terça-feira, 14 de abril de 2015

Não andará o Sporting a poupar no farelo e a estragar na farinha?!...


Montero não correspondeu às expectativas e perdeu oportunidade

“Como adepto, fiquei com a ideia que Montero perdeu uma grande oportunidade de se impor no Sporting quando Slimani esteve a disputar a CAN durante cerca de um mês. Montero não correspondeu às expectativas dos sportinguistas e perdeu a oportunidade. Mas quem trabalha, quem está com o atleta diariamente é que sabe se o jogador está ou não com cabeça para ficar no Sporting. [...]

Só pode ser esse o caso, porque Montero já mostrou valor e tem um índice técnico elevado. Terá de contrariar esse negativismo. Tem de demonstrar ao treinador que está ele enganado, dando tudo nos treinos. Montero tem contrato até 2018 e gostava que, nos anos que lhe faltam, reagisse positivamente às adversidades. Se for um derrotista nunca mais vai recuperar. [...]

Montero continua a ser um jogador que pode, no máximo das suas capacidades, ajudar muito o Sporting, no entanto, este ano ainda não se viu.”
(Manuel Fernandes, in Record)

Serão muitas as teses de "catedráticos e opinadores" sobre o apogeu e o colapso de Fredy Montero no Sporting. De "Montero e mais 10" até "terceira escolha" para a frente de ataque leonina, decorreu menos de uma época. De imprescindível com Jardim a potencial dispensado com Marco Silva, o colombiano terá percorrido o inimaginável caminho que a atribuição da camisola 10 na pré-época nunca faria supor. Mas aconteceu e para o mais modesto adepto sportinguista que me considero, há-de ficar para sempre a questão de saber quais as verdadeiras razões deste incompreensível e estranho apagamento do colombiano: se fruto de deslumbramento ou desmotivação do próprio, se consequência da inabilidade ou incapacidade de lhe potenciar e rentabilizar os atributos técnicos e fomentar a motivação, por parte de quem o treinou nesta última época.

Admitir como causas próximas do "apagão" de Montero, tanto a inteligência, quanto a capacidade técnica que sempre evidenciou em jogo, parecer-me-à a negação primária de tudo quanto lhe vimos fazer na sua primeira época em Alvalade e por todos os campos do país. Reduzir o problema a uma mera questão mental e, "por cause", motivacional, sem excluir falhas próprias, as culpas deverão ser obrigatoriamente repartidas por mais alguèm. Porque para além dos prejuízos de todas as partes em análise, quem terá acabado por arcar com o maior prejuízo terá sido, sem sombra de dúvidas, o Sporting.

Enquanto por outras paragens temos assistido à chegada de pazadas de "atletas apenas jeitozinhos", pouco tempo depois transformados em craques e vendidos a peso de ouro para os mais inimagináveis destinos europeus, em Alvalade parece acontecer precisamente o contrário! Será difícil de entender, mas talvez não seja de todo impossível: um dos melhores centros de formação do mundo parece refractário em receber na sua equipa principal, tudo o que não seja produto acabado, tudo o que chegue sem "selo de elite", em profundo e contraditório contraste como o nosso ADN e em perfeita mas incongruente sintonia com os colossos catalães, madrilenos, bávaros ou ingleses, onde abundam os milhões que não existem em Alvalade.

E lá volta este vosso amigo ao seu velho tema, tantas vezes repetido mas, infelizmente, pouco ouvido ou tomado em linha de conta:

Não andará o Sporting a poupar no farelo e a estragar na farinha?!...

Leoninamente,
Até à próxima

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