Cessem divisões e haraquiris !!!...

Augusto Inácio afirmou recentemente que o plantel principal do Sporting Clube de Portugal será constituído por 20 jogadores. Se a esta premissa somarmos as incontornáveis necessidades de  redução orçamental já suficientemente divulgadas, assentes basicamente no estabelecimento de um rígido e sustentável tecto salarial, tudo apontará para que a constituição do plantel não ande muito afastada, segundo a minha convicção, da seguinte:

 

G.REDES - Marcelo Boeck e Vitor Golas

 

D.DIREITO - Cedric Soares e Santiago Arias

 

D.CENTRAL - Tiago Ilori, Eric Dier, Marcos Rojo e Nuno Reis

 

D.ESQUERDO - Jefferson

 

MÉDIOS - Fito Rinaudo, André Martins, João Mário, Zezinho e André Santos

 

AVANÇADOS - Carrillo, Viola, Bruma, Wilson Eduardo

P.LANÇA - Nii Plange e outro avançado a contratar

E esta minha convicção, parte da realidade incontornável de todos os jogadores que a seguir enuncio, ultrapassarem, alguns deles pornograficamente, o referido tecto salarial. Assim, colocando entre parêntesis a seguir aos nomes de cada um e por ordem decrescente, os custos anuais que contratualmente o Sporting terá de suportar se não vier a conseguir promover a sua transferência, logo seguidos do ano até onde se prolongam os seus contratos e da percentagem do passe detida pelo Clube, assistiremos às saídas de:
 

Zakaria Labyad - (2 milhões de euros) -  2017 -  35% ;
Rui Patrício - (1,26 milhões de euros) - 2017 - 70%;
Miguel Lopes - (1 milhão de euros) -  2018 -  80%;
Oguchi Onyewu - (900 mil euros) - 2014 - 80% ;
Adrien Silva - (900 mil euros) - 2014 - 50% ;
Jeffrén Suárez - (900 mil euros) - 2016 - 75% ;
Valeri Bojinov - (900 mil euros) - 2016 - 75% ;
Khalid Boulahrouz - (700 mil euros) - 2014 - 100% ;
Diego Capel - (700 mil euros) - 2016 - 75%;
Danijel Pranjic - (650 mil euros) - 2015 - 100% ;
Stijn Schaars - (650 mil euros) - 2014 - 37.5%

Entre todos estes onze atletas, afigura-se bastante difícil, tanto que qualquer deles esteja disponível para aceitar uma redução salarial para os parâmetros que o Sporting pretende implementar, quanto a sua colocação no mercado, tendo em conta os seus elevados custos salariais, sendo que a contratação de quaisquer outros atletas, estará sempre dependente das receitas que eventualmente venham a ser realizadas e determinaria a natural saída para a equipa B, daqueles que viessem substituir.

 

Esta é a dramática situação que o Presidente Bruno de Carvalho e a sua equipa herdaram. É com esta realidade nua e crua que se debatem, confrontados, por via da sua determinação de jamais negociar a dignidade de uma instituição centenária, com a perversidade e a retaliação soez de agentes do calibre de um senhor judeu de nome Pini Zahavi e de outros, cartelizados ou sempre dispostos a trocar favores negociais com outros clubes.

 

É por isso que dói o coração àqueles sportinguistas que, tendo sempre sabido colocar o seu amor ao Sporting Clube de Portugal acima de quaisquer interesses ou inclinações pessoais, vão assistindo, tanto a incompreensíveis gestos de autênticas políticas de terra queimada por parte de algumas franjas de seus irmãos de raça, quanto a exigências ou sonhos utópicos de outras.

 

O desígnio diabólico do estabelecimento de uma quase insolúvel quadratura deste círculo, abate-se sobre quem tem sobre os seus ombros a tremenda responsabilidade de fugir com um mínimo de dignidade da beira do precipício em que se encontra o Sporting.

 

É por isso urgente que cessem divisões e "haraquíris" sem sentido. É urgente baixar o grau de exigência e fugir de um mundo utópico que não estará tão cedo ao nosso alcance. É necessário que rememos todos para o mesmo lado e nos fixemos na ciclópica tarefa de ajudar a levantar este Leão do chão, para onde o atirou a incompetência ou a ignomínia. Para que o Sporting que é de todos, possa voltar a ser tão grande como os maiores. 

 

Leoninamente,

Até à próxima