quinta-feira, 27 de agosto de 2015

... E acabam por ir parar à Carregueira!...



Ai Jesus, chamem a polícia!

«De pouco vale ao Sporting queixar-se de erros de arbitragem nos seus dois jogos com a Gazprom, perdão, com o CSKA de Moscovo. Os leões só ficam fora da Champions porque se puseram a jeito. Este segundo jogo foi um bom exemplo do que não se deve fazer quando uma equipa vence o jogo da primeira mão e chega ao intervalo da segunda partida em vantagem no marcador. Isto é, começar a defender a vantagem a mais de 30 minutos do fim normalmente revela-se fatal. Foi o que aconteceu, a meias com um estouro físico que se deve ter ouvido em Vladivostok.

Tudo começou, aliás, na abordagem de Jesus a este segundo jogo, ao deixar Slimani no banco. Primeiro sinal de que estava ali para gerir a vantagem.

Depois, o que se viu foi o Sporting a pressionar o seu adversário e este com muita dificuldade em sair a jogar. Mas também se viu um Sporting sem muita vontade de esticar a manta.

Agora, Inês é morta e a vida continua mas sem os milhões da Champions, com os leões numa Liga Europa onde têm outra força competitiva.

Depois do empate em casa com o Paços de Ferreira (antecedido por uma vitória à rasca sobre o Tondela em campo neutro), este desaire não quebra o estado de graça de Jorge Jesus mas põe em evidência as fragilidades deste Sporting e a sua capacidade para evoluir. Já deu para perceber que com Jesus a equipa está mais organizada, tem um sentido de jogo bem definido e movimentos orientados. Mas será que chega?

De resto, acordamos hoje todos com a notícia de que um diretor do Benfica, o responsável pelo apoio aos jogadores, uma espécie de Paulo Pereira Cristóvão, foi detido numa viatura do Benfica com quase dez quilos de cocaína. Ao que parece, o senhor Carriço, que foi motorista de Luís Filipe Vieira, recebia colombianos suspeitos no seu gabinete no Estádio da Luz. Uma situação gravíssima e que interessa apurar, sem dó nem piedade. Pelo que tenho percebido, o Benfica não tem nada a haver com isto!

Não é o primeiro caso de polícia que entra pelos nossos clubes dentro. Bem recentemente a SAD do FC Porto foi alvo de buscas por causa de questões relacionadas com a empresa de segurança do Dragão e o seu CEO Antero Henrique, que ficou com 40 mil euros cativos. E o maior accionista individual da SAD do Sporting, Álvaro Sobrinho, está na mira da CMVM.

Quem anda à chuva molha-se mas nem tudo se explica com o facto de o culpado ser sempre o guarda-chuva que ficou esquecido lá em casa.»
(Eugénio Queirós, Bola na Área, in Record)

Já o havia por aqui, leoninamente, antecipado: "de pouco vale ao Sporting queixar-se de erros de arbitragem nos seus dois jogos com o CSKA...". O que valerá e isso sim, será o mais importante, deverá ser potenciar aquilo que Eugénio Queirós diz dar para perceber, "que com Jesus a equipa está mais organizada, tem um sentido de jogo bem definido e movimentos orientados", no sentido de que venha a chegar para alcançar o objectivo fundamental da época.

Escorrem-me lágrimas amargas de desilusão, quando vejo por aí adeptos sportinguistas que, no meio de juras de amor à "causa leonina", vão semeando saudosos protestos de admiração ao pior treinador, tanto a nível de carácter quanto de competência profissional,  que terá passado pelo Sporting nas últimas décadas. O que me conforta é que toda essa gente, perceberá tanto de futebol quanto eu de lagares de azeite!...   

Já quanto aos "casos de polícia" que Queirós refere, claro que quem sou eu para discordar da sua rábula do guarda-chuva?! E haverá por aí cada gurda-chuva tão grande, tão grande que chega a cobrir estádios, claques, dirigentes, presidentes, CEO's e um nunca mais acabar de gente, que quando se descuida e fica sem a sua protecção, acaba por ir parar à Carregueira...

Leoninamente,
Até à próxima

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