Faltará saber para quem irão, o brinde e a fava!...

Não sei se a decisão de Fernando Gomes de renovar por mais dois anos com o actual seleccionador nacional de futebol, Paulo Bento, terá sido aquela que melhor servirá os interesses do futebol português. Penso na sua forçada extemporaneidade, quando não viria mal ao mundo aguardar pela próxima convocatória e fazê-lo então, se os moldes da mesma reforçassem os critérios agora tidos em conta. Seria para mim a decisiva pedra de toque que reforçaria, ou eventualmente desaconselharia, a decisão agora tomada. Deste modo, entendo-a como um aval pouco responsável a todas as arbitrariedades que Paulo Bento possa, por interesses alheios ao futebol português, vir ainda a cometer.

Poderei amanhã ser obrigado a penitenciar-me do meu presente sentimento. Mas ele, inevitavelmente, assenta na desconfiança que me assalta sobre a capacidade do actual seleccionador nacional de se libertar das amarras a que tem vindo a ser subjugado por centros de poder absolutamente alheios aos interesses do futuro do futebol português. E a culpa dessa desconfiança, não será minha, nem dos milhares de portugueses que porventura pensarão como eu. A culpa será propriedade única e exclusiva de Paulo Bento, sem que necessidade haja de explicar porquê: quem não quer ser lobo, não lhe vista a pele. Todos o sabemos bem.

Aguardemos até à convocatória final dos 23 que irão ao Brasil, para saber se o "bolo-rei" que hoje Fernando Gomes ofereceu a Paulo Bento, foi um gesto correcto e justo ou precipitado. Saberemos então a quem coube o brinde e a quem calhou a famigerada fava!...

Leoninamente,

Até à próxima