quarta-feira, 9 de abril de 2014

Uma questão de chá!...



Haverá uma colossal diferença entre Eliseu Trindade (pai) e Elias Trindade (filho), que residirá, fundamentalmente, no chá que ambos terão ingerido ao longo das suas vidas.

Eliseu Trindade nunca terá tido o privilégio de lhe ter passado pelos beiços, nem o mais modesto chá de "erva cidreira", quanto mais os tão sofisticados chás de "flor de laranjeira ou de tília"! Daí, ter deixado a Portela rumo a Terras de Vera Cruz, com o desabafo boçal e de nível abaixo do chão que pisa, "Acabou a prisão"!...

Já Elias Trindade, ao longo do tempo que passou em Alvalade, teve tempo suficiente para se aperceber da grandeza do Sporting Clube de Portugal, e oportunidade para provar e beber milhares de vezes na Academia Sporting que foi a sua casa durante todo esse tempo, umas boas dezenas de chás, que lhe modificaram o gosto e o tornaram num homem de uma dimensão bem diferente do seu progenitor. Atente-se no seu comentário à estúpida boçalidade do pai:

“Não. Não digo isso. As decisões são tomadas e nós temos de acatar ordens, só isso. Todos queriam este desfecho: o Corinthians quis; o Flamengo, no começo; o Sporting queria vender; eu queria jogar e vou ter essa oportunidade.” [...]

Quem mais sofreu com esta fase fui eu, a minha família, os meus amigos. Demorou, custou a encerrar isto, mas graças a Deus teve um final feliz. Um final feliz que também poderia ser eu ter voltado a jogar pelo Sporting. Mas aconteceu a minha saída.”

Elias Trindade, quero dizer-te como sportinguista, que aplaudo a dignidade com que soubeste abandonar Portugal e o Sporting Clube de Portugal. Pelo que deste ao Sporting e pelas palavras dignas que deixaste na despedida, quero desejar-te,

Toda a sorte do mundo e que sejas feliz!...

Leoninamente,
Até à próxima


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