sexta-feira, 20 de julho de 2012

A fadiga jogou contra nós !...

in "O Jogo"

Não vou tapar o Sol com a peneira, eu queria ganhar ao Charlton. E durante grande parte dos primeiros 45 minutos, pensei que apesar do jogo incaracterístico que fomos desenvolvendo, acabaríamos por marcar. O que eu não esperava era ver um decréscimo tão acentuado na qualidade do jogo e no entrosamento, à medida que Ricardo Sá Pinto foi promovendo substituições. 
A meio da segunda parte comecei a interiorizar a ideia de que o nulo prevaleceria até o árbitro dar a partida por terminada. Não foi assim. Houve alguém que se esqueceu do que estava a fazer - sei bem quem foi mas não digo - e um diabinho inglês, espantado e agradecido, desfez-me os prognósticos.
Esperava algo diferente para melhor. Mas também tenho que ser justo e de algum modo aceitar as palavras de Sá Pinto no final do encontro: a fadiga foi o nosso principal adversário. Os músculos ainda doem das tremendas cargas a que têm sido sujeitos. É natural, mas nós, os adeptos queremos sempre mais e mais. Pronto, perdemos sim senhor, mas não morreu ninguém, não houve lesões, não fomos ao fundo, nem chumbámos, fomos surpreendidos ou escorregámos no primeiro teste, como de imediato os jornais e sites do costume se apressaram a dizer. Apenas um site, que ironicamente nos costuma derreter, conseguiu ver o jogo como eu o vi: "... leão entrou bem, mas foi perdendo equilíbrio com as alterações...".
Cá para mim, gostei de Carrillo seco e escorreito, do bom toque de bola de Pranjic, da raça e concentração de Adrien, do fulgor que Rinaudo, Capel e Insua já revelam, da tranquilidade e segurança de Marcelo. Todos os outros estiveram naquele plano ainda um pouco "verde", com particular destaque para Gelson que parece não ter encontrado ainda os terrenos que deve pisar.
Dificilmente o jogo de Domingo será diferente. Se em três dias as alterações fossem grandes, algo de muito mau estaria por detrás do desconsolo de hoje. Daqui por outros 10 dias, as coisas começarão a ser certamente diferentes. Diria mesmo, serão obrigatoriamente diferentes.

Leoninamente,
Até à próxima


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