Saberão os mais entendidos em mecânica e "performance" automóvel, que entre a posição 1 e 4 das respectivas caixas de velocidade, ou porventura a 5 ou mesmo 6, o objectivo da engenharia parte da força que necessariamente terá de ser aplicada na primeira relação entre o motor e as rodas, para a última relação, em que estará em causa conseguir, vencida a poderosa inércia de repouso, obter a velocidade máxima do veículo, alicerçada noutra também poderosa inércia, agora chamada de movimento.
Leonardo Jardim é um mestre da engenharia aplicada ao futebol e, nessa condição, terá estabelecido para esta primeira época sentado no seu "cockpit de sonho", como objectivo primeiro, conseguir para o "bólide" que conduz com o talento que todos lhe reconhecem, a fiabilidade, em detrimento de quaisquer recordes de velocidade.
Nessa condição, terá abdicado de ultra-sofisticadas e porventura exageradas relações de transmissão e fixou "a quarta", para este seu primeiro ano de ensaio leonino, preocupando-se, para além de conseguir uma velocidade que não envergonhe, uma harmoniosa simbiose com a já citada fiabilidade, com uma rigorosa economia no consumo, com um delicado prazer da condução e, "last but not least", com um invejável conforto do habitáculo, onde impera fabulosa aparelhagem de som e emerge radiosa música e alegria.
Outros terão ficado conhecidos como "engenheiros de pentas" ou até "construtores de pretensas hegemonias". Quer-me parecer que Leonardo Jardim terá chegado a Alvalade para ficar na história leonina, apenas e tão só, como o "arquitecto do nosso orgulho e alegria"!
As quartas de Leonardo Jardim, surgem agora no nosso horizonte de conhecimento, como geradoras de união, responsabilidade e alegria!
Que grande treinador nos entrou pela porta dentro!...
Leoninamente,
Até à próxima
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