Pini Zahavi, hebreu, israelita, judeu ou israelense?!...

Hebreu, israelita, judeu e israelense - quem é quem?!...

Já por aqui me chamaram - em comentários, naturalmente, e em particular sportinguistas a coberto do garboso emblema leonino - de "racista" e até "anti-semita" vejam bem...

 

E se duvidam, reparem nesta peça literária de primeira água, com que este vosso escriba e companheiro leonino, de quem há muito conhecem a ideias políticas, religiosas e... vá lá, desportivas, foi contemplado, ainda não há muito tempo, por um senhor de leão no logotipo, de nome Vitor Ribeiro:

 

"... A forma como aqui vem escrevendo a palavra judeu tem o mesmo sentido de preto, escarumba, monhé, e outras com o mesmo caracter depreciativo. O Sporting conta no seu registo de sócios por exemplo os descendentes de Moisés Ayash e que, tal como ele, são judeus. Embrulhe-se como quiser nas justificações do seu guia e mentor[n.a. - Bruno de Carvalho, é claro!] mas quando escreve com o nome do Sporting em pano de fundo não o arraste para essas lamas.".

 

E ainda não tinha decorrido uma dúzia de horas, outro sportinguista, simples e corajosamente intitulado de "joão", apareceu em acção articulada com o primeiro, a escrever na mesma caixa de comentários, esta jóia da urbanidade, civismo e preciosa educação:

 

"... Engracado, o racista e anti-semita, é apanhado com as calcas na mao e devolve a acusacao. Tipico do cobarde que é e da falta de caracter que tem.
Esteja a vontade para não publicar ou para devolver a acusacao com argumentos que o caracterizacao: de uma crianca da segunda classe.".

 

Que o fantástico universo leonino não presuma que quem dele faz parte, deverão ser necessária e obrigatoriamente modelos de virtudes. Temos "gonçalves", "roquetes", "ricciardis", "nobres" e "godinhos" a quem o manto diáfano da magistratura, mandou sentar no mocho da justiça para "inglês ver", mas que depois ilibou e até "santificou", com um acto de contrição apressado, argumentando... falta de provas, exactamente como aqueloutro do "apito dourado"! Temos "contentores" de uma nobreza de sangue azul, que só o advento da esferográfica, fez atirar para o lixo as canetas de aparo de ouro que carregavam permanentemente. E temos uma formidável "brigada do croquete" a quem o 23 de Março privou do babete e do guardanapo e sabe-se lá de que outras "benesses", que jamais perdoarão que o movimento "DAR RUMO AO SPORTING" lhes tenha provocado a perda do "emprego" e que ocupam agora o seu tempo a perorar contra os ventos da história, quais "velhos do Restelo" a quem nunca ninguém ouviu.

 

O meu "crime", terá sido chamar judeu a um israelita. Não foi o facto de ter deixado implícitos sobre o carácter do sujeito que tratei, Pini Zahvi, atributos bem afastados da dignidade e da honestidade. O meu grave erro foi ter chamado judeu a um cidadão da pátria judaica. E isso, parece ser proibido para certas mentes. Pouco importa que o homem ande medito em negócios de índole duvidosa e sob apertada vigilância das polícias de vários países. Judeu é que não se lhe deve chamar, na opinião de "certa gente"!...

 

Guardado estava o bocado para quem havia de o comer! Ainda não decorreram duas horas, desde que o jornalista Fábio Lima, publicou na edição "online" do jornal Record, esta peça interessante, onde apenas não terá cometido o erro que eu tive o "despropósito" e a debilidade cultural e intelectual de cometer: chamou israelita ao homem, em vez de judeu. Mas as suspeitas sobre a conduta à margem das leis de diversos países, estão lá todas. Fábio Lima que se cuide, os descendentes de Moisés Ayash, ainda podem vir a processá-lo! Ou a mim, vá lá o diabo sabê-lo! O que me vale é que o meu apelido é Silva - tudo indicando que serei descendente de "cristãos-novos", logo judeus - e, pelo sim pelo não, já ter imprimido este texto, para apresentar em minha defesa!...

Muito sofre um sportinguista!!!...

 

Leoninamente,

Até à próxima