terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A abóbada não caiu, ninguém sabe se não cairá !...

A abóbada ainda lá está !...



O projectista da "abóbada da Luz", Tiago Abecassis, não imitou, à cautela, o Mestre Afonso Domingues, na sublime narrativa de Alexandre Herculano, e não ficou sentado durante toda a noite, debaixo da "cobertura voadora", que a Martifer "deu à luz". E mesmo gritando aos quatro ventos aquilo que toda a gente já perspectivara - a abóbada não caiu! -, o homem não se abalançou a copiar as últimas palavras atribuídas ao velho mestre, que terá tido a arte e o engenho de apagar a "borrada" de um ignorado arquiteto irlandês Ouguet, e nunca o ouviremos gritar: a abóbada não cairá!... 

Mas satisfeitas as exigências necessárias e suficientes para "salvar a honra de todos os conventos", desta vez foram corrigidos os erros comunicacionais anteriores e um comunicado conjunto foi emitido por cada uma das três partes directamente interessadas, em absoluto e recíproco respeito, como mandam as normas mais elementares da educação, sem a presunção e água benta antes verificada. Valha-nos ao menos isso. Valha-nos o banho de modéstia da parte da entidade a quem couberam, incontornavelmente, todas as responsabilidades, o comportamento isento e decente do organismo promotor da competição e a atitude de elevada civilidade e "fair-play", demonstrado pelo Sporting Clube de Portugal. E que agora a guitarra passe para as mãos dos tocadores, ficando a lição para quem se mostrar capaz de a compreender, matéria que sempre me há-de suscitar dúvidas, "porque burro velho não aprende línguas"!...

Já não irão estar 60 mil no estádio. Nem porventura 50 mil. Esse será o "castigo maior" que recairá, com justiça, sobre quem atempadamente não cuidou de evitar o extenso rol de desculpas que depois se viu obrigado a formular à pressa e de modo desajeitado. Mas de todas as partes envolvidas nenhuma terá ficado a ganhar. Com o mal dos outros, qualquer se governa bem. Mas Leonardo Jardim terá sido, obviamente, o que mais ficou a perder.

Mesmo assim, este lamentável interlúdio, certamente não nos impedirá de assistirmos ao começo da noite, a mais uma reedição do mais saboroso de todos os derbies, cujo desfecho, independentemente da inquebrantável e leonina fé que nos anima, ninguém ousará adivinhar. Prognósticos só no fim, diria um conhecido "andrade"! Por mim, deixo o desejo maior que nestas horas me anima: que ninguém se lembre no final do jogo, do nome do árbitro, nem da senhora sua mãe, nem de quem lhe encomendou o sermão!...

Leoninamente,
Até à próxima

1 comentário:

  1. Eu nem digo como os outros...: Quero a lixeira a ardser...!

    Nem sequer quero que o vento leve para longe o que restou do galinheiro...

    Eu apenas quero nada mais nada menos do que uma vitória do nosso Sporting...con
    tra tudo e contra todos...!!

    Vamos a eles...!!

    Até oe depenamos...antes de os comermos...!!

    SL

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