Segundo informação/explicação "técnico-científica" hoje avançada pelo jornal Record, ficámos todos a saber que "normalmente (a lã de vidro) é colocada entre chapas com 4 centímetros de espessura. Estas placas são aparafusadas na estrutura metálica".
Alguém andará distraído, a faltar à verdade, ou a atirar "lá de vidro" para os olhos das pessoas. Perante a imagem que nos aparece abaixo do quadro publicado pelo referido jornal, ou perante quaisquer outras que exaustivamente foram publicadas em todos os orgãos de comunicação, qualquer leigo, sem necessidade de lupa, concluirá com facilidade, que dificilmente qualquer das muitas chapas que "voaram", ultrapassarão 1 milímetro de espessura. Quem emite semelhante e bárbara explicação, assim como quem a redige, corrige e manda publicar, ainda estará nos tempos da pedra lascada quanto ao conhecimento mínimo que esta matéria envolve, e nem terá a mais pequena noção da diferença entre milímetros e centímetros.
Mais cauteloso e inteligente, Mário Dias, insuspeito benfiquista, responsável e profundo conhecedor dos meandros em que foi "cozinhado" o estádio da Luz, não fala de condições climatéricas, nem aborda a delicada matéria da especificidade dos materiais utilizados, nem das razões que presidiram à sua utilização. Apenas diz:
"A primeira coisa que tem de se fazer numa obra, especialmente desta dimensão, é manutenção. Se tivessem verificado que uma chapa poderia levantar com o vento, teriam certamente corrigido o problema. É possível que a estrutura já estivesse assim há muito tempo".
Fica tudo dito! Apenas aqueles que vão assobiando para o ar e atirando para os nossos olhos a matéria prima com que é fabricada a "lã de vidro", continuarão a pretender tapar o Sol com a ignominiosa peneira do "chico-espertismo", que sempre há-de estar por detrás da corrupção !...
Leoninamente,
Até à próxima
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