quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Depois não diga que não o avisei, doutor Bruno de Carvalho!...



UEFA está a desenhar a nova versão da Champions

A UEFA tem estado em reuniões no sentido de desenhar um novo formato para a Liga dos Campeões, previsto para ter início na época de 2018/19, ou seja, daqui a duas temporadas. O JOGO confirmou junto de uma fonte próxima da UEFA um cenário que foi ontem avançado em primeira mão pelo jornal italiano "La Gazzetta Dello Sport".

A entidade que governa o futebol europeu pretende continuar a ter uma fase de grupos com 32 equipas, tal como agora, mas reduzir o número de lugares em aberto. Actualmente, Espanha, Alemanha e Inglaterra têm garantida a presença de três equipas na fase de grupos, mas a UEFA quer aumentar esse número para quatro, quantidade que também estaria reservada à Itália. A partir das actuais posições do ranking europeu, Portugal, França e Rússia teriam direito a dois lugares fixos, enquanto as selecções seguintes do ranking  contariam com um lugar cada.

No total, estariam assim definidos 26 lugares fixos, ficando as outras seis vagas por preencher mediante a disputa de um play-off, a realizar entre 40 ou 50 clubes, tal como agora se realizam as actuais pré-eliminatórias e play-off.

As reuniões estão longe de estar concluídas, pelo que ainda há vários cenários em aberto, nomeadamente quanto aos números acima citados ou mesmo aos critérios para definir os lugares fixos. Possibilidade que está em cima da mesa é a de garantir a presença dos maiores clubes europeus, seja através de mérito desportivo, contexto histórico ou classificação no ranking de clubes da UEFA.

Para já, tudo está ainda dependente da eleição do próximo presidente da organização, em acto a realizar no próximo dia 14 de Setembro. Para o lugar de Michel Platini concorrem Ángel Villar (Espanha), Michael van Praag (Holanda) e Aleksander Seferin (Eslovénia), já perfeitamente conscientes de que este é um dossiê a tratar com a máxima urgência. A UEFA pretende concluir as reuniões sobre este assunto até ao fim do ano, uma vez que a partir daí quer começar a negociar com potenciais interessados os direitos de transmissão televisiva e os contratos de patrocínio.

O novo formato deverá ser válido para o triénio composto pelas épocas de 2018/19, 2019/20 e 2020/21, estando em cima da mesa a hipótese de depois disso ser realizada uma superliga europeia, a disputar ao estilo de um campeonato nacional, todos contra todos.
(Rodrigo Cortez, in O JOGO, em 10 Agosto 2016 às 14:32)


Sopram fortes ventos de mudança no futebol europeu, enquanto nós por cá andamos entretidos com a discussão sobre saber se será ou não legítimo o auto-intitulado "melhor clube do mundo e arredores" jogar a primeira jornada da Liga NOS num relvado com manchas de relva amarelada pelo calor do Sol e dos incêndios que nos têm devastado as florestas e a alma.

Espero que os actuais dirigentes do meu Sporting recusem liminarmente entrar nestas domésticas, sujas e mesquinhas "guerras de alecrim e manjerona" e rejeitem peremptoriamente a "cama" que "benfas e bufas", com todas estas manobras de diversão, sorrateira e perfidamente, há muito tempo, lhe andam a fazer nos centros de decisão do futebol europeu.

Muito provavelmente dentro de apenas dois anos o figurino da Champions será profundamente alterado e se continuarmos entretidos a escrevinhar e a arrotar "postas de pescada nos facebooks" em vez de darmos corda aos sapatos e tratarmos da nossa vidinha lá por Genebra e Nyon, o lençol de baixo já estará escolhido e colocado na cama e o de cima talvez já não lhe falte muito. A continuarmos distraídos com as redes sociais, talvez depois disso, pouco mais reste ao Sporting que ser cobertor. E como costuma dizer um grande leão meu amigo, o maior insulto que lhe poderão alguma vez dirigir, será chamarem-lhe pai e cobertor!...

A seguir a esse ensaio, que durará três anos, virá a "superliga europeia a disputar em sistema de todos contra todos" e será tempo de aos distraídos não restar outra alternativa que andar por cá a discutir as manchas amarelas do estádio João Cardoso e de outros estádios de relva amarela espalhados por este insignificante rectângulo à beira-mar plantado!...

Já não será no apertado calendário que resta do meu campeonato! Mas será esse o Sporting que os actuais dirigentes desejam entregar aos seus filhos e netos?!...

O campeonato que está mesmo aí a rebentar e o futuro que estará a ser alinhavado nas altas instâncias europeias, apenas deixam ao Sporting Clube de Portugal uma alternativa: ganhar a nossa Liga este ano e o próximo! Passar a fase de grupos e ir o mais longe possível na próxima Champions. E ir calçando as tamanquinhas e calcorrear a Europa em busca da felicidade, fazendo valer o facto de Portugal ser o que nenhum outro país europeu se poderá vangloriar: é Campeão Europeu em título!...

Depois não diga que não o avisei, doutor Bruno de Carvalho!...

Leoninamente,
Até à próxima

4 comentários:

  1. Em 'processo olímpico em curso' só me apetece dizer... ESTÃO A MATAR O FUTEBOL... Nisso Portugal até parece ir à frente... no tempo... a querer (e fazer) decretar a classificação... Ventos maus aproximam-se... Será isto uma resposta às contra-doyens que não conseguem contrariar??? AH pois é bébé... there's always someone f****** you...

    Mas o SPORTING sobreviverá... Porque será??? Será que cabe uma pista no lugar do relvado... Uma quadra cabe de certeza... (a ver um grande jogaço de basket)

    SAUDAÇÕES LEONINAS

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    1. Em Alvalade sempre há-de caber tudo! Uma pista, uma quadra e... um orgulho do tamanho do mundo!...

      SL

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  2. De uma coisa teremos sempre a certeza... Até poderemos 'cair'... mas cairemos SEMPRE dignos, hirtos e em pé...

    Outros até poderão levar... 'a bicicleta' mas serão SEMPRE uns merdas, pouco sérios e muito pouco honestos... (já passaram o cheque ao tondela ou a coisa vai lá com uma degustação no Terreiro do Paço'?)

    SAUDAÇÕES LEONINAS

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  3. Muito boa análise, num estilo inconfundível; parabéns.

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