Quantos aos "alhos e aos bugalhos", a questão estará apenas na capacidade de cada um de ser capaz de fazer a separação!...
Separação que o amigo Álamo (mais o outro), pelos vistos, é incapaz de fazer. Jardel, João Pinto, Jorge Jesus ou Ruben Amorim ... tudo no mesmíssimo patamar... está certo ...
Eliminar"Pelos vistos", quem não soube ou não foi capaz de fazer a separação terá sido o caro "conana". CBdC apenas relembrou, sublinho relembrou, aparentemente, "a evidência de que o Sporting, nas últimas décadas, só teve sucesso no futebol quando investiu com risco" e deu dois exemplos, que o "conana", entendeu - mal! - como se fosse uma comparação. No meu entender, nunca passou pela cabeça de CBdC comparar, Jardel, João Pinto e Jorge Jesus com qualquer dos protagonistas actuais. Apenas referiu "investimentos de risco" anteriormente feitos no Sporting. Daqui se infere que o "conana" não conseguiu entender o propósito do articulista.
EliminarJá o autor do blog "Sporting Sem Filtro" cometeu o mesmo erro e veio perorar sobre o absurdo daquilo que lhe pareceu uma comparação, quando essa apenas existiu na cabeça dele. Enfim, reflexos de uma "cartilha" que ainda terá seguidores! Temos pena!!!...
Só agora vi que o penoso Álamo respondeu. E não, o CBC ele não "referiu apenas" isso. Apresentou uma esfarrapada teoria para tentar justificar uma esfarrapada aposta que esfarrapa a pouca massa que ora há, ora não há, consoante a fuga é para o lado ou para a frente.
EliminarO Álamo e outros desse elevado calibre, na sua infinita e superior capacidade de percepção, continuam na mesma linha que segue em frente sem perceber que é em fuga, como a "administração". Enfim, são capacidades...
O "penoso" Álamo,continua a acreditar na resposta do tempo, em vez de acreditar na alienação!...
EliminarPondo a hipótese estrambólica de que a própria fé pode ser uma alienação o seu feitiço virar-se-ia contra si. É só a colocação de uma estapafúrdia hipótese...
EliminarAh, e havia quem dissesse que o seguro morreu de velho! ... duvido que, com estas constantes idas ao mealheiro da pesada herança, o seguro se pusesse à espera de melhores dias. O tempo , neste caso, é capaz de não conseguir grande coisa...
No entanto, mesmo alienado, estou profundamente convencido de que o Álamo é um Sportinguista inquestionável. Estou é também convencido, na minha tal alienação, de que o Álamo, neste infinito capítulo, tem vindo a ser ingénuo.
SL e um abraço. (E não fique preocupado que, por esta via, não lhe pego nada que lhe possa fazer mal.).
Claro que para mim, a hipótese "estrambólica e estapafúrdia" com que o caro "conana" abre o seu comentário, em vez de "poder ser", "será sempre" uma alienação! Só que, para aqueles que têm pela palavra "fé" a ideia que tenho, de ser apenas e tão só como "bola colorida entre as mãos de uma criança", jamais a palavra "feitiço" fará o mínimo sentido e constituirá alguma vez motivo de preocupação!
EliminarSobre a minha ingenuidade, como a ciência ainda não descobriu vacina para tal mal, serei um pouco como aqueles que se congratularam com a posição do Ministério Público no caso da "invasão a Alcochete"!...
Finalmente, mesmo em tempo de "coronavírus", sou daqueles que nunca rejeitarão um abraço e muito menos quando acompanhado de SL, que naturalmente retribuo.
Queira fazer o favor de notar que limitei a sua ingenuidade a um determinado e restrito território.
EliminarTerá o caro "conana" de fazer o favor de me explicar como consegue restringir e/ou limitar o que considera ser um "infinito capítulo"!...
EliminarVamos a isso:
EliminarO "capítulo" é a defesa desta direcção. É aqui que considero que o Álamo tem sido francamente ingénuo ao ir em argumentações que noutro assunto duvido muito que fosse.
O "infinito" é quase só um lamento por este "capítulo" demorar a acabar.
Então vamos a isso: ao contrário do que o caro "conana" se tem 'visto negro' para demonstrar, sem sucesso, nunca assumi a "defesa desta direcção" do modo de que sou acusado pelo caro e mantenho-me, orgulhosa e absolutamente à margem da "argumentação" que a mesma tem utilizado, sempre independente, com o gume do meu espírito crítico sempre afiado, como amiúde por aqui tenho deixado transparecer...
EliminarOutra coisa completamente diferente, será alinhar seja com quem for, no sentido de provocar a sua queda, por processos que considero ilegais, oportunistas, revanchistas e todos os 'istas' que o caro possa imaginar! Admito apenas três cenários que necessariamente conduzirão a eleições: ou a demissão de Frederico Varandas, ou a demissão de um número suficiente de membros do Conselho Directivo para a sua queda por falta de quorum, ou a caducidade do mandato - 2022! - que a todos eles foi democraticamente conferido.
Como qualquer sportinguista, lamento os erros cometidos por Varandas e sua gente. Como lamentei no passado os tristes consulados de Cavaco Silva e Passos Coelho. Esperei longos anos para que fossem varridos da cena política portuguesa. Esperarei também pelo tempo de substituir Frederico Varandas, sem abdicar jamais dos valores e princípios que me regem: é nas urnas que se mudam os poderes, jamais na rua!!!...
Fiz apenas uma excepção em 25 de Abril de 1974 e deixei que as lágrimas me escorressem pelas faces, tamanha era a minha alegria! Acho que escuso de dizer porquê!...
Impressiona-me, mesmo, o que nos une ser tanto. Desconcerta-me o restinho, referente ao Varandas e à pandilha de assaltantes.
EliminarPoderão Varandas e os seus pares, fazer igual ideia de si e creia que o lamentarei, caro "conana", pelo simples motivo de não haver necessidade de lhes 'oferecer' essas armas! Por mais razão que tenha e até seria capaz de lhe dar o benefício da dúvida, a partir do momento em que escolhe o insulto, a sua opinião deixa de contar ou fazer sentido...
EliminarA arbitrariedade e o benefício da dúvida são tão maleáveis ... servem para tudo e o seu contrário.
EliminarNota- considerar aquilo insulto é, mesmo, risível. Quanto muito poderia ser igualmente arbitrário e tentar justificar que determinada opinião deixa de fazer sentido a partir do momento em que o estilo em q é veiculada é reprovável.
Fora de lenga-lengas: A actual "gestão" do dinheiro do SCP é criminosa.
O futuro para já é saber quanto o Lille terá de pagar pelo Rafael Leão...Todos aqueles que estavam ligados à direcção foram ilibados! Depois...Eleições para voltarmos a ser Leões, já que por hora não passamos de gatinhos!
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