Marcos Rojo está diferente, para bem melhor!...

Está algo diferente Marcos Rojo. Onze cartões amarelos, dois vermelhos e três suspensões, foram suficientes para tirarem Leonardo Jardim do sério a que nos habituou. Ninguém terá ouvido o raspanete ouvido pelo fogoso rapaz argentino. Mas não será difícil imaginar a vermelhidão das suas orelhas. Não deverá ter sido fácil enfrentar um rosto que nos habituámos a ver hermético como um cubo de gelo e ver o sobrolho a franzir-se como nós nunca vimos, carregando-lhe ainda mais o semblante, já de si pouco dado a sorrisos.

Terá sido nessa "amena conversa" entre os dois, que o internacional argentino tomou consciência de que a coisa estava preta pelo seu lado, depois de cumprir o último castigo em Vila do Conde, e que teria de rever a sua abordagem aos lances, com a impetuosidade ou mesmo dureza desnecessárias que sistematicamente vinha exibindo, muito particularmente na grande área, manter a camisola bem vestidinha após a marcação de um golo, deixar de jogar a bola com as mãos e muito menos atirá-la violentamente contra a relva na cara dos árbitros ou então, pasme-se, dedicar um golo à mãe violando os regulamentos que deveria conhecer letra por letra!

O "remédio" de Jardim, parece ter sido... santo! O "puto reguila" não deve ter gostado nada do "óleo de fígado de bacalhau" que Jardim o obrigou a engolir! Eu também nunca gostei e ainda hoje guardo o sabor de outrora, como sinónimo da palavra... insuportável! Deve mesmo ter sido insuportável para Marcos, olhar aquele impenetrável rosto de... sobrolho carregado, carrancudo e com cara de poucos amigos! De tal maneira que... está algo diferente Marcos Rojo!

"Sem pau nem pedra", parece ser o castigo mais eficiente! E Leonardo Jardim lá vai construindo uma equipa que é o nosso orgulho. E Marcos Rojo saberá melhor que ninguém, que não terá sido o primeiro e nem terá sido mesmo o último. Não têm sido precisos comunicados, para nós imaginarmos aqueles que de vez em quando terão sido submetidos ao tratamento do "óleo de fígado bacalhau" ou, numa linguagem mais terra a terra, terão sido confrontados com a tortura da "máquina de apertar os ditos"! Pois é, amigos amigos, mas esses negócios ficam à parte!

Estão quase no ponto os nossos leões! O profissionalismo a sério, nunca foi apenas, "ter os pés bem assentes na terra e levantar a cabeça"! É muito mais do que isso: é cada um sentir-se sempre pequeno, perante a responsabilidade de envergar a gloriosa camisola das listas verde e brancas e curvar-se em cada momento perante a grandeza do Sporting Clube de Portugal!...

Leoninamente,

Até à próxima