segunda-feira, 6 de março de 2017

Quem foi capaz de vencer a primeira, não se ensaiaria nada...


BDC NÃO DEVE FICAR REFÉM DE JESUS

«Imediatamente após a rechonchuda vitória nas eleições do Sporting, Bruno de Carvalho (BdC) reconfirmou que ganhar mais do que um título no próximo mandato de quatro anos é mesmo uma promessa plenamente assumida e para levar a sério. Voltou a falar no plural, no que foi entendido como uma bravata eleitoral que lhe pode vir a custar caro. A verdade é que, desta vez, a declaração de princípio do presidente leonino não teve nada de tóxica ou de masoquista. Pelo contrário, foi astuta e clarividente. Primeiro, porque a obrigação de ser campeão no segundo mandato seria sempre efectiva mesmo que BdC não a assumisse tão declaradamente. E, depois, porque se nos próximos quatros anos conseguir apenas um título nacional já estará a ganhar na comparação com o longo jejum dos 15 anos que o antecedeu, o que será bastante para o deixar numa posição privilegiada para atacar e gerir uma possível reeleição. Em suma, BdC soube rentabilizar eleitoralmente com esperteza uma declaração aparentemente ambiciosa e até arrojada, mas que, de facto, não lhe onera grandemente as suas obrigações e responsabilidades.

Deste escrutínio resultou uma certeza ainda mais límpida e incontestável: anunciar a saída de Jorge Jesus funcionou como um haraquíri eleitoral para Madeira Rodrigues. Desde logo, porque o candidato desafiador se foi entaramelando em soluções fantasmagóricas para resolver a rescisão com o actual técnico. E até os adeptos sportinguistas que enjeitam Jesus e gostariam de o ver pelas costas perceberam o perigo: a possível eleição de Madeira Rodrigues implicaria quase de imediato uma reparação milionária ao treinador despedido sem justa causa. Acresce que Bölöni e Juande Ramos, sendo dois nomes mais do que respeitáveis, não impressionaram o sócio comum. Verdadeiramente, Madeira Rodrigues só esteve bem no debate (até porque, nesse dia, BdC pareceu derreado e envergou uma fatiota que não lhe servia). A falta de suporte de algumas propostas notou-se designadamente na promessa de recuperação das VMOC, enquanto os ataques sanguinolentos a José Maria Ricciardi pecaram por excessivos e pouco sustentados. E a promessa de contratação de Taison já foi vista como uma medida de desespero de um projecto esfarrapado. Madeira Rodrigues sai do processo como um adepto bem-intencionado, mas que terá sempre dificuldades em anular a imagem de cordeiro num mundo do futebol em que parecem só sobreviver os lobos.

Os sócios escolheram de forma categórica BdC porque acham que o sucesso só será possível com uma liderança truculenta e, aqui e ali, mesmo malvada. Boa parte desses adeptos depreendem-no até em função do que entendem ser a principal razão da distribuição da glória pelo Benfica e pelo Porto. Como diria o espanhol Javier Marías, as histórias do futebol são sempre selvagens e sentimentais e quem estava à espera que BdC concluísse o discurso da vitória sem soltar alguma acidez nunca entenderá as idiossincrasias do presidente do Sporting e, nada despiciendo, a principal razão da sua popularidade. E isso sobrepõe-se mesmo entre alguns mais urbanos que dispensavam o remanescente de populismo e demagogia. Hemingway dizia que são necessários dois anos para aprender a falar e sessenta para aprender a calar e Bruno de Carvalho ainda vai nos 45… Exigir comedimento a Bruno de Carvalho é, por isso, mais ou menos como pedir uma "vichyssoise" numa taberna minhota – o melhor mesmo é apreciar logo a serventia do caldo verde a ferver e com a rodela de chouriço… Foi também esse o sentido prático da grande maioria dos eleitores sportinguistas.

Mas até os adeptos menos pragmáticos estarão à espera que a SAD leonina resolva algumas imperfeições, até porque, após o último tropeção, foi o próprio Jorge Jesus a garantir que só não tinha sido campeão no seu primeiro ano em Alvalade porque o Sporting ainda não tinha a estrutura suficiente. Mesmo descontando que o mesmo Jesus depreciou a organização do Benfica (o "cérebro" era ele, recordam-se?), talvez seja o momento de BdC passar a rentabilizar e a fixar o treinador naquilo em que ele é mesmo muito bom: a treinar e a orientar a equipa. Aceitar que Jesus se continue a transformar num "manager" à inglesa só servirá para que ele se disperse e que se acentue o rodízio de mais de 80 jogadores contratados nas últimas épocas. Contratar um director desportivo que fique no cimo da pirâmide, que conheça o mercado internacional e que, ao mesmo tempo, harmonize as contratações selectivas com o aproveitamento dos melhores talentos nascidos em Alcochete seria um expediente proveitoso. E a única forma de cumprir a promessa eleitoral de apostar de forma inteligente na formação. A dúvida é descobrir até que ponto BdC está refém de Jesus e tem margem de manobra para o fazer.»
(Bruno Prata, Ludopédio, in Record)

Uma muito interessante crónica de Bruno Prata, que escreve bem, sabe do que escreve porque escreve do que sabe e sabe muito e, "last but not least", de parvo não terá absolutamente nada!...

Mas haverá um ponto na agenda que "propõe" a BdC que, a meu ver, pouco diferente será de uma miragem: "contratar um director desportivo que fique no cimo da pirâmide, que conheça o mercado internacional e que, ao mesmo tempo, harmonize as contratações selectivas com o aproveitamento dos melhores talentos nascidos em Alcochete seria um expediente proveitoso"! Existirá no mercado nacional o perfil desenhado por Bruno Prata?!...

Bem, pensando melhor, talvez exista sim senhor! E sobre o qual já muitos holofotes  no exterior deste jardim à beira-mar apontaram as suas luminárias! Mas... Estará BdC disposto a provocar nova guerra, desta vez a Norte, semelhante à que há dois anos deflagrou com o "roubo" de Jorge Jesus?!...

Quem foi capaz de vencer a primeira, não se ensaiaria nada...

Leoninamente,
Até à próxima

23 comentários:

  1. Caro Álamo agora fiquei curioso sobre essa personagem a norte com perfil para nosso manager. Para mim havia um filho da casa com perfil nacional e internacional para essa função: Luís Figo.

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    1. Por muitas e variadas razões, não me parece que Luís Figo seja hipótese a considerar...

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  2. Desculpe Àlamo mas depois de ler isto:
    "Os sócios escolheram de forma categórica BdC porque acham que o sucesso só será possível com uma liderança truculenta"
    Só posso dizer isto:

    Este gajo é faccioso e burro e já agora taxista também, como disse e bem BdC sobre os comentadores, analistas e jornalistas: Bardamerda para quem não gosta do Sporting (Parece-me evidente que o prata é um deles)

    Em lugar de bardamerda, Maradona tinha uma frase que me parece mais apropriada: "Que la chupen y que la sigan chupando"

    Mais uma vez desculpe a linguagem, é apropriada perante a imensa hipocrisia que reina em tudo que diga respeito ao Sporting e aos Sportinguistas.

    ZZZ

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    1. Quem serei eu para me armar em moralista perante o caro ZZZ?! Não, recuso ir por aí. A minha moral mais forte e profunda é o Sporting e o resto poderá mesmo ir para onde BdC mandou!...

      Mas, dito isto, permita-me dizer-lhe que o "virus" que encontrou na crónica do BP e que o fez comentar, assim como a forma como entende classificá-lo, "penso eu de que", todos os sportinguistas já deviam estar vacinados e com anti-corpos suficientes gerados no seu organismo, para nem "constipados" ficarmos...

      Bruno Prata escreveu questões muito mais interessantes e importantes sobre BdC e o Sporting. Foi sobre uma delas que me debrucei neste texto e lanço o repto ao caro ZZZ, para deixar de dar importância às coisas e pessoas que não a têm!...

      O tema de director desportivo no Sporting é importante sim senhor! E para ser uma mais-valia para a estrutura do Sporting não poderá ser um qualquer, exactamente como BP referiu e muito bem...

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    2. Caro Álamo, tem toda a razão (quanto ao Director Desportivo e quanto à importância da pessoa), mas somos diariamente intoxicados pelos meios de comunicação que enquanto branqueiam determinadas situações não hesitam em empolar, manipular, descontextualizar todo aquilo que diga respeito ao Sporting. Então estes analistas, supostamente independentes, sub-repticiamente não perdem oportunidades de alfinetar os Sportinguistas. Enquanto adepto, fico ofendido por este cromo "independente" achar que votei em BdC porque quero uma liderança truculenta.

      ZZZ

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    3. Reconheço que o caro ZZZ tem toda a razão quando aborda o nojento tratamento dado pela generalidade dos OCS ao Sporting. Mas creio que estará na hora de lhes oferecermos o silêncio do nosso desprezo. O Sporting e os sportinguistas apenas poderão mudar esta terrível situação de um modo: com vitórias, com títulos, uns atrás dos outros! Vamos todos empenhadamente trabalhar para isso, em silêncio de preferência e mesmo que engolindo sapos vivos! É o que penso e seria hora de BdC começar também a pensar assim!...

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  3. Álamo certamente não estamos a contar com o Manuel José para eventual manager, pois não?

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    1. Por todas as razões e mais uma que não quero adiantar, mas que se prende com responsabilidades que decidi assumir em Leoninamente depois do acto eleitoral de sábado, obviamente que Manuel José não tem perfil para o desempenho de cargo de tamanha importância!...

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  4. Retirado do blogue:http://blogaridades.blogs.sapo.pt/do-almirante-sem-medo-ao-paisano-sem-29380

    Sou do Sporting desde que me conheço. Mas pratiquei muitos desportos, a partir dos 3 anos de idade, curiosamente nunca no Sporting mas sim em clubes mais pequenos, como o Lisboa Ginásio Clube, não por questões clubísticas mas por horários, facilidades conseguidas, etc. Não foi portanto como praticante a minha adesão ao clube. Como também já não sou do tempo dos 5 violinos, em que o Sporting dominava em absoluto o panorama futebolístico nacional, também não foi por aí a minha adesão ao clube. Não foi por o considerar melhor (nem pior) que os outros. Foi por o achar diferente, segundo a mesma linha que tinha motivado a adesão da minha mãe ao clube do Leão. E por considerar o meu Sporting um clube diferente aturei, durante anos, sem vacilar, as "bocas" dos adversários, maioritários em todo o lado, na escola, no trabalho, na tropa. Que importava?! Tinha orgulho em ser do Sporting, nos seus valores, em quem dava a cara por ele. Claro que os resultados importavam. Mas não eram tudo!
    Ao longo da minha vida de desportista de várias modalidades (ginástica, ginástica desportiva, basquetebol, luta greco-romana e, mais tarde, tiro com arco) aprendi que o valor dos nossos adversários é fundamental. Não é a competição connosco próprios que nos motiva e faz progredir. É a competição com os outros. E quanto mais fortes os outros forem, mais nós temos de ser fortes. Por isso sempre respeitei os meus adversários e sempre desejei que fossem fortes para eu poder ser ainda mais forte. O "clube único" não é mais que uma variação do "pensamento único" que abomino! Daí que não confunda adversários com inimigos. Não quero a destruição dos meus adversários, quero a minha consagração como melhor que eles. E isso é uma das primeiras coisas que me separa irredutivelmente do actual presidente do meu clube.

    Continua

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  5. Continuação:

    E ao longo da minha vida conheci vários presidentes do meu clube. Desde "Presidentes de Camarote", que apenas apareciam em dias de jogo e que, pelo menos aparentemente, pouca intervenção tinham no quotidiano do clube, até "Presidentes Adeptos". Sim, porque para mim, presidentes como João Rocha foram verdadeiros Presidentes Adeptos. Presentes sempre que eram precisos, apoiantes à distância quando eram necessários e não queriam ficar com os louros todos, mas sempre vibrantes com os êxitos do clube e feridos com os seus insucessos. Mas sem nunca esquecerem que a sua imagem era a imagem institucional do clube. E lamento mas o actual Presidente do Sporting não é um "Presidente Adepto", mas sim um "Presidente Hooligan", que desconhece o seu lugar e desce a patamares questionáveis até para os mais "básicos" dos simpatizantes. Um presidente que não só não controla os instintos mais básicos desses mais básicos adeptos, como os incentiva.
    E também na minha vida tive o privilégio de conhecer o Almirante Pinheiro de Azevedo, o homem que ficou conhecido como o Almirante Sem Medo, por quem sempre tive simpatia (ou não tivéssemos em comum os Fuzileiros). Fiquei agora a saber que Bruno de Carvalho é seu sobrinho-neto. Mas presumo que tenha convivido pouco com o seu tio-avô. Pinheiro de Azevedo não era mal-criado e não tolerava más-criações. Era apenas desbocado. E aposto que lidaria com as más criações infantis com um par de açoites. Que obviamente Bruno de Carvalho não levou. E que muita falta lhe fizeram.
    Que se esperaria de alguém que cospe na cara de um velho (por mais irritante, troglodita e aldrabão que este seja)?
    O discurso de vitória de Bruno de Carvalho só veio realçar a sua total falta de capacidade social, a sua má criação, o seu perigoso egocentrismo, a sua tentação totalitária, enfim, tudo aquilo que o deveria desclassificar para o cargo que em má hora conquistou.
    Aos adeptos prometeu títulos. E vai dar-lhes muitos... títulos de jornais.
    Custa-me ver, a seu lado, algumas pessoas que muito admiro e que não esperava ver ao lado de tão sinistra e mal educada personagem.
    Eu sei que o Sporting vai sobreviver, como já sobreviveu a Jorge Gonçalves. Mas o Sporting não devia ser um clube condenado a lutar pela sobrevivência mas sim fadado a lutar pela preponderância. E enquanto tiver à sua frente irresponsáveis, parolos, mal criados e chico-espertos como este não iremos longe.
    E como não sou mal criado, mas fui oficial de marinha, em resposta ao discurso de vitória de Bruno de Carvalho só lhe digo o seguinte: "Ó Bruno de Carvalho, vai para aquele cesto de vigia no alto do mastro!"
    FIM

    Revejo-me em tudo que este Sportinguista escreveu; pois também eu nasci e cresci amar um clube que era diferente e uma referência.

    João Tavares

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    1. Caro João Tavares, absolutamente legítimo o seu comentário, bem como o texto que nele transcreve mas, do meu ponto de vista e com a mesma legitimidade, permita-me dizer que será uma posição muito discutível e com muito, mas mesmo muito pano para mangas! O Sporting não está sozinho na selva e a lei da sobrevivência "decreta" muitos procedimentos que a moral rejeita! Pense nisso e tente olhar de uma forma mais realista à sua volta! Não foram 86% de imbecis ou trogloditas que "decretaram" um segundo mandato para Bruno de Carvalho!...

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    2. Caro João Tavares, eu também nasci e cresci amar um clube, num tempo em que não existia fruta nem vouchers, mas sobretudo nos meios de comunicação existia uma serie de jornalistas que honravam o código deontológico por onde se regiam.
      Este texto tem tanta prosa, mas espremido fica apenas a historia do cuspo e da bardamerda, ambas as historias manipuladas pela comunicação social. Além disto, aparenta ter sido produzida por alguém que parou no tempo, algures na década de setenta, como é possível falar em querer adversários mais mais fortes, mas será que teve conhecimento da fruta, do café com leite e agora mais recentemente dos vouchers, ainda os quer mais fortes!?

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    3. Essa porcaria foi tanto escrito por um Sportinguista como eu sou lampiao. Talvez um sportinguense, saudoso dos tempos do croquete. Mas quase de certeza um lampiao.
      Quem nao os conhecer que os compre.

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    4. Respeito e tenho respeito por quem pensa ou sente o Sporting de forma diferente da minha. Mas iria contra os meus princípios de homem e de Sportinguista se me revê-se na forma de estar e ser de Bruno de Carvalho como representante máximo do Sporting; um clube que sempre marcou a diferença pela positiva, precisamente pela elevação na forma de estar e contribuir para o engrandecimento desportivo de Portugal. Eu sei que para alguns as vitórias tudo justificam, mas eu que convivi com presidentes com a elevação moral como foi o caso de João Rocha; desculpem-me se não consigo aceitar ter um garoto mal criado como presidente do clube que eu tanto amo e respeito. É que para nós dividir já nos basta aqueles que nos querem mal. Sim eu sei que este presidente teve a maioria da aceitação dos sócios; mas o mesmo aconteceu com um outro Azevedo do lado de lá da segunda circular e depois foi o que se sabe.

      João Tavares

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    5. Caro João Tavares, compreendo mas discordo da sua posição. BdC excede-se, concerteza, tem comportamentos reprováveis, absolutamente, comete erros, imensos, mas, as alternativas anteriores, que marcaram a diferença pela elevação e forma de estar conduziram o clube à ruptura a uma situação de completa insolvência, desportiva e financeira.
      Se as alternativas actuais estavam personificadas no Sr. Madeira Rodrigues então deixe que lhe diga, os sócios, com muita inteligência elegerem a melhor alternativa possível. Teremos agora, num espírito democrático, quatro anos para avaliar e criar condições para o aparecimento de uma alternativa, que no mínimo seja efectivamente diferente.

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    6. O Damásio ganhou eleições no benfica com 92% e uma no depois teve de se demitir.Esta vitória vale o que vale, não é preciso ser imbecil ou troglodita para fazer parte de 86% de votantes que depois votam em sentido contrario

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    7. João Tavares, é injusto e talvez preconceituoso o paralelo que faz com o Azevedo do Benfica. Temos já 4 anos para avaliar e até admito que nos próximos até possa acabar por ser e fazer pior que o Azevedo da Luz, mas naquilo que são factos e passiveis de avaliação, são tantas mas tantas as diferenças, que, como disse é de uma injustiça enorme, pensar que seja, que pode existir alguma semelhança.
      - Um construiu um Pavilhão outro comprou um iate.
      - Um resgatou passes de imensos e jogadores e fez as maiores vendas da historia do clube, outro despediu sumariamente o "menino de ouro"
      - Um duplicou contratos de direitos Tv e patrocínios outro quase acabava com as receitas do clube
      - Um aumentou nº sócios e assistências o outro aumentou apenas o nº de cartões de sócio queimados.
      ....
      Isto chega, pois é revoltante, e um atestado de menoridade aos sócios do SCP, nesta altura, achar que pode existir comparação.

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  6. Caro João Tavares, agradeço as suas palavras enquanto sportinguista e cidadão comum.
    Conheço outros sportinguistas que também lamentam o facto do Sporting ser presidido por alguém que não está preparado para o cargo.
    Por motivos que desconheço, nos últimos tempos o Sporting não tem tido a felicidade de ter um verdadeiro líder, com capacidade para formar uma boa equipa directiva.
    BdC estabeleceu e satisfez algus objectivos importantes, principalmente no início do mandato, mas foi-se perdendo em confrontos estéreis, demagogias, objectivos erráticos, comunicação deficiente (e insuficiente), etc.
    Esperemos que os valores e príncipios que oriemtam a postura do Clube não fiquem prejudicados pela hipocresia, nomeadamente quando, por um lado, se lamenta e diz combater o sistema instalado e, por outro, se preconiza uma postura do tipo vale tudo.

    Muito obrigado pelas suas palavras.

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  7. Bom dia. Prezado Álamo, compreendendo embora a sua argumentação face às reticências do leitor ZZZ, apetece-me reforçar as mesmas. Tenho-me recusado ver os paineleiros que proliferam nas tvs da treta que temos mas, numa das ocasiões em que vi fugazmente o jornalista em questão associar-se ao bando que procurou desacreditar BdC, antes das eleições, a sua verve soa bem mas não me alegra...
    Não tem ele como esposa alguém que trabalha na Gestifute Média? Se estiver errado, as minhas desculpas. Os Sportinguistas terão razões para desconfiar da própria sombra perante a ignomínia em que se transformou o nosso pontapé na bola. Que me perdoem os praticantes da oval...
    SL

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  8. Independentemente de todas as criticas internas e externas há pontos que são válidos e merecem ser discutidos. A autocrítica é um acto de inteligência que não se deve perder. Quando os sócios fazem criticas ao Clube ou mais propriamente no meu caso concreto ao treinador isto não quer dizer que sou do "contra" ou estou a fazer o trabalho dos "inimigos". Simplesmente quero que o meu SPORTING GANHE SEMPRE, embora como ex-desportista sei que nem sempre isso é possível por razões externas ou próprias. Em relação às forças externas TODOS devemos mostrar a nossa insatisfação e reagir mas nem sempre a gritar é a melhor solução. Neste momento a "Estrutura" dos nossos adversários move-se na sombra como um autentico predador e têm sido bastante eficaz por isso temos de jogar da mesma forma. Querem um exemplo recente? Há pouco tempo saiu um artigo num jornal inglês a retratar o nosso Presidente como Trump do futebol português, que logo fez furor pela medíocre e alienada comunicação social portuguesa. Os meus caros amigos acham que o jornalista inglês que fez a peça tinha conhecimentos suficientes sobre a realidade do Sporting para fazer uma peça daquelas? É óbvio que não. Alguém lhe forneceu dados e directrizes para isso. Técnica pura de informação e contra-informação ao velho estilo da Secretaria da Propaganda Nacional. Simples mas eficaz. Certamente e com a informação adequada, também algum jornalista estrangeiro mais criativo nos possa brindar com um artigo sobre o "Corleone" português ou sobre o "Al Capone" do norte...
    A nível interno as criticas devem ser tomadas em conta e na minha modesta forma de ver quando se critica a forma como a equipa joga não são completamente desajustadas. Ganhar e perder fazem parte do desporto, mas quando se mostra atitude e vemos que perdemos porque os outros são melhores as derrotas são menos dolorosas. Quando se está à frente de uma equipa seja desportiva, laboral ou militar sabe-se que a união do grupo é fundamental para se ter sucesso e essa união deve começar sempre pelo seu líder. Um líder de um grupo deve ser sempre o primeiro a assumir os erros e o último a assumir a glória. Infelizmente não é isso que acontece com a nossa equipa e quanto a mim é a principal causa do estado de espirito do grupo de trabalho. Se bem me lembro JJ assumiu que o CD e principalmente o Presidente lhe deram todas as condições que ele exigiu, logo terá que assumir que falhou redondamente porque não atingiu nenhum dos objectivos assumidos. Se ele tiver a humildade de tomar essa atitude penso que muitos sócios ainda lhe darão algum crédito, senão no próximo deslize por culpa própria o ambiente irá alterar-se. Não esquecer que o próprio Presidente já veio a assumir a culpa dos insucessos desportivos da equipa de futebol, infelizmente o treinador não tomou essa atitude de forma frontal o que devia de fazer de forma a preservar o espirito de grupo. Esperemos pelo futuro sempre com a eterna esperança verde.

    LB

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  9. Estimado Álamo. Muito interessante e inteligente o seu pensamento.serenamente, como é seu timbre, estimula o pensamento de todos nós sportinguistas. O cargo de director desportivo penso ser crucial para o nosso clube. Trazer para Alvalade a pessoa que estou a pensar iria ser de certeza uma mais valia e uma estratégia digna de SUN TZU, general que penso ambos apreciarmos .tornar mais fracos os adversários antes de os defrontar. Abraço.

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    1. Penso que não estaremos absolutamente sintonizados no alvo, caro Vitor Medeiros. Observo-lhe que pretendi significar que a "segunda guerra" seria um decalque da "primeira" que BdC venceu. Ora se na "primeira" foram os adversários a abdicar do bem que tinham e nós apenas evidenciámos a argúcia suficiente para reverter esse facto a nosso favor, para ser entendida como "decalque" aquela a que chamei de "segunda", será porque o eventual adversário de agora terá feito algo parecido com o primeiro...

      Portanto seria o meu postulado, se BdC for tão louco quanto eu, uma estratégia próxima, mas não exactamente digna de Sun Tzu! Sabe caro Medeiros, os tempos não param!...

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  10. Alguém viu os bardamerdas dos analista e jornalistas a pegar neste assunto levantado no final do ano pelo Der Spiegel:
    "Um membro da selecção nacional brasileira no auge de sua carreira vale praticamente o mesmo que um avançado da liga regional da Baviera? Ou o Benfica é apenas estúpido? Ou há outra história por trás do dinheiro?"

    Esta é apenas uma das muitas pistas que o Der Spiegel levantou, num conjunto de ligações perigosas e mafiosas que envolvem o nome do Benfica. Os artigos completos publicados pelo Der Spiegel encontram-se disponíveis na internet é só procurar.

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