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Dois milhões anuais! Uma autêntica loucura! Mas como é possível isto ter chegado a este ponto?!... Mas afinal que raio de gestores é que nós andámos durante quase 20 anos a eleger para liderar o glorioso Sporting Clube de Portugal?! E como se poderá alguma vez falar do sportinguismo de todos aqueles que promoveram semelhante delapidação do património de uma instituição centenária, assim como daqueles que alimentaram a fogueira, auferindo ordenados milionários, sem pudor, sem o mínimo rebate de consciência e clamando aos quatro ventos o seu sportinguismo?! Então qual será o maior ladrão, aquele que entra no quintal ou o que fica ao portão?!...
Agora, alguns pretenderão que todo o odioso desta intolerável situação, tanto no inadmissível tempo em que depois de criada se permitiu a sua manifestação e prolongamento, quanto no modo como tacita e egoisticamente, foi aceite pelos interessados directos e indirectos, recaia sobre aqueles que corajosamente assumiram a imperiosa necessidade do seu fim imediato e dele tratam com elevação e respeito pelas mais elementares normas do direito e da concertação e convivência sociais.
Nunca vi ao longo dos últimos 20 anos, os pretensos sportinguistas e arautos defensores, que hoje atacam os actuais dirigentes leoninos, invocando "inultrapassáveis" disposições do direito do trabalho, levantar um único dedo para condenar a criminosa gestão que placidamente se foi desenvolvendo anos a fio em Alvalade. Jamais uma única voz se levantou, no meio de todas estas agora "virgens ofendidas", para denunciar o "crime sistemático e reiteradamente praticado" que todo o universo leonino sempre mais do que imaginou. Adivinham-se-lhes perfeitamente as intenções: apesar de seca e decrépita, não escondem a ganância e "fuçanguice", com que se abeiram da teta! São os "cangalheiros" que vivem de pretensas interpretações do direito do trabalho, que bem conhecemos desde o 25 de Abril. São os "urubus" que vivem do pressentimento da morte e lhes sobrevoam os passos. Não tenho dúvida de que arrebanharão umas boas dezenas de clientes, de entre todos aqueles "sportinguistas" que também se foram aproveitando das tetas, em sugação sem pruridos ou complexos de qualquer ordem, até à exaurição total, completa e quase mortal da parideira.
Tenho muito respeito pelo passado de grande parte desses "sportinguistas"! Mas jamais serei capaz de lhes imaginar sobre os ombros as asas angelicais que hoje por aí vão reclamando possuir. Para os erros dos trajectos de vida e dos azares de cada um, existirão instituições de solidariedade social capazes de, melhor ou pior, os poderem amenizar. Não o Sporting Clube de Portugal, cujos objectivos desde a sua fundação, nunca foram coincidentes com funções dessa natureza. Talvez os "Leões de Portugal" ou a Fundação Sporting estejam bem mais próximos.
Que ninguém pretenda, a começar por este modesto escriba, deificar os novos dirigentes do Sporting Clube de Portugal. Serão homens como nós, sempre sujeitos, tanto a caminhos de sucesso, como ao cometimento de humanos e admissíveis erros. Mas que não venham agora negros e inexplicáveis ódios de um passado demasiado recente, colocar-lhes mentirosos e injustos rótulos de demónios. A vida e todo o mundo que nos envolve, não se resumem a uma simples construção dicotómica entre anjos e demónios. A amputação, ainda que dolorosa e traumática, nunca foi um acto cirúrgico final. Sempre foi o prenúncio de salvação. Da vida e do futuro!...
Leoninamente,
Até à próxima
Álamo, uma sugestão. Dá 2 ou 3 espaços no texto que ajuda à compreensão, escreves de forma assertiva mas as tuas manchas de texto dão-me dor de cabeça pá!
ResponderEliminarSL
Caro Rui Coelho,
EliminarJá fez dois anos que me aventurei nesta blogosfera repleta de segredos e alçapões, pese embora a satisfação que cada vez mais me vai trazendo. E esta tua sugestão aparece-me pela primeira vez. Quase corei de embaraço. Mas com o "fair play" que tanto exijo a outros em contextos diferentes, compreendi e vou procurar adaptar-me.
Não te vou esconder que penso que as dores de cabeça de que falas, não devem ser imputadas ao escriba, já que deverá ser o leitor a adaptar-se à forma como o autor expressa o seu pensamento.
Se te falar do incómodo que me causaram, as primeiras obras que li de Saramago, ou mesmo de Clara Pinto Correia, terei de te dizer que me cansaram. Mas as mensagens eram tão fortes e cativantes, que as segundas já não me causaram azia e o prazer foi renovado.
Contudo, terei de te dar razão num ponto importante: uma coisa será uma obra literária pensada e realizada como parte integrante do todo que é o autor e outra bem diferente, o humilde post que um "blogueiro" qualquer como eu, rabisca em meia dúzia de minutos e "oferece" a quem o lê. Deverá ser, incontornavelmente, leve, sucinto, claro e bem montado graficamente, sob pena de o leitor, com dores de cabeça como as tuas, se aborrecer e começar a fazer "descontos" na assiduidade.
Tentarei melhorar, mas vou avisando, que burro velho não aprende línguas! Dá-me um tempo, assim como me deverão dar tempo aqueles que como tu pensam e que, por comodismo ou princípios, nunca usaram da tua frontalidade de agora.
Obrigado. Como prova do meu "fair play", comecei já nesta resposta, a ensaiar...
SL