terça-feira, 24 de julho de 2012

"A Bola", na iminência de serem eminências !...

O corpo redactorial do jornal "A Bola", aderiu ao NAO. Estão na iminência de serem considerados umas autênticas eminências!... Se não acredita veja aqui, mas vou reproduzir:


Imprensa brasileira dá Negueba nos leões por empréstimo
Por Redação

De acordo com o site Extra Globo, o Sporting estará na eminência de assegurar a contratação do jovem extremo Negueba, do Flamengo, por empréstimo com opção de compra de três milhões de euros.

Segundo o site, o Sporting está apenas à espera do contrato pelo Mengão para anunciar a transferência. O clube do Rio de Janeiro pretende libertar o jogador de 20 anos sem custos para lhe dar mais experiência de jogo.

O empresário do jogador estará em Portugal para concretizar o negócio, não tendo o jogador viajado com o plantel para Belo Horizonte onde esta segunda-feira o Flamengo enfrenta o Cruzeiro.

Negueba é internacional sub-20 do Brasil.




Ora toma !... 

À redacção de "A Bola" aqui vai uma eminente "ajuda":
   

Não confunda "iminente" com "eminente"



Por Thaís Nicoleti


“Os sites de compras colectivas funcionam devido ao efeito psicológico da escassez eminente.”
A língua portuguesa é pródiga em palavras de forma parecida, mas de significados diferentes, os chamados parônimos. Não é preciso dizer que a confusão entre eles é bastante comum.
No fragmento acima, foi usado “eminente” no lugar de “iminente”. Muito bem. A diferença entre os dois é muito grande. “Eminente” é um adjectivo que quer dizer “alto”, “elevado” (torre eminente, lugar eminente) ou, no sentido figurado, “importante”, “excelente”, “superior” (eminente professor, eminente deputado). É comum que, no emprego conotativo, o adjectivo apareça antes do substantivo, embora isso não seja obrigatório.
“Eminente” é cognato de “eminência”, substantivo que designa a qualidade daquilo que é eminente – é mais ou menos a mesma coisa que “proeminência” (no sentido figurado, “eminência” é superioridade moral e/ou intelectual). O termo também aparece na expressão “eminência parda”, com a qual nos referimos a uma pessoa muito influente, sobretudo na vida política, mas que permanece anónima, evitando mostrar-se ou agir às claras. A palavra aparece ainda no tratamento de cardeais (Vossa Eminência, Sua Eminência).
Já “iminente” é o que está prestes a acontecer. Normalmente usa-se em contextos em que ocorra algum tipo de ameaça (“perigo iminente”, “risco iminente” ou mesmo “escassez iminente”, como queria o autor do texto destacado).
É comum a substituição da letra “i” pela letra “e” num comportamento conhecido como hipercorreção ou ultracorreção, que consiste em tomar por errado o que está certo. Não é à toa que são comuns impropriedades como “previlégio” no lugar do correcto “privilégio” ou “entitulado” no lugar do correcto “intitulado”, entre muitos outros casos.
Abaixo, o fragmento corrigido:
Os sites de compras colectivas funcionam devido ao efeito psicológico da escassez iminente.


E ainda falam do Relvas !... Façam como ele, vão estudar !!!...
Leoninamente,
Até à próxima                  

2 comentários:

  1. Grammar nazi mode:on
    Uma Chazada sentida para aquele conjunto de galinhas d'Abola

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  2. Caro Miguel Machado,

    Não será tanto assim. Não vou esconder que o meu dedo acusador teria a mesma reacção se encontrasse o erro no jornal do Sporting. Mas entendo que a responsabilidade "d'ABola" em termos de impacto, não se compadece, nem lhes permite sequer tamanha aleivosia.

    SL

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